PATRIARCADO
ECUMÊNICO DE CONSTANTINOPLA
Arquidiocese Ortodoxa Grega
de Buenos Aires e América do Sul
Igreja
Anunciação da Mãe de Deus
SGAN - Quadra 910
- Módulo ‘’B’’ - CEP: 70.790-100 - Brasília-DF
_____________________________________________________________________
Brasília, 08 de março de
2015.
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2° Domingo da Quaresma
ou
«São Gregório Palamás» ou «Das Santas Relíquias»
Domingo 5° antes da Páscoa
Memória de São Teofilactos,
arcebispo de Nicomédia, confessor (†842-845).
Neste Segundo
Domingo da Quaresma a Igreja nos recorda a glória do santo Arcebispo de Tessalônica,
São Gregório Palamás que, com «bendita paixão» (como ele mesmo
afirmava) venceu sobre aqueles que ridicularizavam a forma santa de orar de nossos
ascetas Athonitas. E que hoje, não obstante, muitos dos que receberam a má influência
de Barlaam o Calabrés, visitam o Monte Athos (e também a Rússia, como outros lugares
hesicastas) em busca da verdadeira espiritualidade dos Santos Padres. Nosso Santo
padre Gregório Palamás foi um dos maiores teólogos de nossa Igreja e nos desvelou
o mistério das «Energias divinas» e da «Luz Incriada», temas já investigados por
nosso santo padre Gregório de Nissa. Por isso, humildemente se pode afirmar: São
Gregório Palamás é sinônimo de Ortodoxia.
Matinas
Tropário:
As potestades angélicas apareceram no Teu venerado
Sepulcro, e os guardas ficaram como mortos, e Maria colocou--se junto do Sepulcro,
procurando o Teu puríssimo Corpo. Entretanto, subjugaste o inferno, sem ser tentado
por ele, e encontraste a Virgem, revelando a vida, Senhor, que ressuscitaste dos
mortos, glória a Ti
Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito
Santo,
As potestades angélicas apareceram no Teu venerado
Sepulcro, e os guardas ficaram como mortos, e Maria colocou--se junto do Sepulcro,
procurando o Teu puríssimo Corpo. Entretanto, subjugaste o inferno, sem ser tentado
por ele, e encontraste a Virgem, revelando a vida, Senhor, que ressuscitaste dos
mortos, glória a Ti
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.
Theotokion:
Ó Tu que chamaste Tua Mãe bendita e voluntariamente
assumiste a paixão, brilhaste sobre a cruz para reencontrar Adão, dizendo aos Teus
anjos: alegrai-vos comigo pois encontrei a dracma perdida. Ó nosso Deus, que com
sabedoria ordenaste todas as coisas, glória a Ti.
Katisma:
O sepulcro está aberto, o inferno se lamenta e Maria
exclama aos apóstolos prostrados: "Saí, operários da vinha, proclamai a nova
da ressurreição. O Senhor ressuscitou e deu ao mundo a grande misericórdia."
Glória ao Pai, Filho e Espírito Santo.
Ao lado de Teu sepulcro, Senhor, Maria Madalena chora
e se lamenta: Ela Te fala e, pensando que eras o jardineiro, e diz: "Onde colocaste
a vida eterna? Onde colocaste aquele que se assenta sobre o trono dos querubins?"
E quando ela viu os guardas gelados, cairem como mortos, exclamou: "Dai-me
o meu Senhor, ou então clamai comigo: glória a Ti que desceste até os mortos, glória
a Ti que ressuscitaste dos mortos."
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos.
Theotokion:
Ó Mãe de Deus, Gedeão anuncia tua concepção e profetiza
teu parto. Porque o verbo do Pai desceu ao teu seio como a chuva na lã das ovelhas
e tu, ó santa terra, e cheia de graça fizeste germinar para nós, sem semente, este
fruto, a salvação do mundo, o Cristo nosso Deus.
Ypakoí:
Por Tua morte voluntária e vivificante, ó Cristo,/
Tu como Deus, partiste em pedaços os portões do Hades,// abrindo-nos o Paraíso do
passado e por ressuscitar dentre os mortos Tu libertaste nossas vidas da corrupção.
Antífona:
Eu elevo meus olhos aos céus em direção a Ti, ó verbo
de Deus. Tem misericórdia de mim, a fim de que eu viva para Ti. Ó Verbo, tem piedade
de nós, Teus servos, que fomos desprezados, e faze de nós, ó Verbo, Teus instrumentos
úteis.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, agora,
sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.
