2º DOMINGO DE LUCAS
(MATINAS: Mc. 16, 9-20 | LITURGIA: 2Cor.
1, 21-24; 2, 1-4 e Lc. 6, 31-36)*
O amor cristão
Boletim n. 36, 29.09.2013:
† São João Clímaco | Άγιος Ιωάννης της Κλίμακος (523-606)
A Escada da Divina Ascensão.
30º Degrau: a fé, a esperança e a caridade, p. 323.
A
prova de fogo do amor não é amar
nossos amigos, mas sim amar nossos inimigos. Um grande santo russo uma vez
perguntou: “Como podemos saber se uma
pessoa habita em Deus e é sincero em sua fé cristã? Não há outra maneira de
verificar isso a não ser examinando a vida dessa pessoa para observar se ela
ama seus inimigos. Onde está presente o amor pelo inimigo, Deus também está
presente.” Este é o grande teste para saber se estamos em sintonia com
Deus, pois é justamente isso que Deus faz: Ele tanto acolhe os justos como os
injustos. Certa vez um escritor inglês (Chesterton) disse: “O amor significa amar o que é indigno de ser
amado, do contrário não é nenhuma virtude.”
Impraticável?
Mas amar os nossos inimigos em um mundo como o nosso parece bastante
impraticável. Amar um inimigo é permitir-lhe tirar uma vantagem de nós. Amar um
inimigo é deixá-lo passar por cima de nós.
Assim
pensávamos, até que a psicologia e a psiquiatria vieram e nos ensinaram algumas
coisas sobre a hostilidade e as pessoas hostis. As duas ciências nos disseram
que uma pessoa hostil odeia porque teme ser agredido; então para se proteger,
ela ataca primeiro. Ela é hostil porque espera ser desprezada e odiada. A
última coisa que ela espera é o amor. Assim, se ao invés de odiar,
demonstrarmos o amor, essa pessoa ficará desarmada. No fundo, o amor é o que
ela anseia mais do que qualquer outra coisa. O amor é a única coisa que pode
acabar com sua hostilidade.
“Dê-lhe
o mal!”, disse alguém a um amigo que
havia sofrido uma injustiça nas mãos de um terceiro. Não obstante, a resposta
que recebeu foi verdadeiramente inspirada: “Ele
já está com o mal. Eu gostaria de lhe dar Deus.” Enfim, amar um inimigo é
levar Deus até ele.
Mas será que Deus espera que amemos os pecados e as maldades que as pessoas cometem? Claro que não. Ele espera que odiemos o pecado, mas que amemos o pecador. Mas como distinguir entre o pecado e o pecador? Ora, a cada dia nós fazemos esta mesma distinção: nós fazemos coisas terríveis, cometemos graves erros; mas a verdade é que odiamos os erros que cometemos, e continuamos a nos amar. Faça o mesmo com os outros, disse Jesus. “Ame o seu próximo como a ti mesmo.” Abomine o pecado, ame o pecador! E alguém expressou isso da seguinte maneira: “Amar o inimigo não significa amar a lama onde se encontra a pérola, mas sim amar a pérola que está na lama.”
Mas será que Deus espera que amemos os pecados e as maldades que as pessoas cometem? Claro que não. Ele espera que odiemos o pecado, mas que amemos o pecador. Mas como distinguir entre o pecado e o pecador? Ora, a cada dia nós fazemos esta mesma distinção: nós fazemos coisas terríveis, cometemos graves erros; mas a verdade é que odiamos os erros que cometemos, e continuamos a nos amar. Faça o mesmo com os outros, disse Jesus. “Ame o seu próximo como a ti mesmo.” Abomine o pecado, ame o pecador! E alguém expressou isso da seguinte maneira: “Amar o inimigo não significa amar a lama onde se encontra a pérola, mas sim amar a pérola que está na lama.”
Pe. Anthony M.
CONIARIS,
Prof. emérito da Holy
Cross Greek Orthodox
School of Theology, em Brookline, MA (EUA).
