07 maio 2013

A Santa Páscoa (05/05/2013)

A SANTA PÁSCOA
A Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo
(VÉSPERAS.: Mc. 16: 1-8 | LITURGIA: At. 1: 1-8 e Jo. 1: 1-17) 

Sermão Pascal de São João Crisóstomo (séc. IV)
Quem tiver piedade e amor a Deus, regozije-se nesta gloriosa e brilhante festa triunfal. Quem for servo bom, entre e alegre-se no gozo de seu Senhor. Quem suportou a fadiga do jejum, receba agora a recompensa; quem tra­balhou desde a primeira hora, receba hoje o seu justo salário. Quem veio após a terceira hora, festeje com gratidão. Quem chegou após a sexta hora, entre sem hesitar, porque não será renegado. Quem atrasou-se até a nona hora, venha sem receio e medo. Quem chegou somente na décima primeira hora, não tenha medo por causa de sua demora, porque o Se­nhor é generoso.
Acolhe o último como o pri­meiro; remunera o operário da décima pri­meira hora como o da primeira; cobre um com sua misericórdia e outro com sua graça. É ge­neroso com um e ao outro concede; aceita as obras e abençoa a intenção, recompensa o trabalho e louva a boa vontade.
Entrai, pois, todos no gozo de nosso Senhor. Primeiros e últimos, recebei a recompensa; ricos e pobres, alegrai-vos juntos; justos e pe­cadores, honrai este dia; os que jejuaram e os que não jejuaram, regozijai-vos uns com os outros; a mesa é farta; saciai-vos á vontade; o vitelo é gordo, que ninguém se retire com fome. Participem todos do banquete da fé. Recebam todos a riqueza da graça.
Que ninguém se constranja da pobreza, por­que o reino universal foi proclamado. Que ninguém chore por causa de seus pecados, porque o perdão jorrou do túmulo. Que nin­guém tema a morte, porque a morte do Salva­dor nos libertou a todos. O Salvador destruiu a morte, quando a ela se submeteu.
Fez cativo o inferno quando nele desceu. O inferno tocou seu corpo e foi aniquilado. Foi isto que profetizou Isaías, exclamando: o in­ferno ficou aflito ao encontrar-te nas profun­dezas. Ficou aflito, pois foi arruinado. Ficou aflito, pois foi menosprezado. Ficou aflito, pois foi executado. Ficou aflito, pois foi subju­gado. Agarrou um corpo e encontrou Deus face-a-face. Apossou-se da terra e achou-se diante do Céu. Pegou o que viu, e caiu naquilo que não viu.
Ó morte , onde está o teu aguilhão (ferrão)? Ó inferno, onde está a tua vitória?
Cristo ressuscitou e foste arrasado. Cristo ressuscitou, e os demônios foram vencidos. Cristo ressuscitou e os anjos rejubilam-se. Cristo ressuscitou e a vida foi restituída. Cristo ressuscitou e não ficou mais nenhum morto no túmulo. Porque Cristo pela sua ressureição dos mortos tornou-se primaz dentre os mor­tos.
A Ele a glória e o poder pelos séculos dos séculos.
Amém.


