30 agosto 2014

19º Domingo depois da Páscoa

PATRIARCADO ECUMÊNICO DE CONSTANTINOPLA
Arquidiocese Ortodoxa Grega de Buenos Aires e América do Sul
Igreja Anunciação da Mãe de Deus
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Brasília, 31 de agosto de 2014
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12º Domingo de Mateus
12º Domingo de Mateus
19º Domingo depois da Páscoa

 
Matinas

Tropário:
Exultem os seres celestes e alegrem-se os terrestres, pois o Senhor demonstrou o poder de Seu braço, pisou a morte com a morte, tornando-Se o primogênito dos que morreram, nos livrou do seio do inferno e deu ao mundo a grande misericórdia.
Glória ao Pai +, ao Filho e ao Espírito Santo,

Exultem os seres celestes e alegrem-se os terrestres, pois o Senhor demonstrou o poder de Seu braço, pisou a morte com a morte, tornando-Se o primogênito dos que morreram, nos livrou do seio do inferno e deu ao mundo a grande misericórdia.
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.

Theotokion:
Nós Te cantamos, virgem Mãe de Deus, pois permitiste a salvação de nosso povo. O Senhor, nosso Deus, Teu filho segundo a carne que recebeu de Ti, sofreu a paixão sobre a cruz e nos libertou da corrupção, por que ele é amigo do homem.

Katisma:
Cristo ressuscitou dentre os mortos, como primícias dos que estavam adormecidos. Primogênito de toda a criação e autor de todos os seres, Nele mesmo renovou nossa natureza arruinada pela corrupção. Ó morte, Tu já não reinas, porque o Senhor do universo destruiu teu reino.
Glória ao Pai +, ao Filho e ao Espírito Santo.

Senhor, em Teu corpo experimentaste a morte e por Tua ressurreição suprimiste a tristeza, tornaste o homem vencedor da morte e o reergueste da antiga doença que o massacrava. Protetor de nossa vida, Senhor, glória a Ti.
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.

Theotokion:
O Esplendor da Tua virgindade, ó Mãe de Deus, e o brilho de Tua pureza deslumbraram Gabriel que exclamou: “Que elogio poderei oferecer que seja digno de Ti, de que nome Te chamarei? Eu estou na incerteza e no temor, mas, seguindo a ordem recebida, eu clamo: Ave, cheia de graça!


Evangelho                                                                              Mt 28, 16-20
Evangelho de Nosso Senhor Jesus + Cristo, segundo o Evangelista São Mateus.

Os onze discípulos foram para a Galiléia, para a montanha que Jesus lhes tinha designado. Quando o viram, adoraram-no; entretanto, alguns hesitavam ainda. Mas Jesus, aproximando-se, lhes disse: Toda autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo.

Divina Liturgia

Tropário da Ressurreição - 3º tom:
Exultem os seres celestes e alegrem-se os terrestres, pois o Senhor demonstrou o poder de Seu braço, pisou a morte com a morte, tornando-Se o primogênito dos que morreram, nos livrou do seio do inferno e deu ao mundo a grande misericórdia.

Kondakion – 3º tom:
Glória ao Pai +, ao Filho e ao Espírito Santo.
Hoje te levantaste da tumba, ó Compassivo, e nos conduziste para fora das portas da morte, Hoje Adão dança e Eva se regozija e com eles os Profetas e os Patriarcas louvam sem cessar o divino poder de tua autoridade.

Theotokion – 3º tom:
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém
Tu, que te preocupavas com a salvação do gênero humano a ti cantamos, Virgem Mãe de Deus! Teu Filho e nosso Deus, com o puríssimo corpo recebido de ti, padecendo os sofrimentos da cruz livrou-nos da iniquidade, Ele, o amigo dos seres humanos.

Hino à Mãe de Deus:
Ó Admirável e Protetora dos cristãos e nossa Medianeira do Criador não desprezes as súplicas de nenhum de nós pecadores, mas apressa-te em auxiliar-nos como Mãe bondosa que és, pois te invocamos com fé: roga por nós junto de Deus, tu que defendes sempre aqueles que te veneram.

Prokimenon:
Cantai salmos ao nosso Deus, cantai; cantai salmos ao nosso Rei, cantai! (Sl 47,7)
Nações, aplaudi todas com as mãos, clamai a Deus com vozes alegres. (Sl 47,1)

Epístola                                                                                              Hb. 9, 1-7
Leitura da Epistola de São Paulo aos Hebreus.

