INÍCIO DA INDICÇÃO | NOVO ANO ECLESIÁSTICO
Ἀρχή τῆς Ἰνδίκτου, ἤτοι τοῦ Νέου Ἐκκλησιαστικοῦ Ἔτους
Ἀρχή τῆς Ἰνδίκτου, ἤτοι τοῦ Νέου Ἐκκλησιαστικοῦ Ἔτους
(MATINAS: Jo. 21, 1-14 | LITURGIA: 1Tim. 2, 1-7 e Lc. 4, 16-22)*
† Diadochos, bispo de Photiki | Άγιος Διάδοχος
Φωτικής (c. 400 – c. 486).
“32. ...A verdadeira Graça, cuja fonte é Deus, nos
alegra conscientemente e nos conduz ao amor com grande arrebatamento da alma. A
ilusão da graça, por outro lado, tende a agitar a alma com os ventos do engano,
pois quando o intelecto é forte na lembrança de Deus, o mal tenta roubá-lo de
sua percepção espiritual, tirando proveito da necessidade do sono que o corpo
tem. Se o intelecto neste momento se mantém atentamente firme na lembrança de
Nosso Senhor Jesus Cristo, ele facilmente aniquila as seduções do inimigo e
avança alegremente para a batalha contra ele, armado não apenas com a Graça,
mas também com uma segunda arma: a confiança adquirida com a sua própria
experiência...”
* Leituras conforme o Typikon do Patriarcado Ecumênico (Τυπικὸν τῆς Μεγάλης τοῦ Χριστοῦ ᾽Εκκλησίας): Typikon 01-set-2013.
** Vide a Encíclica Patriarcal para a Festa da Natividade 2012 (Português / Ελληνικά)
O ano da
graça de Nosso Senhor
Jesus Cristo na Galileia
O Senhor não veio apenas para proclamar o
ano da graça, mas também para introduzi-lo. Onde? Na alma de todos os crentes.
A terra jamais será o paraíso no estado atual em que se encontra, mas é e será
uma imensa arena de preparação para a vida celeste.
Os fundamentos da vida celeste são firmados
na alma, cuja possibilidade reside na graça de Deus; enquanto que a graça foi concedida
por nosso Senhor Jesus Cristo, que trouxe, consequentemente, o ano da graça
para as almas.
Aquele que escuta o Senhor e segue todos
os Seus mandamentos, recebe a Graça e, com o Seu poder, leva consigo os
benefícios do ano de graça.
Deveras, isso acontece com todos aqueles
que sinceramente acreditam e agem de acordo com a fé. Tu não encheras tua alma dessa
graça somente pelos pensamentos; tu tens de agir, e, então, a Graça virá por si
só.
Pode
ser que não haja nenhuma paz exterior, mas apenas a paz interior (a paz de espírito);
e ainda assim ela não pode ser separada de Cristo. Porém, conquanto seja estabelecida
a paz interior, as perturbações exteriores não serão nem amargas, nem graves; e
isso também é igualmente aceitável: é como se fosse um inverno frio
visto de fora.
Teófano, o Recluso (1815-1894).
Boletim n. 32, 01.09.2013:
Domingo 01-set-2013: Início da Indicção (Download)
Tropário da Indicção, 2º Tom.
῎O πάσης δημιουργὸς τῆς κτίσεως, ὁ καιροὺς καὶ χρόνους ἐν τῇ ἰδία ἐξουσία θέμενος, εὐλόγησον τὸν στέφανον τοῦ ἐνιαυτοῦ τῆς χρηστότητός σου Κύριε, φυλάττων ἐν εἰρήνῃ τοὺς Βασιλεῖς καὶ τὴν πόλιν σου, πρεσβείαις τῆς Θεοτόκου, καὶ σῶσον ἡμᾶς.
Ó Criador de todo o universo, que submeteste ao teu próprio poder as estações e os tempos, abençoa o início do ano que a tua bondade nos concede. Guarda, Senhor, na paz, os que nos governam, e assim todas as nações: pelas intercessões da Mãe de Deus, salva-nos.
Indicção do Novo Ano Eclesiástico
A Igreja de Cristo celebra neste dia
a Indicção que, cuja terminologia romana significa limite, o
que quer dizer o inicio do ano eclesiástico. Este termo vem da prática de que
os imperadores romanos faziam cobrar, a cada ano, nesta época, um imposto sobre
os seus súditos para a manutenção da armada. A taxa deste imposto anual era fixada
a cada (todos os) 15 anos. E por isso que, igualmente, chamamos indiccão os
ciclos de 15 anos que começam sob César Augusto, 3 anos antes do nascimento de
Cristo segundo a carne.
