23 setembro 2017

CATEQUESE




Catecismo Breve

«Ortopráxis - maneiras de viver a Ortodoxia»

5. Os «Dípticos» (lista de Intenções)

Ao entrar numa igreja ortodoxa, logo na entrada (nartex), sobre uma pequena mesa, ficam papéis impressos com uma cruz no timbre. Estes papéis se chamam "dipticos", isto é, uma lista para se escrever os nomes das pessoas ou intenções em geral pelas quais queremos rezar. Para que esta lista de intenções seja lida de forma correta, é preciso observar o seguinte:

Escrever de forma clara e legível (melhor, com letras de forma), não anotando mais do que 10 nomes ou intenções.

Anotar distintamente se é "pela saúde" de alguma pessoa viva ou "pelo descanso eterno" de alguém já falecido. Algumas listas já tem esta separação impressa com o título "Vivos" e "Falecidos";

Escrever os nomes completos, não somente sobrenomes ou apelidos;

Identificar através do respectivo título ou função, se a pessoa por quem queremos rezar for eclesiástico ou militar.

Não é necessário que se diga o grau de parentesco do autor(a) das intenções com a pessoa por quem se pede orações.

Pode-se indicar estados de enfermidade, desaparecimento, viagem, aprisionamento das pessoas pelas quais pedimos orações. Não é necessário indicar os estados como o de "gravidez", viuvez, virgindade, entre outros do gênero.

Até 40 dias de falecimento, diz-se: "pelo descanso" ou "repouso"; após este tempo, nas datas de memória, diz-se apenas "de eterna memória".

Não se reza pelo "descanso da alma" de um santo canonizado pela Igreja. 

«O sacerdote retira as partículas de intenções da prósfora»

A lista de intenções pode ser entregue alguns dias antes ou, no mesmo dia da Liturgia (para isto deve se chegar mais cedo à igreja), para que seja usada durante a "proscomidia" (primeira parte da Liturgia na qual se faz a preparação do pão e do vinho). A cada intenção são retiradas pequenas partículas da "prósfora" (palavra grega que significa pequeno pão arredondado) que, após a comunhão dos fiéis, serão misturadas ao Sangue de Cristo, enquanto o celebrante suplica a Deus pelo perdão dos pecados daquelas pessoas em memória das quais foram retiradas. Também, estas intenções podem ser proclamadas pelo diácono durante a procissão da Grande Entrada.

As listas de intenções (dípticos) podem ainda ser utilizadas para outros Ofícios Litúrgicos da Igreja, tais como os ofícios Molébens, Memoriais (pelos falecidos) etc. Neste caso, esta mesma lista onde estão as intenções pelas quais rezamos em todas as Liturgias são distribuídas aos sacerdotes e diáconos concelebrantes. Por isto mesmo, ter o nome incluído em uma destas listas é uma grande graça, porém, se assim o desejamos, devemos nos comprometer em ajudar o sacerdote ou diácono com nossas orações e em suas necessidades.

São conhecidos como dípticos certas placas de marfim, madeira ou metal, decoradas com relevos ou pinturas e unidas de modo que possam prender-se do mesmo modo que as páginas de um livro. Se são de três folhas, denominam-se trípticos e se tem mais, polípticos. Por extensão, se chamam também trípticos e polípticos os quadros divididos em compartimentos de maneira que imitem os verdadeiros trípticos ainda que sejam de notáveis dimensões e não possam ficar presos.

Adotando a Igreja desde os primeiros séculos o costume romano, teve seus dípticos eclesiásticos, adornados por fora com temas religiosos e dispostos por dentro para escrever-se neles (gravando-os na mesma lâmina ou escrevendo-se sobre folhas de pergaminho alí aderidas) os nomes de pessoas beneméritas, seja da hierarquia eclesiástica e civil, seja de mártires e de fiéis defuntos que deviam ter-se presentes na Liturgia. Havia dípticos de vivos e dípticos de falecidos que se liam durante a Liturgia.

