PATRIARCADO ECUMÊNICO DE CONSTANTINOPLA
Arquidiocese Ortodoxa
Grega de Buenos Aires e América do Sul
Igreja Anunciação da Mãe de Deus
SGAN - Quadra 910
- Módulo ‘’B’’ - CEP: 70.790-100 - Brasília-DF
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Brasília, 24 de julho
de 2016.
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«5º Domingo de Mateus»
(5º depois de Pentecostes - Modo 4)
Memória de Santa
Cristina, Megalomártir de Tiro († c. 220).
MATINAS
Apolitikion (Tropário) – Modo 4 - (4º tom):
As discípulas do Senhor
aprenderam do Anjo a anunciar jubilosamente a ressurreição e rejeitaram a
sentença dos nossos primeiros pais e conversaram com os Apóstolos, orgulhosas,
dizendo: A morte já é cativa e o Cristo Deus já ressuscitou, dando ao mundo
grande misericórdia.
Glória ao Pai †, ao Filho e ao Espírito Santo,
As discípulas do Senhor
aprenderam do Anjo a anunciar jubilosamente a ressurreição e rejeitaram a
sentença dos nossos primeiros pais e conversaram com os Apóstolos, orgulhosas,
dizendo: A morte já é cativa e o Cristo Deus já ressuscitou, dando ao mundo
grande misericórdia.
Agora, sempre e pelos séculos
dos séculos. Amém.
Theotokion:
O mistério, oculto desde
os séculos e desconhecido pelos anjos; por ti foi manifesto, oh Mãe de Deus, aos
seres terrenos, porque Deus se encarnou em uma união verdadeira; voluntariamente
aceitou a cruz por nós e nela se levantou o primeiro criado e salvou da morte nossas
almas.
Katisma – Modo 4 - (4º tom):
1ª Katisma:
As Mirróforas vieram a entrada
do sepulcro, mas não puderam suportar os esplendores do anjo, assustadas disseram:
É verdade que foi roubado quem abriu o Paraíso ao ladrão, o que ressuscitou levantando-se
quem anunciou sua Ressurreição antes de sua paixão? Em verdade, Cristo Deus ressuscitou
concedendo a ressurreição e a vida a aqueles que se encontravam do Hades!
Glória ao Pai †, ao Filho
e ao Espírito Santo.
Oh Salvador, por Tua própria
vontade, suportar a Crucificação, os mortais te puseram em um sepulcro novo, a Ti
que fixaste com a Tua palavra os continentes! Por isso, a morte foi encarcerada
e vencida; e todos os que estavam no Hades, na hora de Tua vivificadora ressurreição
exclamaram: Verdadeiramente Cristo ressuscitou outorgando a vida e permanecendo
por todos os séculos!
Agora, sempre e pelos
séculos dos séculos. Amém.
Theotokion:
José, teu prometido e Custódio ao ver tua inefável concepção sem semente, quedou surpreendido, oh Mãe de Deus. Em seu interior pensou consigo mesmo na chuva que cai sobre a erva seca e na sarça que arde sem se consumir. E deu testemunho diante dos sacerdotes, dizendo: “A Virgem dá à luz e permanece Virgem”.
2ª Katisma:
Oh Cristo nosso Salvador, porque és Imortal ressuscitaste do sepulcro. Com Tua Ressurreição ressuscitaste
contigo o mundo, e com Teu poder aniquilaste a força da morte, e anunciaste a todos
Tua Ressurreição. Por isso Te glorificamos, oh único misericordioso e amante da
humanidade!
Glória ao Pai †, ao Filho e ao Espírito Santo.
Gabriel desceu do alto com vestes brancas. E dirigindo-se à pedra donde se encontrava a Pedra da Vida, clamou as chorosas mulheres, dizendo: Deixai de chorar e vinde fortalecidas e gozosas, porque aquele a quem buscais com lágrimas, em verdade ressuscitou. E proclamou aos Apóstolos: O Senhor ressuscitou!
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!
Theotokion:
Oh Puríssima, todos os coros se
assombraram ante o mistério de teu parto, ao ver como repousou em ti, como menino
o que sustenta tudo em suas mãos; Aquele que existiu antes de todos os séculos tomou
principio no seu tempo; E como aquele que alimenta com toda sua bondade a todo ser
que respira, se alimenta com leite. Por isso tem louvaram e te louvam, por ser em
verdade a Mãe de Deus.
Ypakoí – Modo 4 - (4º tom):
Obediência:
As Mirróforas se adiantaram os
Apóstolos e anunciaram os acontecimentos da ressurreição milagrosa, oh Cristo, dizendo
que tu ressuscitaste como Deus dando ao mundo a grande misericórdia.
Anabtmo:
1ª Antífona:
Desde minha juventude muitos são
os sofrimentos que me perseguem; porém Tu, Salvador meu, protege-me e salva-me,
oh quem odiai a Sion, como a palha no fogo sereis consumidos.
Glória ao Pai †, ao Filho e ao
Espírito Santo, agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!
Pelo o Espírito Santo toda
alma vive, se purifica, e brilhando eleva-se até a Trindade Única, mística e
pura.