Κατηχητικός Λόγος 
γίου ωάννου το Χρυσοστόμου εις το Πάσχα
Eί τις ευσεβής και φιλόθεος, απολαυέτω της καλής ταύτης και λαμπράς πανηγύρεως. Εί τις ευγνώμων, εισελθέτω χαίρων εις την χαράν του Κυρίου αυτού. Εί τις έκαμε νηστεύων, απολαυέτω νύν το δηνάριον. Εί τις από της πρώτης ώρας ειργάσατο, δεχέσθω σήμερον το δίκαιον όφλημα. Εί τις μετά την τρίτην ήλθεν, ευχαρίστως εορτασάτω. Εί τις μετά την έκτην έφθασε, μηδέν αμφιβαλλέτω και γάρ ουδέν ζημειούται. Εί τις υστέρησεν εις την ενάτην, προσελθέτω, μηδέν ενδοιάζων. Εί τις εις μόνην έφθασε την ενδεκάτην, μη φοβηθή την βραδύτητα φιλότιμος γάρ ων ο Δεσπότης, δέχεται τον έσχατον καθάπερ και τον πρώτον αναπαύει τον της ενδεκάτης, ως τον εργασάμενον από της πρώτης και τον ύστερον ελεεί και τον πρώτον θεραπεύει κακείνω δίδωσι και τούτω χαρίζεται και τα έργα δέχεται και την γνώμην ασπάζεται και την πράξιν τιμά και την πρόθεσιν επαινεί.
Ουκούν εισέλθετε πάντες εις την χαράν του Κυρίου υμών και πρώτοι και δεύτεροι τον μισθόν απολαύετε. Πλούσιοι και πένητες μετ' αλλήλων χορεύσατε εγκρατείς και ράθυμοι την ημέραν τιμήσατε νηστεύσαντες και μη νηστεύσαντες, ευφράνθητε σήμερον. Η τράπεζα γέμει, τρυφήσατε πάντες. Ο μόσχος πολύς, μηδείς εξέλθη πεινών. Πάντες απολαύσατε του συμποσίου της πίστεως πάντες απολαύσατε του πλούτου της χρηστότητος.
Μηδείς θρηνείτω πενίαν εφάνη γάρ η κοινή Βασιλεία. Μηδείς οδυρέσθω πταίσματα συγνώμη γάρ εκ του τάφου ανέτειλε. Μηδείς φοβείσθω θάνατον ηλευθέρωσε γάρ ημάς ο του Σωτήρος θάνατος. Έσβεσεν αυτόν, υπ' αυτού κατεχόμενος.
Εσκύλευσε τον άδην ο κατελθών εις τον άδην. Επίκρανεν αυτόν, γευσάμενον της σαρκός αυτού. Και τούτο προλαβών Ησαϊας εβόησεν ο άδης φησίν, επικράνθη, συναντήσας σοι κάτω. Επικράνθη και γάρ κατηργήθη. Επικράνθη και γάρ ενεπαίχθη. Επικράνθη και γάρ ενεκρώθη. Επικράνθη και γάρ καθηρέθη. Επικράνθη και γάρ εδεσμεύθη. Έλαβε σώμα και Θεώ περιέτυχεν. Έλαβε γήν και συνήντησεν ουρανώ. Έλαβεν όπερ έβλεπε και πέπτωκεν όθεν ουκ έβλεπε. 
Πού σου, θάνατε, το κέντρον~ Πού σου, άδη, το νίκος~ 
Ανέστη Χριστός και σύ καταβέβλησαι. Ανέστη Χριστός και πεπτώκασι δαίμονες. Ανέστη Χριστός και χαίρουσιν άγγελοι. Ανέστη Χριστός, και ζωή πολιτεύεται. Ανέστη Χριστός και νεκρός ουδείς επί μνήματος. Χριστός γάρ εγερθείς εκ νεκρών, απαρχή των κεκοιμημένων εγένετο.
Αυτώ η δόξα και το κράτος εις τους αιώνας των αιώνων.
Αμήν.
Boletim n. 14, 04-05.05.2013: 
A Santa Páscoa: (Download)
Liturgia Pascal Patriarcal, 2012 (presidida por Bartolomeu I)
Ακολουθίας της Αναστάσεως | Anúncio da Ressureição
Leitura do Evangelho de São Marcos: Mc. 16, 1-8; e
Tropário pascal: 5º Tom.
Xριστός ανέστη κ νεκρν, θανάτ θάνατον πατήσας, καί τος ν τος μνήμασι ζωήν χαρισάμενος.
Cristo ressuscitou dos mortos; venceu a morte pela morte; e aos que estavam no túmulo, Cristo deu a vida.

