29 agosto 2014

7º Domingo depois da Páscoa

PATRIARCADO ECUMÊNICO DE CONSTANTINOPLA
Arquidiocese Ortodoxa Grega de Buenos Aires e América do Sul
Igreja Anunciação da Mãe de Deus
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Brasília, 08 de junho de 2014
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Divina Liturgia de São João Crisóstomo
Domingo de Pentecostes
7º Domingo depois da Páscoa


A Igreja comemora neste dia, a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos reunidos no cenáculo com Maria, a Mãe de Jesus, e os outros discípulos do Senhor. É a festa do Espírito Santo e de seus dons abundantes que infundem no fiel penitente e humilde para torná-lo morada da Santíssima Trindade. Por isso, após a Divina Liturgia, ou Vésperas, faz-se o Rito de Adoração ou “Dobramento dos joelhos”, para implorar os dons do Espírito Santo.

Santos do dia: 


S. Caliope, mártir; 

S. Paulo, arcebispo de Constantinopla, mártir (+350); 

S. Efraim, patriarca de Antioquia (+545); 

S. Melania; S. Anastasio, o novo mártir de Constantinopla; 

S. Teófanes, novo mártir de Constantinopla; 

S. Zózimo da Fenícia, monge (séc. VI); 

S. Teodoro, bispo de Rostov e Suzdal (+1023); 

Ss. Severino (+550) e seu irmão Vitorino (+543), bispos de Ancona;

S. Paulo de Kaium, mártir (+766); 

S. Medardo, bispo de Noyon e Tounai, Bélgica (+558); /

São Medardo;

Pacífico de Cerano.


Matinas

Tropário:

Bendito és, ó Cristo, nosso Deus, que provaste serem os pescadores, mui sábios, pois enviaste-lhes o Espírito Santo e com eles conseguiste conquistar o Universo, ó Filantropo, Glória a Ti.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo,
Bendito és o Cristo nosso Deus, que provaste serem os pescadores, mui sábios, pois enviaste-lhes o Espírito Santo e com Ele conseguiste conquistar o Universo, ó Filantropo, Glória a Ti.
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.

Theotokion:
Alegra-te, ó Rainha, glória das Mães e das virgens, pois toda a boca, por mais que seja eloquente e competente, não pode te dar louvor que mereces e cada mente surpreendida não entende a situação de teu nascimento, por isso com uma só voz solenemente te glorificamos.

Katisma:
Ó fiéis, vamos festejar a última festa, a qual é o fim da festa. Por que o Pentecostes é o termo da promessa que deve ser completada e nela desceu o fogo do consolador sobre a terra, como línguas e iluminou os discípulos e Ihes mostrou as coisas celestiais. A luz do Salvador apareceu e Iluminou o mundo.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.

Ó Cristo Salvador após sua ressurreição do túmulo e sua subida divina ao céu, enviaste sua glória a seus discípulos, ó afetuoso; e renovaste-Ihes um espírito reto; por isso divulgaram claramente suas palavras, para todos; como se fosse um instrumento melodioso musical, mostrando sua mística política.
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos.

Evangelho: Jo 20, 19-23
Evangelho de Nosso Senhor Jesus † Cristo, segundo o Evangelista São João.
Na tarde do mesmo dia, que era o primeiro da semana, os discípulos tinham fechado as portas do lugar onde se achavam, por medo dos judeus. Jesus veio e pôs-se no meio deles. Disse-lhes ele: A paz esteja convosco! Dito isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos alegraram-se ao ver o Senhor. Disse-lhes outra vez: A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós. Depois dessas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: Recebei o Espírito Santo. E aqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos.

Divina Liturgia

Issodikon:
Levanta-te, Senhor, com tua potência; cantaremos e celebraremos o teu poder. Salva-nos, ó Paráclito cheio de bondade, a nós que a Ti salmodiamos: aleluia!

Tropário de Pentecostes:
Bendito és, ó Cristo, nosso Deus, que provaste serem os pescadores, mui sábios, pois enviaste-lhes o Espírito Santo e com eles conseguiste conquistar o Universo, ó Filantropo, Glória a Ti.

Kondakion da Festa:
Quando, outrora, desceu à terra o Altíssimo confundiu as línguas e dispersou as nações, Mas, quando distribuiu as línguas de fogo, chamou a todos os povos à unidade. Numa só voz, glorifiquemos o Espírito de toda santidade.


