3º DOMINGO DE LUCAS
São Tomé, Apóstolo
São Tomé, Apóstolo
(MATINAS: Lc. 24, 1-12 | LITURGIA: 2Cor. 4, 6-15 e Lc. 7, 11-16)*
O
Senhor vê uma mãe chorando pela morte de seu filho e tem compaixão dela. Outrora,
no entanto, Ele havia sido chamado para certo casamento, e regozijou-se junto
com toda a família. Com isso Cristo nos ensina que compartilhar alegrias e
tristezas cotidianas não é contrário ao Seu espírito.
Isso
é o que verdadeiros e reverentes cristãos, que vivem suas vidas tementes a Deus,
fazem. No entanto, deve-se saber distinguir entre certos hábitos da vida
cotidiana, pois muitas coisas, que não apenas a boa vontade de Deus, acabam se
inserindo nesses hábitos.
Há
costumes que vêm das paixões, que surgem de sua indulgência; há outros que são
mantidos vivos por mera vaidade e mundanismo. Aquele que tem o espírito de
Cristo será capaz de distinguir entre aquilo que é bom daquilo que é mau: ele
adere a um e rejeita o outro. Aquele que faz isso com temor a Deus não se deixa
alienar pelos outros, ainda que não se afaste deles, porque diante das fraquezas
de seus irmãos ele sempre age com espírito de amor e compaixão.
Só
um espírito de desmedida incúria leva as pessoas ao mau caminho e gera a desarmonia
e a divisão. Tal espírito sequer pode ajudar a ensinar ou censurar. Mas aquele
que tem o espírito de Cristo governa sua vida e de sua família sempre de acordo
com os preceitos cristãos. Ele não se permite imiscuir em assuntos e vidas
alheias, dizendo a si mesmo: “Quem me designou
como juiz?”
Ele tranquilamente faz
com que todos se sintam confortáveis perto dele, e inspira respeito a partir de
seus hábitos. Mas assim como aquele que comanda geralmente não é amado, ele pode
acabar evocando a desaprovação pelos bons hábitos que mantém. A humildade,
nesses casos, é necessária: não outra que não a humildade cristã. Ela é a fonte
da prudência cristã, que sempre sabe como agir bem em uma determinada situação.
Teófano, o Recluso (1815-1894)
PARA REFLETIR
v Nosso
Senhor Jesus Cristo.
v Nossa relação pessoal com Jesus Cristo.
v A fé e esperança em Cristo.
v Nossa relação pessoal com Jesus Cristo.
v A fé e esperança em Cristo.
PENSAMENTO
“Assim com aquele que caminha sem guia por caminho
desconhecido, se perde muitas vezes, ainda que seja em outras coisas homem
muito prudente; também aquele que, na vida, pretende governar-se só por sua
cabeça, facilmente se perderá, ainda que seja muito ensinado nas doutrinas e
ciências humanas. Quando alguém, depois de haver cometido muitos e graves
pecados, acha-se inabilitado, por falta de saúde, para fazer penitência,
caminhe pela estrada da santa humildade, e de seus exercícios: porque não
achará outro meio mais conveniente para sua salvação.”
Era um dos doze apóstolos do Senhor e pertencia a uma família de pescadores. Após ter ressuscitado, Cristo apareceu aos discípulos e Tomé não estava presente. Tomé desconfiava, por não ter visto o Senhor, de que fosse verdade a aparição. O Evangelho de São João relata: Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Disseram-lhe, pois, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele disse-lhes: Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei. E oito dias depois estavam outra vez os seus discípulos dentro, e com eles Tomé. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco. Depois disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão, e põe-na no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente. E Tomé respondeu, e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu! Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram. (Jo. 20, 24-29). A tradição diz que conduzido pelo Espírito Santo, Tomé foi à Pérsia pregar o Evangelho e lá foi martirizado, sendo alvejado por lanças.