A primeira aliança, na verdade, teve regulamentos rituais e seu santuário terrestre. Consistia numa tenda: a parte anterior encerrava o candelabro e a mesa com os pães da proposição; chamava-se Santo. Atrás do segundo véu achava-se a parte chamada Santo dos Santos. Aí estava o altar de ouro para os perfumes, e a Arca da Aliança coberta de ouro por todos os lados; dentro dela, a urna de ouro contendo o maná, a vara de Aarão que floresceu e as tábuas da aliança; em cima da arca, os querubins da glória estendendo a sombra de suas asas sobre o propiciatório. Mas não é aqui o lugar de falarmos destas coisas pormenorizadamente. Assim sendo, enquanto na primeira parte do tabernáculo entram continuamente os sacerdotes para desempenhar as funções, no segundo entra apenas o sumo sacerdote, somente uma vez ao ano, e ainda levando consigo o sangue para oferecer pelos seus próprios pecados e pelos do povo.

Aleluia!
Aleluia, aleluia, aleluia!
Junto de Ti, Senhor, me refugio, não seja eu confundido para sempre, por tua justiça, livra-me.

Aleluia, aleluia, aleluia!
Sê para mim um Deus protetor e uma casa de refúgio que me abrigue.
Aleluia, aleluia, aleluia!

Evangelho                                                                              Mt. 19: 16-26
Evangelho de Nosso Senhor Jesus + Cristo, segundo o Evangelista São Mateus:

E eis que, aproximando-se dele um jovem, disse-lhe: Bom Mestre, que bem farei para conseguir a vida eterna? E ele disse-lhe: Por que me chamas bom? Não há bom senão um só, que é Deus. Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos. Disse-lhe ele: Quais? E Jesus disse: Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não dirás falso testemunho; Honra teu pai e tua mãe, e amarás o teu próximo como a ti mesmo. Disse-lhe o jovem: Tudo isso tenho guardado desde a minha mocidade; que me falta ainda? Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, e segue-me. E o jovem, ouvindo esta palavra, retirou-se triste, porque possuía muitas propriedades. Disse então Jesus aos seus discípulos: Em verdade vos digo que é difícil entrar um rico no reino dos céus. E, outra vez vos digo que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus. Os seus discípulos, ouvindo isto, admiraram-se muito, dizendo: Quem poderá pois salvar-se? E Jesus, olhando para eles, disse-lhes: Aos homens é isso impossível, mas a Deus tudo é possível.

Sinaxe

"Sobre a Salvação dos Ricos"

