30 julho 2014

12º Domingo depois da Páscoa

PATRIARCADO ECUMÊNICO DE CONSTANTINOPLA
Arquidiocese Ortodoxa Grega de Buenos Aires e América do Sul
Igreja Anunciação da Mãe de Deus
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Brasília, 13 de julho de 2014
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5º Domingo de Mateus
5º Domingo depois de Pentecostes
12º Domingo depois da Páscoa



Matinas

Tropário:
As discípulas do Senhor aprenderam do Anjo a anunciar jubilosamente a ressurreição e rejeitaram a sentença dos nossos primeiros pais e conversaram com os Apóstolos, orgulhosas, dizendo: A morte já é cativa e o Cristo Deus já ressuscitou, dando ao mundo grande misericórdia.

Glória ao Pai +, ao Filho e ao Espírito Santo,

As discípulas do Senhor aprenderam do Anjo a anunciar jubilosamente a ressurreição e rejeitaram a sentença dos nossos primeiros pais e conversaram com os Apóstolos, orgulhosas, dizendo: A morte já é cativa e o Cristo Deus já ressuscitou, dando ao mundo grande misericórdia.

Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.

Theotokion:
Mistério desconhecido dos anjos; mistério oculto desde toda a eternidade; ó virgem, por Ti Deus se revelou a todos os habitantes da terra; uniu-se à carne sem corrupção, e livremente aceitou a cruz por nós; ressuscitou o primeiro homem e salvou nossas almas da morte.

Katisma:
As santas mulheres olharam para a entrada do túmulo, mas, não poderam suportar o brilho flamejante do anjo. Assustadas e tremendo, elas diziam: "Roubaram aquele que abriu as portas do céu ao bom ladrão? Será que ressuscitou Aquele que, antes de sua paixão, havia proclamado sua ressurreição? Em verdade, o Cristo, nosso Deus, ressuscitou dando aos que estavam no inferno. A vida e a ressurreição."

Glória ao Pai +, Filho e ao Espírito Santo. 

Ó meu salvador, livremente escolheste a cruz. Homens mortais Te colocaram em um sepulcro novo, a Ti que com Tua palavra, estabeleceste os .confins do universo. Despojaste a morte e todos os habitantes dos infernos cantam a Tua vivificante ressurreição, clamando: "Cristo ressuscitou, ele que é o dispensador da vida e permanece pelos séculos dos séculos."

Agora, sempre e pelos séculos dos séculos.

Theotokion:
Os coros dos anjos, ó puríssima, ficaram tomados de terror, diante do terrível mistério do teu parto. Como tu tens em teus braços Aquele que, com um só gesto tem todo o universo? Como Aquele que existe antes dos séculos, nasce e se alimenta de teu leite, aquele que cuja inefável bondade alimenta todo o ser vivente? Os anjos te bendizem e te proclamam a verdadeira Mãe de Deus.



Evangelho                                                                                         Jo 20, 11-18
Evangelho de Nosso Senhor Jesus + Cristo, segundo o Evangelista São João.

Entretanto, Maria se conservava do lado de fora perto do sepulcro e chorava. Chorando, inclinou-se para olhar dentro do sepulcro. Viu dois anjos vestidos de branco, sentados onde estivera o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. Eles lhe perguntaram: Mulher, por que choras? Ela respondeu: Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram. Ditas estas palavras, voltou-se para trás e viu Jesus em pé, mas não o reconheceu. Perguntou-lhe Jesus: Mulher, por que choras? Quem procuras? Supondo ela que fosse o jardineiro, respondeu: Senhor, se tu o tiraste, dize-me onde o puseste e eu o irei buscar. Disse-lhe Jesus: Maria! Voltando-se ela, exclamou em hebraico: Rabôni! (que quer dizer Mestre). Disse-lhe Jesus: Não me retenhas, porque ainda não subi a meu Pai, mas vai a meus irmãos e dize-lhes: Subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus. Maria Madalena correu para anunciar aos discípulos que ela tinha visto o Senhor e contou o que ele lhe tinha falado.


