25 dezembro 2014

Natividade

PATRIARCADO ECUMÊNICO DE CONSTANTINOPLA
Arquidiocese Ortodoxa Grega de Buenos Aires e América do Sul
Igreja Anunciação da Mãe de Deus
SGAN - Qd. 910 - Módulo ‘’B’’ - CEP: 70.790-100 - Brasília-DF
_____________________________________________________________________
Brasília, 25 de dezembro de 2014
______________________________________________________________________________________________________________________________

Natividade, segundo a carne, de Nosso Senhor, Deus e Salvador Jesus Cristo»


Divina Liturgia

Anunciação - Modo 4:
É hoje o começo da nossa salvação e a manifestação do mistério eterno.
O Filho de Deus torna-Se Filho da Virgem e Gabriel anuncia a graça.
Por isso, cantamos com ele à Mãe de Deus:
“Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo!”.

O Verbo era Deus...
O Verbo fez-se carne

Escutai, pastores, o som das trombetas…
O Verbo foi gerado, Deus manifestou-se ao mundo!
E vós, filhas de reis, entrai na alegria da Mãe de Deus (cf Sl 44,10).
Povos, digamos: “Bendito sejas, nosso Deus recém-nascido, glória a ti!”
A Virgem, que não conhece homem (Lc 1,34), deu ao mundo a alegria, a tristeza ancestral acabou.
Hoje, o Incriado foi gerado, aquele que o mundo não pode conter entra no mundo.
Hoje, a alegria manifestou-se aos homens; hoje o erro foi lançado no abismo.
Povos, digamos: “Bendito sejas, nosso Deus recém-nascido, glória a ti!”
Pastores, cantai o Mestre que nasceu em Belém…, aquele que resgata o mundo.
Eis que a maldição de Eva foi anulada, graças àquele que nasceu da Virgem…
“Batamos palmas em aclamações” (Sl 46,2); formemos um coro com os anjos.
O Senhor nasceu da Virgem Maria para “levantar os que tinham caído e erguer os abatidos” (Sl 144,14), aqueles que gritam com fé:“Bendito sejas, nosso Deus recém-nascido, glória a ti!”
O autor da Lei encarnou sob a Lei (Ga 4,4), o Filho intemporal nasceu da Virgem, o Criador do universo está deitado no presépio.
Aquele que o Pai gera eternamente, sem mãe nos céus, nasceu da Virgem, sem pai sobre a terra.
Povos, digamos: “Bendito sejas, nosso Deus recém-nascido, glória a ti!”
Na verdade, a alegria acaba de nascer no estábulo.
Hoje os coros angélicos rejubilam; todas as nações celebram a Virgem imaculada; o nosso antepassado Adão dança de alegria, porque hoje nasceu o Salvador.
Povos, digamos: “Bendito sejas, nosso Deus recém-nascido, glória a ti!”

S. Romano o Melódio (? - cerca de 560)
Hino 13, «A Natividade»

ISSODIKON
Das minhas entranhas, eu te gerei
antes da estrela da manhã.
O Senhor jurou e não se arrependerá:
Tu és sacerdote para sempre,
segundo a ordem de Melquisedeque.
Salva-nos, ó Filho de Deus,
Tu que nasceste da Virgem,
a nós que a Ti cantamos: aleluia!

APOLITIKION (4º TOM)
Teu Nascimento, ó Cristo Deus,
fez brilhar no mundo a luz do conhecimento.
Nela os adoradores dos astros
aprenderam de um astro a adorar-te, Sol de Justiça,
e a reconhecer-te como o Oriente vindo do alto.
Senhor, glória a Ti!

HIPACOÏ (8º TOM)
Ó Menino reclinado numa manjedoura,
o céu te ofereceu as primícias dos gentios,
chamando os magos pela estrela.
E estes ficaram assombrados,
não por cetros e tronos, mas pela pobreza extrema.
Que há, na verdade, de mais humilde que a gruta,
e de mais miserável que as faixas,
nas quais brilhou a riqueza de tua divindade?
Senhor, glória a Ti!

KONDAKION (3º TOM)
Hoje a Virgem dá à luz o Eterno
e a terra é uma gruta ao Inacessível.
Os anjos e os pastores louvam-no
e os magos com a estrela avançam.
Tu nasceste para nós, ó Menino,
Deus antes de todo tempo.



