PATRIARCADO ECUMÊNICO DE CONSTANTINOPLA
Arquidiocese Ortodoxa Grega de Buenos Aires e América do Sul
Igreja Anunciação da Mãe de Deus
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Brasília, 13 de julho de 2014
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6º Domingo de Mateus
6º Domingo depois de
Pentecostes
13º Domingo depois da
Páscoa
Matinas
Tropário:
Nós, fiéis, louvemos e
adoremos o Verbo igualado ao Pai e ao Espírito na eternidade, que nasceu da
Virgem para nossa salvação, pois se dignou subir corporalmente à Cruz, suportar
a morte e ressuscitar os mortos com sua gloriosa Ressurreição.
Glória ao
Pai, ao Filho e ao Espírito Santo,
Nós, fiéis, louvemos e
adoremos o Verbo igualado ao Pai e ao Espírito na eternidade, que nasceu da
Virgem para nossa salvação, pois se dignou subir corporalmente à Cruz, suportar
a morte e ressuscitar os mortos com sua gloriosa Ressurreição.
Agora,
sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.
Theotokion:
Alegra-Te!
Porta invencível do Senhor.
Alegra-Te!
Muralha de proteção dos que recorrem a Ti!
Alegra-Te,
porto sereno que não conheceu as núpcias. Ó Tu, que deste à luz segundo a carne
ao Teu criador e Teu Deus, não cessai de interceder por aqueles que glorificam
e veneram o Senhor que nasceu de Ti.
Katisma:
Louvemos a cruz do
Senhor exaltemos, por nossos cantos, a Santa sepultura, glorifiquemos sua
divina ressurreição. Porque Ele é Deus e fez sair com Ele os mortos, de seus
túmulos, despojando a morte de seu império e o demêonto de seu poder e iluminou
todos aqueles que estavam nos infernos.
Glória ao Pai, ao Filho
e ao Espírito Santo.
Senhor, carregaste o
nome de morto. Tu que destruíste a morte.
Foste depositado no
sepulcro, Tu que esvaziaste os túmulos. Sobre a terra, os soldados guardavam
Teu túmulo, abaixo da terra despertaste os que dormiam desde os séculos. Senhor
todo poderoso, Senhor inconcebível.
Agora, sempre e pelos
séculos dos séculos.
Theotokion:
Alegra-te, ó montanha
santa que o Senhor transpôs! Alegra-te sarça ardente que não se consome.
Alegra-te único ponto do mundo em direção a Deus que introduz os mortais na
vida eterna! Alegra-te, ó puríssima, que, sem conhecer homem, deste à luz ao
salvador do mundo.
Divina Liturgia
Tropário da Ressurreição
- 5º tom:
Nós, fieis,
louvemos e adoremos ao Verbo igualado com o Pai e Espírito na eternidade,
nasceu da Virgem para nossa salvação, pois que se dignou subir corporalmente à
Cruz, suportar a morte e ressuscitar os mortos com sua gloriosa ressurreição.
Tropário
da Anunciação da Santa Mãe de Deus
- 4º tom:
É hoje o começo da nossa salvação
e a manifestação do mistério eterno.
O Filho de Deus torna-Se Filho da Virgem
e Gabriel anuncia a graça.
Por isso, cantamos com ele à Mãe de Deus:
“Salve, ó cheia de graça, o Senhor está
contigo!”.
Kondakion
– 5º tom:
Glória ao Pai + , ao Filho e ao Espírito Santo.
Desceste ao Hades, ó Salvador meu,
rompendo suas portas, Tu que és Todo-poderoso, levantaste contigo os mortos, ó
Criador, destruíste, ó Cristo, o aguilhão da morte, e libertaste também Adão da
maldição, Tu que amas a humanidade. Por isso, clamamos, Senhor, salva-nos!
Theotokion
– 5º tom:
Agora, sempre e pelos séculos dos
séculos. Amém
Alegra-te, ó Mãe de Deus, porta do
Senhor!
Alegra-te, amparo e proteção para os que
te procuram! Alegra-te, ó noiva, que em teu ventre geraste teu Criador e Deus!
Roga, sem cessar, por aqueles que
glorificam O que nasceu de ti.
Hino
à Mãe de Deus:
Ó Admirável e Protetora dos cristãos e
nossa Medianeira do Criador não desprezes as súplicas de nenhum de nós
pecadores, mas apressa-te em auxiliar-nos como Mãe bondosa que és, pois te
invocamos com fé: roga por nós junto de Deus, tu que defendes sempre aqueles
que te veneram.
Prokimenon:
Tu, Senhor, nos guardarás e nos
preservarás desta geração e para sempre.
Salva-me, Senhor, porque
o justo desapareceu, porque a verdade se extinguiu
entre os filhos dos homens.
Epístola Tg. 5, 10-20
Leitura da Carta de São Tiago.
Tomai, irmãos, por
modelo de paciência e de coragem os profetas, que falaram em nome do
Senhor. Vós sabeis que felicitamos os que suportam os sofrimentos de Jó.
Vós conheceis o fim em que o Senhor o colocou, porque o Senhor é misericordioso
e compassivo. Antes de mais nada, meus irmãos, abstende-vos de jurar. Não
jureis nem pelo céu nem pela terra, nem empregueis qualquer outra fórmula de
juramento. Que vosso sim, seja sim; que vosso não, seja não. Assim não caireis
ao golpe do julgamento. Alguém entre vós está triste? Reze! Está alegre?
Cante. Está alguém enfermo? Chame os sacerdotes da Igreja, e estes façam oração
sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor. A oração da fé salvará o
enfermo e o Senhor o restabelecerá. Se ele cometeu pecados, ser-lhe-ão perdoados. Confessai
os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros para serdes curados.