Triságion:
Vós que fostes batizados em Cristo, de Cristo vos revestistes. Aleluia! (2 vezes)
Glória ao Pai ao filho e ao Espírito Santo, agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém. de Cristo Vos revestistes. Aleluia!
Vós que fostes batizados em Cristo, de Cristo vos revestistes. Aleluia! (1 vezes)

Prokimenon:
Pela palavra do Senhor firmaram-se os céus e pelo espírito de sua boca todo o seu exército. O Senhor olha do alto dos céus e vê a todos os filhos dos homens.



Epístola: At 2, 1-11
Leitura dos Atos dos Apóstolos:
Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente veio do céu um ruído, como que de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. E lhes apareceram umas línguas como que de fogo, que se distribuíam, e sobre cada um deles pousou uma. E todos ficaram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem. Habitavam então em Jerusalém judeus, homens piedosos, de todas as nações que há debaixo do céu. Ouvindo-se, pois, aquele ruído, ajuntou-se a multidão; e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua. E todos pasmavam e se admiravam, dizendo uns aos outros: Pois quê! não são galileus todos esses que estão falando? Como é, pois, que os ouvimos falar cada um na própria língua em que nascemos? Nós, partos, medos, e elamitas; e os que habitamos a Mesopotâmia, a Judéia e a Capadócia, o Ponto e a Ásia, a Frígia e a Panfília, o Egito e as partes da Líbia próximas a Cirene, e forasteiros romanos, tanto judeus como prosélitos, cretenses e árabes ouvimo-los em nossas línguas, falar das grandezas de Deus.

Aleluia!
Aleluia, aleluia, aleluia!
Pela palavra do Senhor firmaram-se os céus e pelo espírito de sua boca todo o seu exército.
Aleluia, aleluia, aleluia!
O Senhor olha do alto dos céus e vê a todos os filhos dos homens.
Aleluia, aleluia, aleluia!

Evangelho: Jo 7, 37-52; 8, 12
Evangelho de Nosso Senhor Jesus † Cristo, segundo o Evangelista São João:
No último dia, que é o principal dia de festa, estava Jesus de pé e clamava: Se alguém tiver sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura: Do seu interior manarão rios de água viva (Zc 14,8; Is 58,11). Dizia isso, referindo-se ao Espírito que haviam de receber os que cressem nele, pois ainda não fora dado o Espírito, visto que Jesus ainda não tinha sido glorificado. Ouvindo essas palavras, alguns daquela multidão diziam: Este é realmente o profeta. Outros diziam: Este é o Cristo. Mas outros protestavam: É acaso da Galiléia que há de vir o Cristo? Não diz a Escritura: O Cristo há de vir da família de Davi, e da aldeia de Belém, onde vivia Davi? Houve por isso divisão entre o povo por causa dele. Alguns deles queriam prendê-lo, mas ninguém lhe lançou as mãos. Voltaram os guardas para junto dos príncipes dos sacerdotes e fariseus, que lhes perguntaram: Por que não o trouxestes? Os guardas responderam: Jamais homem algum falou como este homem!... Replicaram os fariseus: Porventura também vós fostes seduzidos? Há, acaso, alguém dentre as autoridades ou fariseus que acreditou nele? Este poviléu que não conhece a lei é amaldiçoado!... Replicou-lhes Nicodemos, um deles, o mesmo que de noite o fora procurar: Condena acaso a nossa lei algum homem, antes de o ouvir e conhecer o que ele faz? Responderam-lhe: Porventura és também tu galileu? Informa-te bem e verás que da Galiléia não saiu profeta. Falou-lhes outra vez Jesus: Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.

Hirmos:
A ti, que concebeste sem sofrer corrupção, e deste corpo ao Verbo, autor de todas as coisas, ó Mãe Virgem, ó Virgem Mãe de Deus, receptáculo daquele que não pode ser ocultado, morada de nosso Criador infinito, nós te glorificamos!