«Domingo depois da Festa da Exaltação da Santa, Venerável e Vivificante Cruz»



PATRIARCADO ECUMÊNICO DE CONSTANTINOPLA

Arquidiocese Ortodoxa Grega de Buenos Aires e América do Sul
Igreja Anunciação da Mãe de Deus
SGAN - Quadra 910 - Módulo ‘’B’’ - CEP: 70.790-100 - Brasília-DF
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«Domingo depois da Festa da Exaltação da Santa, Venerável e Vivificante Cruz»

(15º depois de Pentecostes - Modo Plagal 2)
 

Memória das Santas Mártires Sofia e suas três filhas: Fé, Esperança e Caridade († c. 130)


MATINAS

Apolitikion (Tropário) – Modo plagal 2 - (6º tom):
As potestades angélicas apareceram no Teu venerado Sepulcro, e os guardas ficaram como mortos, e Maria colocou--se junto do Sepulcro, procurando o Teu puríssimo Corpo. Entretanto, subjugaste o inferno, sem ser tentado por ele, e encontraste a Virgem, revelando a vida, Senhor, que ressuscitaste dos mortos, glória a Ti.
Glória ao Pai †, ao Filho e ao Espírito Santo,

As potestades angélicas apareceram no Teu venerado Sepulcro, e os guardas ficaram como mortos, e Maria colocou--se junto do Sepulcro, procurando o Teu puríssimo Corpo. Entretanto, subjugaste o inferno, sem ser tentado por ele, e encontraste a Virgem, revelando a vida, Senhor, que ressuscitaste dos mortos, glória a Ti.
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.

Theotokion:
Ó Tu que chamaste Tua Mãe bendita e voluntariamente assumiste a paixão, brilhaste sobre a cruz para reencontrar Adão, dizendo aos Teus anjos: alegrai-vos comigo pois encontrei a dracma perdida. Ó nosso Deus, que com sabedoria ordenaste todas as coisas, glória a Ti.

Katisma – Modo plagal 2 - (6º tom):
1ª Katisma:
Depois que viu o sepulcro aberto e o Hades chorando, Maria exortou os Apóstolos escondidos, dizendo: Sai! Obreiros da vinha, e evangelizai com a Palavra da Ressureição, porque o Senhor Ressuscitou outorgando ao mundo a grande misericórdia.
Glória ao Pai †, ao Filho e ao Espírito Santo.

Senhor, Maria Madalena, de pé ante o sepulcro, chorava e clamava; E quando pensou que Tu eras o jardineiro, Te disse: “Donde escondeste a Vida Eterna? Donde colocaste a quem se senta sobre o trono dos Querubins?” Ao ver que os guardas que o vigiavam estavam como mortos de temor, exclamou dizendo: “Dá-me o meu Senhor! Ou exclamai comigo: Oh tu que foste contado entre os mortos e os ressuscitaste, glória a Ti Senhor!
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.

Theotokion:
Oh Mãe de Deus, Gedeão prefigurou tua concepção, e David explicou teu nascimento porque o verbo desceu em tuas entranhas como a chuva sobre a erva ressequida. E, sem semente deste a Luz à Cristo nosso Deus, salvação do mundo, oh terra bendita e cheia de graça!

2ª Katisma:
A vida foi posta no sepulcro e o selo sobre a pedra. Os soldados custodiaram a Cristo como ao rei que dorme; E o Senhor Ressuscitou golpeando invisivelmente a seus inimigos.
Glória ao Pai †, ao Filho e ao Espirito Santo.

Oh Senhor imortal Jonas prefigurou Teu sepulcro e Simeão explicou Tua Divina Ressurreição, porque desceste ao sepulcro como mortal, Tu que dissolveste as portas do Hades e ressuscitaste livre da corrupção para a salvação do mundo, porque és o Senhor, oh Cristo Deus nosso, quem iluminou aos que jaziam nas trevas!
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!

Theotokion:
Oh Virgem Mãe de Deus, intercedes ante teu Filho Cristo Deus nosso, quem por sua própria vontade foi cravado na Cruz e ressuscitou dentre os mortos para salvar nossas almas.