Comemoração da Indicção 2012 Patriarcado Ecumênico |
De outra parte, o mês de setembro é a
época onde regressam os frutos das colheitas nos celeiros, preparando-se ao
novo ciclo agrícola e dando graças a Deus pela sua benignidade para com a
Criação. Faziam já assim os judeus sob o regime da antiga Lei. O primeiro dia
de seu sétimo mês (inicio de Setembro), eles celebravam a Festa das Trombetas,
cessando todo trabalho a fim de se consagrarem somente a oferenda de
sacrifícios de agradável aroma e em louvor a Deus (Lv. 23, 24-25).
O Cristo, Filho e Verbo de Deus, Criador
do tempo e do espaço, Rei pré-eterno de todos os séculos - que encarnou a fim
de conduzir todas as coisas à unidade e reconciliar todos os homens, tanto
judeus como pagãos em uma única Igreja - quis também unir nele mesmo as coisas
submissas às leis naturais e aquilo que ele havia promulgado pela Lei escrita.
E por isso, que neste dia, onde a natureza se prepara a desenrolar um novo
ciclo de suas estações, nós comemoramos o episodio onde o Senhor Jesus Cristo
dirige-se à Sinagoga e, abrindo o livro de Isaias, lê a passagem onde o Profeta
diz em seu Nome: «O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou
com a unção, para anunciar a Boa Notícia aos pobres; enviou-me para proclamar a
libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os
oprimidos, e para proclamar um ano de graça do Senhor.» (Lc. 4,18-19).
Em primeiro de setembro de 312,
Constantino I, o Grande, pôs fim as perseguições aos cristãos aos quais ele
concede o direito de praticar livremente sua fé. Em comemoração deste
acontecimento, o Primeiro Concílio dos Padres da Igreja, reunido em Nicéia em
325, decide tomar esta data como inicio do ano eclesiástico. Esta data foi assim
adotada como marco do inicio do ano civil em todo o Império Romano. Quaisquer
que tenham sido as modificações, desde então, a Igreja manteve sempre o
Primeiro de Setembro como início do Ano Eclesiástico. O ano eclesiástico começa
e termina com uma grande festa litúrgica dedicada a Virgem: sua Natividade, em
08 [21] de Setembro,e sua Dormição dia 15 [28] de Agosto, enquanto que as
grandes festas do Senhor, que comemoram os grandes eventos de Sua vida terrena,
compreendendo o Pentecostes, se inserem naturalmente entre os limites da
existência terrestre de sua Mãe, testemunha de todos estes acontecimentos.
O dia do ano eclesiástico não interfere
no curso do ciclo litúrgico anual, que tem início após Pentecostes, a partir do
qual a alternação dos 8 tons - Oktoikos - (livro dos 8 tons) se sucedem até ate
a Grande Quaresma seguinte, período no qual utilizamos o Triódio da Quaresma.
Fonte: Ecclesia.com.br
¨Pequena pesquisa baseada em textos de “Synaxaire
Orthodoxe e Calendrier des Scooters Orthodoxes en France” – Tradução do
Monastério dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo (Herzegovina). Tradução para o
português: Igúmeno Lucas.
PARA REFLETIR
v A Graça e a Paz de Cristo.
v O Ano da Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo.
v 2013: o Ano Internacional da Solidariedade.**
v O Ano da Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo.
v 2013: o Ano Internacional da Solidariedade.**
PENSAMENTO
Sobre o conhecimento
espiritual.
In: Philokalia. V1, p. 262.
In: Philokalia. V1, p. 262.
† MATINAS
10º Eothinon (Ἑωθινόν Ι’)
EVANGELHO SEGUNDO SÃO JOÃO
Primeiro epílogo: Aparição no lago de Tiberíades
(Jo. 21, 1-14)
(Jo. 21, 1-14)
Depois disso, Jesus tornou a mostrar-se aos discípulos junto ao mar de Tiberíades. E apareceu assim: Estavam juntos Simão Pedro e Tomé chamado Dídimo, Natanael de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e outros dois discípulos. Simão Pedro disse: “Eu vou pescar”. Os outros disseram: “Nós também vamos contigo”. Eles saíram e entraram no barco, mas naquela noite não pescaram nada. Chegada a manhã, Jesus estava na praia, mas os discípulos não o reconheceram.