O Espírito Santo é a fonte e a salvação de todos;
por isto, se ele quiser, com o seu sopro une o homem a todas as coisas terrestres,
dá-lhes asas, o eleva e o coloca nas alturas.
Prokimenon:
Senhor, revela Teu poder, e vem a nós
para nos salvar. (2 vezes).
Stichos:
Escuta, pastor do povo; Senhor, revela
Teu poder, e vem a nós para nos salvar (repete
a primeira).
Evangelho: Lc 24,36-53
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo o Evangelista São Lucas.
Naquele tempo, falando
eles destas coisas, o mesmo Jesus se apresentou no meio deles, e disse-lhes: Paz
seja convosco. E eles, espantados e atemorizados, pensavam que viam algum espírito.
E ele lhes disse: Por que estais perturbados, e por que sobem tais pensamentos aos
vossos corações? Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me
e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho. E, dizendo
isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. E, não o crendo eles ainda por causa da alegria,
e estando maravilhados, disse-lhes: Tendes aqui alguma coisa que comer? Então eles
apresentaram-lhe parte de um peixe assado, e um favo de mel; o que ele tomou, e
comeu diante deles. E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda
convosco: Que convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei
de Moisés, e nos profetas e nos Salmos. Então abriu-lhes o entendimento para compreenderem
as Escrituras. E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse,
e ao terceiro dia ressuscitasse dentre os mortos, e em seu nome se pregasse o arrependimento
e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém. E destas
coisas sois vós testemunhas. E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai,
porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder. E levou-os
fora, até betânia; e, levantando as suas mãos, os abençoou. E aconteceu que, abençoando-os
ele, se apartou deles e foi elevado ao céu. E, adorando-o eles, tornaram com grande
júbilo para Jerusalém. E estavam sempre no templo, louvando e bendizendo a Deus.
Amém.
Kondakion:
De Tua direita, fonte de toda a vida, o doador da vida ressuscitou de todos os mortos do
fundo das trevas.
O Cristo Deus deu a ressurreição ao gênero humano.
Ele é o salvador, a ressurreição e a vida, Ele o Deus do universo.
Ikós:
Ó doador da vida, nós fiéis cantamos e adoramos Tua
cruz e Tua sepultura.
Ó imortal, acorrentaste o inferno, ó Deus todo poderoso,
ressuscitaste contigo todos os mortos e destruíste as portas do inferno.
Ó Senhor Deus, venceste o império da morte. Por isto
os homens te glorificam com amor, a Ti, o ressuscitado que destruíste o poder do
inimigo destruidor e elevaste todos os fiéis, libertando o mundo das setas da serpente
e da sedução do inimigo Tu o único todo poderoso.
Cantemos com piedade a Tua ressurreição, pela qual
Tu nos salvaste, ó Deus do universo.
Exapostilário:
Ó Salvador, quando ressuscitaste do túmulo Te mostraste
aos Teus discípulos como homem comum, pois comeste com eles e os ensinaste o batismo
da penitência, logo subiste ao Teu Pai celestial, prometendo enviar-lhes o Consolador;
ó divino Senhor encarnado, glória a Ti.
Theotokion:
Ó Santa Virgem, o Deus de todos nos tomou o corpo
humano do Teu puro sangue, e assim renovou a nossa corrupta natureza, conservando-Te
da mesma forma como era antes do Seu nascimento. Por isso todos nós Te louvamos
com fé e clamamos: “Alegra-Te, ó Senhora do mundo!”.
Laudes:
1º Tua cruz, Senhor, é a vida e ressurreição de Teu povo. Nela nós
depositamos nossa esperança. A Ti ressuscitado, nós cantamos: Ó nosso Deus, tem
piedade de nós.
2º Ó Senhor, Teu Sepulcro abriu o paraíso ao gênero humano. Resgatados
da corrupção, a Ti ressuscitado, nós cantamos: Ó nosso Deus, tem piedade de nós.
3º Cantemos, ó Cristo, com o Pai e o Espírito Santo e Ele, o ressuscitado
dos mortos. Clamemo-lhe: Tu és a nossa vida, Tu és a nossa ressurreição, tem piedade
de nós!
4º Ao terceiro dia, Tu Te elevaste do Sepulcro como estava escrito,
e ressuscitaste contigo os nossos ancestrais. Por isto o gênero humano Te glorifica
e canta Tua ressurreição.
