29 junho 2015

4º Domingo de Mateus


PATRIARCADO ECUMÊNICO DE CONSTANTINOPLA
Arquidiocese Ortodoxa Grega de Buenos Aires e América do Sul
Igreja Anunciação da Mãe de Deus
SGAN - Quadra 910 - Módulo ‘’B’’ - CEP: 70.790-100 - Brasília-DF
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Brasília, 28 de junho de 2015.
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4º Domingo de Mateus


(4º depois de Pentecostes - Modo 3)


Memória dos santos, gloriosos e milagrosos Anárguiros, Ciro e João.





Matinas


Tropário:
Exultem os seres celestes e alegrem-se os terrestres, pois o Senhor demonstrou o poder de Seu braço, pisou a morte com a morte, tornando-Se o primogênito dos que morreram, nos livrou do seio do inferno e deu ao mundo a grande misericórdia.
Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo,

Exultem os seres celestes e alegrem-se os terrestres, pois o Senhor demonstrou o poder de Seu braço, pisou a morte com a morte, tornando-Se o primogênito dos que morreram, nos livrou do seio do inferno e deu ao mundo a grande misericórdia.
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.

Theotokion:
Nós Te cantamos, virgem Mãe de Deus, pois permitiste a salvação de nosso povo. O Senhor, nosso Deus, Teu filho segundo a carne que recebeu de Ti, sofreu a paixão sobre a cruz e nos libertou da corrupção, por que ele é amigo do homem.

Katisma:
Cristo ressuscitou dentre os mortos, como primícias dos que estavam adormecidos. Primogênito de toda a criação e autor de todos os seres, Nele mesmo renovou nossa natureza arruinada pela corrupção. Ó morte, Tu já não reinas, porque o Senhor do universo destruiu teu reino.

Glória ao pai , ao Filho e ao Espírito Santo.
Senhor, em Teu corpo experimentaste a morte e por Tua ressurreição suprimiste a tristeza, tornaste o homem vencedor da morte e o reergueste da antiga doença que o massacrava.
Protetor de nossa vida, Senhor, glória a Ti.
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.

Theotokion:
O Esplendor da Tua virgindade, ó Mãe de Deus, e o brilho de Tua pureza deslumbraram Gabriel que exclamou: “Que elogio poderei oferecer que seja digno de Ti, de que nome Te chamarei? Eu estou na incerteza e no temor, mas, seguindo a ordem recebida, eu clamo: Ave, cheia de graça!

Ypakoí:
O anjo resplandecente fez com que as portadoras de aromas se maravilhassem quando o contemplaram, e o orvalho de suas palavras caiu sobre elas quando ele dizia: porque procurais o Vivo no túmulo? Ele Que esvaziou os túmulos ressuscitou. Sabei que Ele que mudou a corrupção é sem mudança! Cantai a Deus: Quão maravilhosas são as Tuas obras! Pois Ele salvou a humanidade.

Antífona:
Arrancaste da Babilônia, cativos de Sião. Quanto a mim, do fundo de minha paixão, ó verbo tirai-me para a vida. Aqueles que em pleno meio-dia semeiam entre lágrimas divinas, colherão com alegria as espigas e a vida sem fim.
Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo, agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.
No Espírito Santo, brilhante da sabedoria e santidade, é Ele que dá existência a toda a criatura. Adoremo-Lo, porque Ele é Deus, adoremo-Lo com o Pai e o Verbo.

Prokimenon:
Clamai as nações: o Senhor reina. Ele estabeleceu o mundo que não será mais abalado. (2 vezes).

Stichos:
Cantai ao Senhor um cântico novo (repete a primeira).

Evangelho:                                                                                         Lc 24, 1-12
Evangelho de Nosso Senhor Jesus  Cristo, segundo o Evangelista São Lucas.

No primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado, e algumas outras com elas. E acharam a pedra revolvida do sepulcro. E, entrando, não acharam o corpo do Senhor Jesus. E aconteceu que, estando elas muito perplexas a esse respeito, eis que pararam junto delas dois homens, com vestes resplandecentes. E, estando elas muito atemorizadas, e abaixando o rosto para o chão, eles lhes disseram: "Por que buscais o vivente entre os mortos? Não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galiléia, dizendo: convém que o Filho do homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e ao terceiro dia ressuscite". E lembraram-se das suas palavras. E, voltando do sepulcro, anunciaram todas estas coisas aos onze e a todos os demais. E eram Maria Madalena, e Joana, e Maria, mãe de Tiago, e as outras que com elas estavam, as que diziam estas coisas aos apóstolos. E as suas palavras lhes pareciam como desvario, e não as creram. Pedro, porém, levantando-se, correu ao sepulcro e, abaixando-se, viu só os lençóis ali postos; e retirou-se, admirando consigo aquele caso.

Kondakion:
Meu Salvador e meu libertador, saiu do sepulcro desligou e ressuscitou todos os habitantes da terra, Ele o boníssimo, Ele o nosso Deus.
Ele destruiu as portas do inferno. O Senhor de todas as coisas ressuscitou ao terceiro dia.

Ikós:
Cristo doador da vida, ressuscitou dos mortos, depois de três dias, deixou seu túmulo e em sua força,
“Ele quebrou as portas da morte condenou o inferno destruindo a morte e libertando Adão e Eva.
Habitantes da terra, celebremo-Lo e rendemos-lhes graças; clamemos, sem cessar seu louvor.
Três dias sepultado, Ele ressuscitou porque Ele é o único forte, o único Deus, o único Senhor.

Exapostilário:
Tornemo-nos iluminados pelas virtudes para poder ver os dois homens vestidos com roupas brilhantes dentro do túmulo do doador da vida, que apareceram às portadoras de mirra, fazendo-as compreender a ressurreição do celestial Senhor. Correndo com Pedro ao túmulo, elas puderam ver o estranho acontecimento: O Cristo com vida!

Theotokion:
Ó Senhor, quando clamaste, nos trouxeste alegria compensando a tristeza dos primeiros anos; com a Tua ressurreição alegras-Te o mundo. Por isso, ó doador da vida, pela intercessão de Tua Mãe, envia-nos uma luz que ilumine os nossos corações; luz de Tua piedade, para clamar a Ti, ó amigo dos homens, ó Senhor encarnado, glória a Ti.


Laudes:
1º Tu, que suportaste a cruz e a morte; Tu, que ressuscitaste dos mortos, Cristo, ó Senhor todo poderoso, nós glorificamos a Tua ressurreição.

2º Cristo, Tu me livraste por Tua cruz da antiga maldição. E por Tua morte, reduziste à impotência o demônio, tirano de nossa raça. Por Tua ressurreição tornaste repletas de alegria todas as coisas. Nós também Te clamamos: “Senhor, ressuscitado dos mortos, glória a Ti!”.

3º Por Tua cruz, ó Cristo Salvador, conduze-nos à Tua verdade e livra-nos das ciladas do inimigo. Ressuscitado dos mortos, perdoa nossos pecados, estende Teu braço, Senhor, amigo do homem, pelas intercessões de Teus santos.

4º Sem deixar o seio de Teu Pai, ó Filho único e Verbo de Deus, por amor ao homem, vieste à Terra; Tu Te tornaste homem sem Te alterar e na Tua carne assumiste a cruz e a morte; Tu, o Deus impassível ressuscitaste dos mortos e deste a imortalidade ao gênero humano, porque és o único todo poderoso.

5ºÓ Salvador, Tu dignaste sofrer a morte em Teu corpo e nos trouxeste a imortalidade. Permaneceste no túmulo para nos livrar do inferno e nos ressuscitar contigo. Como verdadeiro homem sofreste a paixão; como verdadeiro Deus, ressuscitaste dos mortos; nós Te clamamos: “Glória a Ti, doador da vida, Senhor, único amigo do homem”.

6º Ó Salvador, as pedras se fenderam quando a Tua cruz foi implantada no gólgota; os guardas tremeram às portas do inferno quando foste colocado no túmulo como morto; porque aniquilaste a força da morte, dando a incorruptibilidade a todos os mortos por Tua ressurreição, ó Salvador; Senhor, doador da vida, glória a Ti!