2ª Antífona:
Senhor, a Ti clamo com fervor desde
o fundo de minha alma que me escutem teus divinos ouvidos.
Os que depositaram sua esperança
em Deus estão sobre todas as penas.
Glória ao Pai †, ao Filho e ao
Espírito Santo, agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.
O Espírito Santo faz transbordar
os rios da graça e seus arroios refrescam toda a criação com a vida vivificadora.
3ª Antífona:
Oh Verbo, que meu coração se eleve
a Ti; que as atrações do mundo não me incline para a vida terena.
Cada um de nós tem muito amor a
sua Mãe; e com maior razão devemos querer o Senhor como mais fervor.
Glória ao Pai †, ao Filho e ao
Espírito Santo, agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.
Como o Espírito Santo está a riqueza
da sabedoria e a visão divina, porque por seu meio o Verbo anuncia todos os mandamentos
do Pai.
Prokimenon:
Levanta-te, oh Deus, venha em nossa ajuda e resgata-nos por teu nome. (2 vezes).
Stichos:
Oh Deus, com nossos ouvidos temos
escutado.
Levanta-te, oh Deus, venha em
nossa ajuda e resgata-nos por teu nome.
Kondakion – Modo 4 - (4º tom):
Meu Salvador e meu libertador,
saiu do sepulcro desligou e ressuscitou todos os habitantes da terra, Ele o boníssimo,
Ele o nosso Deus.
Ele destruiu as portas do inferno.
O Senhor de todas as coisas ressuscitou ao terceiro dia.
Ikós:
Cristo doador da vida, ressuscitou
dos mortos, depois de três dias, deixou seu túmulo e em sua força, “ Ele quebrou
as portas da morte condenou o inferno destruindo a morte e libertando Adão e Eva.
Habitantes da terra, celebremo-Lo
e rendemos-lhes graças; clamemos, sem cessar seu louvor.
Três dias sepultado, Ele ressuscitou
porque Ele é o único forte, o único Deus, o único Senhor.
Evangelho: Lc 24, 13-35
Evangelho
de Nosso Senhor Jesus † Cristo, segundo o Evangelista São Lucas:
Naquele tempo, Pedro, levantando-se, correu ao
sepulcro e, abaixando-se, viu só os lençóis ali postos; e retirou-se, admirando
consigo aquele caso. E eis que no mesmo dia iam dois deles para uma aldeia, que
distava de Jerusalém sessenta estádios, cujo nome era Emaús. E iam falando
entre si de tudo aquilo que havia sucedido. E aconteceu que, indo eles falando
entre si, e fazendo perguntas um ao outro, o mesmo Jesus se aproximou, e ia com
eles. Mas os olhos deles estavam como que fechados, para que o não conhecessem.
E ele lhes disse: Que palavras são essas que, caminhando, trocais entre vós, e
por que estais tristes? E, respondendo um, cujo nome era Cléopas, disse-lhe: És
tu só peregrino em Jerusalém, e não sabes as coisas que nela têm sucedido
nestes dias? E ele lhes perguntou: Quais? E eles lhe disseram: As que dizem
respeito a Jesus Nazareno, que foi homem profeta, poderoso em obras e palavras
diante de Deus e de todo o povo; e como os principais dos sacerdotes e os
nossos príncipes o entregaram à condenação de morte, e o crucificaram. E nós
esperávamos que fosse ele o que remisse Israel; mas agora, sobre tudo isso, é
já hoje o terceiro dia desde que essas coisas aconteceram. É verdade que também
algumas mulheres dentre nós nos maravilharam, as quais de madrugada foram ao
sepulcro; e, não achando o seu corpo, voltaram, dizendo que também tinham visto
uma visão de anjos, que dizem que ele vive. E alguns dos que estavam conosco
foram ao sepulcro, e acharam ser assim como as mulheres haviam dito; porém, a
ele não o viram. E ele lhes disse: Ó néscios, e tardos de coração para crer
tudo o que os profetas disseram! Porventura não convinha que o Cristo padecesse
estas coisas e entrasse na sua glória? E, começando por Moisés, e por todos os
profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras. E
chegaram à aldeia para onde iam, e ele fez como quem ia para mais longe. E eles
o constrangeram, dizendo: Fica conosco, porque já é tarde, e já declinou o dia.
E entrou para ficar com eles. E aconteceu que, estando com eles à mesa, tomando
o pão, o abençoou e partiu-o, e lho deu. Abriram-se-lhes então os olhos, e o conheceram,
e ele desapareceu-lhes. E disseram um para o outro: Porventura não ardia em nós
o nosso coração quando, pelo caminho, nos falava, e quando nos abria as
Escrituras? E na mesma hora, levantando-se, tornaram para Jerusalém, e acharam
congregados os onze, e os que estavam com eles, os quais diziam: Ressuscitou
verdadeiramente o Senhor, e já apareceu a Simão. E eles lhes contaram o que
lhes acontecera no caminho, e como deles fora conhecido no partir do pão.