Divina Liturgia

Tropário da Ressurreição - 4º tom:
As discípulas do Senhor aprenderam do Anjo a anunciar jubilosamente a ressurreição e rejeitaram a sentença dos nossos primeiros pais e conversaram com os Apóstolos, orgulhosas, dizendo: A morte já é cativa e o Cristo Deus já ressuscitou, dando ao mundo grande misericórdia.

Tropário da Festa – 8º tom:
Tu és digno de toda glória, ó Cristo nosso Deus, pois constituíste os nossos padres como astros sobre a terra, e por eles nos guiaste a todos à verdadeira fé. Ó cheio de compaixão, glória a Ti!

Kondakion – 4º tom:
Glória ao Pai +, ao Filho e ao Espírito Santo.

O Salvador e Redentor meu, sendo Deus, rompeu as portas do Hades, libertando de suas cadeias os habitantes da terra, e, sendo Soberano, ressuscitou ao terceiro dia.

Theotokion – 4º tom:
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém

O mistério eternamente oculto e dos anjos desconhecido, através de ti, ó Mãe de Deus, encarnando-se, apareceu na terra, voluntariamente aceitou a Cruz, e com ela ressuscitou o primeiro criado, e salvou da morte as nossas almas.

 Kondakion da Festa:
A pregação dos apóstolos e os ensinamentos dos padres firmaram uma só fé na Igreja; a qual, revestida do manto da verdade, tecido com a ciência teológica revelada, distribui sabiamente e glorifica o grande mistério da piedade.

Hino à Mãe de Deus:
Ó Admirável e Protetora dos cristãos e nossa Medianeira do Criador não desprezes as súplicas de nenhum de nós pecadores, mas apressa-te em auxiliar-nos como Mãe bondosa que és, pois te invocamos com fé: roga por nós junto de Deus, tu que defendes sempre aqueles que te veneram.

Prokimenon:
Quão magníficas são as tuas obras, Senhor, fizeste com sabedoria todas as coisas. (Sl 104,24)

Bendize ó minha alma o Senhor Senhor, como Tu és grandioso. (Sl 104,1)

Epístola                                                                                                Tit 3: 8-15
Leitura a Carta de São Paulo a Tito. 

Irmãos, libertados do pecado, vos tornastes servos Irmãos, Fiel é esta palavra, e quero que a proclames com firmeza para que os que crêem em Deus procurem aplicar-se às boas obras. Essas coisas são boas e proveitosas aos homens. Mas evita questões tolas, genealogias, contendas e debates acerca da lei; porque são coisas inúteis e vãs. Ao homem faccioso, depois da primeira e segunda admoestação, evita-o, sabendo que esse tal está pervertido, e vive pecando, e já por si mesmo está condenado. Quando te enviar Ártemas, ou Tíquico, apressa-te a vir ter comigo a Nicópolis; porque tenho resolvido invernar ali. Ajuda com empenho a Zenas, doutor da lei, e a Apolo, para que nada lhes falte na sua viagem. Que os nossos também aprendam a aplicar-se às boas obras, para suprir as coisas necessárias, a fim de que não sejam infrutuosos. Saúdam-te todos os que estão comigo. Saúda aqueles que nos amam na fé. A graça seja com todos vós.

Aleluia!

Aleluia, aleluia, aleluia! 

Teus são os céus e tua é a terra
fundaste o mundo e tudo o que ele contém.
Aleluia, aleluia, aleluia!

Feliz o povo que tem o Senhor por seu Deus.

Aleluia, aleluia, aleluia!

Evangelho                                                                                         Mt 5: 14-19
Evangelho de Nosso Senhor Jesus + Cristo, segundo o Evangelista São Mateus: 

Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; nem os que acendem uma candeia a colocam debaixo do alqueire, mas no velador, e assim ilumina a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus. Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim destruir, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, de modo nenhum passará da lei um só i ou um só til, até que tudo seja cumprido. Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus.

Sinaxe
«Os Santos Padres dos Seis Primeiros Concílios Ecumênicos»

Neste Domingo a Igreja celebra os Santos Padres dos primeiros seis concílios: Nicéia (325); Constantinopla (381); Éfeso (431); Calcedônia (451); Constantinopla (553) Constantinopla (681).

«Nestes históricos encontros realizados pela Igreja, estão alicerçados os pilares da fé cristã sobre os quais estão edificadas as verdades incontestáveis da revelação de Deus». (Santo Atanásio).

