05 janeiro 2015

Sinaxe dos Setenta Apóstolos

PATRIARCADO ECUMÊNICO DE CONSTANTINOPLA
Arquidiocese Ortodoxa Grega de Buenos Aires e América do Sul
Igreja Anunciação da Mãe de Deus
SGAN - Quadra 910 - Módulo ‘’B’’ - CEP: 70.790-100 - Brasília-DF
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Brasília, 04 de janeiro de 2015
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Domingo Antes da Epifania
Sinaxe dos setenta Apóstolos





Matinas

Tropário:
Nós, fiéis, louvemos e adoremos o Verbo igualado ao Pai e ao Espírito na eternidade, que nasceu da Virgem para nossa salvação, pois se dignou subir corporalmente à Cruz, suportar a morte e ressuscitar os mortos com sua gloriosa Ressurreição.
Glória ao Pai +, ao Filho e ao Espírito Santo,

Nós, fiéis, louvemos e adoremos o Verbo igualado ao Pai e ao Espírito na eternidade, que nasceu da Virgem para nossa salvação, pois se dignou subir corporalmente à Cruz, suportar a morte e ressuscitar os mortos com sua gloriosa Ressurreição.
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.

Theotokion:
Alegra-Te! Porta invencível do Senhor.
Alegra-Te! Muralha de proteção dos que recorrem a Ti!
Alegra-Te! Porto sereno que não conheceu as núpcias. Ó Tu, que deste à luz segundo a carne ao Teu criador e Teu Deus, não cessai de interceder por aqueles que glorificam e veneram o Senhor que nasceu de Ti.

Katisma:
Louvemos a cruz do Senhor exaltemos, por nossos cantos, a Santa sepultura, glorifiquemos sua divina ressurreição. Porque Ele é Deus e fez sair com Ele os mortos, de seus túmulos, despojando a morte de seu império e o demêonto de seu poder e iluminou todos aqueles que estavam nos infernos.
Glória ao Pai +, ao Filho e ao Espírito Santo.

Senhor, carregaste o nome de morto. Tu que destruíste a morte. Foste depositado no sepulcro, Tu que esvaziaste os túmulos. Sobre a terra, os soldados guardavam Teu túmulo, abaixo da terra despertaste os que dormiam desde os séculos. Senhor todo poderoso, Senhor inconcebível.
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos.

Theotokion:
Alegra-te, ó montanha santa que o Senhor transpôs! Alegra-te sarça ardente que não se consome. Alegra-te único ponto do mundo em direção a Deus que introduz os mortais na vida eterna! Alegra-te, ó puríssima, que, sem conhecer homem, deste à luz ao salvador do mundo.

Ypakoí:
Atônitas nas mentes com a visão do Anjo, e iluminadas nas almas por Tua divina Ressurreição, as portadoras de aromas proclamaram as boas novas para os Apóstolos: proclamai entre as nações a Ressurreição do Senhor, Que fez maravilhas convosco, e nos concedeu grande misericórdia.

Antífona (salmo 119):
Ó meu Salvador, como Davi, eu canto a Ti: “Na minha aflição, livra minha alma da língua falsa”. Verdadeiramente, a vida dos habitantes do deserto é feliz, porque eles são conduzidos pela Tua divina paixão.
Glória ao Pai +, ao Filho e ao Espírito Santo, agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.
Pelo Espírito Santo, toda a criação visível e invisível é preservada, porque Ele é todo poderoso, e, verdadeiramente uma das três pessoas divinas.

Prokimenon (salmo 119):
Levanta-Te, Senhor Deus, que Tua destra se eleve, porque reinarás por todos os séculos. (2 vezes).

Stichos:
Eu confesso ao Senhor, de todo o meu coração (repete a primeira).

Evangelho                                                                              Jo 20, 11-18
Evangelho de Nosso Senhor Jesus + Cristo, segundo o Evangelista São João.