Encíclica Patriarcal para a Santa Páscoa
Patriarca de Constantinopla
B A R T O L O M E U
 Pela misericórdia de Deus, Arcebispo de Constantinopla-Nova Roma e Patriarca Ecumênico. A todo pleroma da Igreja, graça, paz e misericórdia de Cristo gloriosamente ressuscitado.
Irmãos concelebrantes e fiéis filhos da Igreja,
Cristo Ressuscitou!
O anúncio da Ressurreição das miróforas aos discípulos de Cristo foi considerado por eles um desvario. No entanto, aquela notícia que antes fora considerada um devaneio, posteriormente tornou-se verdade. Verdade esta comprovada pelas reiteradas aparições de Jesus aos seus discípulos em tantas ocasi­ões.
Nos tempos atuais, o anúncio da Ressurrei­ção é tido outra vez como um delírio pelos racionalistas. Contudo, nós, os fieis, não so­mente cremos como também vivemos a res­surreição como um acontecimento verda­deiro. Nosso testemunho é selado, se preciso for, pelo sacrifício da própria vida, porque em Cristo Ressuscitado transcendemos a morte, libertando-nos de todo o medo.
Nossa boca se enche de alegria ao dizer que o Senhor Ressuscitou! Os santos vivem em nosso meio e intercedem a Deus por nós. O mundo, para além da morte, é mais verda­deiro que aquele anterior a ela. Cristo ressus­citou e vive entre nós, porque prometeu estar entre nós até o fim dos séculos. E verdadei­ramente está, como amigo, irmão, curador e doador de todos os bens.
Bendito seja Deus que ressuscitou dentre os mortos e assim nos concede a todos a vida. Onde está tua vitória, ó morte? Cristo Ressus­citou e “aquela que antes era considerada desprezada, se revelou” (Cânon III; 9 Oda. João Damasceno) Todas as coisas se enchem de luz e  nossos corações se rejubilam!
E não somente de alegria, mas se enchem de força. Quem crê na ressurreição não teme a morte. Aquele que não teme a morte é espi­ritualmente forte e invencível. Ainda que para muitos sem fé o que pode ser uma tremenda ameaça, para os fieis cristãos, é algo de pouca importância, já que a morte é a entrada para verdadeira vida. O cristão que verdadeira­mente acredita, vive a sua ressurreição antes mesmo de sua morte.
E a consequência disso é a transformação do mundo e uma alma entusiasmada, capaz de atrair pelos caminhos outras almas sensíveis às causas de uma vivência eterna. A ressurrei­ção de Cristo e nossa própria ressurreição não é uma verdade teórica: é um dogma de nossa fé; é uma realidade tangível. É a força que vence o mundo, apesar de tantos contrários. “Esta é a vitória que venceu o mundo, nossa fé” (1Jo. 5:4) na ressurreição. Pela ressurrei­ção o homem se converte, pela graça de Deus. Através da vitória da luz da ressurreição sobre as paixões impuras, se instaura em nosso es­pírito, o amor e o ágape misterioso que trans­cende todo limite humano.
Cristo Ressuscitou! Nossos corações estão cheios da luz e da alegria dessa ressurreição. Aproximemo-nos com toda legitimidade e simplicidade do Cristo Ressuscitado. Pois como disse o Profeta Davi, o Deus que sonda nossos corações do alto, “não despreza um coração contrito e humilhado” (Sl. 50:19).
A ressurreição é nossa força, nossa espe­rança, nossa alegria, nosso júbilo. Pela ressur­reição ultrapassamos a dor, a angústia prove­niente das coisas más da vida terrena. A res­surreição é a resposta de Deus à dúvida do homem testado pelos sofrimentos do mundo.
As dificuldades e as angústias que hoje sofre o mundo, nós não as claudicamos. O encontro dos temerosos discípulos do Senhor no Monte Sião nos fortalece. Não temamos, pois. Antes, amemos a todos como nos amou Aquele que sacrificou sua vida por nós. Teandricamente, o Senhor Ressuscitado nos acompanha. Basta que amemos. E com amor, conheceremos o mistério da força de Deus.
E se alguns homens humanamente duvidam e sentem atribulados por causa das ações más (Vésperas do Domingo do Filho Pródigo), nós ao contrário, delas nos gloriamos. E se nós não entregarmos à misericórdia as injustiças e as paixões, e se não praticarmos ainda a metanoia, ainda assim, Cristo ressuscitado que é o amor, dissipará toda a escuridão e todo o medo que nos circunda, e entrará em nós e no mundo ainda que as portas de nosso coração estejam fechadas. E permanecerá co­nosco através da cruz e do amor. Seu convite é a paz. Sua paz nos sucede. Os fortes deste mundo proclamam e prometem a paz, mas nunca a realizam ou a praticam. A força do divino amor, da paz e da sabedoria fica fora de todo o medo humano. Não se encontra na margem da realidade, nem na periferia das opiniões individuais. Mas no coração e o cen­tro de todo o sucesso. No coração da humani­dade. É o centro da vida. É a que dirige os vi­vos e mortos. É a Verdade.
A indiscutível superioridade da força man­tém invisivelmente os laços e dirige todas as coisas, que nessa hora muitas celebridades, segundo o homem, “obscuridade tem na sen­satez.”
Neste tempo de desintegração geral a nível mundial, a esperança de todos os confins da terra, a sabedoria de Deus, está na presença a síntese a harmonia celestial. Nessa época de colapso e de espera da morte, existe o tempo da ressurreição e o fortalecimento da confi­ança no Senhor.
Que a paz daquele que com sua morte piso­teou a morte através de sua kênisis; que a ale­gria e o amor se difundam e curem sempre o homem moderno sofrido, mas esperançoso e coparticipante dos sofrimentos da criação “recebam a salvação e a adoção (Rm. 8: 20-23), da liberdade e da glória dos filhos de Deus”.
Pais, irmãos e filhos: verdadeiramente, o Senhor ressuscitou!
Santa Páscoa de 2013.
BARTOLOMEU de Constantinopla
fervo­roso intercessor por todos vós diante de Cristo Ressuscitado.

