PATRIARCADO ECUMÊNICO DE
CONSTANTINOPLA
Arquidiocese Ortodoxa Grega de Buenos Aires
e América do Sul
Igreja Anunciação
da Mãe de Deus
SGAN - Quadra 910 - Módulo ‘’B’’
- CEP: 70.790-100 - Brasília-DF
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Brasília, 18 de janeiro de 2015
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12º Domingo de Lucas
Matinas
Tropário:
Destruístes com a Tua Cruz a morte, abristes ao
ladrão o paraíso, transformaste o luto das mirróforas e ordenaste, aos Teus
Apóstolos pregarem que Tu ressuscitaste, ó Cristo Deus, dando ao mundo a grande
misericórdia.
Glória ao Pai +, ao Filho e ao
Espírito Santo,
Destruístes com a Tua Cruz a morte, abristes ao
ladrão o paraíso, transformaste o luto das mirróforas e ordenaste, aos Teus
Apóstolos pregarem que Tu ressuscitaste, ó Cristo Deus, dando ao mundo a grande
misericórdia.
Theotokion:
Virgem gloriosa, tesouro de nossa
ressurreição, arrancai dos abismos do pecado aqueles que colocam a sua
esperança em Ti, pois salvaste os pecadores subjugados às suas faltas, Tu que
destes nascimento à nossa salvação, Tu que permanecestes virgem no parto,
durante o parto e após o parto.
Katisma:
O sepulcro está aberto, o inferno se lamenta e Maria exclama aos
apóstolos prostrados: "Saí, operários da vinha, proclamai a nova da
ressurreição. O Senhor ressuscitou e deu ao mundo a grande misericórdia."
Glória ao Pai, Filho e Espírito Santo
Ao lado de Teu sepulcro, Senhor, Maria Madalena chora e se lamenta: Ela
Te fala e, pensando que eras o jardineiro, e diz: "Onde colocaste a vida
eterna? Onde colocaste aquele que se assenta sobre o trono dos querubins?"
E quando ela viu os guardas gelados, caírem como mortos, exclamou: "Dai-me
o meu Senhor, ou então clamai comigo: glória a Ti que desceste até os mortos,
glória a que ressuscitaste dos mortos."
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos.
Theotokion:
Ó virgem Mãe de Deus, intercede por
nós ao Cristo Deus que foi crucificado por nós, e que com a Sua ressurreição
destruiu o império da morte. Intercede sem cessar, Ó Mãe de Deus, para que ele
salve as nossas almas.
Ypakoí:
Porque Tu amas a humanidade, ó
Cristo nosso Deus, Tu Te puseste na forma humana e na carne sofreste a Cruz;
salva-me por Tua Ressurreição.
Antífona:
Ó Tu,que resgataste os cativos de
Sião de seus erros. Ó Salvador dá-me a vida e arranca-me da escravidão das
paixões. Aquele que vem do Sul semeia as penas da abstinência e ceifará com
alegria os frutos da vida eterna.
Glória ao Pai, ao Filho e ao
Espírito Santo, agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.
Do Espírito Santo, fonte dos
tesouros divinos, jorra toda sabedoria, julgamento e temor de Deus. A Ele o
louvor e a glória, a honra e o poder.
Prokimenon:
Levanta-Te, Senhor, que Teus braços
se elevem e não Te esqueças de Teus pobres até o fim dos tempos. (2 vezes).
Stichos
Eu Te louvarei, Senhor, de todo o
meu coração e celebrarei todas as Tuas maravilhas (repete a primeira).
Evangelho Jo 21, 1-14
Evangelho
de Nosso Senhor Jesus + Cristo, segundo o Evangelista São João.
Depois disso, tornou Jesus a manifestar-se aos
seus discípulos junto ao lago de Tiberíades. Manifestou-se deste modo: Estavam
juntos Simão Pedro, Tomé (chamado Dídimo), Natanael (que era de Caná da
Galiléia), os filhos de Zebedeu e outros dois dos seus discípulos. Disse-lhes
Simão Pedro: Vou pescar. Responderam-lhe eles: Também nós vamos contigo.
Partiram e entraram na barca. Naquela noite, porém, nada apanharam. Chegada a
manhã, Jesus estava na praia. Todavia, os discípulos não o reconheceram.