Tom da semana: 6º Tom
(Ἦχος πλ. β΄ – Ἑωθινόν Δ΄)
† MATINAS
4º Eothinon (Ἑωθινόν Δ΄)
EVANGELHO
SEGUNDO SÃO LUCAS
A Ressurreição de Jesus Cristo
(Lc. 24, 1-12)
(Lc. 24, 1-12)
No primeiro dia da semana, de manhã muito cedo, as mulheres vieram
ao túmulo trazer os perfumes que tinham preparado. Encontraram a pedra do
túmulo removida e, entrando, não acharam o corpo do Senhor Jesus. Ficaram sem
saber o que fazer. Nisso, dois homens vestidos de roupas brilhantes apareceram
diante delas. Como ficassem aterrorizadas e baixassem os olhos para o chão,
eles disseram: “Por que procurais entre
os mortos quem está vivo? Ele não está aqui, mas ressuscitou! Lembrai-vos do
que vos falou, quando estava ainda na Galileia: O Filho do homem deveria ser
entregue ao poder de pecadores e ser crucificado, mas ressuscitaria ao terceiro
dia”. Então elas se lembraram das palavras de Jesus.
Voltando
do túmulo, comunicaram tudo isso aos Onze e a todos os outros. Eram Maria
Madalena, Joana, Maria, mãe de Tiago, e as outras que com elas estavam.
Contaram estas coisas aos apóstolos, mas suas palavras lhes pareciam tolice.
Por isso não acreditaram nelas. Entretanto, Pedro se levantou e correu ao
túmulo. Inclinando-se para olhar, só viu os lençóis e voltou para casa admirado
do que tinha ocorrido.
† DIVINA LITURGIA
SEGUNDA EPÍSTOLA DE SÃO PAULO AOS CORÍNTIOS
Tropário de São Tomé (3º Tom)
Ἀπόστολε Ἅγιε Θωμᾶ, πρέσβευε τῷ ἐλεήμονι Θεῷ ἵνα πταισμάτων ἄφεσιν,
παράσχῃ ταῖς ψυχαῖς ἡμῶν.
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Ó Santo Apóstolo
Tomé, interceda junto a nosso bondoso
Deus, que Ele conceda às nossas almas o perdão
pelos pecados.
|
SEGUNDA EPÍSTOLA DE SÃO PAULO AOS CORÍNTIOS
Tribulações e esperanças dos ministros do Evangelho
(2Cor.
4, 6-15)
Irmãos, pois Deus, que
disse: “das trevas brilhe a luz”, foi
quem fez brilhar a luz em nossos corações para darmos a conhecer a ciência da
glória de Deus na face de Jesus Cristo. Um tal tesouro nós o trazemos em vasos
de barro, para que apareça claramente que este extraordinário poder provém de
Deus e não de nós. De mil maneiras somos pressionados, mas não desanimamos.
Vivemos perplexos, mas não desesperamos, perseguidos, mas não desamparados.
Somos abatidos até ao chão, mas não aniquilados, trazendo sempre no corpo a
morte de Jesus para que também a vida de Jesus se manifeste em nosso corpo.
Embora vivos, estamos sempre morrendo por amor de Jesus, para que a vida de
Jesus se manifeste também em nossa carne mortal. Assim em nós opera a morte, em
vós, a vida. Animados deste mesmo espírito de fé, conforme está escrito: Cri,
por isso falei, também nós cremos e por isso falamos. Pois sabemos que aquele
que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará também a nós com Jesus e nos
fará comparecer diante dele convosco. E tudo isso acontece por vossa causa,
para que a graça dada a muitos cresça em ação de graças para a glória de Deus.
EVANGELHO
SEGUNDO SÃO LUCAS
O filho da viúva de Naim
(Lc.
7, 11-16)
Naquele tempo, Jesus
foi para uma cidade chamada Naim, acompanhado dos discípulos e de uma grande
multidão. Ao aproximar-se da porta da cidade, saía o enterro de um jovem, filho
único de uma viúva. Uma multidão numerosa da cidade o seguia. Ao vê-la, o
Senhor ficou com muita pena e lhe disse: “Não
chores”. E, aproximando-se, tocou o caixão; os que o carregavam, pararam; e
Jesus disse: “Moço, eu te ordeno,
levanta-te”. O morto sentou-se e começou a falar, e Jesus o entregou à mãe.
O medo se apoderou de todos, e louvavam a Deus, dizendo: “Um grande profeta surgiu entre nós”; e: “Deus visitou seu povo”.
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