Homilia de São Clemente de Alexandria

Formula-se ao Senhor e Mestre uma pergunta que a ninguém mais conviria senão a ele. Pergunta-se à Vida acerca da vida, ao Salvador sobre a salvação, ao Mestre sobre a síntese de seus ensinamentos, à Verdade sobre a verdade, à Imortalidade sobre a imortalidade, à Palavra sobre a palavra do Pai, ao Perfeito sobre o perfeito descanso, ao Incorrupto sobre a verdadeira incorrupção. Formula-se ao Senhor uma pergunta sobre aquilo mesmo pelo que ele descera ao mundo, e que constituía o objeto de seu ensino: a vida eterna. Ora, como Deus, ele sabia o que ia ser perguntado e qual a resposta que ele próprio, ao interrogar por sua vez, haveria de receber. Quem, mais do que ele, era profeta dos profetas e senhor de todo espírito profético? Quando o chamam bom, faz desta palavra a ocasião para começar o ensinamento, levando o discípulo ao Deus bom, primeiro e único dispensador da vida eterna, da vida que o Filho comunica, recebida do Pai.
Assim, o maior dentre os ensinamentos sobre a vida eterna deve ser imediatamente impresso na alma, a saber: o reconhecimento do Deus eterno, a compreensão de que Deus é o primeiro, o supremo, o único, o bom. O princípio inabalável e fundamental para a vida, é a ciência de Deus, do Deus eterno que nos doa o eterno, do Ser do qual tudo recebe o ser e a permanência no ser. A ignorância de Deus é a morte. O conhecimento de Deus, o relacionamento com ele, seu amor: eis a única coisa que é vida.
A primeira recomendação que Jesus faz a quem busca a verdadeira vida é a de conhecer àquele que ninguém conhece, exceto o Filho e exceto quem recebe a revelação do Filho. (Mt 11, 17) Trata-se, portanto, de conhecer a grandeza do Salvador e a nova graça, a qual sendo dada pelo Filho, supera a dada pelo servo, conforme diz o Apóstolo: "a lei nos foi dada por Moisés, mas a graça e a verdade por obra de Jesus Cristo”. (Jo 1, 17) Realmente, se a lei de Moisés fosse capaz de proporcionar a vida, teria sido inútil a descida do Salvador, sua paixão por nossa causa, seu itinerário percorrido do nascimento ao fim. E inútil teria sido que o jovem rico, após ter observado desde cedo todos os mandamentos, se viesse a prostrar ante outra instância para solicitar o prêmio da vida imortal.
Ele não só cumprira a Lei, mas a cumprira desde a infância... Que há de especial se a velhice não se entrega ao pecado? O lutador admirável é o que, desde o verão da existência, se mostra amadurecido como se já vivesse precocemente a idade provecta. Contudo, por grande que fosse tal lutador, estaria bem consciente de que, se quanto à justiça nada lhe faltava, quanto à vida tudo lhe faltava. E então pede-a ao único capaz de concedê-la. Quanto à Lei, estava seguro desde muito tempo; ei-lo, porém súplice ante o Filho de Deus. De uma fé passa a outra. Como alguém que não se sente seguro na barca da Lei, como o viajante que navega, ele busca o Salvador.
Jesus não o repreende, por não ter de fato cumprido toda a Lei, antes o ama e felicita por seguir fielmente a instrução recebida. Entretanto, no que concerne a vida eterna, declara-o imperfeito, por não ter realizado o que a perfeição requer. Operário da Lei, sem dúvida, mas ainda deficiente quanto à vida eterna. Ninguém contesta que a Lei era boa, pois "o mandamento é santo"(Rm 7, 12), no sentido de uma função de pedagogia e de instrução prévia (Gl 3, 24), a caminhar para a culminância da lei de Jesus e para a graça. Mas a plenitude da Lei é Cristo, que justifica todo o que crê. E Jesus, não sendo escravo, não faz escravos mas filhos, irmãos, coerdeiros seus, todos os que cumprem a vontade de seu Pai.
"Se queres ser perfeito" (Mt 19, 21): logo, ainda não o era, pois o perfeito não se aperfeiçoa. E disse divinamente "se queres", indicando a faculdade de livre arbítrio daquele com quem falava. Ao homem, enquanto livre, cabia a escolha; a Deus cabe dar, como Senhor e Juiz que é. Ele dá aos que querem, se esforçam e pedem, a fim de que sua salvação brote deles mesmos. Deus não força a ninguém, a violência lhe é inimiga. Ele atende aos que buscam, dá aos que pedem, abre aos que batem à porta (Mt 7, 7).
Assim, se queres, se realmente, sem te enganares a ti mesmo, queres obter o que te falta, "uma coisa te falta", a única coisa que permanece, aquilo que é bom e está acima da Lei, o próprio dos que vivem.
Infelizmente o jovem que desde a infância observava a Lei, e tão alto proclama sua observância, não foi capaz de comprar a Única coisa própria do Salvador, para assim chegar à desejada vida eterna. E retirou-se triste, pesaroso pelo mandamento daquela vida que viera suplicar.
Ora, que o moveu à fuga e o fez deixar o Mestre, deixar a súplica, a esperança e os esforços já iniciados? A palavra "vende tudo o que tens!” E que quer dizer ela? Não o que levianamente pensam alguns. O Senhor não nos manda lançarmos fora os bens e nos afastarmos de toda riqueza. O que ele deseja é desterrarmos da alma os vãos juízos sobre as riquezas, a cobiça desenfreada, a avareza, as solicitudes, os espinhos do século, que sufocam a semente da verdadeira vida.