Exapostilário – 5º:
Cristo que és o caminho e a vida, depois de sua ressurreição dentre os mortos, acompanhaste a Lucas e Cléofas, que o reconheceram em Emaús ao partir o pão, e cujos corações arderam quando lhes falou no caminho, explicando-lhes tudo que está escrito sobre seu sofrimento. Exclamemos com eles: Em verdade o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão Pedro.
Theotokion – 5º:
Oh Criador meu, louvo Tua piedade
incontenivel. Tu que te rebaixaste para vestir a natureza humana, e sendo Deus,
aceitaste por mim, encarnaste na donzela pura de Deus, desceste ao Hades e quiseste
salvar-me pela intercessão de Tua Mãe, oh Senhor, todo piedade.
Laudes - Modo 4 - (4º tom):
Tudo que respira louve ao Senhor!
Louvai o Senhor do Céu, louvai-o, todos os seus anjos; louvai-o todos os seus exércitos!
A ti pertence l louvor o Deus!
1 – Esta glória será para todos os Justos.
Oh, Senhor Todo-poderoso, glorificamos Tua Ressurreição e a Ti que suportaste a crucificação e a morte, e que ressuscitaste dentre os mortos.
2 – Louvai a Deus em seu santuário, louvai na magnificência de seu firmamento!
Oh Cristo, tu que nos libertaste com Tua crucificação da primeira maldição, com Tua morte acabaste com a rebeldia do mal que domina nossa natureza, e com Tua Ressurreição encheste a todos de alegria. Por isso Te exclamamos: Senhor que ressuscitaste dentre os mortos, glória a Ti!
3 – Louvai por suas proezas, louvai conforme Sua imensa grandeza!
Oh Cristo Salvador, que ressuscitaste dentre os mortos, guia-nos com Tua Cruz até Tua Verdade, e salva-nos das redes do inimigo, estende Teu braço e levanta a nós os caídos com pecados, pela intercessão de Teus Santos, oh Senhor, amante da humanidade.
4 – Louvai ao som da trombeta, louvai com saltério e a harpa!
Oh Verbo único de Deus, vieste à Terra sem separar-te do regaço do Pai; por Teu amor a humanidade, te fizeste homem sem mudança suportando a crucificação e a morte do corpo, Tu, que em Tua divina natureza não sente dor; e ressuscitaste dentre os mortos agraciaste o gênero humano com a imortalidade, porque és o único Todo-poderoso.
5 – Louvai com pandeiro e a dança; louvai com cordas e flautas!
Oh Salvador, Tu nos concedeste a imortalidade quando recebeste a morte em seu corpo e habitaste o sepulcro para livrar-nos do Hades ressuscitando-nos contigo; sofreste como homem, porém ressuscitaste como Deus. Por isso exclamamos: Glória à Ti, o Doador da Vida, Senhor, único Amante da humanidade!
6 – Louvai com címbalos retumbantes; louvai com címbalos de júbilo. Tudo que respira louve ao Senhor!
Oh Salvador, quando foi semeado Tua Cruz, no Gólgota, as pedras se fenderam; e quando foste colocado no sepulcro, como morto, os guardiões do Hades se aterrorizaram, porque acabaste com a força da morte; e com Tua ressurreição agraciaste os mortos com a incorrupção. Oh Senhor, Doador da Vida, glória à Ti.
7 – Levanta-Te, Senhor meu e Deus meu, que tua mão se levante e não te esqueças para sempre de Teus pobres.
Oh Cristo, as mulheres desejaram ver Tua ressurreição, Maria Madalena porém se adiantou e encontrou a pedra removida do sepulcro e o Anjo sentado dizendo: “Porque buscais o vivo entre os mortos?” Ressuscitou como Deus para salvar a toda criação.
8 – Te confesso, Senhor, como todo meu coração e proclamo todos teus milagres.
Dizei judeus, onde está Jesus que acreditastes que estavam vigiando? Onde está o que colocaram no sepulcro selando a pedra? Dá-nos o morte, oh renegados da vida. Dá-nos o sepultado ou então crede no ressuscitado. Se calais a ressurreição do Senhor, aqui estão as pedras que a anunciaram, em especial a pedra removida do sepulcro. Quão grande és Tu piedade e que grande é o mistério que dispuseste? Oh Salvador nosso, glória à Ti.
Eothinon – 5º:
Glória ao Pai †, ao Filho e ao Espírito Santo.
Ó Cristo, como é admirável a Tua justiça e Teu arbítrio. Ao conceder a Pedro o entendimento de Tua ressurreição, pelo simples olhar do Teu Santo Sudário!
Porém, acompanhando e conversando com Lucas e Cleófas não deixaste que eles Te reconhecessem; por isso eles menosprezaram-Te, considerando-Te o único, estando em Jerusalém, que não sabia o que tinha acontecido. Mas, de acordo com o entendimento deles, lhes explicaste tudo o que foi dito pelos Profetas sobre Ti!
Ao partires o pão, se lhes abriram os olhos e Te reconheceram, pois estavam aflitos para isso. Voltaram, porém, para Jerusalém, onde se achavam reunidos os discípulos e anunciaram claramente a Tua ressurreição. É confiando nela, ó Senhor, que nós Te pedimos: tem piedade de nós.