Ypakoí – Modo 2 plagal - (6º tom):
1ª Antífona:
Oh Verbo de Deus, elevo meus olhos até os céus. Tenha piedade de mim para que viva contigo.
Oh Verbo tenha piedade de nós os humildes e prepara-nos para Ti, como bons e escolhidos relicários.
Glória ao Pai †, ao Filho e ao Espírito Santo, agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!
O Espirito Santo é a causa da salvação de todos, porque quando inspira o homem conforme a sua dignidade o eleva do terreno e o coloca nas alturas.

2ª Antífona:
Se o Senhor não estivesse conosco, ninguém poderia enfrentar o inimigo na batalha, pois dele surge os vencedores.
Oh Cristo que Tua direita me abrace, elevando-me e protegendo-me de todos os enganos.


Glória ao Pai †, ao Filho e ao Espírito Santo, agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.
Pelo Espirito Santo falamos divinamente, dizendo: Tu és Deus e vida, amor, e Luz; Tu és bondade e reina pelos séculos.

3ª Antífona:
Me alegrei quando me disseram: Vamos à casa do Senhor oferecendo orações sem tibieza.
Na casa de Davi, surpreendentes maravilhas ocorrerem porque há um fogo ardente que consome toda mente mal.
Glória ao Pai †, ao Filho e ao Espírito Santo, agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.
Cada coisa viva é animada pelo Espírito Santo, que, com o Pai e o Verbo, é o início da vida.

Prokimenon:
Levanta-te, Senhor Deus meu, por que você reina para sempre. (2 vezes).

Stichos
Te confesso, Senhor, como todo o meu coração.
Levanta-te, Senhor meu e Deus meu, porque Tu reinas pelos séculos.

Modo Plagal 2 - 6º tom:
Kondakion:
De Tua direita, fonte de toda a vida, o doador da vida ressuscitou de todos os mortos do fundo das trevas.
O Cristo Deus deu a ressurreição ao gênero humano. Ele é o salvador, a ressurreição e a vida, Ele o Deus do universo.

Ikós:
Ó doador da vida, nós fiéis cantamos e adoramos Tua cruz e Tua sepultura.
Ó imortal, acorrentaste o inferno, ó Deus todo poderoso, ressuscitaste contigo todos os mortos e destruíste as portas do inferno.
Ó Senhor Deus, venceste o império da morte. Por isto os homens te glorificam com amor, a Ti, o ressuscitado que destruíste o poder do inimigo destruidor e elevaste todos os fiéis, libertando o mundo das setas da serpente e da sedução do inimigo Tu o único todo poderoso.
Cantemos com piedade a Tua ressurreição, pela qual Tu nos salvaste, ó Deus do universo.


Evangelho:                                                                                       Lc 24, 1-12
Evangelho de Nosso Senhor Jesus † Cristo, segundo o Evangelista São Lucas:

Naquele tempo, no primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado, e algumas outras com elas. E acharam a pedra revolvida do sepulcro. E, entrando, não acharam o corpo do Senhor Jesus. E aconteceu que, estando elas muito perplexas a esse respeito, eis que pararam junto delas dois homens, com vestes resplandecentes. E, estando elas muito atemorizadas, e abaixando o rosto para o chão, eles lhes disseram: Por que buscais o vivente entre os mortos? Não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galileia, dizendo: Convém que o Filho do homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e ao terceiro dia ressuscite. E lembraram-se das suas palavras. E, voltando do sepulcro, anunciaram todas estas coisas aos onze e a todos os demais. E eram Maria Madalena, e Joana, e Maria, mãe de Tiago, e as outras que com elas estavam, as que diziam estas coisas aos apóstolos. E as suas palavras lhes pareciam como desvario, e não as creram. Pedro, porém, levantando-se, correu ao sepulcro e, abaixando-se, viu só os lençóis ali postos; e retirou-se, admirando consigo aquele caso.

Exapostilário – 4º:
Brilhemos na virtude e veremos os homens de pé vestidos de luz resplandecente dentro do sepulcro mudou a dor da vida, os mesmo que apareceram às Mirróforas que temerosas inclinaram seu rostos até a terra e entenderemos a ressurreição do Senhor do Céu. Corramos com Pedro até o sepulcro, maravilhemo-nos com o acontecimento e esperamos ver a Cristo nossa vida.