As Santas mulheres, ó Cristo, ó Deus, quiseram ver a Tua ressurreição. Maria Madalena foi a primeira a chegar; ela encontrou a pedra do túmulo rolada e um anjo sentado que lhe diz: “Porque procurais o vivo entre os mortos? Ele é Deus. Ele ressuscitou para salvar todos os seres”.

Onde está Jesus que pensais deter? Falai, ó judeus; onde está Aquele que havíeis colocado no túmulo? Sobre quem havíeis selado a pedra? Dai-nos o sepultado ou crede no ressuscitado! Vós silenciais a ressurreição do Senhor, mas as pedras gritam, e, em primeiro lugar, a pedra rolada da porta do túmulo! Grande é a Tua graça, grande é o mistério da Tua encarnação, ó nosso Salvador, glória a Ti!


Eothinon:
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.
Ó Cristo, as mulheres foram de madrugada ao Teu Sepulcro, mas elas não encontraram o Teu corpo; estando espantadas, lhes apareceu um anjo com vestes brilhantes e disse-lhes: “Porque procuram o vivo dentre os mortos? Ele ressuscitou como havia prometido. Porque esqueceste suas palavras?”. Elas, com confiança, anunciaram aos discípulos tudo o que viram, porém eles receberam tal notícia com zombaria, porque duvidaram. Mas Pedro correu ao Sepulcro e viu o que tinha acontecido e, maravilhado, glorificou os Teus milagres.
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.

Theotokion:
Bendita e venerável és Tu, ó Mãe de Deus, em cujo seio se encarnou Aquele que visitou o inferno, libertando Adão e Eva da maldição, destruindo a morte e dando a vida a todos nós.
Por isso bendirei o Cristo em qualquer tempo, e sempre o Seu louvor estará em minha boca (2 vezes).

Euzina:
As mulheres vieram a Teu sepulcro de madrugada, oh Cristo, e não encontraram Teu querido corpo e confusas depararam-se com os anjos em vestes brilhantes que lhes disseram. “Porque buscai o vivo entre os mortos?” Ressuscitou como havia predito. Porque esqueceste Suas palavras? E quando se asseguraram de sua palavra anunciaram aos discípulos o que viram, porém esse anúncio foi tomado com um delírio, porque até então eles não haviam entendido. Mas Pedro foi apressadamente e viu, creu e glorificou dentro de si Teus milagres.
Hoje é a salvação do mundo. Louvemos Aquele que ressuscitou do túmulo, dando-nos origem a uma nova vida, porque anulou a morte com a Sua morte e nos concedeu a misericórdia de obter essa grande vitória.















Divina Liturgia


Anunciação - Modo 4:
É hoje o começo da nossa salvação e a manifestação do mistério eterno.
O Filho de Deus torna-Se Filho da Virgem e Gabriel anuncia a graça.
Por isso, cantamos com ele à Mãe de Deus:
“Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo!”


Tropário da Ressurreição – 3º tom:
Exultem os seres celestes e alegrem-se os terrestres, pois o Senhor demonstrou o poder de Seu braço, pisou a morte com a morte, tornando-Se o primogênito dos que morreram, nos livrou do seio do inferno e deu ao mundo a grande misericórdia.


Kondakion - 3º tom:
Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo.
Hoje te levantaste da tumba, ó Compassivo, e nos conduziste para fora das portas da morte, Hoje Adão dança e Eva se regozija e com eles os Profetas e os Patriarcas louvam sem cessar o divino poder de tua autoridade.


Theotokion - 3º tom:
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém
Tu, que te preocupavas com a salvação do gênero humano a ti cantamos, Virgem Mãe de Deus! Teu Filho e nosso Deus, com o puríssimo corpo recebido de ti, padecendo os sofrimentos da cruz livrou-nos da
niqüidade, Ele, o amigo dos seres humanos.


Hino á Mãe de Deus:
Ó Admirável e Protetora dos cristãos e nossa Medianeira do Criador não desprezes as súplicas de nenhum de nós pecadores, mas apressa-te em auxiliar-nos como Mãe bondosa que és, pois te invocamos com fé:roga por nós junto de Deus, tu que defendes sempre aqueles que te veneram.


Prokimenon:
Cantai salmos ao nosso Deus, cantai; cantai salmos ao nosso Rei, cantai!
Nações, aplaudi todas com as mãos, clamai a Deus com vozes alegres.