Theotokion:
Agora, sempre e pelos séculos
dos séculos. Amém.
Bendita e venerável és Tu, ó Mãe
de Deus, em cujo seio se encarnou Aquele que visitou o inferno, libertando Adão
e Eva da maldição, destruindo a morte e dando a vida a todos nós.
Por isso bendirei o Cristo em qualquer
tempo, e sempre o Seu louvor estará em minha boca (2 vezes).
Apolitikion (Tropário):
Ó Senhor, ressuscitado do sepulcro,
rompeste os grilhões do inferno, eliminaste o poder da morte, salvando todos dos
laços do inimigo; e quando apareceste a teus discípulos, os enviaste a evangelizar
e, através deles, deste tua paz ao mundo, tu que és o Único Misericordioso.
Divina Liturgia
Anunciação
- Modo 4:
É hoje o começo
da nossa salvação e a manifestação do mistério eterno.
O Filho de Deus
torna-Se Filho da Virgem e Gabriel anuncia a graça.
Por isso, cantamos
com ele à Mãe de Deus:
“Salve, ó cheia
de graça, o Senhor está contigo!”
Apolitikion
(Tropário) da Ressurreição - Modo 4 - (4º tom):
As discípulas do Senhor
aprenderam do Anjo a anunciar jubilosamente a ressurreição e rejeitaram a
sentença dos nossos primeiros pais e conversaram com os Apóstolos, orgulhosas,
dizendo: A morte já é cativa e o Cristo Deus já ressuscitou, dando ao mundo
grande misericórdia.
Kondakion – Modo 4 - (4º tom):
Glória ao Pai †, ao Filho e ao
Espírito Santo.
O Salvador e Redentor meu,
sendo Deus, rompeu as portas do Hades, libertando de suas cadeias os habitantes
da terra, e, sendo Soberano, ressuscitou ao terceiro dia.
Theotokion – Modo 4 - (4º tom):
Agora, sempre e pelos séculos
dos séculos. Amém
O mistério eternamente oculto
e dos anjos desconhecido, através de ti, ó Mãe de Deus, encarnando-se, apareceu
na terra, voluntariamente aceitou a Cruz, e com ela ressuscitou o primeiro
criado, e salvou da morte as nossas almas.
Hino à Mãe de Deus:
Ó Admirável e Protetora dos cristãos
e nossa Medianeira do Criador não desprezes as súplicas de nenhum de nós pecadores,
mas apressa-te em auxiliar-nos como Mãe bondosa que és, pois te invocamos com fé:
roga por nós junto de Deus, tu que defendes sempre aqueles que te veneram.
Prokimenon:
Tu és bendito Senhor, Deus de nossos
pais e teu nome é louvado e glorificado pelos séculos.
Pois és justo em todas as coisas
que nos fizeste tuas obras são verdadeiras e retos os teus caminhos.
Epístola: Rm 1, 1-10
Leitura
da Epístola do Apóstolo São Paulo aos Romanos:
Irmãos, o desejo do meu coração e a súplica que
dirijo a Deus por eles são para que se salvem. Pois lhes dou testemunho de que
têm zelo por Deus, mas um zelo sem discernimento. Desconhecendo a justiça de
Deus e procurando estabelecer a sua própria justiça, não se sujeitaram à justiça
de Deus. Porque Cristo é o fim da lei, para justificar todo aquele que crê.
Ora, Moisés escreve da justiça que vem da lei: O homem que a praticar viverá
por ela (Lv 18,5). Mas a justiça que vem da fé diz assim: Não digas em teu
coração: Quem subirá ao céu? Isto é, para trazer do alto o Cristo; ou: Quem
descerá ao abismo? Isto é, para fazer voltar Cristo dentre os mortos. Que diz
ela, afinal? A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração (Dt
30,14). Essa é a palavra da fé, que pregamos. Portanto, se com tua boca
confessares que Jesus é o Senhor, e se em teu coração creres que Deus o
ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. É crendo de coração que se obtém a
justiça, e é professando com palavras que se chega à salvação.
Aleluia!
Aleluia, aleluia, aleluia!
Cinge a tua espada, com
majestade e esplendor, cavalga vitorioso, pela causa da verdade e da justiça.
Aleluia, aleluia, aleluia!
Amaste a justiça e detestaste
a iniquidade, por isso Deus te ungiu com o óleo da alegria.
Aleluia, aleluia, aleluia!
Evangelho: Mt 8,28-9,1
Evangelho
de Nosso Senhor Jesus †
Cristo, segundo o Evangelista São
Mateus:
Naquele tempo, no outro lado do lago, na terra
dos gadarenos, dois possessos de demônios saíram de um cemitério e vieram ao
encontro de Jesus. Eram tão furiosos que pessoa alguma ousava passar por ali.