«A Igreja que vive nos dias atuais, enfrentando tantas adversidades, reporta-se constantemente às límpidas fontes das verdades promulgadas nos primeiros concílios, para permanecer fiel ao seu caráter de catolicidade e apostolicidade. Assim, mesmo que não seja compreendida pelo mundo, conservar-se-á pura sem correr riscos de se desviar da reta doutrina. Mesmo que o mundo lhe implore para que ela se adéqüe às exigências da modernidade, a intransigência será sua marca e salvação. A essência da verdade não é objeto de mudanças, pois assim sendo, deixa de ser essência. Logo não existe a verdade. Quando defendemos a verdade, naturalmente, queremos honrar a essência que dela foi gerada. Os Primeiros seis Concílios da Igreja revelaram ao mundo as verdades de nossa fé. 

Sobre estas verdades foram edificadas doutrinas, dogmas, conceitos, regras, orações, cânticos, Liturgias, Ofícios religiosos, etc. Por isso, a Igreja bebendo das águas puras e refrescantes da fonte de sua tradição continuará incólume , pois ela guarda um grande tesouro, mesmo que em vasos de argila». (J. Danielou).

Celebrar, portanto, os Santos Padres do Seis Primeiros Concílios Ecumênicos é celebrar a nossa fé cristã na sua pureza, isto é, na sua ortodoxia.

O Primeiro Concílio Ecumênico realizou-se na cidade de Nicéia, no ano 325, atendendo a um pedido do imperador Constantino Magno. Deliberou sobre o erro de Ário, sacerdote de Alexandria, que se referia a Jesus Cristo somente como um homem inspirado por Deus e não a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade. Assim as idéias de Ário foram condenadas como doutrina errônea e foram criados os sete primeiros pontos do Credo que professamos.

O Segundo Concílio Ecumênico realizou-se no ano 381, conhecido como Constantinopla I, que foi convocado pelo imperador Teodósio e que condenou outro erro grave de Macedônio, Arcebispo de Constantinopla, que negava que o Espírito Santo fosse Deus, quer dizer, a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, que é a base da fé cristã. Neste Concílio completou-se o Credo - " Niceno-Constantinopolitano", o que se professa até hoje.

O Terceiro Concílio Ecumênico realizou-se em Éfeso, no ano 431, convocado pelo imperador Teodósio II, no seu nome e do imperador Valentiniano III do Império Romano Ocidental, para condenar Nestório, Arcebispo de Constantinopla, que propagava a crença de que a Virgem Maria não era Mãe de Deus, quer dizer da Segunda Pessoa de Deus, mas somente de um homem chamado Jesus, mais uma vez negando a divindade do Senhor Jesus. De acordo com Nestório, o homem chamado Jesus era simplesmente unido a Deus de modo espiritual e não era necessariamente o seu Filho.

O Quarto Concílio Ecumênico realizou-se em Calcedônia, no ano 451, convocado pelo imperador Marquiano, no seu nome e do imperador do Império Romano Ocidental. Este Concílio julgou Eutiques, monge de Constantinopla, que combateu Nestório de maneira equivocada, negando a humanidade de Jesus que está bem clara nas Sagradas Escrituras. Esta doutrina errônea chama-se Monofisitismo que vem do grego e significa "uma só natureza". Neste Concílio foi definitivamente estabelecido que Jesus tem duas naturezas, a Divina e a humana, sendo perfeitamente homem e Perfeitamente Deus.

O Quinto Concílio Ecumênico, Constantinopla II, realizou-se no ano 553. Foi convocado pelo imperador Justiniano. Este Concílio condenou as obras escritas pelos seguidores do herege Nestório.

O Sexto Concílio Ecumênico, Constantinopla III, realizou-se no ano 680. Foi convocado pelo imperador Constantino, Barbudo. Este Concílio combateu a corrente chamada Monotelista, que defendia a idéia de Cristo ter uma só vontade, a Divina, e que a vontade humana estava perfeita e absolutamente sujeita a esta Vontade Divina. Na verdade, a dualidade de vontades em Jesus Cristo não é contrariada uma pela outra, estando a vontade humana sujeita a Vontade Divina. (Lc 22,42). É nesta época que surge, historicamente, o Islamismo, analisado neste Concílio. Outro objeto de análise foi o destaque dado às novas Regras Apostólicas, transformadas no principal documento legislativo da Santa Igreja Ortodoxa (Nono Cânon).