Theotokion – 4º:
Senhor, quando exclamaste: “Alegrai-vos, compensaste a tristeza de nossos primeiros pais e com Tua ressurreição introduziste a alegria ao mundo”. Tu agora, oh Doador da Vida, envia-nos, pela intercessão de Tua Mãe, a luz que ilumina nossos corações, a luz da piedade, para que exclamemos: Oh amante da humanidade, Deus encarnado, glória à Tua ressurreição.

Louvores - Modo plagal 1 - (6º tom):
Tudo que respira louve ao Senhor! Louvai o Senhor do Céu, louvai-o, todos os seus anjos; louvai-o todos os seus exércitos! A ti pertence l louvor o Deus!
1 – Esta glória será para todos os Justos.
Senhor, Tua crucifixão é Vida e Ressureição por Teu povo, nela está nosso apoio. Te louvamos, oh Deus nosso Ressuscitado, tem piedade de nós.

2 – Louvai a Deus em seu santuário, louvai na magnificência de seu firmamento!
Tua sepultura, oh Senhor, abriu o paraíso ao gênero humano; e nós, que fomos salvas da corrupção, Te louvamos. Oh Ressuscitado Deus nosso, tem piedade de nós!

3 – Louvai por suas proezas, louvai conforme Sua imensa grandeza!
Louvemos o Pai e o Espírito a Cristo ressuscitado dentre os mortos, a clamando-O: Tu és nossa Vida e Ressureição, tem piedade de nós.

4 – Louvai ao som da trombeta, louvai com saltério e a harpa!
Oh Cristo, quando ressuscitaste do sepulcro ao terceiro dia, como está escrito, levantaste contigo os nossos primeiros pais, por isso o gênero humano Te glorifica e louva Tua ressurreição.

5 – Louvai com pandeiro e a dança; louvai com cordas e flautas!
Senhor, o mistério de Tua ressureição é grande e terrível porque saíste do sepulcro como o noivo do leito, pisoteando a morte com Tua morte para libertar Adão, o caído. Por isso, os Anjos no céu se alegram, e na terra, os humanos louvam Tua misericórdia, oh Amante da humanidade.

6 – Louvai com címbalos retumbantes; louvai com címbalos de júbilo. Tudo que respira louve ao Senhor!
Oh judeus transgressores da Lei, onde estão os selos e a prata distribuída aos soldados? O tesouro não foi roubado ressuscitou por ser onipotente.
7 – Levanta-Te, Senhor meu e Deus meu, que tua mão se levante e não te esqueças para sempre de Teus pobres.
Oh judeus como foram roubados, se vocês selaram o sepulcro, e puseram guardas e marcaram cm sinais? O Rei saiu com as portas fechadas, monstrem-No como morto o prosternem-se como todos nós diante dele cantando: Glória à Tua Cruz e à Tua ressureição.

8 – Te confesso, Senhor, como todo meu coração e proclamo todos teus milagres.
Senhor, as Mirróforas foram ao sepulcro que recebera a vida, chorando e levando a mirra, ao buscar Teu puríssimo corpo para ungi-lo, falaram ao Anjo resplandecente sobre a pedra, que lhes disse: “Por que derramam lágrimas por Ele que derramou de seu lado a Vida ao mundo? Como buscam no sepulcro como morto ao Imortal? Bem melhor é que saiam depressa a anunciar com alegria à Seus Discípulos Sua gloriosa ressureição que cativou o mundo inteiro e coma qual nos iluminou o salvador.
Senhor concede-nos o perdão e a grande misericórdia.

Eothinon – 4º:
Glória ao Pai †, ao Filho e ao Espírito Santo.
Quando Maria Madalena anunciou a boa nova da Ressurreição dentre os mortos do Salvador e Seu aparecimento, os discípulos, não acreditando, foram censurados por sua dureza de coração. Mas eles foram enviados para pregar, armados com sinais e milagres. E Tu, ó Senhor, foste elevado para Teu pai, a Arqui-Luz, enquanto eles pregavam o Verbo em todos os lugares, e demonstrando com milagres. Por isso nós, iluminados por eles, glorificamos Tua Ressurreição dentre os mortos, ó Senhor Que amas a humanidade.