Não é grande façanha, digna de emulação, carecer dos bens mas não ter a tendência para a vida eterna. Se o caso fosse este, os que nada possuem, os destituídos de todo auxílio, que diariamente passam mendigando pelos caminhos, sem conhecimento de Deus e de sua justiça, seriam, pelo simples fato da extrema indigência, os mais felizes e amados por Deus, os únicos que alcançariam a vida eterna. Aliás, nem é novidade o renunciar às riquezas em prol dos necessitados e pobres, pois também isto foi feito por muitos antes da vinda do Salvador: por uns, com o fim de se dedicarem às letras e por amor da sabedoria morta; por outros, com o fim de obtenção da fama e da vã glória: Anaxágoras, Demócrito, Crates...
Portanto, que diz o Senhor como coisa nova, própria de Deus, como única coisa que vivifica e difere do que não salvou antes os homens? Que nos indica e ensina o novo homem, o Filho de Deus? Não nos manda o que simplesmente dá na vista e outros já fizeram, mas algo maior, mais divino e mais perfeito, aí significado, a saber: desnudarmos a alma das paixões, arrancarmos e projetarmos longe o que é alheio ao espírito. Eis o ensinamento próprio do crente, eis a doutrina digna do Salvador! Assim, os que antes do Senhor depreciaram os bens exteriores, sem dúvida abandonaram e perderam suas riquezas, mas as paixões de suas almas, penso eu que ainda as aumentaram. Porque, imaginando terem feito algo de sobre-humano, vieram a cair na soberba, na petulância, na vã glória e no menosprezo dos demais.
Como então haveria o Salvador de recomendar aos que irão viver para sempre algo nocivo à vida, que ele santamente promete? Pode acontecer que alguém, embora renunciando ao peso dos bens e riquezas, mantenha o desejo de tudo isso na alma. Desprendeu-se dos bens, mas ao sentir falta deles e ao desejá-los de novo, está duplamente atormentado: por tê-los deixado e por desejá-los. Porque na verdade é impossível carecer do necessário e não estar preocupado para obtê-lo; mas com isto o espírito se desvia das coisas mais importantes.
Quão mais proveitoso é o contrário! Possuir, de um lado, o suficiente, não ter que se angustiar para procurá-lo, e de outro lado poder ajudar aos que precisam. Se ninguém tivesse nada, como haveria comunhão de bens entre os homens? Não é claro que essa doutrina do abandono de tudo iria contrariar outros ensinamentos do Senhor? "Fazei amigos com as riquezas da iniquidade, a fim de que, quando precisardes, vos recebam nos eternos tabernáculos". (Lc, 16, 9) " Tende tesouros nos céus, onde as traças e a ferrugem não os consomem nem os ladrões podem roubar". (Mt 6, 19) Como dar de comer ao que tem fome, de beber ao que tem sede, vestir o nu, acolher o desamparado coisas todas que devem ser feitas sob a ameaça do fogo eterno e das trevas exteriores - se não se tem com que fazê-lo?
Ademais, o próprio Senhor, hospedando-se na casa de Zaqueu e Mateus, que eram ricos e publicanos, não lhes ordena desfazerem-se das riquezas, mas - impondo um justo juízo e rechaçando a injustiça - termina por dizer: "hoje veio a salvação a esta casa, porque também este homem é filho de Abraão”. (Lc 19, 9) Elogiava assim o uso das riquezas, enquanto mandava que servissem à comunicação - a dar de beber ao que tem sede, de comer ao faminto, à acolhida do peregrino, à vestição do nu. Se não é possível obviar a tais necessidades sem haveres, e se o Senhor ordena o despojamento dos haveres, está então mandando que se dê e não se dê, se dê de comer e não se dê de comer, etc., o que seria absurdo pensar.
Portanto, não há que abandonar os bens capazes de ser úteis a nosso próximo. Aliás, as posses se chamam "bens" porque com elas se pode fazer o bem, e foram previstas por Deus em função da utilidade dos homens. São coisas que aí estão, destinadas, como matéria ou instrumento, ao bom uso nas mãos de quem sabe o que é um instrumento. Se se usa o instrumento com arte, ele vale; do contrário, não presta, embora sem culpa disto.
Instrumento assim é a riqueza. Se usada corretamente, presta serviço à justiça. Se usada incorretamente, serve à injustiça. Por natureza está destinada a servir, não a mandar. Não há que acusá-la do que não lhe cabe, isto é, do não ser nem boa nem má. A riqueza não tem culpa. Toda a responsabilidade cabe ao que pode usá-la bem ou mal, conforme a escolha que estabelece, isto é, segundo a mente e o juízo do homem, ser livre e capaz de manejar por próprio arbítrio o que recebe em mãos. O que importa destruir não são as riquezas, mas as paixões da alma que impedem o bom uso das mesmas. Tornado bom e nobre, o homem pode empregá-las bem e generosamente. Assim, a renúncia a tudo que possuímos, a venda de todas as posses, há de ser isto entendido no sentido das paixões da alma.
  