O Sétimo e último Concílio Ecumênico, Nicéia lI, realizou-se no ano 787. Foi convocado pela imperatriz Irene, em seu nome e do seu filho Constantino, para condenar um grupo de iconoclastas que queriam proibir a veneração das santos Ícones. Neste Concílio definiu-se e deliberou-se a doutrina ortodoxa da veneração dos Ícones.

Protopresbítero Nicolás Milus

Fonte: Benoit, André. A Atualidade dos Pais da Igreja. Ed.Aste 196. 

26 julho 2014

13º Domingo depois da Páscoa


PATRIARCADO ECUMÊNICO DE CONSTANTINOPLA
Arquidiocese Ortodoxa Grega de Buenos Aires e América do Sul
Igreja Anunciação da Mãe de Deus
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Brasília, 13 de julho de 2014
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6º Domingo de Mateus
6º Domingo depois de Pentecostes
13º Domingo depois da Páscoa


Matinas

Tropário:

Nós, fiéis, louvemos e adoremos o Verbo igualado ao Pai e ao Espírito na eternidade, que nasceu da Virgem para nossa salvação, pois se dignou subir corporalmente à Cruz, suportar a morte e ressuscitar os mortos com sua gloriosa Ressurreição.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo,

Nós, fiéis, louvemos e adoremos o Verbo igualado ao Pai e ao Espírito na eternidade, que nasceu da Virgem para nossa salvação, pois se dignou subir corporalmente à Cruz, suportar a morte e ressuscitar os mortos com sua gloriosa Ressurreição.
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.

Theotokion:
Alegra-Te! Porta invencível do Senhor.
Alegra-Te! Muralha de proteção dos que recorrem a Ti!
Alegra-Te, porto sereno que não conheceu as núpcias. Ó Tu, que deste à luz segundo a carne ao Teu criador e Teu Deus, não cessai de interceder por aqueles que glorificam e veneram o Senhor que nasceu de Ti.

Katisma:
Louvemos a cruz do Senhor exaltemos, por nossos cantos, a Santa sepultura, glorifiquemos sua divina ressurreição. Porque Ele é Deus e fez sair com Ele os mortos, de seus túmulos, despojando a morte de seu império e o demêonto de seu poder e iluminou todos aqueles que estavam nos infernos.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.

Senhor, carregaste o nome de morto. Tu que destruíste a morte.
Foste depositado no sepulcro, Tu que esvaziaste os túmulos. Sobre a terra, os soldados guardavam Teu túmulo, abaixo da terra despertaste os que dormiam desde os séculos. Senhor todo poderoso, Senhor inconcebível.
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos.

Theotokion:
Alegra-te, ó montanha santa que o Senhor transpôs! Alegra-te sarça ardente que não se consome. Alegra-te único ponto do mundo em direção a Deus que introduz os mortais na vida eterna! Alegra-te, ó puríssima, que, sem conhecer homem, deste à luz ao salvador do mundo.


Divina Liturgia

Tropário da Ressurreição - 5º tom:
Nós, fieis, louvemos e adoremos ao Verbo igualado com o Pai e Espírito na eternidade, nasceu da Virgem para nossa salvação, pois que se dignou subir corporalmente à Cruz, suportar a morte e ressuscitar os mortos com sua gloriosa ressurreição.

Tropário da Anunciação da Santa Mãe de Deus - 4º tom:
É hoje o começo da nossa salvação
e a manifestação do mistério eterno.
O Filho de Deus torna-Se Filho da Virgem
e Gabriel anuncia a graça.
Por isso, cantamos com ele à Mãe de Deus:
“Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo!”.

Kondakion – 5º tom:
Glória ao Pai + , ao Filho e ao Espírito Santo.
Desceste ao Hades, ó Salvador meu, rompendo suas portas, Tu que és Todo-poderoso, levantaste contigo os mortos, ó Criador, destruíste, ó Cristo, o aguilhão da morte, e libertaste também Adão da maldição, Tu que amas a humanidade. Por isso, clamamos, Senhor, salva-nos!