TRISÁGION
Vós que fostes batizados em Cristo,
vos revestistes de Cristo. Aleluia! (3 vezes)
Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo,
agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.
Vos revestistes de Cristo. Aleluia!
Vós que fostes batizados em Cristo ...

PROKIMENON
Todos os habitantes da terra te adorem
e cantem em teu louvor.
Aclamai a Deus todos os habitantes da terra.

EPÍSTOLA                                                                                        [Gl 4, 4-7]
Leitura da Epístola do Apóstolo São Paulo aos Gálatas

Irmãos, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou o seu Filho. Ele nasceu de uma mulher, submetido à Lei para resgatar aqueles que estavam submetidos à Lei, a fim de que fôssemos adotados como filhos. A prova de que vocês são filhos é o fato de que Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho que clama: Abba, Pai! Portanto, você já não é escravo, mas filho; e se é filho, é também herdeiro por vontade de Deus.

ALELUIA
Aleluia, aleluia, aleluia!
Os céus publicam a glória de Deus
e o firmamento anuncia as obras das suas mãos.
Aleluia, aleluia, aleluia!
Um dia ao outro transmite esta mensagem
e uma noite à outra a comunica.
Aleluia, aleluia, aleluia!

EVANGELHO                                                                                   [Mt 2, 1-12]
Evangelho de Nosso Senhor Jesus†Cristo, segundo o Evangelista São Mateus

Naquele tempo, tendo nascido Jesus na cidade de Belém, na Judéia, no tempo do rei Herodes, alguns magos do Oriente chegaram a Jerusalém, e perguntaram: «Onde está o recém-nascido rei dos judeus? Nós vimos a sua estrela no Oriente, e viemos para prestar-lhe homenagem.»
Ao saber disso, o rei Herodes ficou alarmado, assim como toda a cidade de Jerusalém. Herodes reuniu todos os chefes dos sacerdotes e os doutores da Lei, e lhes perguntou onde o Messias deveria nascer. Eles responderam: «Em Belém, na Judéia, porque assim está escrito por meio do profeta: ‘E você, Belém, terra de Judá, não é de modo algum a menor entre as principais cidades de Judá, porque de você sairá um Chefe, que vai apascentar Israel, meu povo’».
Então Herodes chamou secretamente os magos, e investigou junto a eles sobre o tempo exato em que a estrela havia aparecido. Depois, mandou-os a Belém, dizendo: «Vão, e procurem obter informações exatas sobre o menino. E me avisem quando o encontrarem, para que também eu vá prestar-lhe homenagem.»
Depois que ouviram o rei, eles partiram. E a estrela, que tinham visto no Oriente, ia adiante deles, até que parou sobre o lugar onde estava o menino. Ao verem de novo a estrela, os magos ficaram radiantes de alegria.
Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele, e lhe prestaram homenagem. Depois, abriram seus cofres, e ofereceram presentes ao menino: ouro, incenso e mirra. Avisados em sonho para não voltarem a Herodes, partiram para a região deles, seguindo por outro caminho.

HIRMOS
Glorifica, ó minha alma,
aquela que é mais venerável
e mais gloriosa que os exércitos celestes.
Eu contemplo um mistério estranho e admirável:
a gruta tornou-se o Céu;
a Virgem, o trono dos Querubins;
e a manjedoura, um lugar honroso,
no qual repousa o incomensurável, Cristo Deus.
Louvemo-lo e glorifiquemo-lo!

KINONIKON:
O Senhor enviou a redenção a seu povo;
estabeleceu para sempre a sua aliança.
Aleluia, aleluia, aleluia!

Obs.: Em vez de Vimos a verdadeira luz... o Apolitikion do dia.
Na Bênção Final acrescenta-se: Que aquele que nasceu numa gruta e foi reclinado numa manjedoura para a nossa salvação, o Cristo ...


