5º DOMINGO DE MATEUS
5º Domingo após Pentecostes.
5º Domingo após Pentecostes.
(Epístola: Rm. 10, 1-10; Evangelho: Mt. 8, 28-34; 9, 1)*
O medo pode atormentar as pessoas, assolar as comunidades e nações. Mas Cristo lançou fora o medo quando rompeu o caminho fechado pelos ferozes homens endemoniados.
Nosso relacionamento com Cristo é uma busca pela perfeição; uma jornada mundana com o objetivo de completa unidade e amor, relacionamento este que merece a nossa total atenção.
PARA REFLETIR
† Nicetos Estetatos | ῾Ο ὅσιος Νικήτας Στηθᾶτος (Séc. XI).
O medo pode atormentar as pessoas, assolar as comunidades e nações. Mas Cristo lançou fora o medo quando rompeu o caminho fechado pelos ferozes homens endemoniados.
São João escreveu: “O perfeito amor
lança fora o temor” (1Jo. 4, 18); e Cristo nos amou a ponto de dar Sua vida
por nós. Ele nos demonstrou Seu perfeito amor.
Ele deu a vida por cada um de
nós; e, portanto, temos o dever de amá-Lo, de ser-Lhe grato, de estar em paz com
o Senhor.Nosso relacionamento com Cristo é uma busca pela perfeição; uma jornada mundana com o objetivo de completa unidade e amor, relacionamento este que merece a nossa total atenção.
Ao dissipar as forças do mal daqueles
dois homens endemoniados na terra dos gadarenos, Jesus estabeleceu a paz, que é
plenamente alcançável a todos aqueles que verdadeiramente a buscam. A paz em
Cristo exige concentração, desejo e amor por Cristo e, também, disposição para
sacrificar-se por Ele.
A vontade de meditar sobre o nome de
Cristo é necessária para nossa relação com Ele. E todos aqueles que buscam a
união com o Senhor devem manter Cristo em primeiro lugar no coração e na mente.
Desde a fonte batismal até nossa morte, somos
desafiados a permanecer unidos a Cristo no amor e na paz, porquanto sejam constantes
as ameaças e tentações dos pecados. É verdade que podemos chegar a nos sentir fatigados,
a enfrentar adversários temíveis – como eram os dois homens endemoniados –, a
deixar de nutrir a alma, enfraquecendo a mente e, assim, padecer. Mas, havendo vontade,
também podemos ser fortificados pelo Santo Evangelho, pelos Santos Profetas e pelo
legado dos Santos Padres da Igreja.
A oração é a base para permanecermos
unidos a Cristo, para continuarmos em direção a Ele. É a oração que coloca o
coração e a mente em paz. A oração une a pessoa a Cristo. A nossa alegria vem
da união com Cristo, da paz em Cristo. O coração dos daqueles que estão unidos a
Cristo irradia essa alegria.
Determinar aquilo que é essencial na vida
é um constante processo dos cristãos. E cada vez que um cristão se desvencilha
de caminhos pecaminosos, sua relação com Cristo é aperfeiçoada.
A fraqueza e o perigo nos espreitam
quando estamos tomados pelo medo; mas, quando unidos a Cristo, tornamo-nos mais
fortes. E a vida a Cristo é melhor
quando participamos de Seu Precioso Corpo e Sangue.
Quão mais frequente esteja Cristo no
centro de nossos pensamentos, corações e almas, mais estreita e forte será
nossa relação com o Senhor. Constantes orações também nos aproximam de Cristo e
a Oração de Jesus: “Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, tem piedade de mim,
pecador”, é um meio de estar em constante comunicação com Ele.
A presença de Cristo combate o medo propagado
por aqueles que se opõem à paz e por aqueles que se opõem ao próprio Cristo,
eis que o poder de Cristo é esmagador e Ele jamais será subjugado.
A ressurreição de Cristo é a mais convincente
evidência de que a escuridão jamais reinará, pois a luz de Cristo acaba com a
escuridão e com o medo que a acompanha. A luz de Cristo irradia a verdade sobre
toda a escuridão; revela que o medo é fraco e superficial diante de Cristo; e
provê o caminho certo em todas as situações.
A fé
em Cristo encoraja a todos nós cristãos, que não cedemos ao medo quando Cristo está
em nossos corações, que enfrentamos o medo com plena confiança quando Cristo nos
preenche. Enfim, nossa alma encontra a paz quando Cristo é o centro da vida.