Theotokion – 5º tom:
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém
Alegra-te, ó Mãe de Deus, porta do Senhor!
Alegra-te, amparo e proteção para os que te procuram! Alegra-te, ó noiva, que em teu ventre geraste teu Criador e Deus!
Roga, sem cessar, por aqueles que glorificam O que nasceu de ti.

Hino à Mãe de Deus:
Ó Admirável e Protetora dos cristãos e nossa Medianeira do Criador não desprezes as súplicas de nenhum de nós pecadores, mas apressa-te em auxiliar-nos como Mãe bondosa que és, pois te invocamos com fé: roga por nós junto de Deus, tu que defendes sempre aqueles que te veneram.

Prokimenon:
Tu, Senhor, nos guardarás e nos preservarás desta geração e para sempre.
Salva-me, Senhor, porque o justo desapareceu, porque a verdade se extinguiu entre os filhos dos homens.


Epístola                                                                                              Tg. 5, 10-20
Leitura da Carta de São Tiago.

Tomai, irmãos, por modelo de paciência e de coragem os profetas, que falaram em nome do Senhor. Vós sabeis que felicitamos os que suportam os sofrimentos de Jó. Vós conheceis o fim em que o Senhor o colocou, porque o Senhor é misericordioso e compassivo. Antes de mais nada, meus irmãos, abstende-vos de jurar. Não jureis nem pelo céu nem pela terra, nem empregueis qualquer outra fórmula de juramento. Que vosso sim, seja sim; que vosso não, seja não. Assim não caireis ao golpe do julgamento. Alguém entre vós está triste? Reze! Está alegre? Cante. Está alguém enfermo? Chame os sacerdotes da Igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor. A oração da fé salvará o enfermo e o Senhor o restabelecerá. Se ele cometeu pecados, ser-lhe-ão perdoados. Confessai os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros para serdes curados. A oração do justo tem grande eficácia. Elias era um homem pobre como nós e orou com fervor para que não chovesse sobre a terra, e por três anos e seis meses não choveu. Orou de novo, e o céu deu chuva, e a terra deu o seu fruto. Meus irmãos, se alguém fizer voltar ao bom caminho algum de vós que se afastou para longe da verdade, saiba: aquele que fizer um pecador retroceder do seu erro, salvará sua alma da morte e fará desaparecer uma multidão de pecados.

Aleluia!
Aleluia, aleluia, aleluia!
Eu cantarei eternamente as tuas misericórdias, Senhor; e anunciarei a tua verdade de geração em geração.
Aleluia, aleluia, aleluia!

Porque disseste: ”A misericórdia elevar-se-á como um edifício eterno”, e nos céus a tua verdade será solidamente estabelecida.
Aleluia, aleluia, aleluia!

Evangelho                                                                                              Mt 9, 1-8
Evangelho de Nosso Senhor Jesus + Cristo, segundo o Evangelista São Mateus:

E entrando Jesus num barco, passou para o outro lado, e chegou à sua própria cidade. E eis que lhe trouxeram um paralítico deitado num leito. Jesus, pois, vendo-lhes a fé, disse ao paralítico: Tem ânimo, filho; perdoados são os teus pecados. E alguns dos escribas disseram consigo: Este homem blasfema. Mas Jesus, conhecendo-lhes os pensamentos, disse: Por que pensais o mal em vossos corações? Pois qual é mais fácil? dizer: Perdoados são os teus pecados, ou dizer: Levanta-te e anda? Ora, para que saibais que o Filho do homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados (disse então ao paralítico): Levanta-te, toma o teu leito, e vai para tua casa. E este, levantando-se, foi para sua casa. E as multidões, vendo isso, temeram, e glorificaram a Deus, que dera tal autoridade aos homens.