SINAXE



Tu, que maravilhosamente criaste o homem,
mais maravilhosamente ainda restabeleceste a sua dignidade
Jesus Cristo nasceu, rendei-Lhe glória!
Cristo desceu dos céus, correi para Ele!
Cristo está sobre a terra, exaltai-O!
“Cantai ao Senhor, terra inteira.
Alegria no céu; terra, exulta de alegria!” (Sl 96,1.11).
Do céu, ele vem habitar no meio dos homens; estremecei de temor e de alegria:
de temor, por causa do pecado; de alegria, por causa da nossa esperança.
Hoje, as sombras se dissipam e a luz se eleva sobre o mundo; como outrora no Egito envolto em trevas, hoje uma coluna de fogo ilumina Israel.
O povo, que estava sentado nas trevas da ignorância, contempla hoje essa imensa luz do verdadeiro conhecimento porque “o mundo antigo desapareceu, todas as coisas são novas” (2 Co 5,17).
A letra recua, o espírito triunfa (Rm 7,6); a prefiguração passa, a verdade aparece (Col 2,17).
Aquele que nos deu a existência quer também inundar-nos de felicidade; essa felicidade que o pecado nos havia feito perder, a encarnação do Filho nos devolve…
Tal é esta solenidade: saudamos hoje a vinda de Deus ao meio dos homens para que possamos, não chegar mas regressar para junto de Deus; a fim de que nos despojemos do homem velho e nos revistamos do Homem novo (Col 3,9), a fim de que, mortos em Adão, vivamos em Cristo (1 Co 15,22)…
Celebremos pois este dia, cheios de uma alegria divina, não mundana, mas uma verdadeira alegria celeste.
Que festa, este mistério de Cristo! Ele é a minha plenitude, o meu novo nascimento.
S. Gregório Nazianzeno (330-390),
« Sermão n° 38, para a Natividade»

A Festa da Natividade do Senhor, celebrada nas Igrejas do Oriente e do Ocidente, marca o nascimento de Jesus, o Verbo de Deus feito homem, em Belém. Tal festa é antecedida por um tempo de preparação e jejum que se encerra na noite de 24 de dezembro. O jejum é substituído pelo banquete da festividade e da alegria pela Encarnação do Verbo. O Menino recém nascido, impossibilitado ainda de falar, é a encarnação da Palavra Divina.

O que os Patriarcas, Profetas, Justos e Reis desejaram ver e não viram, contemplamos hoje: a realização do plano salvífico que, ao fazer-se homem, glorifica nossa natureza humana, fazendo-nos partícipes da natureza divina. A encarnação do Filho de Deus reconcilia os opostos e aproxima os polos diversos da criação: reúne o Céu e a Terra, o tempo e a eternidade, anjos e pastores, astros e animais, a virgindade e a maternidade, pois Maria é verdadeiramente Virgem fecunda e Mãe intacta [...].

«O povo que caminha nas trevas viu uma grande luz. Sobre os que habitam o país da sombra da morte, uma luz resplandece». (Is 9,1)

Na noite se manifesta a luz divina; mas para que Deus receba a vida humana é necessário que a humanidade aceite dar à luz na carne e no mundo obscuro. Por isso o menino pequeno não ocupa o centro do ícone. O SIM das bodas de Deus com a humanidade, a porta aberta à encarnação de Deus, é Maria, filha de Israel, mãe humana de Deus, coberta com a sombra do Espírito Santo, envolta num véu de cor púrpura do Espírito Santo, o Espírito dos sete dons, das sete chamas do fogo incriado.

A Virgem Mãe repousa no centro do ícone sobre a encosta de uma montanha. Representação da montanha messiânica, a que Deus dignou-se escolher como morada sua:

«Montanha Divina, Montanha de Basham, Montanha escarpada, Montanha de Basham [...], a montanha eleita de Deus como morada sua. O Senhor habitará nela para sempre» (Sl 68,16-17)
Eu consagrarei a meu Rei sobre Sião, meu santo Monte. (SL 2,6)

Mas esta Montanha se entrecruza com outras duas, formando uma estrutura que domina toda a cena. É uma expressão simbólica do Mistério da Santíssima Trindade, fundamento de nossa fé. A Virgem Mãe está recostada sobre uma magnífica tela vermelha amarrada nos extremos. Esta tela tem às vezes a forma do número oito horizontal que traçam os matemáticos como sinal de infinito. Assim representa o mundo transfigurado do Oitavo dia, o Dia Pascal.

Como um trono de púrpura , levas o Criador, Como um leito vivente recebes o Rei, o plena de Graça.
(Salmo Eclesiástico de Vésperas do dia 20/12)

Maria está sempre recostada como jovem Mãe, as vezes sentada como Rainha. Na decadência do Ocidente Cristão, pinta-se Maria ajoelhada e adorando seu filho. Mas não estamos diante de um mistério de adoração, se não ante o nascimento de Deus pela divina maternidade da Virgem Maria. A perda desta contemplação deu uma nota sentimental aos presépios, distanciando-a da presença do mistério divino-humano [...]