† VÉSPERAS
EVANGELHO SEGUNDO SÃO MARCOS
O anúncio da Ressurreição
(Mc. 16, 1-8)
Passado o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé compraram aromas para ungir Jesus. De manhã cedo, no primeiro dia depois do sábado, ao nascer do sol, elas foram ao túmulo. Diziam entre si: “Quem nos vai remover a pedra da entrada do túmulo?” Mas, quando olharam, viram a pedra removida; e era uma pedra muito grande. Entrando no túmulo, viram um jovem sentado à direita, vestido de branco , e se assustaram. Ele lhes falou: “Não vos assusteis! Estais procurando Jesus de Nazaré, que foi crucificado. Ele ressuscitou; não está aqui. Vede o lugar em que o puseram. Mas ide dizer aos discípulos e a Pedro que ele irá à frente de vós para a Galileia. Lá o vereis como ele vos disse”. Perplexas, elas saíram do sepulcro e fugiram apavoradas. E não disseram nada a ninguém, pois estavam com medo.
† DIVINA LITURGIA
LIVRO DOS ATÓS DOS APÓSTOLOS
A ascensão do Senhor
(At. 1, 1-8)
Escrevi o primeiro livro , ó Teófilo, sobre tudo que Jesus começou a fazer e ensinar , até o dia em que, depois de ter dado ordens pelo Espírito Santo aos apóstolos que escolhera, foi elevado ao alto. Depois da paixão, apresentou-se vivo a eles, dando-lhes muitas provas, aparecendo durante quarenta dias e falando das coisas referentes ao reino de Deus. E, comendo com eles, mandou-lhes que não se afastassem de Jerusalém mas esperassem a promessa do Pai, “que de mim ouvistes”, disse ele. “Porque João batizou na água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo daqui a poucos dias”. Assim reunidos, perguntavam-lhe : “Senhor, por acaso será agora que vais restabelecer o reino de Israel?” Respondeu ele: “A vós não compete saber os tempos nem os momentos que o Pai fixou em seu poder. Mas recebereis uma força, o Espírito Santo que virá sobre vós; e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria, até os confins da terra”.
PRÓLOGO DO EVANGELHO SEGUNDO SÃO JOÃO
(Jo. 1, 1-17)
No princípio era a Palavra [Verbo] e a Palavra estava [Verbo] com Deus, e a Palavra [Verbo] era Deus. No princípio ela estava com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dela e sem ela nada se fez do que foi feito. Nela estava a vida, e a vida era a luz dos seres humanos. A luz brilha nas trevas, mas as trevas não a compreenderam. Houve um homem enviado por Deus, de nome João. Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz , a fim de que todos cressem por meio dele. Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz. Era esta a luz verdadeira que, vindo ao mundo, ilumina todas as pessoas. Ela estava no mundo, e por ela o mundo foi feito, mas o mundo não a conheceu. Veio para o que era seu, mas os seus não a receberam. Mas a todos que a receberam, aos que creem em seu nome, deu o poder de se tornarem filhos de Deus; estes não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. E a Palavra [Verbo] se fez carne e habitou entre nós; vimos a sua glória, a glória de Filho único do Pai, cheio de graça e verdade. João dá testemunho dele e clama : “Este é aquele de quem vos disse: O que vem depois de mim passou adiante de mim, porque existia antes de mim”. Pois da sua plenitude todos nós recebemos graça sobre graça. Porque a Lei foi dada por meio de Moisés, a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo.
__________________
Anotações (Jo. 1, 1-18):
  1. Cap. I, VV. 1-18. Estes versículos que são o prólogo do Evangelho de S. João foram comparados com muita propriedade à "ouverture" de uma ópera, pois encerram todos os temas depois desenvolvidos na obra: a natureza divina e a missão de Jesus. O Verbo [nos textos traduzidos a partir do grego, utiliza-se a expressão "Palavra", conforme o grego "Λόγος"]  (termo que S. João usa só 4 vezes, designa o Filho como uma espécie de emanação intelectual do Pai) é eterno, é pessoa distinta da do Pai, é Deus, é criador, é doador dos maiores bens: a vida e a luz (na ordem sobrenatural). Em sua missão preparada por João Batista, fez-se homem para revelar-nos Deus, remir-nos e dar-nos a graça. A história desta missão é um drama em que as trevas (o pecado e tudo o que for oposto à graça) tentam sobrepujá-Lo, sem no entanto conseguir.
  2. V. 5. "Não a compreenderam": o termo grego [καταλαμβάνω] pode significar também, e com mais propriedade, não a suplantaram, então este v. equivale a uma exclamação de triunfo. Mas na tradução portuguesa, soa este v. como uma lamentação.
  3. V. 14. Assim como o prólogo (vv. 1-18) é a quinta-essência do Evangelho, assim este v. é a quinta-essência do prólogo. "O Verbo se fez carne", i.e., assumiu a natureza humana. Habitou: a expressão original é mais poética ("armou sua tenda entre nós") e indica melhor pela imagem tirada da vida nômade, o grau de amor e familiaridade com que o Filho veio até nós. Sua glória: termo com que no A.T. [Antigo Testamento] se designava a presença especial de Deus manifestada por sobre a Arca da Aliança. Graça e verdade são duas qualidades atribuídas só a Deus no A.T. cuja plenitude atribui aqui S. João ao Verbo como unigênito do Pai.
  4. V. 15. Sob o peso de tão maravilhosa revelação (v. 14) , apela S. João para o testemunho dos maiores dos profetas, daquele que foi encarregado por Deus para apontar aos homens o Messias , João Batista, o Precursor. 
  5. V. 16. Graça por graça: um contínuo fluxo de graças foi a consequência da Encarnação.
  6. V. 17. Jesus Cristo: nome adorável do Verbo feito homem. "À medida que o evangelista desce dos esplendores celestes para o domínio da história propriamente dita, a designação do Verbo vai se tornando cada vez mais concreta: Verbo (v.1), Luz (v. 5), Filho (v. 14), Jesus Cristo (v. 17)." (Braun.)       
Mons. José Castro Pinto. Notas in: Bíblia Sagrada, 
Novo Testamento. Barsa: 1967, p. 77. 
* Leituras conforme o Typikon do Patriarcado Ecumênico (Τυπικν τς Μεγάλης το Χριστο Εκκλησίας): Typikon 05-mai-2013.