Theotokion:
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.
Bendita e venerável és Tu, ó Mãe de Deus, em cujo seio se encarnou Aquele que visitou o inferno, libertando Adão e Eva da maldição, destruindo a morte e dando a vida a todos nós.
Por isso bendirei o Cristo em qualquer tempo, e sempre o Seu louvor estará em minha boca (2 vezes).

Apolitikion (Tropário):
Hoje é a salvação do mundo. Louvemos Aquele que ressuscitou do túmulo, dando-nos origem a uma nova vida, porque anulou a morte com a Sua morte e nos concedeu a misericórdia de obter essa grande vitória.
Extraído do site ecclesia.com.br


Divina Liturgia

Anunciação - Modo 4:
É hoje o começo da nossa salvação e a manifestação do mistério eterno.
O Filho de Deus torna-Se Filho da Virgem e Gabriel anuncia a graça.
Por isso, cantamos com ele à Mãe de Deus:
“Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo!”

Apolitikion (Tropário) da Ressurreição - Modo 2 plagal - (6º tom):
As potestades angélicas apareceram no Teu venerado Sepulcro, e os guardas ficaram como mortos, e Maria colocou--se junto do Sepulcro, procurando o Teu puríssimo Corpo. Entretanto, subjugaste o inferno, sem ser tentado por ele, e encontraste a Virgem, revelando a vida, Senhor, que ressuscitaste dos mortos, glória a Ti.

Kondakion – Modo 2 plagal - (6º tom):
Glória ao Pai †, ao Filho e ao Espírito Santo.
Levantando com sua vivificante mão todos os mortos dos vales tenebrosos, Cristo Deus, Doador da vida, quis conceder a Ressurreição ao gênero humano; pois Ele é o Salvador, a Ressurreição, a Vida e o Deus de todos.

Theotokion – Modo 2 plagal - (6º tom):
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.
Clamando com a tua bendita Mãe, voluntariamente, viste padecer, irradiando na cruz, desejaste encontrar Adão, dizendo aos anjos: Alegrem-se comigo, porque foi encontrado o dracma perdido, Deus nosso, que com sabedoria tudo consolidaste, glória a Ti!

Trisagion:
Adoremos, a Tua Cruz, ó Mestre, e glorificamos a Tua santa Ressureição. (3x)
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espirito Santos, agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.
E glorificamos a Tua santa Ressureição.
Adoremos, a Tua Cruz, ó Mestre, e glorificamos a Tua santa Ressureição.

Prokimenon:
Salva, Senhor, o teu povo e abençoa a tua herança (Sl 28, 9).
Clamo a Ti, Senhor, meu rochedo presta ouvido aos meus rogos (Sl 28, 1).

Epístola:                                                                                           Gl 2,16-20
Irmãos, sabemos que ninguém se justifica pela prática da lei, mas somente pela fé em Jesus Cristo. Também nós cremos em Jesus Cristo, e tiramos assim a nossa justificação da fé em Cristo, e não pela prática da lei. Pois, pela prática da lei, nenhum homem será justificado. Pois, se nós, que aspiramos à justificação em Cristo, retornamos, todavia, ao pecado, seria porventura Cristo ministro do pecado? Por certo que não! Se torno a edificar o que destruí, confesso-me transgressor. Na realidade, pela fé eu morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou pregado à cruz de Cristo. Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim. A minha vida presente, na carne, eu a vivo na fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim.

Aleluia!
Aleluia, aleluia, aleluia!
Quem habita ao abrigo do Altíssimo e vive à sombra do Senhor Onipotente (Sl 91, 1).
Aleluia, aleluia, aleluia!
Diz ao Senhor: sois meu refúgio e proteção, sois o meu Deus no qual confio inteiramente (Sl 91, 2).
Aleluia, aleluia, aleluia!



Evangelho:                                                                           Mc 8, 34b-9, 1
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo o Evangelista São Marcos:

Naquele tempo, disse o Senhor: Se alguém me quer seguir, renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Porque o que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas o que perder a sua vida por amor de mim e do Evangelho, salvá-la-á. Pois que aproveitará ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder a sua vida? Ou que dará o homem em troca da sua vida? Porque, se nesta geração adúltera e pecadora alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai com os seus santos anjos. E dizia-lhes: Em verdade vos digo: dos que aqui se acham, alguns há que não experimentarão a morte, enquanto não virem chegar o Reino de Deus com poder.