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Folheto Dominical da Igreja Anunciação da Mãe de Deus

Responsável

Reverendo Ecônomo Padre Emanuel Sofoulis


Editoração e Diagramação

Antonio José

Apoio

 - Rodrigo Marques – Membro do Coro da nossa Igreja

 - Folheto da Comunidade Ortodoxa de São Pedro e São Paulo
 Pavuna – Rio de Janeiro – RJ – Brasil
http://comunidadeortodoxa.simplesite.com.br/

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29 agosto 2014

7º Domingo depois da Páscoa

PATRIARCADO ECUMÊNICO DE CONSTANTINOPLA
Arquidiocese Ortodoxa Grega de Buenos Aires e América do Sul
Igreja Anunciação da Mãe de Deus
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Brasília, 08 de junho de 2014
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Divina Liturgia de São João Crisóstomo
Domingo de Pentecostes
7º Domingo depois da Páscoa


A Igreja comemora neste dia, a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos reunidos no cenáculo com Maria, a Mãe de Jesus, e os outros discípulos do Senhor. É a festa do Espírito Santo e de seus dons abundantes que infundem no fiel penitente e humilde para torná-lo morada da Santíssima Trindade. Por isso, após a Divina Liturgia, ou Vésperas, faz-se o Rito de Adoração ou “Dobramento dos joelhos”, para implorar os dons do Espírito Santo.

Santos do dia: 


S. Caliope, mártir; 

S. Paulo, arcebispo de Constantinopla, mártir (+350); 

S. Efraim, patriarca de Antioquia (+545); 

S. Melania; S. Anastasio, o novo mártir de Constantinopla; 

S. Teófanes, novo mártir de Constantinopla; 

S. Zózimo da Fenícia, monge (séc. VI); 

S. Teodoro, bispo de Rostov e Suzdal (+1023); 

Ss. Severino (+550) e seu irmão Vitorino (+543), bispos de Ancona;

S. Paulo de Kaium, mártir (+766); 

S. Medardo, bispo de Noyon e Tounai, Bélgica (+558); /

São Medardo;

Pacífico de Cerano.


Matinas

Tropário:

Bendito és, ó Cristo, nosso Deus, que provaste serem os pescadores, mui sábios, pois enviaste-lhes o Espírito Santo e com eles conseguiste conquistar o Universo, ó Filantropo, Glória a Ti.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo,
Bendito és o Cristo nosso Deus, que provaste serem os pescadores, mui sábios, pois enviaste-lhes o Espírito Santo e com Ele conseguiste conquistar o Universo, ó Filantropo, Glória a Ti.
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.

Theotokion:
Alegra-te, ó Rainha, glória das Mães e das virgens, pois toda a boca, por mais que seja eloquente e competente, não pode te dar louvor que mereces e cada mente surpreendida não entende a situação de teu nascimento, por isso com uma só voz solenemente te glorificamos.

Katisma:
Ó fiéis, vamos festejar a última festa, a qual é o fim da festa. Por que o Pentecostes é o termo da promessa que deve ser completada e nela desceu o fogo do consolador sobre a terra, como línguas e iluminou os discípulos e Ihes mostrou as coisas celestiais. A luz do Salvador apareceu e Iluminou o mundo.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.

Ó Cristo Salvador após sua ressurreição do túmulo e sua subida divina ao céu, enviaste sua glória a seus discípulos, ó afetuoso; e renovaste-Ihes um espírito reto; por isso divulgaram claramente suas palavras, para todos; como se fosse um instrumento melodioso musical, mostrando sua mística política.
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos.

Evangelho: Jo 20, 19-23
Evangelho de Nosso Senhor Jesus † Cristo, segundo o Evangelista São João.
Na tarde do mesmo dia, que era o primeiro da semana, os discípulos tinham fechado as portas do lugar onde se achavam, por medo dos judeus. Jesus veio e pôs-se no meio deles. Disse-lhes ele: A paz esteja convosco! Dito isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos alegraram-se ao ver o Senhor. Disse-lhes outra vez: A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós. Depois dessas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: Recebei o Espírito Santo. E aqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos.

Divina Liturgia

Issodikon:
Levanta-te, Senhor, com tua potência; cantaremos e celebraremos o teu poder. Salva-nos, ó Paráclito cheio de bondade, a nós que a Ti salmodiamos: aleluia!

Tropário de Pentecostes:
Bendito és, ó Cristo, nosso Deus, que provaste serem os pescadores, mui sábios, pois enviaste-lhes o Espírito Santo e com eles conseguiste conquistar o Universo, ó Filantropo, Glória a Ti.