2 comentários:

  1. Querido Pai Emanuel, abençoa-me !

    Cristo Ressuscitou !

    É com alegria que conheço o ótimo blog da paróquia da Anunciação da Mãe de Deus em Brasília.
    Do Rio de Janeiro envio a saudação pascal de nosso Padre, Vasyli Gelevan, e de todos os paroquianos da paróquia Santa Mártir Zenaide.
    Me despeço beijando sua mão sacerdotal e enviando meu abraço filial.
    Em Cristo Ressuscitado dentre os mortos,
    Diácono Marcelo

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    1. Revmo. Diác. MARCELO.
      Em nome do Pe. Emanuel SOFOULIS e da Igreja Anunciação da Mãe de Deus, agradeço sua mensagem.
      Desculpe-me em responder tão tardiamente.
      Também reconheço seu imenso empenho na propagação da Ortodoxia no Brasil, conforme suas confiáveis publicações diárias no blog "cetroreal".
      Como é de seu conhecimento, ainda não temos muitos textos litúrgicos traduzidos para o português, e assim o site da Igreja russa Santa Zenaide (riordan.ru) muitas vezes nos é de grande valia.
      Aproveito ainda para elogiar a excelente entrevista que o sr. concedeu uns meses atrás para o blog "AuroraOrtodoxia", onde expõe aspectos do "nacionalismo" que se envereda na Ortodoxia. Sou brasileiro como o sr. e espero que um dia esse nacionalismo deixe de ser tão arraigado.
      Em XC.
      Stevan Knežević

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