Hirmós:
Ó Mãe de Deus, tu és o paraíso místico, pois sem ser cultivada, produziste Cristo, que plantou a árvore da Cruz. Por isso, agora O adoramos crucificado e a ti exaltamos.

Kinonikón:
Gravada está sobre nós, Senhor, a luz da tua face.
Aleluia, aleluia, aleluia!

Extraído do site ecclesia.com.br

SINAXE

Pe. Paulo Augusto Tamanini

A crucifixão era uma forma de pena oriental que foi introduzida no Ocidente pelos persas. Foi pouco usada pelos gregos, mas muito utilizada pelos cartagineses e romanos.

Na literatura romana, a crucifixão é descrita como punição cruel e temida, não sendo aplicada aos cidadãos romanos, mas apenas aos escravos e aos não-romanos que houvessem cometido crimes atrozes, como assassinato, furto grave, traição e rebelião. Seguindo a forma romana de crucifixão Jesus provavelmente carregou somente a parte transversal da cruz, pois a parte vertical era deixada no local da execução à espera do condenado. Os braços eram inicialmente amarrados e somente ao chegar no local eram pregados ao madeiro. Acontecia o mesmo procedimento com as pernas e pés.

A vítima era suspensa pouco mais de um metro do chão para que as pessoas pudessem dar de beber uma mistura de água e fel ou vinagre para ser mantida o tempo inteiro consciente, sem haver possibilidade de desmaios (Mt 27,48). Os romanos crucificavam os criminosos inteiramente nus e não há motivo para se pensar que tenha sido feita alguma exceção para Jesus. As vestes do crucificado eram entregues aos soldados para serem divididas. As vestes de Jesus não foram divididas, mas sorteadas pois era de tecido fino e sem costuras. Tal indumentária e feitio não poderiam ser destruídas, por isso preferiu-se lançar sorte. (Mt 27,35ss).

Uma inscrição com o nome do criminoso e a natureza do seu crime era feita sobre uma tabuinha, que o condenado levava pendurado no pescoço até o local da execução; essa tabuinha foi afixada acima da cabeça de Jesus na cruz. Por ironia de Pilatos, a inscrição de Jesus não indicava um crime, mas registrava simplesmente a expressão "rei dos judeus" (Mt 27,37). A inscrição era feita em três línguas: aramaico, o dialeto local; o grego, a língua do mundo romano e o latim, a língua oficial da administração romana.

A morte de Jesus foi muito rápida. Ele ficou suspenso à cruz algumas horas. Geralmente a morte dos condenados à cruz se dava depois de alguns dias após pregado. Este foi o caso dos dois ladrões que ladeavam Jesus: foram- lhe quebradas as pernas para que o fim fosse apressado pois a Páscoa judaica se aproximava (Jo 19,32ss).

No Novo Testamento, o simbolismo teológico da Cruz só aparece em uma afirmação do próprio Senhor e nos escritos de São Paulo. Jesus disse que aqueles que o seguem devem tomar a sua própria Cruz, perdendo assim a vida, para depois conquistá-la (Mt 10,38). Não se trata apenas de alusão à sua própria morte, mas também da afirmação de que seu seguimento exige a negação de si mesmo ( Mc 8,34), o total desprezo pela própria vida, pelo bem-estar, pelas posses pessoais, a tudo aquilo a que se deve renunciar para seguir Jesus.

Paulo pregava o Cristo crucificado, embora isto fosse escândalo para os hebreus e loucura para os gentios (1Cor 1,23). A linguagem da Cruz é absurda para aqueles que, sem ela, se perdem; entretanto é poder de Deus para aqueles que se salvam (1Cor 1, 18).

Ao encerrarmos a Festa da Exaltação da Santa Cruz, cabe-nos dar à Cruz seu devido valor. O sofrimento nos dá a possibilidade da redenção. Reclamar dele nos atesta que ainda precisamos crescer espiritualmente.