Kinonikón:
O teu bom Espírito me conduzirá pela terra da retidão.
Aleluia, aleluia, aleluia!
Obs.: Em vez de “Vimos a verdadeira luz...”, canta-se o Apolitikion da festa; Bênção Final: “...Que enviou do céu seu Espírito Santo sobre seus santos discípulos e apóstolos sob forma de línguas de fogo...” Encerra-se a festa no sábado seguinte

Sinaxe

O Pentecostes
Era o quinquagésimo (em grego: pentikosti) dia após a Páscoa judaica, mas também o quinquagésimo dia após a Ressurreição de Cristo. Era o dia em que os judeus comemoravam com uma grande festa a entrega das tábuas da Lei a Moisés sobre o monte Sinai; assim, Jerusalém estava repleta de estrangeiros, judeus vindos de todas as partes do mundo então conhecido - eram chamados a “Diáspora” - para celebrar a festa. Alguns dias antes, os discípulos “reunidos em número de cerca de cento e vinte pessoas” à volta dos Apóstolos e da Mãe de Jesus haviam procedido, conforme a proposta de Pedro, à substituição de Judas com a escolha de um décimo segundo apóstolo: foram indicados dois discípulos - José, o Justo e Mathias - que haviam acompanhado os apóstolos desde o batismo de João até o dia da Ascensão e que podiam, portanto, ser testemunhas de Sua Ressurreição; após terem orado, a fim de que o Senhor “mostrasse qual dos dois havia de ser escolhido”, tiraram a sorte e esta apontou a Mathias. Esses discípulos aguardavam em Jerusalém, como Jesus lhes havia instruído, a vinda desse “outro Consolador” que o Mestre lhes prometera antes de Sua Ascensão. Espera repleta de uma esperança radiosa. Eles iriam enfim conhecer Aquele de quem Jesus havia dito:
“Convém a vós que eu vá; porque se eu não for o Consolador não virá a vós, mas se eu for envia-lo-ei” (Jo.16, 7).
Já que Jesus havia partido, já que agora Ele estava sentado à direita do Pai (Mar.16, 19), Ele guardaria a Sua promessa.E portanto, no dia em que Moisés lhes dera a Lei, Jesus vem lhes dar o Espírito, pois “a Lei foi dada por Moisés, a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo". (Jo.1,17)
Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. E em Jerusalém estavam habitando judeus, varões religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu. E, correndo aquela voz, ajuntou-se uma multidão e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua. E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! Não são galileus todos esses homens que estão falando? Como pois os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos? Cretenses, e árabes, todos os temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus. E todos se maravilhavam e estavam suspensos, dizendo uns para os outros: Que quer isto dizer? E outros, zombando, diziam: Estão cheios de mosto. Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz e disse-lhes: Varões judeus e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras. Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, sendo esta a terceira hora do dia. Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel:
E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos; e farei aparecer prodígios em cima no céu e sinais em baixo na terra: sangue, fogo e vapor de fumaça. O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes de chegar o grande e glorioso Dia do Senhor; e acontecerá que todo aquele que invocar o Nome do Senhor será salvo. (Atos 2, 1-8; 11-17; 19-21)
E Pedro exaltava o nome de Jesus, o Nazareno: “esse homem ... que tomando-o, vós o crucificastes e matastes pelas mãos de injustos (os romanos); ao qual Deus ressuscitou, soltas as cadeias da morte (textualmente: o Hades)...” (Atos 2, 22 - 24).
Davi vira com antecedência essa vitória e anunciara a Ressurreição do Cristo (Sl.16) e, com efeito, não foi abandonado no Hades e sua carne não viu a corrupção (cf. Atos 2, 25 - 27):
“Deus ressuscitou a este Jesus, do que todos nós somos testemunhas. De sorte que, exaltado pela destra de Deus, e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis ... Saiba pois, com certeza, toda a casa de Israel, que a esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo ... Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para o perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo; porque a promessa vos diz respeito a vós, aos vossos filhos, e a todos os que estão longe”... “De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase 3.000 almas” (Atos 2, 32 - 33; 36; 38 - 39; 41).
Esse é o relato do Pentecostes que nos é feito por
Lucas no segundo capítulo dos Atos dos Apóstolos e que nós relembramos com alegria ao cantar o Tropário de Pentecostes:
“Tu és bendito, ó Cristo Nosso Deus, que enchestes os pescadores do lago de sabedoria enviando-lhes o Espírito Santo.
Por eles, Tu tomastes o Universo em sua rede.
Glória a Ti, ó Amigo do Homem!
Tropário de Pentecostes (8º Tom):
Esse relato nos leva, sem duvida, a colocar algumas perguntas que permitirão aprofundar e meditar sobre o texto bíblico: - Por que se diz que «as línguas de fogo dividiam-se e pousavam sobre cada um deles?»
O dom do Espírito Santo é pessoal, ou seja, é recebido pessoalmente por cada um dos discípulos. E, no entanto, há apenas um Espírito Santo. É o mesmo Fogo divino que desce sobre todos (relembremos o Fogo do céu que, no tempo de Elias, desceu sobre sua oferenda), mas Ele divide-se para mostrar que cada um recebe esse Espírito Único.
- Também em Babel as línguas foram divididas! Exatamente! O que se passa no Pentecostes é exatamente o contrário do que se passou em Babel. Em Babel, por orgulho, foram as línguas dos homens que se dividiram, de modo que eles não se compreendiam mais e foram, por isso, divididos, separados, dispersos. Em Pentecostes é o dom de Deus que se divide para estender-se a cada um e reuni-los a todos: a partir desse momento os homens que receberam o Espírito Santo anunciam todos a mesma palavra, a Palavra de Deus, e fazem-se compreender por todos os homens pois falam todas as línguas. As barreiras linguísticas são ultrapassadas pela Palavra do Deus Único, tornada compreensível a todos pelo dom das línguas. É o que nos explica o kondakion [1] de Pentecostes:
“Quando o Altíssimo desceu para confundir as línguas, dispersou os gentios; quando partilhou as línguas de fogo, Ele nos chamou a unidade.
Com uma única voz, louvemos o Espírito Santo. kondakion [1] de Pentecostes:
- Por que as línguas de fogo não desceram sobre todos os homens, mas apenas sobre os discípulos? Elas desceram sobre aqueles que Jesus havia preparado para receber o Espírito Santo, sobre aqueles que estavam reunidos, com um único coração, na fé do Senhor Jesus Ressuscitado: é necessário crer no Doador para receber o dom. O Espírito não desceu sobre o mundo todo. «O Espírito de Verdade que o mundo não pode receber, porque não O vê nem O conhece» (Jo14, 17) Ele desceu sobre aqueles que o Senhor Jesus havia reunido porque creram n'Ele. Ele desceu sobre a Igreja. Certamente um dom pessoal, que cada um recebeu em particular, mas porque estavam unidos, em comunhão - e justamente «no dia de Pentecostes estavam todos reunidos no mesmo lugar» (At 2, 1) - e sofreram uma transformação radical: repentinamente tomaram consciência da Palavra de Deus em seu seio e puseram-se a comunicar em todas as línguas as maravilhas de Deus. Donde o discurso de Pedro anunciando com audácia a Ressurreição do Crucificado àqueles mesmos que O crucificaram.
O Pentecostes continua. A descida do Espírito Santo perpetua-se depois, vindo consagrar os testemunhos da Ressurreição do Cristo, até o final dos tempos, como testemunha São Simeão, o Novo Teólogo, no século X:
«Eu ouvi certa vez de um hieromonge, que me confidenciou que jamais iniciara os ofícios litúrgicos sem antes ter visto o Espírito Santo, da mesma forma que O vira quando o metropolita pronunciara sobre ele a oração de consagração e que o santo Evangelho fora colocado sobre sua cabeça. Eu lhe perguntei como O vira, sob que forma? Ele disse: 'Primitivo e sem forma, todavia como uma luz'. E quando eu próprio vi o que jamais havia visto antes, fui surpreendido e comecei a refletir: 'o que poderia ser isto'. Então, misteriosamente, mas com uma voz clara, Ele me disse: 'Eu desço assim sobre todos os profetas e apóstolos, como também sobre todos os atuais eleitos de Deus e dos santos; pois Eu sou o Espírito Santo' [2]
Bem, essa assembleia dos testemunhos da Ressurreição do Cristo, esses eleitos atuais de Deus que o Espírito Santo consagra à Igreja, e cada um de nós, é chamado a ser um desse eleitos. A Igreja é o Pentecostes que continua. [3]
«Não fostes vós que me escolhestes; eu vos escolhi, e vos destinei a ir e dar fruto, um fruto que permaneça; assim, o que pedirdes ao Pai em meu nome, eu vo-lo concederei.» Jo 16.

NOTAS:
[1] Kondákion: pequeno cântico (kondós em grego = curto) cantado após a sexta ode das Matinas e durante a Pequena Entrada, na Liturgia e que resume o sentido da festa.
[2] Simeão o Novo Teólogo, Sermão 184, Sermões, traduzido do russo, t.II, pp.569-570.4
[3] Igreja: em grego Ecclesia, a assembleia daqueles que são convocados, chamados.




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