DOMINGO DE SÃO JOÃO CLÍMACO
4º Domingo da Quaresma
(Epístola: Hb. 6: 13-20 | Mc. 9.17-31)
Renovar-se em Cristo é um persistente e
contínuo labor dos cristãos. E é o Santo Evangelho que nos oferece o alimento
essencial para a alma, de modo que possamos nos renovar em Cristo.
Na passagem de hoje (Mc. 9.17-31), Cristo enfatiza a importância da oração e da
fé. Ele foi bastante claro: disse ao pai daquela criança que tudo é possível
para aquele que tem fé. Após deixar a multidão, estando a sós com seus
Discípulos, Cristo lhes ensinou que a cura do mal, como o que acometera aquela
criança, somente se faz pela oração.
Disse
o Apóstolo Paulo: “Purifiquemo-nos de toda imundície da carne e do espírito,
realizando plenamente nossa santificação no temor de Deus” (2Cor. 7:1). Ser cristão exige esforço e concentração.
Exige fervor e devoção no momento da oração. E ao lado da oração está o jejum,
costume estabelecido desde os tempos das primeiras comunidades cristãs.
Neste domingo, a Igreja enfatiza o
crescimento em Cristo, isto é, o engrandecimento de nossa fé em Cristo.
Dedicamos este domingo a São João Clímaco, autor de “A Escada da Divina Ascensão”. Em sua obra, ele nos detalha os 30 degraus que devemos galgar até chegar ao
paraíso. Esses 30 degraus são os passos que devemos seguir para que possamos crescer
em Cristo.
O 30º e último degrau da Escada da Divina Ascensão
está centrado na relação que há entre a caridade, a esperança e a fé.
Num certo trecho, São João Clímaco disse: “Aquele que ama o Senhor amou
primeiro seu irmão, porque este segundo amor é a prova do primeiro” (§ 26). Ora, o amor cristão não é apenas o amor a
Cristo, mas também é o amor ao próximo: é a caridade.
Jamais devemos perder nossa esperança. Devemos
manter firme nossa fé. Assim como Cristo teve tempo para curar a criança doente
e tempo para ensinar o pai da criança e os discípulos, Ele também tem tempo
para ensinar e ouvir a todos que vem a Ele com fé. Cristo continua a demonstrar
seu amor por cada um de nós. E nós devemos fazer o mesmo: amemo-nos uns aos
outros!
São João Clímaco disse: “Aquele que
está na presença de Deus e reza com verdadeiro sentimento se manterá imóvel como
um pilar, e nenhum demônio poderá estremecê-lo” (18º Degrau: A oração em comunidade, § 3º). Assim devemos rezar, rendendo honra e
glória em cada palavra de nossas orações.
Estamos nos aproximando da Semana Santa e
assim devemos intensificar nossos esforços de amor e louvor ao Filho de Deus,
Nosso Salvador. E para que possamos crescer em Cristo é preciso que nossas
vidas tenham como alicerce e meta o próprio Cristo.
Todos nós temos alguma mancha na alma que
precisa ser curada. Temos pensamentos ruins que precisam ser erradicados.
Pronunciamos palavras que jamais deveríamos ter pronunciado. Mas tudo isso pode
ser curado, basta que tenhamos Cristo em nossas vidas.
Por outro lado, a Grande Quaresma envolve
o controle do corpo e da mente com a finalidade específica do crescimento em
Cristo. A concentração na oração é um esforço para não cairmos em armadilhas, a
fim de que possamos plenamente sentir Cristo em nossos corações. Sentir a
alegria de Cristo faz todo o esforço valer a pena!
Todos os dias somos agraciados por alguma
cura de Cristo, tal qual a criança do Evangelho de hoje. Por isso, todos os
dias devemos dar graças ao Pai e ao Filho.
Neste
4º Domingo da Quaresma, busquemos a cura de
Cristo por meio da oração.
Boletim n. 11, 14.04.2013:
Domingo de São João Clímaco (Download)
Domingo de São João Clímaco (Download)
PARA REFLETIR
v Objetivar o Reino de Deus durante os dias restantes da Grande Quaresma.
v Empenhar-se para ser um Cristão melhor ao final da Grande Quaresma.
v Cada dia mais, ter Nosso Senhor Jesus Cristo no coração e na mente.
PENSAMENTO
† São João Clímaco.
Aquele que diz amar ao Senhor, mas se enoja de seu irmão [do próximo], é semelhante àquele que corre em sonhos.
Aquele que diz amar ao Senhor, mas se enoja de seu irmão [do próximo], é semelhante àquele que corre em sonhos.
O que dá força ao amor é a esperança,
pois por ela esperamos a recompensa do amor.
A morte da esperança é o desespero do
amor. Da esperança dependem nossos trabalhos, sobre ela repousam nossos
ofícios, a misericórdia rodeia a esperança.
A experiência dos dons do Senhor engendra
a esperança. Quem não tem esta experiência permanece na incerteza.
A
ira destrói a esperança. Mas a esperança não falha (cf. Rm. 5:5) não causa
vergonha. O homem irracional, no entanto, não é digno de honra.
A Escada da Divina Ascensão (30º Degrau, §§
28-35).
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