Kondakion da Festa:
Quando, outrora, desceu à terra o Altíssimo confundiu as línguas e dispersou as nações, Mas, quando distribuiu as línguas de fogo, chamou a todos os povos à unidade. Numa só voz, glorifiquemos o Espírito de toda santidade.


Triságion:
Vós que fostes batizados em Cristo, de Cristo vos revestistes. Aleluia! (2 vezes)
Glória ao Pai ao filho e ao Espírito Santo, agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém. de Cristo Vos revestistes. Aleluia!
Vós que fostes batizados em Cristo, de Cristo vos revestistes. Aleluia! (1 vezes)

Prokimenon:
Pela palavra do Senhor firmaram-se os céus e pelo espírito de sua boca todo o seu exército. O Senhor olha do alto dos céus e vê a todos os filhos dos homens.



Epístola: At 2, 1-11
Leitura dos Atos dos Apóstolos:
Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente veio do céu um ruído, como que de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. E lhes apareceram umas línguas como que de fogo, que se distribuíam, e sobre cada um deles pousou uma. E todos ficaram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem. Habitavam então em Jerusalém judeus, homens piedosos, de todas as nações que há debaixo do céu. Ouvindo-se, pois, aquele ruído, ajuntou-se a multidão; e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua. E todos pasmavam e se admiravam, dizendo uns aos outros: Pois quê! não são galileus todos esses que estão falando? Como é, pois, que os ouvimos falar cada um na própria língua em que nascemos? Nós, partos, medos, e elamitas; e os que habitamos a Mesopotâmia, a Judéia e a Capadócia, o Ponto e a Ásia, a Frígia e a Panfília, o Egito e as partes da Líbia próximas a Cirene, e forasteiros romanos, tanto judeus como prosélitos, cretenses e árabes ouvimo-los em nossas línguas, falar das grandezas de Deus.

Aleluia!
Aleluia, aleluia, aleluia!
Pela palavra do Senhor firmaram-se os céus e pelo espírito de sua boca todo o seu exército.
Aleluia, aleluia, aleluia!
O Senhor olha do alto dos céus e vê a todos os filhos dos homens.
Aleluia, aleluia, aleluia!

Evangelho: Jo 7, 37-52; 8, 12
Evangelho de Nosso Senhor Jesus † Cristo, segundo o Evangelista São João:
No último dia, que é o principal dia de festa, estava Jesus de pé e clamava: Se alguém tiver sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura: Do seu interior manarão rios de água viva (Zc 14,8; Is 58,11). Dizia isso, referindo-se ao Espírito que haviam de receber os que cressem nele, pois ainda não fora dado o Espírito, visto que Jesus ainda não tinha sido glorificado. Ouvindo essas palavras, alguns daquela multidão diziam: Este é realmente o profeta. Outros diziam: Este é o Cristo. Mas outros protestavam: É acaso da Galiléia que há de vir o Cristo? Não diz a Escritura: O Cristo há de vir da família de Davi, e da aldeia de Belém, onde vivia Davi? Houve por isso divisão entre o povo por causa dele. Alguns deles queriam prendê-lo, mas ninguém lhe lançou as mãos. Voltaram os guardas para junto dos príncipes dos sacerdotes e fariseus, que lhes perguntaram: Por que não o trouxestes? Os guardas responderam: Jamais homem algum falou como este homem!... Replicaram os fariseus: Porventura também vós fostes seduzidos? Há, acaso, alguém dentre as autoridades ou fariseus que acreditou nele? Este poviléu que não conhece a lei é amaldiçoado!... Replicou-lhes Nicodemos, um deles, o mesmo que de noite o fora procurar: Condena acaso a nossa lei algum homem, antes de o ouvir e conhecer o que ele faz? Responderam-lhe: Porventura és também tu galileu? Informa-te bem e verás que da Galiléia não saiu profeta. Falou-lhes outra vez Jesus: Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.

Hirmos:
A ti, que concebeste sem sofrer corrupção, e deste corpo ao Verbo, autor de todas as coisas, ó Mãe Virgem, ó Virgem Mãe de Deus, receptáculo daquele que não pode ser ocultado, morada de nosso Criador infinito, nós te glorificamos!