A oração do justo tem grande eficácia. Elias era um homem pobre como nós e
orou com fervor para que não chovesse sobre a terra, e por três anos e seis
meses não choveu. Orou de novo, e o céu deu chuva, e a terra deu o seu
fruto. Meus irmãos, se alguém fizer voltar ao bom caminho algum de vós que
se afastou para longe da verdade, saiba: aquele que fizer um pecador
retroceder do seu erro, salvará sua alma da morte e fará desaparecer uma
multidão de pecados.
Aleluia!
Aleluia, aleluia, aleluia!
Eu cantarei eternamente as tuas
misericórdias, Senhor; e anunciarei a tua verdade de geração em geração.
Aleluia, aleluia, aleluia!
Porque disseste: ”A misericórdia
elevar-se-á como um edifício eterno”, e nos céus a tua verdade será solidamente
estabelecida.
Aleluia, aleluia, aleluia!
Evangelho Mt
9, 1-8
Evangelho de Nosso Senhor Jesus + Cristo, segundo o Evangelista São Mateus:
E entrando Jesus num barco, passou para o
outro lado, e chegou à sua própria cidade. E eis que lhe trouxeram um
paralítico deitado num leito. Jesus, pois, vendo-lhes a fé, disse ao
paralítico: Tem ânimo, filho; perdoados são os teus pecados. E alguns dos
escribas disseram consigo: Este homem blasfema. Mas Jesus, conhecendo-lhes os
pensamentos, disse: Por que pensais o mal em vossos corações? Pois qual é mais
fácil? dizer: Perdoados são os teus pecados, ou dizer: Levanta-te e anda? Ora,
para que saibais que o Filho do homem tem sobre a terra autoridade para perdoar
pecados (disse então ao paralítico): Levanta-te, toma o teu leito, e vai para
tua casa. E este, levantando-se, foi para sua casa. E as multidões, vendo isso,
temeram, e glorificaram a Deus, que dera tal autoridade aos homens.
Sinaxe
«Meu
filho, coragem! Teus pecados te são perdoados»
A história do paralítico não se resume
apenas na cura de um homem que, de modo um tanto incomum, foi baixado pelo
telhado e posto diante de Jesus, porque havia tanta gente que não existia outro
jeito para chegar próximo do Senhor.
Um paralítico é uma pessoa portadora de
deficiência grave que impossibilita a mobilidade corporal, fazendo com que
dependa inteiramente do outro. E os que auxiliaram o paralítico a chegar perto
de Jesus, transportando-o, foram veículos da graça divina, do perdão dos
pecados e da cura dos males físicos que há muito tempo afligiam aquele homem.
Há uma quebra no desenvolvimento normal
dos acontecimentos: a provável expectativa de uma cena espetacular de cura é
surpreendida pela manifestação da Misericórdia Divina para com a fraqueza
humana. Antes mesmo que um pedido de perdão partisse do coração daquele que
sofria dos males da paralisia, Jesus perdoa seus pecados, conduzindo assim a
atenção de todos para a relação que se fazia na época: pecado e doença. Para os
Judeus toda enfermidade tinha origem moral e era causada pelo pecado pessoal ou
dos pais. (Sl 38 e 41) Se aquela doença era consequência do pecado, logo, seria
preciso eliminar o pecado para que a cura pudesse ser operada. Mas quem pode
perdoar os pecados senão Deus? Os escribas ficam, portanto, escandalizados com
a atitude de Jesus. Este homem blasfema, pensam!
Jesus, após perdoar seus pecados, cura-o
também de seus males físicos. E o paralítico levanta-se e sai à vista de todos.
É assim desfeita a objeção dos escribas ao fato invisível do perdão dos
pecados.
Se naquele tempo a noção de pecado era
distorcida, no mundo de hoje padecemos de uma generalizada e progressiva
banalização da mesma. Do “tudo é pecado” ao “Nada é pecado”. Privados da
experiência do perdão divino que é conforto para as nossas almas e
fortalecimento para o corpo, ficamos assim mais vulneráveis aos males físicos.
A Igreja, sinal e sacramento do perdão
divino, é lugar de conversão e perdão fraterno. Também é portadora da mensagem
do perdão que o Pai misericordioso quer estender a todos os filhos e filhas
para tê-los sempre próximos. E todos nós, tornados seus membros pelo batismo,
somos chamados a assumir, comunitária e individualmente, esta tarefa: ser
mensageiros do sacramento da misericórdia divina, instrumentos do amor
misericordioso que o Pai quer fazer chegar a todos.
Como aqueles bons homens que conduziram
até o Senhor o paralítico, nosso mundo precisa de cooperadores do bem, face à
multidão cada vez maior de atores ou meros espectadores do sofrimento e do mal.
Não apenas lamentar a presença do mal, mas assumir atitudes concretas que
ajudem a combatê-lo. Em última análise, não cooperar com o mal, não ser
coniventes com as múltiplas formas de mal que assolam nosso século, já é
cooperar para o bem. Sem, no entanto, esquecer jamais que, por mais que
façamos, é Cristo o Único e verdadeiro Libertador de todos os males que nos
oprimem.
"Os teus pecados te são
perdoados!" Não eram bem essas as palavras que esperavam ouvir do Mestre
aqueles letrados que o cercavam. Mal sabiam que, a pior opressão não é a
paralisia do corpo, mas aquela que imobiliza, engessa e atrofia o espírito e
endurece o coração. E, deste mal, eles é que necessitavam de ser curados.
E Jesus não para por aí: como se uma
coisa estivesse de fato associada à outra, comunica ao paralítico, antes, o
perdão de seus pecados, e liberta-o em seguida do mal que mantém paralisado o
seu corpo: “Levanta-te, toma teu leito e vai para casa!”
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