Entretanto, Maria se conservava do lado de fora perto do sepulcro e chorava. Chorando, inclinou-se para olhar dentro do sepulcro. Viu dois anjos vestidos de branco, sentados onde estivera o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. Eles lhe perguntaram: Mulher, por que choras? Ela respondeu: Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram. Ditas estas palavras, voltou-se para trás e viu Jesus em pé, mas não o reconheceu. Perguntou-lhe Jesus: Mulher, por que choras? Quem procuras? Supondo ela que fosse o jardineiro, respondeu: Senhor, se tu o tiraste, dize-me onde o puseste e eu o irei buscar. Disse-lhe Jesus: Maria! Voltando-se ela, exclamou em hebraico: Rabôni! (que quer dizer Mestre). Disse-lhe Jesus: Não me retenhas, porque ainda não subi a meu Pai, mas vai a meus irmãos e dize-lhes: Subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus. Maria Madalena correu para anunciar aos discípulos que ela tinha visto o Senhor e contou o que ele lhe tinha falado.

Hoje é a salvação do mundo. Louvemos Aquele que ressuscitou do túmulo, dando-nos origem a uma nova vida, porque anulou a morte com a Sua morte e nos concedeu a misericórdia de obter essa grande vitória.

Divina Liturgia

Anunciação - Modo 4:
É hoje o começo da nossa salvação e a manifestação do mistério eterno.
O Filho de Deus torna-Se Filho da Virgem e Gabriel anuncia a graça.
Por isso, cantamos com ele à Mãe de Deus:
“Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo!”.

Tropário da Ressurreição – 5º tom:
Nós, fiéis, louvemos e adoremos o Verbo igualado ao Pai e ao Espírito na eternidade, que nasceu da Virgem para nossa salvação, pois se dignou subir corporalmente à Cruz, suportar a morte e ressuscitar os mortos com sua gloriosa Ressurreição.

Kondakion - 5º tom:
Glória ao Pai +, ao Filho e ao Espírito Santo.
Desceste ao Hades, ó Salvador meu, rompendo suas portas, Tu que és Todo-poderoso, levantaste contigo os mortos, ó Criador, destruíste, ó Cristo, o aguilhão da morte. e libertaste também Adão da maldição, Tu que amas a humanidade. Por isso, clamamos, Senhor, salva-nos!

Theotokion - 5º tom:
Agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém
Alegra-te, ó Mãe de Deus, porta do Senhor!
Alegra-te, amparo e proteção para os que te procuram!
Alegra-te, ó noiva, que em teu ventre geraste teu Criador e Deus!
Roga, sem cessar, por aqueles que glorificam O que nasceu de ti.

Prokimenon:
Tu, Senhor, nos guardarás e nos preservarás desta geração e para sempre. Salva-me, Senhor, porque o justo desapareceu, porque a verdade se extinguiu entre os filhos dos homens.

Epístola                                                                                              2Tm 4, 5-8
Leitura da Segunda Epistola do Apóstolo São Paulo a Timóteo.

Tu, porém, sê prudente em tudo, paciente nos sofrimentos, cumpre a missão de pregador do Evangelho, consagra-te ao teu ministério. Quanto a mim, estou a ponto de ser imolado e o instante da minha libertação se aproxima. Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé. Resta-me agora receber a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia, e não somente a mim, mas a todos aqueles que aguardam com amor a sua aparição.

Aleluia!
Aleluia, aleluia, aleluia!
Eu cantarei eternamente as tuas misericórdias, Senhor; e anunciarei a tua verdade de geração em geração.
Aleluia, aleluia, aleluia!

Porque disseste: ”A misericórdia elevar-se-á como um edifício eterno”, e nos céus a tua verdade será solidamente estabelecida.
Aleluia, aleluia, aleluia!

Evangelho                                                                                          Mc. 1, 1-8
Evangelho de Nosso Senhor Jesus  Cristo, segundo o Evangelista São Marcos.

Início da Boa Nova de Jesus, o Messias, o Filho de Deus. Está escrito no livro do profeta Isaías: «Eis que eu envio o meu mensageiro na tua frente, para preparar o teu caminho. Esta é a voz daquele que grita no deserto: Preparem o caminho do Senhor, endireitem suas estradas!» E foi assim que João Batista apareceu no deserto, pregando um batismo de conversão para o perdão dos pecados. Toda a região da Judéia e todos os moradores de Jerusalém iam ao encontro de João. Confessavam os seus pecados, e João os batizava no rio Jordão. João se vestia com uma pele de camelo, usava um cinto de couro e comia gafanhotos e mel silvestre. E pregava: «Depois de mim, vai chegar alguém mais forte do que eu. E eu não sou digno sequer de me abaixar para desamarrar as suas sandálias. Eu batizei vocês com água, mas ele batizará vocês com o Espírito Santo.»