Eis que se puseram a gritar: Que tens a ver conosco, Filho de Deus? Vieste aqui
para nos atormentar antes do tempo? Havia, não longe dali uma grande manada de
porcos que pastava. Os demônios imploraram a Jesus: Se nos expulsas, envia-nos
para aquela manada de porcos. Ide, disse-lhes. Eles saíram e entraram nos
porcos. Nesse instante toda a manada se precipitou pelo declive escarpado para
o lago, e morreu nas águas. Os guardas fugiram e foram contar na cidade o que
se tinha passado e o sucedido com os endemoniados. Então a população saiu ao
encontro de Jesus. Quando o viu, suplicou-lhe que deixasse aquela região. Jesus
tomou de novo a barca, passou o lago e veio para a sua cidade.
Kinonikon:
Na luz da glória de tua face caminharemos, Senhor, pelos séculos.
Aleluia, aleluia, aleluia!
Extraído do site ecclesia.com.br
SINAXE
Pe. Paulo A. Tamanini
Após acalmar a tempestade, o Senhor e seus apóstolos chegaram à cidade de Gadara (Mt 8,28), no território de Gerasa (Mc 5,1), que estava sob o domínio do Império Grego, a leste da Palestina, aproximadamente 57 km de Amã, para lá, realizar mais um milagre: a expulsão de demônios. Os habitantes de Gadara, ou seja, os gadarenos, eram muito supersticiosos, idólatras e preferiam viver isolados da sociedade. Este povo acreditava, segundo a concepção da época, que os maus espíritos eram associados a tudo o que podia contaminar e contagiar, como por exemplo, as doenças de lepra e também com animais que devorassem de maneira voraz as suas presas, como por exemplo, os porcos, javalis etc.
Ao entrar na cidade e percebendo a presença de Jesus, dois endemoniados saíram de seus esconderijos e foram ao encontro do Senhor para reclamar a sua adiantada presença naquele lugar (Mt 8,28). Além de sentirem a presença do Senhor, reconheceram-no e o confessaram Filho de Deus, o Messias. São Tiago nos escreve: “Também os demônios creem em Jesus e tremem de medo”. (Tg 2,19)
Não basta apenas acreditarmos em Deus, mas é preciso reconhecer sua presença amorosa em nossa vida e nossa história, como o eterno Criador e sustentador de tudo o que existe.
Engana-se quem pensa que os que causam o mal não creem em Deus. São muitos os exemplos de males terríveis cometidos contra indivíduos e grupos em seu nome, espalhando a dor, sofrimento e a morte. Este modo de praticar a fé é distorcido e doentio, mas ainda assim, Deus não é ignorado. Se até mesmo os demônios acreditam na existência de Deus e se a nossa fé se resume apenas nesta "certeza" de sua "existência", então nos enganamos a nós mesmos.
Jesus com sua presença e ação, desterrou o poder do maligno, libertando dois homens de demônios transferindo-os para uma manada de porcos que, em seguida, precipitaram-se no abismo. O porco é considerado pelos judeus e maometanos um animal impuro que merece todo o desprezo por causa de sua voracidade e de seu hábito de fuçar na imundície; é também símbolo de baixeza e embrutecimento.
Este exorcismo, narrado pelo Evangelista São Mateus, permite dupla constatação: a) o Ser humano não é esconderijo de demônios, mas templo do Espírito Santo de Deus. A vinda do Senhor ao mundo restaurou a dignidade própria da criatura humana. Por isso, aos demônios, restou habitar naquele que era considerado símbolo da impureza e baixeza. b) o solo sagrado, igualmente, não podia suportar as patas do animal que carregava o maligno. A manada estava em terra sagrada e, diante do Filho de Deus, não restou alternativa senão precipitar-se abismo abaixo. Um convite, portanto, a redescobrirmos os lugares sagrados onde vivemos: em casa, no local de trabalho, de lazer, de oração. Aliás, como cristãos, nossa presença deveria ser uma presença sempre transformadora nos ambientes por onde transitamos, pois somos templos vivos de Deus.
Em outras passagens do Evangelho, o povo se alegrava com os milagres que o Senhor realizava. Neste episódio, porém, observamos o contrário: Jesus é expulso de lá pelos que presenciaram a cena. O Evangelista São Lucas aponta a causa do convite para que Jesus se retirasse como sendo "econômica": os porcos se jogaram no abismo e isto era sinal de prejuízo para seus donos. Algumas pessoas temendo mais perdas com a presença de Jesus tomaram a decisão de expulsá-lo. Marcos em seu Evangelho conclui que os habitantes preferiram permanecer idólatras, cultivando suas práticas pagãs a converter-se. O importante é que aqueles que antes estavam possessos recuperaram a sua dignidade humana e não mais precisavam habitar as grutas ou cavernas, mas já podiam voltar a conviver com seus semelhantes.
De fato, onde não houver um mínimo de sensibilidade, de compaixão com os sofrimentos de nossos irmãos mais desafortunados, onde não houver grandeza para alegrar-se com os êxitos e alegria do outro, Deus não pode habitar plenamente. Sua presença se faz na partilha, seja de bens materiais ou dos bons sentimentos humanos, dons da Misericórdia e da bondade do Pai Celestial.
