DOMINGO ANTES DA SANTA CRUZ | NATIVIDADE DA MÃE DE DEUS
Κυριακή πρό τῆς Ὑψώσεως | Γενέθλιον τῆς Θεοτόκου
Κυριακή πρό τῆς Ὑψώσεως | Γενέθλιον τῆς Θεοτόκου
(Mat.: Lc. 1, 39-49, 56 | Lit. Epístola: Gl.
6, 11-18; Evangelho: Jo. 3, 13-17)*
† Hesíquio, o Sacerdote | Άγιος Ησύχιος ο Πρεσβύτερος (c. Séc. 8º – 9º).
Tropário (Natividade Theotokos), 4º Tom
Kontákion (Natividade Theotokos), 4º Tom
EPÍSTOLA DE SÃO PAULO AOS GÁLATAS
Natividade da Mãe de Deus |
“Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim também é
preciso que o Filho do homem seja levantado, a fim de que todo o que Nele crer
tenha a vida eterna.”
A
fé no Filho de Deus, crucificado na carne, para nossa salvação, é o poder de
Deus para a salvação do mundo; é a fonte de vida dos vivificantes mandamentos e
aspirações morais e é ainda o receptáculo da abundante Graça do Espírito Santo
(que sempre permanece em nossos corações) e das inspirações secretas (enviadas
do Alto nos momentos de necessidade e aflição).
A
fé combina as convicções de uma pessoa, atraindo a boa vontade de Deus com o
poder que vem do Alto. É isso que nos leva para o caminho da vida eterna.
Enquanto esta vida é mantida intacta, um cristão sempre se mantém firme, porque
ao aderir ao Senhor ele é um no
espírito juntamente com o Senhor, e nada pode superar o Senhor.
Por
que as pessoas caem? Caem porque há o enfraquecimento da fé: quando as crenças
e convicções cristãs se enfraquecem, a energia moral também é abalada e fica
enfraquecida. E quando isso acontece, a Graça deixa nossos corações, e o mal começa a nos instigar. Assim, nesses
momentos de fraqueza, uma inclinação para os impulsos do mal pode nos assolar, e, assim, caímos.
Sejamos vigilantes
guardiões da fé em tudo que nos cerca, e assim não cairemos. Como disse o
Apóstolo João: “todo o que nasceu de Deus
não peca...” (1Jo. 5, 18).
Teófano, o Recluso (1815-1894).
Boletim n. 33, 08.09.2013:
Domingo antes da Santa Cruz (Download)
chada" através da qual passará somente Deus; e Pr. 9:1-11, descrevendo a Sabedoria que constrói sua casa e convida a “comer o pão e beber o vinho”.
8 de setembro:
Natividade da Santíssima Mãe de Deus
Madre Maria DONADEO.
O Ano Litúrgico
Bizantino.
Ed. Ave Maria: 2008.
No
dia 8 de setembro, celebra-se a festa da Natividade da SS. Mãe de Deus e sempre
Virgem Maria, que é a primeira das Doze grandes festas do ano litúrgico
bizantino. Para as festas com data fixa, o ano litúrgico começa no dia 1º de
setembro; tempos atrás, essa data registrava também o início do ano civil no
Oriente. Esse costume tem sua origem numa tradição hebraica que fixava o início
do novo ano ao Tishri, período que corresponde ao nosso setembro-outubro.
Portanto a primeira grande festa litúrgica é mariana, como também a última do
ano, a do 15 de agosto, como a confirmar o grande amor que tem para com a Mãe
de Deus o Oriente que a viu nascer e crescer em perfeita conformidade ao plano
de Deus. Também os cristãos do Ocidente celebram o nascimento de Maria
Santíssima na mesma data, porém com menor solenidade. Essa festa mariana teve
sua origem em Jerusalém na metade do século V, onde permanecia viva a tradição
da dedicação da igreja construída no lugar onde surgia a casa dos santos
Joaquim e Ana.
No
século VI a festa foi introduzida em Constantinopla e mais tarde em Roma.
A
Igreja bizantina já no dia anterior (7 de setembro) celebra a pré-festa e nas
orações mais repetidas (tropário e kontákion) vislumbram-se já os temas que
serão desenvolvidos nas celebrações de 8 de setembro. Eis o texto das duas
orações:
Tropário (4º tom)
“Da raiz de Jessé e da estirpe de Davi para nós hoje foi gerada Maria, a celeste menina. Por isso, a criação se alegra e se renova, céus e terra juntas tripudiam. Povos todos, louvai-a. Joaquim exulta e Ana se alegra exclamando: A estéril dá à luz a Mãe de Deus, nutriz da nossa vida.”
Kontákion (3º tom)
“Hoje, a Virgem e Mãe de Deus, intransponível câmara nupcial do Esposo celeste, é gerada pela estéril, em conformidade com a vontade divina, para ser o coche do Verbo de Deus. Para isso, de fato, foi destinada aquela que é a porta santa e a mãe da verdadeira vida.”