Traduzido do livro: "Gems from the Sunday and Feasts Gospels"
Boletim n. 36, 29.09.2013:
NOTA DE FALECIMENTO
PARA REFLETIR
No
sábado passado, 20.09.2013, faleceu em Anápolis/GO, aos 81 anos, o Rev. PE. JOSÉ HOMSI HANNA ELIAS, do
Patriarcado de Antioquia.
O Pe. José Homsi muito contribuiu para a elaboração do primeiro estatuto da Comunidade Grega de Brasília ainda na década de 60. Foi também um dos grandes incentivadores da criação da Comunidade Grega e da construção da Igreja Anunciação da Mãe
de Deus na Asa Norte, em Brasília. Muitos ortodoxos da desta Capital também foram batizados pelo Pe. José Homsi, quando ainda não havia uma igreja ortodoxa em Brasília.
Em
gratidão e honra, nosso pároco, Pe. Emanuel Sofoulis, juntamente com o presidente da Comunidade Grega de Brasília, sr. Elias Grintzos, estiveram presentes durante o
ofício fúnebre em Anápolis, para elevar preces pela alma do Pe. José Homsi.
Sua
memória seja eterna!
PARA REFLETIR
v A
caridade e o amor cristão.
v As responsabilidades de cada cristão.
v As alegrias e desafios diários dos que creem em Cristo.
v As responsabilidades de cada cristão.
v As alegrias e desafios diários dos que creem em Cristo.
PENSAMENTO
“Deus é amor, é
caridade (1Jo. 4, 8); e, por isso, quem quiser defini-Lo se faz semelhante a um
cego que quer contar os grãos de areia do mar. A caridade, segundo sua
natureza, é a semelhança de Deus, tal qual nos homens se pode achar; porque a
caridade é uma semelhança participada do Espírito Santo, o qual essencialmente
é amor do Pai e do Filho, de onde nasce que, com qualquer outra virtude, não se
faz o homem mais semelhante a Deus do que com esta. Mas segundo sua eficácia, a
caridade é uma saudável embriaguez, que docemente transporta o homem a Deus e o
tira de si; segundo sua própria virtude, a caridade é fonte de Fé, abismo de
paciência e mar de humildade, não porque seja causa destas virtudes quanto à
essência delas, e sim quanto ao exercício de seus atos. A caridade tudo crê,
tudo espera e em tudo é humilde e na humildade eleva aquele que a tem.
Finalmente, a perfeita caridade é desterro de toda má intenção e pensamento,
porque a caridade, como diz o Apóstolo, não pensa mal (1Cor 13, 5).”
A Escada da Divina Ascensão.
30º Degrau: a fé, a esperança e a caridade, p. 323.
(Ἦχος
πλ. α΄ – Ἑωθινόν
Γ΄)
† MATINAS
3º Eothinon (Ἑωθινόν Γ΄)
EVANGELHO SEGUNDO SÃO MARCOS
Aparições à Maria Madalena e aos discípulos e Ascensão
do Senhor
(Mc. 16, 9-20)
(Mc. 16, 9-20)
Naquele tempo, tendo Jesus ressuscitado na manhã do primeiro dia da semana, apareceu primeiro a Maria Madalena, da qual havia expulsado sete demônios. Foi ela que deu a notícia aos que tinham vivido com Ele, mas que estavam de luto e choravam. Quando ouviram dizer que Jesus estava vivo e tinha sido visto por ela, não acreditaram. Mais tarde, Jesus apareceu de outra forma a dois discípulos que se dirigiam para o interior. Eles também voltaram e deram a notícia aos outros, mas nem mesmo neles acreditaram.
Por fim apareceu aos Onze, quando estavam à mesa. Repreendeu-lhes a incredulidade e dureza de coração, por não terem acreditado nos que o tinham visto ressuscitado dos mortos. E lhes disse: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo. Mas quem não crer será condenado. Os sinais que acompanharão os que crerem são estes: em meu nome expulsarão demônios, falarão línguas novas, pegarão serpentes e, se beberem veneno, não lhes fará mal. Imporão as mãos sobre os enfermos, e estes serão curados”.
