25 maio 2013

3º Domingo após a Páscoa (26/05/2013)

DOMINGO DO PARALÍTICO 
3º Domingo após a Santa Páscoa
(Epístola: At. 9: 32-42 | Evangelho: Jo. 5: 1-15)
Ao celebrarmos a «Festa do Paralítico» notamos que a cronologia toma uma posição secundária e a sua relevância cede lugar ao conteúdo da mensagem que tal festa se propõe a comunicar.
O Calendário Litúrgico bizantino, neste tempo Pascal, faz uma cisão no tempo e enxerta nele acontecimentos ricos e densos de significado que nos convidam a uma profunda reflexão. Do mesmo modo como a paralisia corporal nos torna imóveis e insensíveis, porque a dinâmica da vida e da ação fica comprometida, da mesma forma podemos estar sofrendo da paralisia espiritual, sem que tenhamos consciência dela.
Se estivermos ainda alheios ou indiferentes às alegrias pascais e ao que ela deveria significar para nossa vida de cristãos, temos aí fortes indícios de que padecemos de tal enfermidade.
A Ressurreição do Senhor nos convida a um apostolado que exige maior dinamismo, energia, vivacidade e coragem. Para tanto é necessário estarmos unidos intimamente ao Senhor, o Doador da Vida, da força e da luz, a fim de levarmos Vida em abundância àqueles necessitados e carentes destes dons. A nossa missão de cristãos é proclamar a Realeza do Senhor Jesus, anunciando-a com palavras e obras. Esta dinâmica exige movimento, agilidade, destreza e não um acomodamento mórbido e indolente. Essas atitudes devem ser demonstradas em gestos concretos de nosso cotidiano.
Poderão muitas pessoas experimentar o amor de Deus através de nosso otimismo, de nossa esperança, de nossas atitudes, por mais simples que sejam, pois elas estarão alicerçadas numa fé madura. Esforcemo-nos portanto, por afastar de nosso convívio o mau humor, a melancolia, a apatia, a estagnação. Tudo isso denuncia uma fé ainda paralisada, de pouca consistência. Deus nos quer felizes e, no lar cristão, a felicidade deverá sempre ocupar o hall de entrada. Um lar cristão deve ser dinâmico, gerar virtudes cristãs, mesmo que estas sejam pouco valorizadas pelo mundo.
É preciso frisar, entretanto, que não conseguimos adquirir tais virtudes com intempestuosos esforços esporádicos, mas sendo perseverantes na luta, com a constância em nossos esforços.
Na medida de nossa responsabilidade como pastores e/ou educadores (bispos, sacerdotes, pais, professores...), somos chamados a testemunhar com alegria, entusiasmo e responsabilidade a Ressurreição do Senhor e, sempre caminhantes, em movimento. A paralisia espiritual não pode fazer parte de nossa vida.
Por: Pe. Pavlos Tamanini
Igreja São Nicolau (Florianópolis/SC)

Boletim n. 17, 26.05.2013: 
Domingo do Paralítico (Download)


PARA REFLETIR
v A contínua celebração da Páscoa.
v A contínua alegria da Páscoa.
v A Luz da Ressurreição de Cristo.

PENSAMENTO
† São João Clímaco
Existem virtudes e existem as mães das virtudes. O sábio se esforça para adquirir preferencialmente estas últimas. Deus mesmo é quem ensina essas mães das virtudes com suas próprias ações; por outro lado, muitos são os que ensinam as virtudes filhas.” (A Escada da Divina Ascensão, 26º Degrau: O discernimento.).

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