Extraído do site ecclesia.com.br
24 de Julho: Santa Cristina, Mártir
Santa Cristina era a filha de
um governante da cidade de Tira. Seus pais eram pagãos, mas pela providência de
Deus, foi chamada com um nome que indicava o seu futuro cristão. Não havia
naquela cidade, entre todas as jovens, uma mais bela e graciosa do que ela. Seu
pai, desejando preservar sua virgindade, construiu uma habitação exclusivamente
para ela e, pondo ali alguns ídolos, ordenou que ela os venerasse. Vivendo na
solidão, Cristina contemplava o céu estrelado e, como Santa Bárbara, concluiu
que devia haver um único Criador de todas as coisas. Deus lhe providenciou que
conhecesse alguns cristãos que a ensinaram sobre a fé cristã. Cristina passou
então a crer em Nosso Senhor Jesus Cristo, destruindo, com grande indignação,
todos os ídolos que estavam em sua casa. Por causa disso, por ordem de seu pai,
foi submetida a diferentes formas de tortura: foi espancada impiedosamente,
teve seu corpo cortado com lâminas afiadas, foi queimada com fogo e depois
jogada em uma cova com serpentes venenosas etc. Finalmente, os carrascos
transpassaram com lanças e espadas o seu corpo, e assim foi como o Santa mártir
Cristina sofreu por amor a Cristo no ano 300.
Tradução e publicação
neste site
com permissão
de www.ortodoxia.org
Trad.: Pe. André
Extraído do
site ecclesia.com.br
Santa Cristina, mártir cristã, séc. IV
Os registros gregos mostram
como sua terra natal Tiro, na Fenícia, hoje conhecida como Tunísia, enquanto os
latinos citam Bolsena, na Toscana, Itália. Estes relatos do antigo povo cristão
contam que o pai de Cristina, Urbano, era pagão e um oficial do Império, que ao
saber da conversão da filha, queria obrigá-la a renunciar ao Cristianismo. Por
isso, decidiu trancar a filha numa torre na companhia das doze servas pagãs.
Para mostrar que não abdicava da fé em Cristo, Cristina despedaçou as estátuas dos
deuses pagãos existentes na torre e jogou janela abaixo as joias que as
adornavam, para que os pobres pudessem aproveitá-las. Quando tomou conhecimento
do feito, Urbano mandou chicoteá-la e prendê-la num cárcere. Nem assim
conseguiu a rendição da filha e, por isso, a entregou aos juízes.
Cristina foi torturada
terrivelmente e depois lançada numa cela, onde três anjos celestes limparam e
curaram as suas feridas. Como solução final, o governante pagão mandou que lhe
amarrassem uma pedra ao pescoço e a jogassem num lago. Novamente anjos
intervieram: sustentaram a pedra que ficou boiando na superfície da água e
levaram a jovem até a margem do lago.
As torturas continuaram:
Cristina foi novamente flagelada, depois amarrada a uma grade de ferro quente e
colocada numa fornalha superaquecida, mordida por cobras venenosas e teve os
seios cortados, antes de finalmente ser morta com duas lanças transpassando seu
corpo.
Tradução e publicação
neste site
com permissão
de www.ortodoxia.org
Trad.: Pe. André
Extraído do
site ecclesia.com.br
20 de Julho: Santo Elias, Profeta
O profeta Elias nasceu em
Tisbé, sudeste da Terra Santa, e foi contemporâneo do rei Acab e da rainha
Jezebel. Morreu depois deles, julgando-se que ainda vivia no ano 850 antes de
Cristo. Era da Tribo dos Levitas, da geração de Aarão. Algum tempo antes de seu
nascimento, o reino Hebreu se dividiu em duas partes: o Reino Judeu e o
Israelita. O primeiro ficou com as Tribos de Judas e Benjamim, sendo a sua
capital, a cidade de Jerusalém. Ocupava a região do meio-oriente, da Terra
Santa. O reino de Israel estava na região setentrional e ficou com as outras 10
tribos, sendo sua capital a cidade de Samaria.
Nos tempos do Profeta Elias, o
povo hebreu que habitava o reino de Israel começou a se distanciar da sua fé e
a venerar os ídolos pagãos, como Baal entre outros mais. Durante o reinado do
rei israelita Ajab (877-854 antes de Cristo), Elias se viu chamado a servir a
Deus como seu Profeta, convertendo-se num fervoroso defensor da verdadeira fé.
Assim, o Profeta Elias buscou
convencer o ímpio rei Ajab a renegar os ídolos e aderir ao verdadeiro Deus, mas
o rei não quis ouvi-lo. O profeta então predisse que, durante três anos, Israel
não veria nem a chuva nem o orvalho, e que a seca e a fome se abateriam sobre
Israel. Retirou-se depois para um lugar afastados nas proximidades de um riacho
e, neste lugar, era alimentado por um corvo. Ao cabo de um ano, o arroio secou
e Elias se dirigiu a Serepta de Sidón, ao norte da Terra Santa lá se
estabelecendo na casa de uma pobre viúva. Mesmo carecendo de alimentos, com sua
última porção de azeite e farinha preparou-lhe uma refeição. Depois disso,
graças às orações que o Profeta dirigiu a Deus, nunca mais faltaram na casa da
pobre viúva a farinha e o azeite e, por muito tempo, pode alimentar seu filho e
seu hóspede. Quando a viúva de adoeceu repentinamente e faleceu, o Profeta a
trouxe de volta à vida (3Reis 17).