Sinaxe

A Festa da Epifania é de origem oriental. Clemente de Alexandria é o primeiro a mencionar a celebração do Batismo de Jesus. Os testemunhos a respeito disto tornam-se mais numerosos por volta do fim do século IV. O mais antigo é o testemunho de S. Efrém seguidos por São João Crisóstomo, São Gregório de Nissa e São Gregório Nazianzeno. Os testemunhos são particularmente numerosos nos anos de 385 a 390 quando, no Oriente, se introduziu a Festa do Natal e a partir daí ,a Epifania, de celebração da encarnação (como era na origem), passou para a celebração da Festa das Luzes, dos Magos e do Batismo de Jesus.
No Domingo que antecede a Grande Festa da Epifania, o Evangelho nos dá a conhecer a identidade e a missão de São João Batista, de quem o Senhor receberá o Batismo no Rio Jordão.
A Festa do Batismo do Senhor também é conhecida como Santa TEOFANIA ou Santa EPIFANIA, palavras de origem grega que significam "manifestação". A palavra Teofania é mais encontrada no Antigo Testamento, onde Deus se revela aos homens por meio de objetos ou símbolos sagrados (Arca da Aliança) ou através da natureza (fogo, vento, brisa). Já a Epifania é a manifestação do próprio Deus na pessoa do Verbo encarnado; com o Batismo o Senhor inicia sua missão messiânica e redentora no meio dos homens: é a chamada Vida Pública.
Quando Jesus entrou no Rio Jordão para ser batizado, a voz do Pai O revelou como Filho dizendo: «Este é meu Filho muito amado, em quem me comprazo» (Mt 3,17). O Espírito Santo apareceu em forma de pomba. Foi a primeira manifestação do Deus Uno e Trino.
Mesmo com tremenda manifestação de Deus, não podemos dizer que O conhecemos. "Se alguém imagina conhecedor de Deus, não o conhece como convém, pois quem ama a Deus é conhecido por Ele" (1Cor 8,2) Deus se deixa revelar por amor aos seres humanos.
Se o ícone da Natividade realça em suas cores e formas o Mistério de nossa Redenção, através do Nascimento, o ícone do Batismo de Cristo é uma meditação sobre o mesmo mistério sancionado pela Trindade. É uma reflexão sobre a Teologia da Redenção. A obediência do Filho à vontade do Pai é fundamento de nossa salvação.
Quando Jesus pediu a João para ser batizado mostrou-se humilde, mas o Pai O exaltou. Isto está ilustrado no ícone onde a figura central do Cristo é predominante. João Batista inclina-se para Batizar seu Senhor, ciente de que, Aquele a quem batizava ele próprio «não era digno de, sequer, desatar suas sandálias».
A Festa da Epifania é a celebração da Nova Criação. A água, antes símbolo da morte e do pecado (Dilúvio), passa a ser doravante sinal de purificação, nascimento para uma nova vida. Os raios verticais que riscam o Céu significam que Deus desce até nós para nos revelar a identidade de seu Filho. O Céu se abre, e o raio divino alcança o espaço entre as montanhas. No raio, o Espírito é representado como uma pomba que está acima da cabeça do Jesus, o Filho. O Raio central se divide em três significando a Trindade Santíssima.
O Pai, por meio do Filho e no Espírito Santo, se revelam àqueles que estavam nas trevas do pecado. «O Unigênito, que conforme as Santas Escrituras era Deus e Senhor de todas as coisas, nos manifestou sua divindade. Foi visto por aqueles que estavam no Jordão como homem, no entanto era o VERBO imutável, Ele, sempre o mesmo é o autor dos séculos» (São Cirilo de Alexandria)
Com as mãos cobertas por seus mantos em sinal de reverência, os anjos também estão presentes neste magnífico evento, em que o VERBO de Deus se manifesta aos homens na pessoa de Jesus.