Depois de lhes falar, o Senhor Jesus foi elevado ao céu e sentou-se à direita de Deus. Os discípulos partiram e pregaram por toda parte. O Senhor cooperava com eles e confirmava a Palavra com os sinais que a acompanhavam. Amém.
Por fim apareceu aos Onze, quando estavam à mesa. Repreendeu-lhes a incredulidade e dureza de coração, por não terem acreditado nos que o tinham visto ressuscitado dos mortos. E lhes disse: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo. Mas quem não crer será condenado. Os sinais que acompanharão os que crerem são estes: em meu nome expulsarão demônios, falarão línguas novas, pegarão serpentes e, se beberem veneno, não lhes fará mal. Imporão as mãos sobre os enfermos, e estes serão curados”.
Depois de lhes falar, o Senhor Jesus foi elevado ao céu e sentou-se à direita de Deus. Os discípulos partiram e pregaram por toda parte. O Senhor cooperava com eles e confirmava a Palavra com os sinais que a acompanhavam. Amém.
† DIVINA LITURGIA
Irmãos, aquele que nos mantém firmes
convosco em Cristo e que nos deu a unção, é Deus. Foi Ele também que nos marcou
com seu selo e nos colocou no coração, como um primeiro sinal, o Espírito. Invoco
a Deus por testemunha sobre minha alma de que para vos poupar é que ainda não
fui a Corinto. Não porque pretendamos dominar vossa fé, mas porque queremos
contribuir para vossa alegria. Pois, quanto à fé, estais firmes.
Decidi, pois, não tornar a visitar-vos na tristeza. Porque, se vos contristasse, quem me alegraria senão quem se teria entristecido por minha causa? Portanto eu vos escrevi naqueles termos para que, quando for ter convosco, não tenha de entristecer-me com aqueles que deveriam alegrar-me. Confio em todos vós que minha alegria é também vossa. Eu vos escrevi levado por grande aflição e ansiedade de coração, com muitas lágrimas, não para vos entristecer, mas para conhecerdes o grande amor que vos tenho.
SEGUNDA EPÍSTOLA DE SÃO PAULO AOS CORÍNTIOS
Mudança do itinerário de Paulo
(2Cor. 1, 21-24; 2, 1-4)
São Paulo |
Decidi, pois, não tornar a visitar-vos na tristeza. Porque, se vos contristasse, quem me alegraria senão quem se teria entristecido por minha causa? Portanto eu vos escrevi naqueles termos para que, quando for ter convosco, não tenha de entristecer-me com aqueles que deveriam alegrar-me. Confio em todos vós que minha alegria é também vossa. Eu vos escrevi levado por grande aflição e ansiedade de coração, com muitas lágrimas, não para vos entristecer, mas para conhecerdes o grande amor que vos tenho.
EVANGELHO SEGUNDO SÃO LUCAS
Sermão da Montanha: o amor ao próximo**
(Lc. 6, 31-36)
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Anotações:
2Cor. 1, 21-24; 2, 1-4:
2Cor. 1, 21-24; 2, 1-4:
- Cap. 1, V. 21: O que nos ungiu ["que nos deu a unção"]: refere-se sem dúvida à conversão e vocação, como se dissesse: Fui batizado pelo próprio Cristo.
- V. 22: Também nos selou ["nos marcou com seu selo"], i.e., me confirmou com os dons do Espírito Santo.
- Cap. 2, os vv. 1-4, juntamento com 1, 23s, contêm a principal razão por que S. Paulo adiou sua visita. Assim procedeu não por leviandade, mas para não ter que se apresentar a eles com severidade, reprimindo defeitos. Preferiu fazer isto por escrito (v. 3) para que em sua visita pudesse se alegrar com as virtudes daqueles que tanto amava.
- Cap. 6, V. 31: ["O que desejais que os outros vos façam, fazei-o também a eles"]: É a regra de ouro da caridade cristã.
Mons. José Castro Pinto. Notas in: Bíblia Sagrada,
Novo Testamento. Barsa: 1967, p. 55; 156-157.
** O Sermão da Montanha completo compreende Lc. 6, 20-49.
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