Perguntou-lhes Jesus: Amigos, não tendes acaso alguma coisa para comer? Não,
responderam-lhe. Disse-lhes ele: Lançai a rede ao lado direito da barca e
achareis. Lançaram-na, e já não podiam arrastá-la por causa da grande
quantidade de peixes. Então aquele discípulo, que Jesus amava, disse a Pedro: É
o Senhor! Quando Simão Pedro ouviu dizer que era o Senhor, cingiu-se com a
túnica (porque estava nu) e lançou-se às águas. Os outros discípulos vieram na
barca, arrastando a rede dos peixes (pois não estavam longe da terra, senão
cerca de duzentos côvados). Ao saltarem em terra, viram umas brasas preparadas
e um peixe em cima delas, e pão. Disse-lhes Jesus: Trazei aqui alguns dos peixes
que agora apanhastes. Subiu Simão Pedro
e puxou a rede para a terra, cheia de cento e cinquenta e três peixes grandes.
Apesar de serem tantos, a rede não se rompeu. Disse-lhes Jesus: Vinde, comei.
Nenhum dos discípulos ousou perguntar-lhe: Quem és tu?, pois bem sabiam que era
o Senhor. Jesus aproximou-se, tomou o
pão e lhos deu, e do mesmo modo o peixe. Era esta já a terceira vez que Jesus
se manifestava aos seus discípulos, depois de ter ressuscitado.
Divina Liturgia
Anunciação
- Modo 4:
É hoje o começo da nossa salvação e a manifestação
do mistério eterno.
O Filho de Deus torna-Se Filho da Virgem e
Gabriel anuncia a graça.
Por isso, cantamos com ele à Mãe de Deus:
“Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo!”.
Tropário da Ressurreição - 7º tom:
Destruístes com a Tua Cruz a morte, abristes ao
ladrão o paraíso, transformaste o luto das mirróforas e ordenaste, aos Teus
Apóstolos pregarem que Tu ressuscitaste, ó Cristo Deus, dando ao mundo a grande
misericórdia.
Kondakion
– 7º tom:
Glória ao Pai +, ao Filho e ao Espírito Santo.
O domínio da morte já não pode submeter o homem,
pois Cristo, descendo, aboliu e destruiu o seu poder, o Hades está
vencido, e os profetas se alegram, clamando em uníssono: "O Salvador
apareceu àqueles que têm fé! Corram, fiéis, para a Ressurreição!"
Theotokion
– 7º tom:
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!
Como templo da nossa ressurreição, ó
Toda-gloriosa retira do túmulo e da desolação aqueles que esperam em ti, tu nos
salvaste da escravidão do pecado, gerando a nossa Salvação, permanecendo sempre
virgem.
Prokimenon:
O Senhor dará poder a seu povo (Sl 29, 11).
O
Senhor abençoará seu povo com a paz (Sl 28, 1).
Oferecei ao Senhor, ó filhos
de Deus, oferecei ao Senhor tenros cordeiros.
Epístola 2Col 3,4-11
Leitura da 2ª Epistola
do Apóstolo São Paulo aos Colossenses.
Irmãos, quando Cristo, vossa vida, aparecer,
então também vós aparecereis com ele na glória. Mortificai, pois, os vossos
membros no que têm de terreno: a devassidão, a impureza, as paixões, os maus
desejos, a cobiça, que é uma idolatria. Dessas coisas provém a ira de Deus
sobre os descrentes. Outrora também vós assim vivíeis, mergulhados como
estáveis nesses vícios. Agora, porém, deixai de lado todas estas coisas: ira,
animosidade, maledicência, maldade, palavras torpes da vossa boca, nem vos
enganeis uns aos outros. Vós vos despistes do homem velho com os seus vícios, e
vos revestistes do novo, que se vai restaurando constantemente à imagem daquele
que o criou, até atingir o perfeito conhecimento. Aí não haverá mais grego nem
judeu, nem bárbaro nem cita, nem escravo nem livre, mas somente Cristo, que
será tudo em todos.
Aleluia!
Aleluia, aleluia, aleluia!
É bom exaltar o Senhor e cantar louvores ao teu
Nome, ó Altíssimo (Sl 92, 1)
Aleluia, aleluia, aleluia!
Proclamar pela manhã o teu amor e a tua
fidelidade pela noite (Sl 91, 2)
Aleluia, aleluia, aleluia!