A Virgem está adornada com três estrelas: "Maria, joia da virgindade, deve permanecer Virgem antes do parto, virgem durante o parto, virgem depois do nascimento, única sempre virgem de espírito, de alma e de corpo . (São João Damasceno)

O seio virginal cresce com sua porta intacta A potência resplandece
pois Deus habita em seu templo. (Hino de Natal)

Maria evoca a sarça ardente que não se consome nas chamas, o templo onde Deus habita, a câmara nupcial, e representa a Igreja. Maria guarda todas as coisas e as medita em seu coração. (Lc 2,19 e Lc 2, 51)

O menino esta recostado em um presépio que tem forma de sepulcro. O Cordeiro de Belém é já o Cordeiro eucarístico. Os lençóis, sinal de reconhecimento que o Anjo deu aos pastores, prefiguram os lençóis mortuários que o envolveram em seu sepulcro e que as mulheres portadoras de aromas encontraram no túmulo vazio na manhã da Páscoa.

Está envolto em panos, e já os laços do inferno se desatam. (Prefácio de Natal)

O menino está deitado mais acima que sua mãe; segundo uma tradução do texto grego de Lucas, que não está presente em algumas outras traduções:

Ela o envolveu em panos e o recostou acima, em um presépio. (Lc 2,7)

Gesto de oferenda, gesto sacrifical que recorda o do diácono quando eleva os santos dons do pão e do vinho diante o altar celeste. "Oferecer" significa etimologicamente "levar a cima", e o presépio é o altar onde o Senhor se oferece a si mesmo, e se dá em alimento, como Pão da Vida na cidade de Belém, que em hebraico de diz "Beith-lejem", Casa do Pão. A gruta simboliza a profundidade do silêncio e do abismo no qual Deus se encontra. Representa os infernos que se abrem como as faces de um monstro disposto a engolir o menino, tal como a baleia de Jonas. Mas o Menino é já um Vencedor: sobre Ele desce um faixo de Luz, pois o Céu, em inimaginável descida, inclina-se até o mais profundo.

Venham, gozemos do Paraíso nesta gruta.
Ali está o poço que nenhuma mão humana cavou, o poço do qual Davi desejou beber .
Ali a Virgem ao dar a luz a seu menino, saciou a sede de Adão e de Davi.
(Responsório da Noite de Natal)
Resplandece teu presépio, da escuridão da noite, nasce uma luz, que nenhuma sombra apaga:
é a vela da fé. (hino de Natal)

Atrás do menino, dois animais o cercam. Não estão indicados no Evangelho, mas são uma recordação da palavra de Isaías [...]:

O boi conhece seu amo, o asno o presépio de seu Senhor, mas meu povo não me conhece. (Is 1,3)

A cada lado do centro do ícone, aparecem as outras testemunhas, os pastores, e os magos. Os primeiros chamados a contemplar o Cristo são os pastores, homens humildes, simples, naturais, que representam a grande espera do povo que caminhava nas trevas.

A quem esperais, pastores que velais na noite?
Esperamos o Bom Pastor. (Salmo eclesiástico)

A eles se dirige, em primeiro lugar, a "Benevolência" divina.
Os magos representados como três cavalheiros que sobem ao monte, apontam a estrela anunciadora da Vida Nova. Reis e astrólogos, sábios pagãos chegados do Oriente, representam todas as nações chamadas a sentar-se, com Israel, à mesa do banquete do Senhor. Portadores de dons, prefiguram as mulheres que iam ao sepulcro com aromas. Tem sobre sua cabeça uma espécie chapéu e por cima uma pequena esfera da sabedoria.