No reino de Israel, o
principal local de adoração de Baal era o Monte Carmelo. Ao final de três anos
e meio do início da grande seca, o Profeta Elias reuniu ali o rei Ajab, seus
sacerdotes e o povo e disse-lhes: «Até quando ficareis mancando nas duas
pernas? Se o Senhor é Deus, sigam a Ele, e se é Baal, então sigam Baal! Então,
para que todos soubessem quem é o verdadeiro Deus, Elias propôs erguer dois
altares, um para cada um deles, e que o novilho sacrificado fosse posto sobre
eles, mas que o fogo não fosse aceso. Invocaria então, cada qual, seu Deus,
para que enviasse do céu o fogo para acender as lenhas. O Deus invocado no
altar em que o fogo fosse aceso seria adorado como Deus Verdadeiro. E todos
concordaram com a proposta do Profeta. Primeiro, os sacerdotes de Baal
invocaram seu deus, pedindo que lhes mandasse o fogo. Gritavam e dançavam em
torno do altar durante um dia inteiro. Elias debochava deles dizendo que seu
deus estava dormindo, e que deveriam gritar ainda mais forte. Ao anoitecer,
Elias mandou que se reunissem todos diante de seu altar. Seguindo suas
orientações, cavaram em torno do altar um buraco e encheram de água, molhando
completamente a lenha a lenha preparada para o fogo. Assim foi feito para que
ninguém tivesse qualquer dúvida do que aconteceria. Logo, o Profeta começou a
rezar: «Escuta-me, Senhor, e faze que este povo também saiba que só Tu és o
único Deus em Israel, e que eu sou teu servo». E desceu do céu um fogo,
queimando toda lenha, as pedras do altar e o pó em torno do altar, fazendo
evaporar toda a água que estavam na vala aberta em torno do altar. Ao
presenciar o que acontecera, o povo aterrorizado caiu de joelhos e exclamavam:
«O Senhor é Deus! O Senhor é Deus! Depois, capturaram todos os sacerdotes de
Baal e os mataram, pois que, durante tantos anos, foram por eles induzidos ao
engano. Pressionado pelo que havia acontecido, o rei Ajab e seu povo começaram
a descer do monte. Então o céu se cobriu de nuvens e a chuva voltou, a primeira
chuva depois de três anos de seca. Assim, muitos israelitas se converteram a
Deus.
Depois deste acontecimento,
Jezebel, a esposa de Ajab, começou a perseguir o Profeta que teve de
esconder-se no deserto e, finalmente, chegou ao monte Horeb, próximo do Sinai.
Neste lugar Elias teve uma visão; primeiro sentiu uma brisa suave, e logo viu
Deus que lhe ordenou que ungisse Eliseu, que o sucederia como profeta (3Rs 19).
Sua vida, como Profeta, teve um fim extraordinário: foi transportado ao céu
numa carruagem de fogo (4Rs 2,11) na presença do profeta Eliseu que recebeu a
capa do Profeta Elias com a qual realizou seu primeiro milagre. E, Elias, como
o seu ancestral Henoc, foi conduzido em vida, alma e corpo, para o céu (Gn
5,24). Diz-se que, tanto o profeta Elias como Henoc retornarão à terra antes do
final do mundo, para acusar o anti-Cristo, e serão martirizados em suas mãos.
Elias, com seus grandes
feitos, ajudou no estabelecimento da verdadeira fé, junto ao povo Israelita,
destruindo a idolatria e preparando, portanto, a vinda de nosso Salvador ao
mundo. A sua fervorosa defesa da fé, a sua absoluta obediência à vontade de
Deus, a pureza e castidade de sua vida, a dedicação à oração e a contemplação
dos mistérios divinos, são qualidades que distinguem este grande Profeta. Na
Sagrada Escritura o profeta Elias aparece como o homem que caminha sempre na
presença de Deus. O seu lema era «ardo de zelo pelo Senhor Deus dos exércitos».
Seus contemporâneos o chamavam «O homem de Deus». «Então surgiu um profeta como
um fogo cujas palavras era um forno aceso» (Ecl 48,1).
Tradução e publicação
neste site
com permissão
de www.ortodoxia.org
Trad.: Pe. André
Extraído do
site ecclesia.com.br
22 de Julho: Santa Maria Madalena, Igual-aos-Apóstolos
Santa Maria Madalena,
portadora de mirra, [Mirróforas] nasceu na cidade de Magdala, às margens do
Lago de Genesaré [Mar da Galileia], ao norte da Terra Santa. Desde a sua
juventude era vítima de possessões que lhe causavam sofrimentos. Pela
misericórdia divina, Maria teve um encontro com o Senhor, quando, pregando o
evangelho, ele visitou sua cidade. Jesus se compadeceu dela e expulsou sete
demônios que a atormentavam, propiciando-lhe, assim, uma cura tanto física como
espiritual. Daquele momento em diante, Maria se converteu numa discípula do
Divino Mestre, servindo-lhe, juntamente com outras virtuosas mulheres.