Evangelho Lc 17,12-19
Evangelho de Nosso Senhor Jesus + Cristo, segundo o Evangelista São Lucas.
Naquele tempo,
Jesus estava para entrar num povoado, quando dez leprosos vieram ao seu
encontro. Pararam a certa distância e gritaram: Jesus, Mestre, tem compaixão de
nós! Ao vê-los, Jesus disse: Ide apresentar-vos aos sacerdotes. Enquanto
estavam a caminho, aconteceu que ficaram curados. Um deles, ao perceber que
estava curado, voltou glorificando a Deus em alta voz; caiu de rosto aos pés de
Jesus e Lhe agradeceu. E este era um samaritano. Então Jesus lhe perguntou: Não
foram dez os curados? E os outros nove, onde estão? Não houve quem voltasse
para dar glória a Deus, a não ser este estrangeiro? E disse-lhe: Levanta-te e
vai! Tua fé te salvou.
Sinaxe
«O homem atingido pela lepra andará com as
vestes rasgadas, os cabelos em desordem e a barba coberta, gritando: 'Impuro!
Impuro!' Durante todo o tempo em que estiver leproso será impuro; e, sendo
impuro, deve ficar isolado e morar fora do acampamento» [...] (Lev 13, 45-46)
Esta era a situação a que os enfermos de lepra
deveriam se submeter, segundo os códigos religiosos do Templo. Os doentes não
tinham outra identidade além da lepra; a doença vergonhosa que os cobria
desestruturava-os socialmente, fazendo com que fossem marginalizados. Estavam
condenados a viver à distância, fora dos povoados, em bairros afastados do
resto da população, não podendo manter contato com ela, nem assistir às
cerimônias religiosas.
Além desta doença terrível, os samaritanos
traziam o jugo do desprezo pelo simples fato de povoarem a região da Samaria,
região central da Palestina. Entre samaritanos e judeus, existia uma forte
rivalidade que remontava ao ano 721 a. C. Neste ano, o imperador Sargão II
tomou militarmente a cidade da Samaria e deportou para a Assíria a mão-de-obra
qualificada, povoando a região conquistada com colonos assírios, como conta o
segundo livro dos Reis (cap. 17). Com o decorrer do tempo, estes colonos se
misturaram com a população da Samaria, dando origem a uma raça mista que,
naturalmente, mesclou também as crenças.
Por esta razão a Samaria era considerada pelos
judeus como uma região diferente, com uma população de sangue misturado (por
isso impuro) e sincréticos. Chamar um judeu de «samaritano» era um grave
insulto.
Nada, no entanto, incomodava mais ao povo judeu
do que a relação de Jesus com os samaritanos. Esse era um povo odiado pelos
judeus. Suas relações eram tão hostis que o evangelista São João, o Teólogo, se
vê obrigado a explicar: «...os judeus não se davam com os samaritanos» (Jo
4.9). Esta hostilidade não se enraizava nas diferenças sociais como acontecia
nas suas relações com o povo romano. Não eram diferenças morais como no caso
dos publicanos e prostitutas, nem tampouco diferenças geográficas, como as que
nutriam em relação ao resto do mundo (os gentios). O que tornava essa relação
tão amarga eram suas diferenças religiosas. Parece que nada divide tanto as
pessoas quanto suas convicções religiosas.
Este é o panorama encontrado por Jesus, ao
passar pela Samaria e Galiléia. Quando estava para entrar num povoado, dez
leprosos vieram ao seu encontro. Pararam à distância, e gritaram: «Jesus,
Mestre, tem compaixão de nós!» E, ao vê-los, Jesus disse: «Ide apresentar-vos
aos sacerdotes'. Enquanto caminhavam, aconteceu que ficaram curados».
Uma das funções do sacerdote do Templo era
diagnosticar certas enfermidades que, por serem contagiosas, exigiam que o
enfermo se retirasse por um tempo da vida pública para não contagiar outros com
sua infecção. Uma vez curado, este devia apresentar-se ao sacerdote para que
lhe desse uma espécie de certificado de cura que lhe permitisse a reintegração
na sociedade, através de um ritual que exigia o sacrifício de um animal.