Batizando-te no Rio Jordão, ó Senhor,
manifestou-se a adoração à Trindade.
A voz do Pai, porém, testemunhou, chamando-Te Filho amado,
e o Espírito Santo, aparecendo em forma de pomba,
confirmou a exatidão desta palavra.
Ó Cristo Deus que vieste e iluminaste o mundo, glória a Ti!

(Do Rito Bizantino do Batismo)

Fontes:
GOMES, Folch. Antologia dos Santos Padres - S.P. - Ed Paulinas - 1979.
BERARDINO, Ângelo. Dicionário Patrístico e das Antiguidades Cristãs. Petrópolis RJ Vozes, 2002.
KALA, Thomas. Meditações sobre Ícones - S.Paulo - Paulus, 1995.

A festa litúrgica da Sinaxe dos Setenta Apóstolos foi estabelecida pela Igreja Ortodoxa para indicar que os setenta primeiros apóstolos eram iguais em sua honra. Foram enviados, de dois em dois, pelo Senhor Jesus Cristo a irem adiante d’Ele às cidades que visitaria (Lc 10,1). Além da celebração da Sinaxe dos Santos Discípulos, a Igreja comemora a memória de cada um deles durante o ano:

São Tiago, o irmão do Senhor (outubro, 23); Marcos, o Evangelista (abril 25); Lucas o Evangelista (outubro 18); Cleófas (outubro, 30), irmão de São José, e Simão seu filho (abril 27); Barnabé (junho 11); José ou Iosef, também chamado Barnabé ou Justo (outubro 30); Tadeu (agosto 21); Ananias (outubro 1); Protomartir Estêvão, o Arquidiácono (dezembro 27); Felipe, o diácono (outubro 11); Prócoro, o diácono (28 julho); Nicanor, o diácono (julho 28 e dezembro 28); Timon, o diácono (julho 28 e dezembro 30); Parmenas, o diácono (julho 28); Timóteo (janeiro 22); Tito (agosto 25); Filemon (novembro 22 e fevereiro 19); Onésimo (fevereiro 15); Epafras e Arquipo (novembro 22 e fevereiro 19); Silas, Silvano, Crescencio (julho 30); Crispos e Epênetos (julho 30); Andrônico (maio 17 e julho 30); Eustáquio, Amplias, Urbano, Narciso, Apolo (outubro 31); Aristóbolo (outubro 31 e março 16); Herodião ou Rodion (abril 8 e novembro 10); Agabos, Rufos, Asincrito, Flegon (abril 8); Hermas (novembro 5, novembro 30 e maio 31); Patrobas (novembro 5); Hermas (abril 8); Lino, Gaius, Filológo (novembro 5); Lucio (setembro 10); Jason (abril 28); Sosípato (abril 28 e novembro 10); Olimpos ou Olimpanos (novembro 10); Tertius (outubro 30 e novembro 10); Erastos (novembro 30), Quarto (novembro 10); Euodius (setembro 7); Onesiforo (setembro 7 e dezembro 8); Clemente (novembro 25); Sóstenes (dezembro 8); Apolos (março 30 e dezembro 8); Tictus, Epafrodito (dezembro 8); Carpo (maio 26); Quadrato (setembro 21); Marcos (setembro 27), chamado João, Zeno (setembro 27); Aristarco (abril 15 e setembro 27); Pudens e Trófimo (abril 15); Marcos, o primo de Barnabé, Artemas (outubro 30); Áquila (julho 14); Fortunato (junho 15) e Acaios (janeiro 4).




Folheto Dominical da Igreja Anunciação da Mãe de Deus


Responsável

Reverendo Ecônomo Padre Emanuel Sofoulis


Editoração e Diagramação

Antonio José


Atualização da Página na internet

Jean Stylianoudakis

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Apoio

 - Rodrigo Marques – Membro do Coro da nossa Igreja

 - Folheto da Comunidade Ortodoxa de São Pedro e São Paulo
 Pavuna – Rio de Janeiro – RJ – Brasil
http://comunidadeortodoxa.simplesite.com.br/



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