DOMINGO DO PARALÍTICO
3º Domingo após a Santa Páscoa
(Epístola: At. 9: 32-42 | Evangelho: Jo. 5: 1-15)
Ao celebrarmos a «Festa do Paralítico»
notamos que a cronologia toma uma posição secundária e a sua relevância cede
lugar ao conteúdo da mensagem que tal festa se propõe a comunicar.
O Calendário Litúrgico bizantino, neste tempo Pascal, faz uma cisão no tempo e enxerta nele acontecimentos ricos e densos de significado que nos convidam a uma profunda reflexão. Do mesmo modo como a paralisia corporal nos torna imóveis e insensíveis, porque a dinâmica da vida e da ação fica comprometida, da mesma forma podemos estar sofrendo da paralisia espiritual, sem que tenhamos consciência dela.
Se estivermos ainda alheios ou indiferentes às alegrias pascais e ao que ela deveria significar para nossa vida de cristãos, temos aí fortes indícios de que padecemos de tal enfermidade.
A Ressurreição do Senhor nos convida a um apostolado que exige maior dinamismo, energia, vivacidade e coragem. Para tanto é necessário estarmos unidos intimamente ao Senhor, o Doador da Vida, da força e da luz, a fim de levarmos Vida em abundância àqueles necessitados e carentes destes dons. A nossa missão de cristãos é proclamar a Realeza do Senhor
Jesus, anunciando-a com palavras e obras. Esta dinâmica exige movimento,
agilidade, destreza e não um acomodamento mórbido e indolente. Essas atitudes
devem ser demonstradas em gestos concretos de nosso cotidiano.
Poderão muitas pessoas experimentar o
amor de Deus através de nosso otimismo, de nossa esperança, de nossas atitudes,
por mais simples que sejam, pois elas estarão alicerçadas numa fé madura.
Esforcemo-nos portanto, por afastar de nosso convívio o mau humor, a
melancolia, a apatia, a estagnação. Tudo isso denuncia uma fé ainda paralisada,
de pouca consistência. Deus nos quer felizes e, no lar cristão, a felicidade
deverá sempre ocupar o hall de entrada. Um lar cristão deve ser dinâmico, gerar
virtudes cristãs, mesmo que estas sejam pouco valorizadas pelo mundo.
É preciso frisar, entretanto, que não
conseguimos adquirir tais virtudes com intempestuosos esforços esporádicos, mas
sendo perseverantes na luta, com a constância em nossos esforços.
Na
medida de nossa responsabilidade como pastores e/ou educadores (bispos, sacerdotes,
pais, professores...), somos chamados a testemunhar com alegria, entusiasmo e
responsabilidade a Ressurreição do Senhor e, sempre caminhantes, em movimento.
A paralisia espiritual não pode fazer parte de nossa vida.
Por: Pe. Pavlos Tamanini
Igreja São Nicolau (Florianópolis/SC)Boletim n. 17, 26.05.2013:
Domingo do Paralítico (Download)
v A contínua celebração da Páscoa.
v A contínua alegria da Páscoa.
v A Luz da Ressurreição de Cristo.
PENSAMENTO
† São João Clímaco
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