Sinaxe
«Meu filho, coragem! Teus pecados te são perdoados»

A história do paralítico não se resume apenas na cura de um homem que, de modo um tanto incomum, foi baixado pelo telhado e posto diante de Jesus, porque havia tanta gente que não existia outro jeito para chegar próximo do Senhor.
Um paralítico é uma pessoa portadora de deficiência grave que impossibilita a mobilidade corporal, fazendo com que dependa inteiramente do outro. E os que auxiliaram o paralítico a chegar perto de Jesus, transportando-o, foram veículos da graça divina, do perdão dos pecados e da cura dos males físicos que há muito tempo afligiam aquele homem.
Há uma quebra no desenvolvimento normal dos acontecimentos: a provável expectativa de uma cena espetacular de cura é surpreendida pela manifestação da Misericórdia Divina para com a fraqueza humana. Antes mesmo que um pedido de perdão partisse do coração daquele que sofria dos males da paralisia, Jesus perdoa seus pecados, conduzindo assim a atenção de todos para a relação que se fazia na época: pecado e doença. Para os Judeus toda enfermidade tinha origem moral e era causada pelo pecado pessoal ou dos pais. (Sl 38 e 41) Se aquela doença era consequência do pecado, logo, seria preciso eliminar o pecado para que a cura pudesse ser operada. Mas quem pode perdoar os pecados senão Deus? Os escribas ficam, portanto, escandalizados com a atitude de Jesus. Este homem blasfema, pensam!
Jesus, após perdoar seus pecados, cura-o também de seus males físicos. E o paralítico levanta-se e sai à vista de todos. É assim desfeita a objeção dos escribas ao fato invisível do perdão dos pecados.
Se naquele tempo a noção de pecado era distorcida, no mundo de hoje padecemos de uma generalizada e progressiva banalização da mesma. Do “tudo é pecado” ao “Nada é pecado”. Privados da experiência do perdão divino que é conforto para as nossas almas e fortalecimento para o corpo, ficamos assim mais vulneráveis aos males físicos.
A Igreja, sinal e sacramento do perdão divino, é lugar de conversão e perdão fraterno. Também é portadora da mensagem do perdão que o Pai misericordioso quer estender a todos os filhos e filhas para tê-los sempre próximos. E todos nós, tornados seus membros pelo batismo, somos chamados a assumir, comunitária e individualmente, esta tarefa: ser mensageiros do sacramento da misericórdia divina, instrumentos do amor misericordioso que o Pai quer fazer chegar a todos.
Como aqueles bons homens que conduziram até o Senhor o paralítico, nosso mundo precisa de cooperadores do bem, face à multidão cada vez maior de atores ou meros espectadores do sofrimento e do mal. Não apenas lamentar a presença do mal, mas assumir atitudes concretas que ajudem a combatê-lo. Em última análise, não cooperar com o mal, não ser coniventes com as múltiplas formas de mal que assolam nosso século, já é cooperar para o bem. Sem, no entanto, esquecer jamais que, por mais que façamos, é Cristo o Único e verdadeiro Libertador de todos os males que nos oprimem.
"Os teus pecados te são perdoados!" Não eram bem essas as palavras que esperavam ouvir do Mestre aqueles letrados que o cercavam. Mal sabiam que, a pior opressão não é a paralisia do corpo, mas aquela que imobiliza, engessa e atrofia o espírito e endurece o coração. E, deste mal, eles é que necessitavam de ser curados.
E Jesus não para por aí: como se uma coisa estivesse de fato associada à outra, comunica ao paralítico, antes, o perdão de seus pecados, e liberta-o em seguida do mal que mantém paralisado o seu corpo: “Levanta-te, toma teu leito e vai para casa!”


05 julho 2014

Sagração do Novo Bispo Católico da ilha de Siro

Sagrado novo Bispo Católico, ontem, dia 02 de julho, na ilha de Siro, onde metade da população é ortodoxa e a outra católica. O novo bispo da diocese de Siro, 51 anos, grego de Ermoupolis, chama-se Pedro Stéfanou.

Esteve presente na Kirotonia de sagração episcopal o metropolita ortodoxo da Ilha, Kirios Dositheo, que em sua homilia realçou a convivências entre as igrejas irmãs ali e gritou juntamente com a comunidade presente o "AXIOS".

Προσευχόμεθα τά ἔτη σας νά εἶναι ἔτι πολλά, ὑγιεινά καί εὐλογημένα παρά Κυρίου!


Fonte: Blog Pe. Basilio