Por: Pe. Rodney
Torbic
Igreja São Jorge,
Carmichaels/PA (EUA)
Boletim n. 27, 28.07.2013:
1025 º aniversário do
Batismo da Rus de Kiev
Em 28 de julho de 2013 o povo ucraniano,
juntamente com outras nações eslavas, comemoram o 1025º aniversário do Batismo
da Rus de Kiev.
O cristianismo
nas terras eslavas consolidava-se durante séculos. As fontes históricas
confirmam a presença da fé cristã nas cidades gregas do norte do Mar Negro, no
início da Era Comum. Daí estendeu-se para a Europa do Leste. A Crônica dos Anos
Passados (ou Crônica de Nestor, a mais antiga atualmente conhecida história da
formação política do povo eslavo oriental, com a sede na cidade de Kiev,
escrita aproximadamente entre os anos 850 e 1110) contém uma trama em que o Santo
André abençoou as montanhas onde foi fundada a cidade de Kiev e ergueu uma cruz
no lugar onde agora fica a Catedral de Santo André.
De acordo com outras lendas, o cristianismo em terras ucranianas disseminou o
Papa Clemente IV, o discípulo do apóstolo Pedro. Há evidências de que os
territórios da Ucrânia no início dos anos 60 do século IX alcançaram também os irmãos
Cirilo e Metódio.
Como
a primeira tentativa conhecida da cristianização oficial considera-se o
“batismo de Askold”: Askold foi o primeiro dos príncipes de Kyiv que adotou a
nova fé em 860. Em 955 batizou-se a Princesa
de Kiev Olga. Em seguida, foram construídas as primeiras igrejas cristãs em Kiev.
Finalmente, em 988 o príncipe Volodymyr começou o batismo (cristianização) do
estado da Rus de Kiev. De acordo com a crônica, o Batismo dos cidadãos de Kiev foi
realizado em 988 no rio Pochayne, um afluente do rio Dnipró. Então começou-se o
batismo dos moradores de outros cidades e povoações da Rus.
O cristianismo em Rus teve um apoio particular
do Estado. Metropolitas eram os líderes da igreja nas questões religiosas e canônica,
bem como conselheiros do príncipe nos assuntos públicos. Após a divisão da
Igreja (em 1054) para a ortodoxa e católica o clero da Rus era subordinado à
Igreja Bizantina. A residência do Metropolita de Kiev foi na cidade homónima onde
foi construída a Catedral de Santa Sofia. Nos séculos X-XI foram criadas dioceses
com centros em Belgorod (agora aldeia Bilohorodka, região de Kiev), Yuriev
(agora Bila Tserkva), Volodymyr-Volynskyi, Chernihiv, Rostov, Novgorod,
Pereslavl, Przemysl, Polotsk, Turov, Smolensk, Halych, Ryazan, Lutsk, Suzdal e
outros.
O batismo
promoveu a unificação dos povos eslavos num estado único, deu um impulso para o
desenvolvimento da economia, educação, espiritualidade e cultura. Rus igualou-se
aos países monoteístas do mundo civilizado, aumentando o seu prestígio internacional.
Isto confirmou, em particular, os casamentos dinásticos: Yaroslav o Sábio casou-se
com a filha do rei da Suécia, irmã de Yaroslav tornou-se rainha da Polónia e
suas três filhas - rainhas da Hungria, Noruega e França.
Redação: Embaixada da Ucrânia no Brasil
PARA REFLETIR
v O dom da vida.
v A Ação de Graças pela vida.
v O propósito da vida.
v A Ação de Graças pela vida.
v O propósito da vida.
PENSAMENTO
“29. Não assuma prontamente ser
humilde de coração aquele que na aparência, vestes e na maneira de falar pareça
ser humilde, e não assuma, a menos que seja posto em prova, que aquele que fala
de grandezas com exaltação seja cheio de ostentação e vaidade. Pois “pelos seus
frutos os conhecereis” (Mt. 7, 16).
Philokalia, V4, pp. 115-116
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* Leituras conforme o Typikon do Patriarcado Ecumênico (Τυπικὸν τῆς Μεγάλης τοῦ Χριστοῦ ᾽Εκκλησίας): Typikon 28-jul-2013.
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