5º Grande e temível é o mistério da Tua ressurreição, Senhor! Como
um esposo do tálamo, saíste do túmulo. Por Tua morte destruíste a morte, para libertar
Adão. Os anjos exultam nos céus e os homens glorificam na Terra Tua misericórdia
para conosco, ó amigo dos homens.
6º Juízes sem lei, onde estão os selos? Onde está o dinheiro que destes
aos soldados? O tesouro não foi violado, mas o forte ressuscitou e vós permanecestes
cobertos de vergonha, negando Cristo, o Senhor da glória. Ele que sofreu, foi condenado
e que ressuscitou dos mortos; vinde e adoremo-Lo.
7º Como pagaram vossos despojos, a vós que selastes o túmulo e colocastes
os guardas? O Rei saiu, mesmo estando as portas fechadas. Encontrai-vos com o morto
ou adorai-O como Deus, cantando conosco: Glória, Senhor, à Tua cruz e à Tua ressurreição.
8º Senhor, as portadoras de aromas, chorando, chegaram ao Teu túmulo
vivificante. Elas levaram perfumes para embalsamar o Teu corpo puríssimo. Mas elas
encontraram um anjo luminoso sentado sobre a pedra.
E ele lhes falou nestes termos: “Porque chorais Aquele, cujo lado jorrou
a vida para o mundo? Porque procurais entre o mortos, no Sepulcro, Aquele que é
imortal? Ide logo e anunciai aos Seus discípulos Sua gloriosa ressurreição e alegrai
o mundo inteiro”.
A nós também, ó Salvador, por Tua ressurreição, dá-nos a Luz e dá-nos
o perdão e a Tua grande misericórdia.
Eothinon:
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito
Santo.
Ó Cristo, és a verdadeira paz divina
para os homens. Concede a Teus discípulos, após a Tua ressurreição, a Tua paz, mostrando-Te
aos atemorizados que pensavam estarem vendo um espírito, as Tuas mãos e o Teu lado;
continuando em dúvida, ao comer com eles, lhes lembraste as Tuas palavras, lhes
abriste a capacidade de entender os livros sagrados e a promessa divina. Abençoando-os,
subiste aos céus. Nós, como eles, Te adoramos, ó Senhor da glória.
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos.
Amém.
Bendita e venerável és Tu, ó Mãe de Deus,
em cujo seio se encarnou Aquele que visitou o inferno, libertando Adão e Eva da
maldição, destruindo a morte e dando a vida a todos nós.
Por isso bendirei o Cristo em qualquer
tempo, e sempre o Seu louvor estará em minha boca (2 vezes).
Ó Senhor, ressuscitado do sepulcro, rompeste
os grilhões do inferno, eliminaste o poder da morte, salvando todos dos laços do
inimigo; e quando apareceste a teus discípulos, os enviaste a evangelizar e, através
deles, deste tua paz ao mundo, tu que és o Único Misericordioso.
Divina Liturgia
Anunciação
- Modo 4:
É hoje o começo da nossa salvação e a manifestação
do mistério eterno.
O Filho de Deus torna-Se Filho da Virgem e
Gabriel anuncia a graça.
Por isso, cantamos com ele à Mãe de Deus:
“Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo!”
Tropário da Ressurreição - 6º tom:
As potestades angélicas apareceram no
Teu venerado Sepulcro, e
os guardas ficaram como
mortos, e
Maria colocou--se junto do
Sepulcro, procurando o Teu
puríssimo Corpo. Entretanto, subjugaste o inferno, sem ser
tentado por
ele, e
encontraste a
Virgem, revelando a vida, Senhor, que
ressuscitaste dos
mortos, glória a Ti
Tropário próprio – Modo Plagal 4:
Luminar da Ortodoxia, pilar e doutor da Igreja, ornamento dos monges e campeão irrefutável dos teólogos, ó São Gregório taumaturgo, glória de Tessalônica e prega dor da Graça, roga sem cessar pela salvação de nossas almas!
Kondakion - 6º tom:
Glória ao Pai
, ao Filho e ao Espírito Santo.
Levantando com sua vivificante mão todos os
mortos dos vales tenebrosos, Cristo Deus, Doador da vida, quis conceder a Ressurreição
ao gênero humano; pois Ele é o Salvador, a Ressurreição, a Vida e o Deus de todos.
Theotokion
- 6º tom:
Agora e sempre e pelos séculos dos séculos.
Amém
Clamando com a tua bendita Mãe, voluntariamente,
viste padecer, irradiando na cruz, desejaste encontrar Adão, dizendo aos anjos:
Alegrem-se comigo, porque foi encontrado o dracma perdido, Deus nosso, que com sabedoria
tudo consolidaste, glória a Ti!