Epístola:                                                                                 Rm 6, 18-23
Leitura do Apostolo São Paulo aos Romanos:

Irmãos, libertados do pecado, vos tornastes servos da justiça. Vou-me servir de linguagem corrente entre os homens, por causa da fraqueza da vossa carne. Pois, como pusestes os vossos membros a serviço da impureza e do mal para cometer a iniquidade, assim ponde agora os vossos membros a serviço da justiça para chegar à santidade. Quando éreis escravos do pecado, éreis livres a respeito da justiça. Que frutos produzíeis então? Frutos dos quais agora vos envergonhais. O fim deles é a morte. Mas agora, libertados do pecado e feitos servos de Deus, tendes por fruto a santidade; e o termo é a vida eterna. Porque o salário do pecado é a morte, enquanto o dom de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.

Aleluia!
Aleluia, aleluia, aleluia!
Junto de Ti, Senhor, me refugiei; não seja eu confundido para sempre. Por tua justiça, livra-me.
Aleluia, aleluia, aleluia!
Sê para mim um Deus protetor e uma casa de refúgio para me salvar.
Aleluia, aleluia, aleluia!

Evangelho: Mt 6, 22-33
Evangelho de Nosso Senhor Jesus  Cristo, segundo o Evangelista São Mateus:

Naquele tempo, entrou Jesus em Cafarnaum. Um centurião veio a ele e lhe fez esta súplica: Senhor, meu servo está em casa, de cama, paralítico, e sofre muito. Disse-lhe Jesus: Eu irei e o curarei. Respondeu o centurião: Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha casa. Dizei uma só palavra e meu servo será curado. Pois eu também sou um subordinado e tenho soldados às minhas ordens. Eu digo a um: Vai, e ele vai; a outro: Vem, e ele vem; e a meu servo: Faze isto, e ele o faz... Ouvindo isto, cheio de admiração, disse Jesus aos presentes: Em verdade vos digo: não encontrei semelhante fé em ninguém de Israel. Por isso, eu vos declaro que multidões virão do Oriente e do Ocidente e se assentarão no Reino dos céus com Abraão, Isaac e Jacó, enquanto os filhos do Reino serão lançados nas trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes. Depois, dirigindo-se ao centurião, disse: Vai, seja-te feito conforme a tua fé. Na mesma hora o servo ficou curado.

Kinonikon:
Louvai o Senhor nos Céus, louvai-O nas alturas.
Aleluia, aleluia, aleluia!

Sinaxe

Centurião era um oficial do exército romano que comandava uma legião de cem soldados, formando com ele uma pequena base militar em locais estratégicos para assegurar a ordem e bom andamento do Império. Vale notar que todos os centuriões mencionados nos Evangelhos e no Livro dos Atos dos Apóstolos eram pessoas de boa índole, que se comoviam diante das necessidades e dos flagelos. Por exemplo: o Centurião que comandava os soldados que crucificaram Jesus reconheceu e confessou que Ele era o Filho de Deus (Mt 27,57) e inocente das acusações que lhe eram atribuídas. (Lc 23, 47).
O Evangelho desta semana nos mostra justamente este lado humano daqueles que a princípio eram vistos como frios soldados a serviço de um império que massacrava. Mateus e Lucas narram este episódio.
A cura do criado do Centurião romano que pede a Jesus por ele, verifica que podemos e devemos rezar por nossos irmãos e não somente por nossas próprias necessidades. São Teófilo de Antioquia um dos primeiros célebres da Patrística (II século), enaltece o coração daqueles que sentem que o seu próximo está necessitado de ajuda espiritual.
Segundo o relato admirável de Lucas, um Centurião romano tinha enfermo de morte um criado a quem estimava muito. Ao ouvir falar de Jesus, enviou-lhe servos, pedindo-lhe que fosse curar o seu criado. Os enviados foram até o Senhor. Quando este já estava se aproximando da casa, envia uma segunda delegação por meio de uns amigos:
Senhor, não precisas incomodar-te, porque eu não sou digno de que entres em minha casa; por isso também não me julguei digno de ir ter contigo; mas dize uma só palavra e o meu criado será salvo».
Se vale de um argumento de acordo com sua psicologia militar:
 [...] pois até eu que sou um subalterno tenho soldados à minha disposição e digo a um: vá, e ele vai; e a outro: venha, e ele vem; e, ao meu empregado: faça isso, e ele faz».