Juntamente com a riqueza de imagens, típica da oração oriental, nota-se logo que a liturgia do Oriente bizantino acolhe dados transmitidos pelo Proto-evangelho de São Tiago, baseado provavelmente em textos apócrifos anteriores: o nome dos justos e piedosos pais, a tristeza deles por não ter filhos, os prodigiosos anúncios do céu acerca do inesperado nascimento de uma filha, cujo destino é excepcional.
No
ofício das Vésperas, com o qual começa a festa do dia 8 de setembro, assim vem
exaltado o evento:
“Hoje o Deus que se assenta em tronos espirituais preparou para si um
trono santo sobre a terra; Aquele que em sua sabedoria estabeleceu os céus, no
seu amor cria um céu vivente..". "Eis o dia do Senhor, alegrai-vos, ó
povos! Com efeito a câmara nupcial deu à luz, e o livro do Verbo da vida saiu
de um ventre. A porta do Oriente nasceu e aguarda a entrada do grão-sacerdote,
única a introduzir no universo o único Cristo, para a salvação das nossas
almas." "Hoje se descerram as portas estéreis e nasce a Pura
virginal e divina; hoje a graça começa a dar o seu fruto mostrando ao universo
a Mãe de Deus, para a qual a terra é unida aos céus." "É abolida a
esterilidade da nossa natureza, pois uma mulher estéril tornou-se mãe daquela
que permanecerá virgem após o nascimento do seu Criador. Dela o Deus por
natureza apossou-se do que lhe era estranho e encarnado, opera a salvação dos
transviados pela carne.”
É
fácil perceber que o nascimento da pequena Maria é interpretado como o início
do plano da redenção. Daí a importância e o tom festivo que caracteriza esta
festa. No ícone da Natividade de Maria, exposto no meio da igreja para ser
venerado pelos fiéis, vê-se Ana estendida no leito, algumas servas cuidam dela
e Joaquim observa a cena ou, em outros ícones, está junto de Ana feliz pelo
nascimento da menina. Mais embaixo está a cena do primeiro banho da menina onde
se vêem evidentes, ao lado da cabeça, as iniciais gregas que indicam ser ela a
'Mãe de Deus'. Maria, desde o seu nascimento, é considerada tão íntima e
indissoluvelmente unida ao Cristo na obra de redenção que alguns hinos
litúrgicos a exaltam com expressões que para alguns poderiam parecer exageradas.
Vejamos:
“... é ela o soerguimento de Adão e a libertação do pecado; graças a ela
fomos divinizados e libertos da morte; aclamemos, pois, com Gabriel: Ave, cheia
de graça, o Senhor é contigo e, por teu intermédio, nos concede grande
misericórdia.”
O tropário conclusívo (4º tom), que
será repetido muitas vezes, até mesmo nos quatro dias que se seguem à festa,
assim reza:
“O teu nascimento, ó Mãe de Deus, anuncia a alegria ao mundo inteiro;
pois de ti nasceu o Sol da justiça, Cristo nosso Deus, o qual, abolindo a
maldição, nos deu a bênção e, destruindo a morte, nos presenteou com a vida
eterna.”
Nas Vésperas das festas marianas mais
importantes, entre as quais está a de 8 de
setembro, fazem-se três leituras
bíblicas a saber: Gn. 28:10-17, que trata da escada celeste vista por Jacó; Ez
43:27-44:4 em que o Senhor indica ao profeta a "porta fe
O Oficio matutino (que entre os eslavos se une às Vésperas para constituir uma grande vigília muito solene) aprofunda os temas já apresentados e os reforça, pois no Oriente a repetição tem grande importância, mais que a concatenação lógica, à qual estamos acostumados no Ocidente. E novas imagens procuram exprimir o inexprimível. Do Cânon respigamos
(Odes 3º, 6 º e 7o) as seguintes composições:
“Ó Imaculada, te tornaste áureo turíbulo do fogo divino, perfuma a
podridão do meu coração, o única sempre Virgem!" "Em ti nós
possuímos, ó Mãe de Deus, um porto, um baluarte inexpugnável, uma proteção
segura..." "A sarça incombusta na montanha e a fornalha refrescante
na Caldéia claramente te prefiguram, Esposa de Deus...”
Trata-se
de textos litúrgicos muito antigos, pois no século IX os ofícios bizantinos eram
já quase todos formados do jeito que se conservaram até hoje. O Ikos,
cantado após a Ode sexta, remonta ao século VI, sendo seu autor São Romanós, o Melode. Concluiremos apresentando o texto do kontákíon, também este repetido, como o tropárío, mais vezes até o dia 12 de setembro.
Kontákion (4º tom)
“Joaquim e Ana foram livrados do opróbrio da esterilidade, e Adão e Eva, libertados da corrupção da morte, pela tua santa Natividade, ó Pura. Teu povo, salvo da escravidão do pecado, a celebra" exclamando: a estéril dá à luz a Mãe de Deus que alimenta nossa vida.”
v A
Mãe de Deus na vida dos crentes em Deus.
v As intercessões da Mãe de Deus junto com Nosso Senhor Jesus Cristo.
v A mudança na vida dos crentes em Deus atribuída à Mãe de Deus.
v As intercessões da Mãe de Deus junto com Nosso Senhor Jesus Cristo.
v A mudança na vida dos crentes em Deus atribuída à Mãe de Deus.