BIBLIOGRAFIA:
MCKENZIE, John L. Dicionário Bíblico. São Paulo: Ed Paulinas, 1983.

Encerramento da festa no dia 21.

Fonte e publicação neste site
com permissão de: Ortodoxia.org
Trad.: Pe. André

Extraído do site ecclesia.com.br


17 de setembro: Santas Mártires Sofia e suas três filhas: Fé, Esperança e Caridade († c. 130)



Santa Sofia, nobre matrona romana cujo nome significa “Sabedoria Divina” teve por filhas as três virgens: Fé, Esperança e Caridade, nomes estes que ela escolheu no batismo pelo amor que dedicava a essas virtudes cristãs.  Santa buscou sempre a perfeição evangélica, sendo agraciada por Deus com o Dom de contemplar as grandezas celestiais, educando suas filhas num reto amor pelas virtudes, numa época de intensas perseguições ao Cristianismo, por volta do século 130 d.C., sendo discípulas incondicionais de Nosso Senhor Jesus Cristo, viveram na época da perseguição do Imperador Romano Adriano e seu prefeito Antíoco, que martirizou as filhas em presença de sua mãe, visto que estas pregavam por toda cidade de Roma e arredores a mensagem do crucificado.  Santa Sofia, cuja fé e fortaleza eram inabaláveis, animava suas filhas a perseverarem na virtude mesmo diante dos bárbaros tormentos que lhe foram infligidos pelo imperador, que fazendo sofrer as filhas, tencionava fazer a renegar sua fé cristã.
Santa Fé foi a primeira martirizada, sendo despida, atada de mãos e pés, cruelmente chicoteada tendo seus cotovelos e tornozelos esmagados à marteladas, em meio aos sorrisos e injúrias do Imperador, sua irmã Santa Esperança, também despida, foi lançada lentamente numa caldeira de betume derretido e por fim, Santa Caridade, de apenas 9 (nove) anos de idade, foi decapitada, seu corpo retalhado e lançado ao fogo.  Santa Sofia, a tudo assistiu, elevando os olhos ao céu na certeza de que suas filhas já contemplavam a visão beatífica concedida aos mártires da fé, consumida pela dor, continuou sua vida de intensas penitências e virtudes exemplares, arrastando milhares de pessoas ao Cristianismo, nem mesmo a violência e a tirania contra os cristãos faziam-na desistir, estava também disposta a dar sua vida por Cristo Rei, por sua Igreja!  Por amor a Jesus Cristo, Santa perdeu seus bens, sua liberdade e a própria família, dois meses se passaram em completa agonia, quando Jesus, o grande mestre, sentindo piedade de sua serva fiel a fez tombar sem vida sobre o túmulo de suas filhas, ali estava encerrada a vida desta heroína da Cruz, entrava agora na glória eterna acompanhada dos anjos em festa, recebendo do Senhor singulares dons, entre os quais o de curar pústulas venenosas, enfermidades e toda sorte de males.  Em resumo, sua vida é modelo de fé e de virtudes colocadas em prática, Santa e venerada, faleceu aos 30 de setembro do ano 130, em cujo dia voou a mansão celestial, tornando-se uma das santas mais populares na Igreja do Oriente, sendo à ela dedicada a magnífica basílica de Santa em Istambul na atual Turquia, hoje dominada pelos muçulmanos que a transformaram em museu nacional, seu Santuário na Itália localiza-se na cidade de Poderia-Salerno, e no Brasil na cidade do Rio de Janeiro, no bairro de Cosmos, Igreja esta construída pelo então comendador Serafim , grande devoto desta santa.
Fonte: Site: Pai de Amor
Tradução e publicação neste site
com permissão de: Ortodoxia.org
Trad.: Pe. André
Extraído do site ecclesia.com.br


Folheto Dominical da Igreja Anunciação da Mãe de Deus


Responsável

Protopresbítero do Trono Ecumênico Emanuel Sofoulis


Editoração e Diagramação

Antonio José


Atualização da Página na internet

Jean Stylianoudakis

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Apoio

- Rodrigo Marques – Membro do Coro da Igreja
- Alessandra Sofia Kiametis Wernik – Membro do Coro da Igreja

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