Ao ouvir isto, Jesus se admirou dele e, voltando-se para a gente que o seguia, disse: "nem em Israel encontrei tanta fé". Ao voltar para casa os enviados encontraram o criado são. Embora nenhum dos dois interlocutores do colóquio à distância, - Jesus e o Centurião - se conhecesse um ao outro, há, não obstante, um diálogo muito próximo, porque a fé do suplicante e a palavra eficaz de Jesus encurtam o espaço físico. O Centurião romano admira a pessoa e o poder sobrenatural de Jesus, e o Senhor por sua vez faz elogios à sua fé. Grande maturidade humana em ambas as personalidades, pois uma das qualidades que engrandecem uma pessoa é sua capacidade de reconhecer os gestos nobres dos outros, demonstrando assim sensibilidade para apreciar os valores.
O Evangelista São Mateus relata que o próprio Centurião foi ao encontro do Senhor. Embora haja diferenças na narrativa, os escritores sagrados concordam em ressaltar a fé do Centurião que fez o Senhor proferir palavras de admiração. Sem duvidas um grande elogio, mas também uma triste constatação. E um alerta para todos nós!
Para o Centurião não era necessário que o Senhor fosse à sua casa, bastava uma palavra sua. Nós muitas vezes não confiamos desta maneira exemplar na Providencia. Somos mais exigentes e tal exigência revela nossa "pouca fé". É preciso ser humildes para pedir e grandes no confiar.
O centurião de Cafarnaúm é modelo de ambas as virtudes. Todos os grandes cristãos da história foram profundamente humildes diante de Deus e dos homens, embora fossem grandes personalidades, grandes sábios ou grandes santos. De fato, são duas virtudes que vão unidas. Aquele que crê em Deus santo e misericordioso, quando se vê a si mesmo pecador e mesquinho, não pode exclamar senão com sinceridade: "Senhor, eu não sou digno!" Assim rezava também o Publicano da parábola: "Tem compaixão de mim". Ele mereceu o favor de Deus, pois seu amor e salvação são sempre gratuitos e não se devem a nossos méritos. O fato de pedir pelo outro mostra a grandeza do coração humilde.
Na Divina Liturgia de São João Crisóstomo os momentos de súplicas são recorrentes, pontuando seu desenvolvimento, do início ao final. Uns em favor dos outros, desde aqueles que ocupam cargos mais elevados aos mais humildes dos servos, não excetuando as almas dos falecidos para quem sempre devemos pedir o descanso eterno.
Elevemos, então nossos corações aos Céus e, com humildade, não nos cansemos de repetir com os mais piedosos e santos monges de todos os tempos:
Kyrie eleison!, Kyrie eleison! Kyrie eleison!


Os santos, gloriosos e milagrosos Anárguiros, Ciro e João



Estes santos viveram no tempo de Diocleciano. São Ciro era de Alexandria e São João de Edessa, na Mesopotâmia. Devido à perseguição aos cristãos daqueles tempos, Ciro fugiu para o Golfo da Arábia, onde havia uma pequena comunidade de monges. João, que era soldado, tomou conhecimento da fama de Ciro e foi ao seu encontro. A partir de então, eles passaram a vida trabalhando juntos, curando muitas pessoas enfermas pela graça de Cristo. Eles ouviram dizer que uma mulher de nome Atanásia, havia sido presa com suas três filhas, Teodora, Teóctiste e Eudóxia. A mãe temia muito pela juventude de suas filhas, pois era comum submeter os cristãos ao martírio para que renunciassem a sua fé. Ao ficarem sabendo do santo foram ao seu encontro, pelo que também estes foram encontrados e detidos. Depois de muitas torturas, Ciro, João, a mãe e suas três filhas foram decapitados, no ano 292. O local onde seus corpos foram sepultados tornou-se muito afamado e centro de peregrinação do Egito.
Tradução e publicação neste site
com autorização de Ortodoxia.org
Trad.: Pe. André


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