Kondakion Próprio:
Os Mártires de Cristo mortificaram pela temperança a rebelião das paixões
e desejos abrasados; por causa disto receberam o dom de curar os doentes e de fazer
milagres durante a vida e depois da morte. Que maravilha realmente prodigiosa: de
ossos descarnados jorram as curas!
Glória, pois, ao nosso único Deus!
Kondakion Final:
Nós, teus servos, ó Mãe de Deus, te conferimos os lauréis da vitória, penhor
de nossa gratidão, como a um general que combateu por nós e nos salvou de terríveis
calamidades. E, como tens um poder invencível, livra-nos dos perigos de toda espécie
para que te aclamemos: salve, Virgem e Esposa!
Prokimenon:
Salva, Senhor, o
teu povo
e abençoa a tua
herança (Sl
28, 9).
Clamo a Ti,
Senhor, meu
rochedo presta ouvido aos
meus rogos (Sl 28,
1).
Epístola Hb 1, 10-14; 2 ,1-3
Leitura da
Epistola do
Apóstolo São
Paulo aos
Hebreus.
Tu, Senhor, nas origens fundaste a terra, e os céus são obra de tuas mãos. Eles desaparecerão, mas tu permaneces; envelhecerão todos como veste, e tu os dobrarás como a um manto, e serão como veste que se muda; mas tu permanecerás o mesmo, e teus anos jamais terminarão.» A qual dos anjos Deus disse alguma vez: «Sente-se à minha direita, até que eu coloque seus inimigos como estrado para seus pés?» Não são todos eles espíritos encarregados para um serviço, enviados para servir àqueles que deverão herdar a salvação? Por isso, devemos levar mais a sério a mensagem que ouvimos, se não quisermos perder o rumo. De fato, se a palavra transmitida por meio dos anjos se mostrou válida, e toda transgressão e desobediência recebeu um justo castigo, como poderemos nós escapar do castigo, se não dermos atenção a uma salvação tão grande? De fato, depois de ter sido promulgada no início pelo Senhor, essa mesma salvação foi confirmada no meio de nós por aqueles que a tinham ouvido. .
Aleluia!
Aleluia, aleluia, aleluia!
Quem habita ao abrigo do Altíssimo e vive
à sombra do Senhor Onipotente (Sl 91, 1).
Aleluia, aleluia, aleluia!
Diz ao Senhor: sois meu refúgio e proteção,
sois o meu Deus no qual confio inteiramente (Sl 91, 2).
Aleluia, aleluia, aleluia!
Evangelho Mc 2, 1-12
Evangelho
de Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo o Evangelista São Marcos.
Naquele tempo, Jesus entrou de novo na cidade de Cafarnaum. Logo se espalhou a notícia de que Jesus estava em casa. E tanta gente se reuniu aí que já não havia lugar nem na frente da casa. E Jesus anunciava a palavra. Levaram então um paralítico, carregado por quatro homens. Mas eles não conseguiam chegar até Jesus, por causa da multidão. Então fizeram um buraco no teto, bem em cima do lugar onde Jesus estava, e pela abertura desceram a cama em que o paralítico estava deitado. Vendo a fé que eles tinham, Jesus disse ao paralítico: «Filho, os seus pecados estão perdoados.» Ora, alguns doutores da Lei estavam aí sentados, e começaram a pensar: «Por que este homem fala assim? Ele está blasfemando! Ninguém pode perdoar pecados, porque só Deus tem poder para isso!» Jesus logo percebeu o que eles estavam pensando no seu íntimo, e disse: «Por que vocês pensam assim? O que é mais fácil dizer ao paralítico: ‘Os seus pecados estão perdoados’, ou dizer: ‘Levante-se, pegue a sua cama e ande?’ Pois bem, para que vocês saibam que o Filho do Homem tem poder na terra para perdoar pecados, - disse Jesus ao paralítico - eu ordeno a você: Levante-se, pegue a sua cama e vá para casa.» O paralítico então se levantou e, carregando a sua cama, saiu diante de todos. E todos ficaram muito admirados e louvaram a Deus dizendo: «Nunca vimos uma coisa assim!»