Jesus perguntou: “Moços, tendes alguma coisa para comer?” Eles responderam: “Não”. Jesus lhes disse: “Lançai a rede à direita do barco e achareis”. Lançaram pois a rede, e foi tão grande a quantidade de peixes que não podiam arrastá-la. O discípulo a quem Jesus amava disse então a Pedro : “É o Senhor”. Assim que Pedro ouviu que era o Senhor, vestiu a roupa – pois estava nu – e se jogou na água. Os outros discípulos vieram de barco – pois não estavam distantes da terra senão uns cem metros – puxando a rede com os peixes. Assim que desceram à terra, viram brasas acesas e um peixe sobre elas, e pão. Jesus lhes disse: “Trazei alguns dos peixes que apanhastes agora”. Simão Pedro subiu ao barco e arrastou a rede para a terra com cento e cinqüenta e três grandes peixes. Apesar de serem tantos, a rede não se rompeu. Jesus lhes disse: “Vinde comer”. Nenhum dos discípulos se atreveu a perguntar-lhe: “Quem és tu?”, sabendo que era o Senhor.
Jesus aproximou-se, tomou o pão e deu para eles, e também o peixe. Esta foi a terceira vez que Jesus apareceu aos discípulos, depois de ressuscitado dos mortos.
Jesus perguntou: “Moços, tendes alguma coisa para comer?” Eles responderam: “Não”. Jesus lhes disse: “Lançai a rede à direita do barco e achareis”. Lançaram pois a rede, e foi tão grande a quantidade de peixes que não podiam arrastá-la. O discípulo a quem Jesus amava disse então a Pedro : “É o Senhor”. Assim que Pedro ouviu que era o Senhor, vestiu a roupa – pois estava nu – e se jogou na água. Os outros discípulos vieram de barco – pois não estavam distantes da terra senão uns cem metros – puxando a rede com os peixes. Assim que desceram à terra, viram brasas acesas e um peixe sobre elas, e pão. Jesus lhes disse: “Trazei alguns dos peixes que apanhastes agora”. Simão Pedro subiu ao barco e arrastou a rede para a terra com cento e cinqüenta e três grandes peixes. Apesar de serem tantos, a rede não se rompeu. Jesus lhes disse: “Vinde comer”. Nenhum dos discípulos se atreveu a perguntar-lhe: “Quem és tu?”, sabendo que era o Senhor.
Jesus aproximou-se, tomou o pão e deu para eles, e também o peixe. Esta foi a terceira vez que Jesus apareceu aos discípulos, depois de ressuscitado dos mortos.
† DIVINA LITURGIA
PRIMEIRA EPÍSTOLA DE SÃO PAULO A TIMÓTEO
Orar por todos
(1Tim. 2, 1-7)
(1Tim. 2, 1-7)
Timóteo, meu filho, acima de tudo, recomendo que se façam preces, orações, súplicas e ações de graça por todos os homens, pelos reis e por todos os depositários de autoridade, a fim de gozarmos de vida sossegada e tranquila em toda piedade e honestidade. Isto é bom e agradável diante de Deus, nosso Salvador. Ele deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade. Porque um é Deus, um também o mediador entre Deus e os homens, um homem: Cristo Jesus, que se entregou para redenção de todos. Tal é o testemunho dado a seu tempo, para cuja promulgação fui pregador e apóstolo – digo a verdade, não minto – doutor dos pagãos, na fé e na verdade.
EVANGELHO SEGUNDO SÃO LUCAS
O ano da graça de Nosso Senhor Jesus Cristo na Galileia
(Lc. 4, 16-22)
(Lc. 4, 16-22)
Naquele tempo, chegou a Nazaré onde se tinha criado. Segundo seu costume, entrou num sábado na sinagoga e se levantou para fazer a leitura. Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, deu com a passagem onde se lia: “O Espírito do Senhor es-tá sobre mim, porque ele me ungiu para anunciar a boa-nova aos pobres; enviou-me para proclamar aos aprisionados a libertação, aos cegos a recuperação da vista, para pôr em liberdade os oprimidos, e para anunciar um ano da graça do Senhor.” Jesus fechou o livro, devolveu-o ao assistente e sentou-se. Os olhos de todos os presentes na sinagoga se fixaram nele. Então começou a falar-lhes: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabais de ouvir”. Todos se puseram a falar dele e, maravilhados das palavras cheias de graça que saíam de sua boca, diziam: “Não é este o filho de José?”
__________________
Anotações (Jo. 21, 1-14):
- Cap. 21. V. 7: Estava nu, i.e., com a roupa inferior.
- Cap. 4. VV. 18-19: Is. 61, 1-2 e 58, 6.
Mons. José Castro Pinto. Notas in: Bíblia Sagrada,
Novo Testamento. Barsa: 1967, pp. 52 e 98.
** Vide a Encíclica Patriarcal para a Festa da Natividade 2012 (Português / Ελληνικά)
Nenhum comentário:
Postar um comentário