Quando Jesus foi levado ante
Pilatos, sendo por todos injuriado, os discípulos vacilaram e fugiram; Maria,
porém, não abandonou o Senhor; esteve junto à Cruz, ao lado de sua puríssima
Mãe e do Apóstolo São João, o Discípulo Amado; foi ela quem acompanhou o corpo
do Salvador quando era trasladado para o sepulcro no jardim de José de Arimatéia,
ungindo ali o corpo com o preciso mírron e as substâncias aromáticas, sendo,
por isso chamada de Portadora de Mirra [Mirróforas]. O sepultamento de Jesus
foi realizado às pressas, já que era sexta-feira e, em poucas horas, ao
anoitecer, deveria ter início a celebração da Páscoa judaica.
No dia seguinte, depois da
Páscoa, primeira hora da manhã de Domingo, quando ainda estava escuro, Maria
foi a primeira a chegar ao sepulcro para terminar o rito do sepultamento do
corpo do Salvador. Ainda no caminho, pensava sobre como iria mover a pedra à
entrada do túmulo, porque era muito pesada. Chegando, viu que a pedra já estava
retirada. Voltou apressada aos apóstolos e contou a Pedro e a João o que tinha
visto. Os apóstolos foram correndo à sepultura e, ao chegar, encontrando apenas
os véus com os quais o corpo de Jesus tinha sido envolvido, foram-se de lá.
Maria chegou depois dos apóstolos e, entrando no lugar onde estava a tumba,
começou a chorar. Viu então dois jovens vestidos de branco e, um deles, lhe
dirigiu a palavra perguntando: «Mulher, por que choras?» Maria respondeu:
«Levaram meu Senhor, e não sei onde o puseram.» Tendo dito isto, virou-se e viu
Jesus, mas não o reconheceu. Pensando ser o jardineiro, disse-lhe: «Senhor, se
foste tu que o levaste, dize-me, onde o puseste?» Jesus lhe disse: «Maria!» E
ela reconheceu aquela voz familiar, e viu que o Senhor tinha ressuscitado. Num
ímpeto de alegria, prostrou-se aos seus pés.
Nesse mesmo dia, pela terceira
vez, Maria foi digna de ver o Salvador Ressuscitado quando, junto às outras
mulheres portadoras de aroma [Mirróforas], voltou à sepultura. Contou logo aos
apóstolos sobre as aparições do Salvador, mas não lhe deram crédito.
Maria, testemunha da vida e
dos milagres realizados pelo Salvador, percorreu numerosos países anunciando o
Evangelho. Diz-se que, estando em Roma, foi ao Palácio do Imperador Tibério.
Durante a audiência que este lhe concedeu, falou-lhe de Jesus Cristo, dos seus
ensinamentos, de sua morte e ressurreição. O imperador duvidou da ressurreição
e pediu-lhe algumas evidências. Maria então, tomando um ovo cozido que estava
sobre uma mesa, entregou ao imperador, dizendo-lhe: «Cristo ressuscitou!»
Enquanto pronunciava estas palavras, o ovo de cor branca que estava nas mãos do
imperador, tornou-se vermelho bem vivo. [Este acontecimento está muito bem
representado na parede oriental do altar da bela igreja de Santa Maria
Madalena, localizada no Jardim do Getsêmani, e que foi construída pelo
imperador russo Alexandre III, no ano de 1886. A santa se encontra vestida
humildemente de branco, ao estilo apostólico, diante do imperador Tibério, que
está cercado de guarda-costas. Em sua mão estendida ela segura um ovo
vermelho]. No dia de sua comemoração, no Jardim Getsêmani, depois da Divina Liturgia,
os peregrinos costumam trocar ovos vermelho pascais, dizendo uns aos outros:
«Cristo ressuscitou!»
Depois de Roma, Santa Maria
Madalena foi a Éfeso, e lá ajudou o Apóstolo São João, o Teólogo, na pregação
do Evangelho. As circunstâncias de sua morte são desconhecidas.
SÍNTESE HAGIOGRÁFICA: Maria
Madalena é uma personagem feminina do Novo Testamento. Provavelmente natural de
Magdala (daí o nome Madalena), foi uma das «piedosas mulheres» que acompanhavam
Jesus, que a havia libertado de sete demônios. Assistiu à crucifixão e à
deposição de Cristo e foi testemunha da Ressurreição do Mestre.
Tradicionalmente é identificada com a anônima «pecadora arrependida» de que
fala Lucas, aquela que perfumou os pés de Jesus, banhou-os com suas lágrimas e
enxugou-os com os próprios cabelos; a sua figura representa, para a
cristandade, o símbolo da penitente. A Igreja romana, seguindo são Gregório
Magno, além de a identificar com a «pecadora», também a confunde frequentemente
com Maria de Betânia, irmã de Lázaro, e celebra as três Marias com uma única
festa. A Igreja grega, ao contrário, seguindo Orígenes, distingue as três
figuras, celebrando três festas diferentes.
Tradução e publicação
neste site
com permissão
de www.ortodoxia.org
Trad.: Pe. André
Extraído do
site ecclesia.com.br
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