Hirmos:
Ó cheia de
graça, em
ti rejubila-se toda
a Criação. A assembléia dos anjos e o
gênero humano te glorificam, ó templo santificado, paraíso espiritual e
glória das
virgens, na
qual Deus
se encarnou e da
qual tornou-se Filho Aquele que é
nosso Deus
antes dos
séculos. Porque fez de
teu seio
um trono e as
tuas entranhas, mais vastas do que
os céus. Ó cheia de graça, em ti
rejubila-se toda
a Criação e te
glorifica!
Sinaxe
A
veneração às
relíquias de
santos cristãos teve inicio no culto aos mártires do inicio do cristianismo que eram
vistos como
símbolo do
sofrimento, da
morte e
da vitória do Cristo. No santo mártir, a
fé por
Cristo ganhava forma; era
uma realidade próxima, possível de ser
imitada. Por
isso restos dos corpos desses mártires e objetos que lhes
pertenciam eram
venerados com
respeito e
devoção pelos cristãos da
Igreja perseguida, pois, não
negando a
fé no
Ressuscitado, derramaram seu sangue por Ele,
O testemunhavam com sua
vida.
Após
o Edito de Milão, quando a
Igreja deixou de ser
perseguida, essas relíquias dos
primeiros santos mártires eram
colocadas em
altares para
veneração. Tempos depois as
relíquias eram
incrustadas no
Altar principal, onde se
celebrava a
Sagrada Liturgia.
O
Altar é
o símbolo do Cristo, Pedra Vida
e Pedra Fundamental da
Igreja .
Da mesma forma que
as relíquias estavam unidas ao Altar, o mártir estava unido ao Corpo Místico de
Cristo de
modo inseparável, pelo martírio e pela
santidade de
vida.
Na
cerimônia Litúrgica de Consagração de uma
nova Igreja ou de
um novo
Altar, as
relíquias de
um santo são colocadas naquela Igreja para veneração dos fiéis, lembrando também o primitivo costume da
celebração eucarística nas catacumbas, na época da Igreja perseguida.
Neste Segundo Domingo da Quaresma, após venerarmos os santos Ícones, a
Igreja do
Oriente dá
às santas relíquias, a
mesma dignidade, honra, devoção e respeito. Os santos ícones unidos às santas relíquias são
venerados pela
Igreja pois
são vistos pelos cristãos como testemunhas vivas da
sua fé.
A
devoção aos
santos ícones e às
santas relíquias são pois, um convite para que
vivamos a
Quaresma santificando nossa vida. Ela é
vista como
um estímulo, um convite insistente para
que não
esqueçamos de
nossa vocação primeira: sermos santos como
nosso Pai
é Santo.
Encontramos relatos extraordinários de curas e milagres graças à
intercessão de
um santo cujas relíquias foram tocadas. As relíquias dos santos na Igreja são testemunhas do possível: a santidade nos é
possível. Venerar relíquias de
pessoas que
viveram santamente a sua
fé nos
dá coragem e ânimo.
A
Quaresma nos
convida, através das santas relíquias, a
trilharmos o
caminho da
caridade, do
amor e
do perdão. Hoje são
veneradas as
relíquias não
só de
mártires mas
de todos os que
amaram a
Cristo em
sua vida
cotidiana. Ser
santo é
viver sua
fé de
maneira simples mas verdadeira. A sinceridade de nossa vida rumo
à santidade nos encaminha à perfeição. A perfeição de uma
vida vivida na caridade, no desapego, na solidariedade e filantropia é causa de admiração e imitação.
Muitos são os
que viajam para lugares distantes para
ver e,
se possível, tocar as
relíquias em
algum lugar sagrado. As
peregrinações a
estes lugares já são
registradas desde o inicio do cristianismo, principalmente em
Jerusalém.
Nós
fiéis acreditamos que ao
venerarmos estas relíquias estamos testemunhando a
presença do
Cristo na
história dos
homens e
mulheres simples. O santo arrasta atrás de si
milhares de
pessoas, e
em alguns casos, não
só após
a morte, mas já
durante sua
vida.
O
Evangelho de
Marcos, nos
confirma este
pensamento: onde
Jesus estava, as pessoas recorriam a
Ele. Numa
atitude incomum, destelhando o
lugar onde
se encontrava Nosso Senhor, as pessoas fizeram chegar a Ele
um paralítico. Alguns poderiam pensar que
tal gesto beirasse ao
vandalismo, outras poderiam argumentar que a
capacidade das
pessoas concretizarem seus objetivos, às vezes as leva
às cenas pitorescas, como
esta. De
qualquer forma, o interessante é que
Jesus não
repreendeu as
pessoas por
destelharem a
casa, ou
as elogiou pela sua
determinação em
ali chegar. Jesus surpreende a todos manifestando a
misericórdia de
Deus, perdoando os pecados daquele paralítico, causando espanto a todos. Como se
uma coisa estivesse de
fato associada à outra, comunica ao
paralítico primeiramente o perdão de seus
pecados e
liberta-o em
seguida do
mal que
mantém paralisado o seu
corpo: «Levanta-te, toma teu
leito e
vai para
casa!» Logo
após a
purificação da
alma, o
Senhor purifica o corpo dos males físicos, curando-o.