Kinonikón:
O teu bom Espírito me conduzirá pela terra da retidão.
Aleluia, aleluia, aleluia!
Obs.: Em vez de “Vimos a verdadeira luz...”, canta-se o Apolitikion da festa; Bênção Final: “...Que enviou do céu seu Espírito Santo sobre seus santos discípulos e apóstolos sob forma de línguas de fogo...” Encerra-se a festa no sábado seguinte

Sinaxe

O Pentecostes
Era o quinquagésimo (em grego: pentikosti) dia após a Páscoa judaica, mas também o quinquagésimo dia após a Ressurreição de Cristo. Era o dia em que os judeus comemoravam com uma grande festa a entrega das tábuas da Lei a Moisés sobre o monte Sinai; assim, Jerusalém estava repleta de estrangeiros, judeus vindos de todas as partes do mundo então conhecido - eram chamados a “Diáspora” - para celebrar a festa. Alguns dias antes, os discípulos “reunidos em número de cerca de cento e vinte pessoas” à volta dos Apóstolos e da Mãe de Jesus haviam procedido, conforme a proposta de Pedro, à substituição de Judas com a escolha de um décimo segundo apóstolo: foram indicados dois discípulos - José, o Justo e Mathias - que haviam acompanhado os apóstolos desde o batismo de João até o dia da Ascensão e que podiam, portanto, ser testemunhas de Sua Ressurreição; após terem orado, a fim de que o Senhor “mostrasse qual dos dois havia de ser escolhido”, tiraram a sorte e esta apontou a Mathias. Esses discípulos aguardavam em Jerusalém, como Jesus lhes havia instruído, a vinda desse “outro Consolador” que o Mestre lhes prometera antes de Sua Ascensão. Espera repleta de uma esperança radiosa. Eles iriam enfim conhecer Aquele de quem Jesus havia dito:
“Convém a vós que eu vá; porque se eu não for o Consolador não virá a vós, mas se eu for envia-lo-ei” (Jo.16, 7).
Já que Jesus havia partido, já que agora Ele estava sentado à direita do Pai (Mar.16, 19), Ele guardaria a Sua promessa.E portanto, no dia em que Moisés lhes dera a Lei, Jesus vem lhes dar o Espírito, pois “a Lei foi dada por Moisés, a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo". (Jo.1,17)
Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. E em Jerusalém estavam habitando judeus, varões religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu. E, correndo aquela voz, ajuntou-se uma multidão e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua. E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! Não são galileus todos esses homens que estão falando? Como pois os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos? Cretenses, e árabes, todos os temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus. E todos se maravilhavam e estavam suspensos, dizendo uns para os outros: Que quer isto dizer? E outros, zombando, diziam: Estão cheios de mosto. Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz e disse-lhes: Varões judeus e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras. Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, sendo esta a terceira hora do dia. Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel:
E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos; e farei aparecer prodígios em cima no céu e sinais em baixo na terra: sangue, fogo e vapor de fumaça. O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes de chegar o grande e glorioso Dia do Senhor; e acontecerá que todo aquele que invocar o Nome do Senhor será salvo. (Atos 2, 1-8; 11-17; 19-21)
E Pedro exaltava o nome de Jesus, o Nazareno: “esse homem ... que tomando-o, vós o crucificastes e matastes pelas mãos de injustos (os romanos); ao qual Deus ressuscitou, soltas as cadeias da morte (textualmente: o Hades)...” (Atos 2, 22 - 24).
Davi vira com antecedência essa vitória e anunciara a Ressurreição do Cristo (Sl.16) e, com efeito, não foi abandonado no Hades e sua carne não viu a corrupção (cf. Atos 2, 25 - 27):
“Deus ressuscitou a este Jesus, do que todos nós somos testemunhas. De sorte que, exaltado pela destra de Deus, e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis ... Saiba pois, com certeza, toda a casa de Israel, que a esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo ... Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para o perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo; porque a promessa vos diz respeito a vós, aos vossos filhos, e a todos os que estão longe”... “De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase 3.000 almas” (Atos 2, 32 - 33; 36; 38 - 39; 41).
Esse é o relato do Pentecostes que nos é feito por
Lucas no segundo capítulo dos Atos dos Apóstolos e que nós relembramos com alegria ao cantar o Tropário de Pentecostes:
“Tu és bendito, ó Cristo Nosso Deus, que enchestes os pescadores do lago de sabedoria enviando-lhes o Espírito Santo.
Por eles, Tu tomastes o Universo em sua rede.
Glória a Ti, ó Amigo do Homem!
Tropário de Pentecostes (8º Tom):
Esse relato nos leva, sem duvida, a colocar algumas perguntas que permitirão aprofundar e meditar sobre o texto bíblico: - Por que se diz que «as línguas de fogo dividiam-se e pousavam sobre cada um deles?»
O dom do Espírito Santo é pessoal, ou seja, é recebido pessoalmente por cada um dos discípulos. E, no entanto, há apenas um Espírito Santo. É o mesmo Fogo divino que desce sobre todos (relembremos o Fogo do céu que, no tempo de Elias, desceu sobre sua oferenda), mas Ele divide-se para mostrar que cada um recebe esse Espírito Único.
- Também em Babel as línguas foram divididas! Exatamente! O que se passa no Pentecostes é exatamente o contrário do que se passou em Babel. Em Babel, por orgulho, foram as línguas dos homens que se dividiram, de modo que eles não se compreendiam mais e foram, por isso, divididos, separados, dispersos. Em Pentecostes é o dom de Deus que se divide para estender-se a cada um e reuni-los a todos: a partir desse momento os homens que receberam o Espírito Santo anunciam todos a mesma palavra, a Palavra de Deus, e fazem-se compreender por todos os homens pois falam todas as línguas. As barreiras linguísticas são ultrapassadas pela Palavra do Deus Único, tornada compreensível a todos pelo dom das línguas. É o que nos explica o kondakion [1] de Pentecostes:
“Quando o Altíssimo desceu para confundir as línguas, dispersou os gentios; quando partilhou as línguas de fogo, Ele nos chamou a unidade.
Com uma única voz, louvemos o Espírito Santo. kondakion [1] de Pentecostes:
- Por que as línguas de fogo não desceram sobre todos os homens, mas apenas sobre os discípulos? Elas desceram sobre aqueles que Jesus havia preparado para receber o Espírito Santo, sobre aqueles que estavam reunidos, com um único coração, na fé do Senhor Jesus Ressuscitado: é necessário crer no Doador para receber o dom. O Espírito não desceu sobre o mundo todo. «O Espírito de Verdade que o mundo não pode receber, porque não O vê nem O conhece» (Jo14, 17) Ele desceu sobre aqueles que o Senhor Jesus havia reunido porque creram n'Ele. Ele desceu sobre a Igreja. Certamente um dom pessoal, que cada um recebeu em particular, mas porque estavam unidos, em comunhão - e justamente «no dia de Pentecostes estavam todos reunidos no mesmo lugar» (At 2, 1) - e sofreram uma transformação radical: repentinamente tomaram consciência da Palavra de Deus em seu seio e puseram-se a comunicar em todas as línguas as maravilhas de Deus. Donde o discurso de Pedro anunciando com audácia a Ressurreição do Crucificado àqueles mesmos que O crucificaram.
O Pentecostes continua. A descida do Espírito Santo perpetua-se depois, vindo consagrar os testemunhos da Ressurreição do Cristo, até o final dos tempos, como testemunha São Simeão, o Novo Teólogo, no século X:
«Eu ouvi certa vez de um hieromonge, que me confidenciou que jamais iniciara os ofícios litúrgicos sem antes ter visto o Espírito Santo, da mesma forma que O vira quando o metropolita pronunciara sobre ele a oração de consagração e que o santo Evangelho fora colocado sobre sua cabeça. Eu lhe perguntei como O vira, sob que forma? Ele disse: 'Primitivo e sem forma, todavia como uma luz'. E quando eu próprio vi o que jamais havia visto antes, fui surpreendido e comecei a refletir: 'o que poderia ser isto'. Então, misteriosamente, mas com uma voz clara, Ele me disse: 'Eu desço assim sobre todos os profetas e apóstolos, como também sobre todos os atuais eleitos de Deus e dos santos; pois Eu sou o Espírito Santo' [2]
Bem, essa assembleia dos testemunhos da Ressurreição do Cristo, esses eleitos atuais de Deus que o Espírito Santo consagra à Igreja, e cada um de nós, é chamado a ser um desse eleitos. A Igreja é o Pentecostes que continua. [3]
«Não fostes vós que me escolhestes; eu vos escolhi, e vos destinei a ir e dar fruto, um fruto que permaneça; assim, o que pedirdes ao Pai em meu nome, eu vo-lo concederei.» Jo 16.

NOTAS:
[1] Kondákion: pequeno cântico (kondós em grego = curto) cantado após a sexta ode das Matinas e durante a Pequena Entrada, na Liturgia e que resume o sentido da festa.
[2] Simeão o Novo Teólogo, Sermão 184, Sermões, traduzido do russo, t.II, pp.569-570.4
[3] Igreja: em grego Ecclesia, a assembleia daqueles que são convocados, chamados.