PENSAMENTO
“108.
Assim como aquele que olha para o sol não pode deixar de encher os olhos com a
luz, aquele que contempla seu coração não pode deixar de ser iluminado.”
Sobre a vigilância e a santidade. In: Philokalia. V1, p. 180
† MATINAS
EVANGELHO SEGUNDO SÃO LUCAS
A
visitação de Maria à casa de Isabel
(Lc. 1, 39-49, 56)
Naqueles dias, Maria
se pôs a caminho e foi apressadamente às montanhas para uma cidade de Judá.
Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Aconteceu que, mal Isabel ouviu a
saudação de Maria, a criança saltou em seu ventre; e Isabel, cheia do Espírito
Santo, exclamou em voz alta: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é
o fruto do teu ventre! Donde me vem a honra que a mãe do meu Senhor
venha a mim? Pois quando soou em meus ouvidos a voz de tua saudação, a criança saltou de
alegria em meu ventre. Feliz é aquela que teve fé no cumprimento do que lhe foi
dito da parte do Senhor”. Então Maria disse: “Minha alma engrandece
o Senhor e rejubila meu espírito em Deus, meu Salvador, porque olhou para a
humildade de sua serva. Eis que de agora em diante me chamarão feliz todas as
gerações, porque o Poderoso fez por mim grandes coisas: O seu nome é santo.”
Maria ficou com Isabel uns três meses e voltou para casa.
† DIVINA LITURGIA
H γέννησίς σου Θεοτόκε, χαράν εμήνυσε πάση τή οικουμένη, εκ σού γάρ ανέτειλεν ο ήλιος τής δικαιοσύνης, Χριστός ο Θεός ημών, καί λύσας τήν κατάραν, έδωκε τήν ευλογίαν, καί καταργήσας τόν θάνατον, εδωρήσατο ημίν ζωήν τήν αιώνιον.
Tua natividade, ó Mãe de Deus, anunciou a alegria ao mundo inteiro; Pois de ti nasceu o sol da justiça, o Cristo nosso Deus, o qual, abolindo a maldição, nos deu a bênção, e destruindo a morte, deu-nos a vida eterna.
Tua natividade, ó Mãe de Deus, anunciou a alegria ao mundo inteiro; Pois de ti nasceu o sol da justiça, o Cristo nosso Deus, o qual, abolindo a maldição, nos deu a bênção, e destruindo a morte, deu-nos a vida eterna.
Kontákion (Natividade Theotokos), 4º Tom
Pela tua santa natividade, ó Pura, Joaquim e Ana foram libertos do
opróbrio da esterilidade e Adão e Eva, da corrupção da morte. Teu povo, salvo
da escravidão de pecado te festeja, exclamando: “a estéril dá a luz, a mãe de Deus que alimenta nossa vida!”
EPÍSTOLA DE SÃO PAULO AOS GÁLATAS
Conclusão
da carta de Paulo: advertências de ordem prática
(Gl.
6, 11-18)
Irmãos, vede com que grandes letras vos
escrevo com minha própria mão. Os que se querem impor pela carne, são estes que
vos obrigam à circuncisão, só para não serem perseguidos por causa da cruz de
Cristo. Pois nem os próprios circuncidados guardam a Lei, mas querem que vós
vos circuncideis para se gloriarem em vossa carne. Quanto a mim, não pretendo
jamais gloriar-me a não ser na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, por quem o
mundo está crucificado para mim e eu para o mundo. Pois a circuncisão de nada
vale, nem a incircuncisão, e sim a nova criatura. Para todos que seguirem esta
regra, a paz e a misericórdia e para o Israel de Deus. De ora em diante ninguém
me moleste, pois trago no meu corpo as marcas de Jesus. A graça de Nosso Senhor
Jesus Cristo, irmãos, esteja com vosso espírito. Amém.
EVANGELHO
SEGUNDO SÃO JOÃO
(Jo.
3, 13-17)
O Senhor disse: “ninguém subiu ao céu senão
quem desceu do céu: o Filho do homem. Como Moisés levantou a serpente no
deserto, assim também é preciso que o Filho do homem seja levantado, a fim de
que todo o que nele crer tenha a vida eterna”. “Deus amou tanto o mundo
que entregou o seu Filho único, para que todo aquele que nele crer não morra,
mas tenha a vida eterna. Porque Deus não enviou o seu Filho ao mundo para
condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele.”
* Leituras conforme o Typikon do Patriarcado Ecumênico (Τυπικὸν τῆς Μεγάλης τοῦ Χριστοῦ ᾽Εκκλησίας): Typikon 08-set-2013.
* Leituras conforme o Typikon do Patriarcado Ecumênico (Τυπικὸν τῆς Μεγάλης τοῦ Χριστοῦ ᾽Εκκλησίας): Typikon 08-set-2013.
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