Mas o relato do Evangelho não termina com a
cura. «Um deles, ao perceber que estava curado, voltou glorificando a Deus em
alta voz; atirou-se aos pés de Jesus, com o rosto por terra, e Lhe agradeceu. E
este era um samaritano. Então Jesus lhe perguntou: 'Não foram dez os curados? E
os outros nove, onde estão? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, a
não ser este estrangeiro?' E disse-lhe: 'Levanta-te e vai! Tua fé te salvou!'»
(Lc 17, 11-17).
A consciência de ter sido curado fez do
samaritano um homem agradecido. Enquanto os outros nove foram cumprir o
preceito religioso de mostrar ao sacerdote sua cura, o samaritano privilegiou a
ação de graças e o louvor. Coube a ele o reconhecimento mais perfeito, pois,
liberto de sua enfermidade, estava livre para manifestar sentimentos de
adoração agradecida, ajoelhando-se diante de Jesus para glorificar a Deus
(vv.15-16).
Quando o samaritano não mais viu suas feridas em
seu corpo, seu olhar fixou naquele que o curou . O agradecimento ou ação de
graças brotou, então, de um coração também curado, um coração novo, liberto das
feridas e das chagas, capaz de reconhecer o agir divino e de atitudes concretas
de agradecimento.
Um coração contrito e humilde é o que quer o
Senhor nosso Deus e não sacrifícios e holocaustos. O agradecimento brota do
coração do homem simples, humilde e contrito, ciente dos limites que lhe são
próprios. Por isso, nelas Deus se faz morada. O orgulhoso não tem tempo para
agradecer, preferindo mostrar aos outros sua cura externa, ocultando o
verdadeiro autor deste prodígio. Para este será sim necessário oferecer
sacrifícios em holocausto, pois não se encontra liberto da velha lei que
oprime. Sua cura exterior se realizou, mas o coração que carrega o orgulho e a
vaidade, continua doente, não se abriu à graça da cura. Para o samaritano, sua
contrição e humildade substituíram qualquer outro sacrifício.
FONTES DE CONSULTA:
WACH,
Joaquim - Sociologia da Religião. Ed. Paulinas - S.Paulo, 1990
GUTIERREZ,
Gustavo - O Deus da Vida. Ed Loyola - S.Paulo, 1990
Ss. Atanásio e
Cirilo, patriarcas de Alexandria (séc. IV e V)
Santo Atanásio nasceu entre os anos 295 e 296, no seio de uma família humilde de Alexandria. Deus lhe concedeu muitas virtudes, entre elas, uma fé profunda e uma grande capacidade intelectual, demonstrada em seus estudos. Aos 25 anos foi ordenado diácono pelo Patriarca Alexandros, de Alexandria. Participou do Primeiro Concilio Ecumênico, em Nicéia que tratou da heresia de Ário. Em 328, faleceu o Patriarca Alexandro, e Santo Atanásio foi eleito pelo clero e pelo povo como seu sucessor, contando com apenas 33 anos de idade. Iniciou um forte combate contra a heresia de Ário e, por causa disso, foi exilado cinco vezes por ordem do imperador Constantino, sofrendo toda espécie de penas.
Sem dúvidas, com fé, valor e inesgotável
paciência, saíu vencedor e destroçou os lobos de nosso ortodoxia. Com diz a Sagrada
Escritura: «Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna, para a qual também
foste chamado, tendo já feito boa confissão diante de muitas testemunhas» (1Tim
6,12). Estas palavras se fizeram realidade na vida de Santo Atanásio que no dia
2 de maio de 373, quando estava com 75 ou 77 anos de idade, entregou sua alma a
Deus. Santo Atanásio foi reconhecido com um dos grandes escritores eclesiásticos
e um dos grandes Santos Padres da Igreja.
São Cirilo, expressou sua compreensão
do mistério cristão em seus escritos exegéticos, particularmente em sua interpretação
do Evangelho de S. João e seus comentários sobre o Novo Testamento. São Cirilo foi
um grande lutador contra as heresias e acirrado defensor da ortodoxia.
Tradução e publicação neste site
com permissão de: Ortodoxia.org
Trad.:
Pe. Pavlos
Folheto Dominical da Igreja Anunciação da Mãe de Deus
Responsável
Reverendo Ecônomo Padre Emanuel Sofoulis
Editoração
e Diagramação
Antonio José
Atualização
da Página na internet
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