Teu nascimento oh Cristo nosso Deus, fez brilhar no mundo a luz da sabedoria; e , graças a uma estrela, aqueles que adoravam os astros, aprenderam a adorar-te, Sol de justiça, e a conhecer em Ti, o Oriente que vem do Alto.
Glória a Ti, Senhor!
(tropário de Natal)

A parte superior do ícone representa as realidades celestiais: no centro, um semicírculo , como um sol azul, se abre de diversas maneiras segundo os ícones. As vezes está ali a estrela de oito raios:

Eu, Jesus, sou a luz resplandecente da manhã. (Ap. 22,16)

Uma estrela avança em Jacó, um astro se levanta em Israel. (Nm 24,17)

Mais próximo do relato evangélico, outra tradição vê no Anjo inclinado, o Anjo da encarnação, o Anjo guardião dos homens, com sua ternura, sua proteção e sua vigilância. Os outros três Anjos em atitude de adoração, estavam junto à gruta, assombrados por ver o Deus oculto na carne e prolongando na terra a eterna Liturgia Celestial. Todos clamam: «Glória a Deus nas alturas, e na terra paz aos homens de boa vontade!» Lc 2,7)

Na parte inferior do ícone há duas mulheres que banham o Menino. Segundo narra o proto-evangelho de São Tiago, uma delas é chamada Eva como nossa primeira mãe.

Eva, por seu pecado, introduziu no mundo a maldição.
Mas tu, ó Virgem Mãe de Deus, pela excelência de tua fecundidade, fizeste florescer no mundo a bênção.
Estrofe do salmo lucernário, 20 de dezembro)

O banho do Menino antecipa o Banho batismal da Teofania e sublinha a humanidade de Cristo. Prefigura a morte, a descida aos infernos e a Ressurreição, pois como diz São Paulo,

"Fomos sepultados com Ele pelo batismo, na morte, para que, como o Cristo ressuscitou de dentre os mortos pela glória de seu Pai, vivamos também nós uma vida nova. Rm 6, 4)

Na parte inferior esquerda, estão dois homens: um deles é José, que aparece sentado meditando, com a cabeça apoiada nas mãos. Personifica o homem atônito ante o Mistério.

Com o coração tumultuado e cheio de dúvidas, o prudente José se debatia.
Sabe que és virgem intacta, e suspeita secretos esponsais.
conhecendo-te, Mãe, pela ação do Espírito Santo exclama: aleluia! (3ª Antífona da 1ª Estação do Hino Akathistos)

Diante dele está, de pé, um velho pastor com um bastão que, segundo a tradição se chama Tirso, e seu bastão é o de Dionísios, utilizado pelos pagãos nas festas báquicas. Representado de perfil é a figura do tentador.

A terra está, quase sempre, cheia de arbustos e plantas e povoada de ovelhas e cordeiros do rebanho. Assim , toda a Criação, angélica, mineral, vegetal, astral, animal e humana,

«se maravilha com o nascimento de Deus, e canta ao Senhor, Menino pequeno e Deus antes dos séculos».

«Senhor, a Terra se alegra e se estremece ante tua bênção, pois o Verbo se faz carne» [...]

Que saltem as montanhas, que os mares se estremeçam, que as árvores e os bosques exultem, pois Deus se faz homem.

Da raiz de Jessé, cresce para a imortalidade a árvore da Vida, da escuridão da terra surge o Sol da Justiça que atravessa o céu espiritual oculto em Maria como uma gruta. (Oração Coleta 19 de dezembro)

O Ofício da Noite da Natividade termina com esta admirável recapitulação do mistério:

"Hoje nasce da Virgem O que sustenta com sua mão o Universo.
Ele que é invisível por essência, está envolto em panos como um mortal.
Ele que firmou os céus no princípio do mundo, está deitado num presépio.
Ele que fez chover o maná no deserto sobre seu povo, se alimenta com o leite de sua Mãe.
O Esposo da Igreja é visitado pelos magos, o Filho da Virgem aceita os dons.
Adoramos teu nascimento, ó Cristo, concede-nos ver também a tua santa Teofania.

FONTE:
Revista Fuentes – «Las doce Fiestas» — Buenos Aires - Argentina



Folheto Dominical da Igreja Anunciação da Mãe de Deus


Responsável

Reverendo Ecônomo Padre Emanuel Sofoulis


Editoração e Diagramação

Antonio José


Atualização da Página na internet

Jean Stylianoudakis

Solicite o envio do Boletim Mensagens Cristão-Ortodoxas por email.


Apoio

 - Rodrigo Marques – Membro do Coro da nossa Igreja

 - Folheto da Comunidade Ortodoxa de São Pedro e São Paulo
 Pavuna – Rio de Janeiro – RJ – Brasil
http://comunidadeortodoxa.simplesite.com.br/


Nenhum comentário:

Postar um comentário