Esta
passagem nos
faz refletir sobre o
"pecado". Se
na época de Jesus, a noção de pecado era distorcida, no mundo de hoje
padecemos de
uma generalizada e progressiva banalização da
mesma. Do
"tudo é
pecado" ao
"nada é
pecado". Quando pensamos que
"nada" é
pecado nos
privamos da
experiência da
misericórdia divina. Como sentir o perdão de Deus
se nada
achamos em
nós que
precise ser
perdoado? Como
dar perdão aos que
nos ofendem, se não
sabemos o
que é
ser perdoado?
Quem
acredita não
ter pecado, afasta a
possibilidade da
presença de
Deus em
sua vida. Os santos homens, ao
atingirem um
grau quase perfeito em
sua vida
espiritual, achavam-se pecadores e
indignos. Por
que então poderíamos nós
pensar diferente?
Este
Segundo Domingo da Quaresma nos convida, pois, ao
sacramento do
Perdão. A
Igreja, sinal e sacramento do Perdão Divino, é
lugar de
conversão e
perdão fraterno. Também é
portadora da
mensagem do
perdão que
o Pai
misericordioso quer
estender a
todos os
filhos e
filhas para
tê-los sempre próximos. E
todos nós,
tornados seus
membros pelo
batismo, somos chamados a
assumir, comunitária e individualmente, esta tarefa: ser mensageiros do sacramento da misericórdia divina, instrumentos do amor
misericordioso que
o Pai
quer fazer chegar a
cada um
de nós,
seus filhos e filhas.
São Teofilactos, arcebispo de Nicomédia, confessor († 845)
Ainda menino, Teofilactos mudou-se da
Ásia para Constantinopla onde conheceu São Tarásios que o por ele se afeiçoou e
lhe deu uma boa formação. Observando que o jovem sentia-se chamado à vida
religiosa, enviou a outro de seus discípulos, Miguel, o confessor, que acabara
de fundar um Monastério junto ao Bósforo. Alguns anos mais tarde, depois de
seus dois discípulos haverem suportado difíceis provas, São Tarásios os elevou
à dignidade episcopal: Teofilactos recebeu a sede de Nicomédia e Miguel à sede
de Sínada. Quando Leão V empreendeu nova guerra contra as imagens sagradas,
São Nicéforo, sucessor de São Tarásios na
sede de Constantinopla, convocou um Concilio para proteger a doutrina católica
contra as heresias iconoclastas do imperador. São Teofilactos, juntamente com
outros teólogos de renomado saber, defenderam com eloqüência o ponto de vista
da Igreja, mas o imperador permanecia irredutível em suas posições. Quando
todos já haviam falado, fez-se uma ligeira pausa na sala conciliar interrompida
por São Teofilactos que proferiu a seguinte profecia: «Já sei que fazes pouco
caso da imensa paciência de Deus! Pois bem, eu te predigo: calamidades e mortes
virão cair sobre ti como um furacão, não restando ninguém que te possa
defender». Furioso ao ouvir aquelas palavras, o imperador desterrou a todos os
padres conciliares e encarcerou São Teofilactos em uma fortaleza em Caria, onde
morreu trinta anos depois. Sua profecia, porém, se cumpriu à risca. No dia da
Natividade do ano 820, estando o imperador em sua capela privada, conspiradores
caíram sobre ele e o assassinaram, antes que seus servidores o socorressem.
Contam-se maravilhas sobre a grande liberalidade deste santo, de sua
generosidade para com os pobres, da ajuda que prestava às viúvas, órfãos e
doentes mentais, de sua predileção pelos cegos e enfermos em geral. Para estes
e para os peregrinos, São Teofilactos fundou muitos hospitais.
Tradução e publicação neste site
com permissão de www.ortodoxia.org
Trad.:
Pe. Pavlos Tamanini
Folheto
Dominical da Igreja Anunciação da Mãe de Deus
Responsável
Reverendo Ecônomo Padre Emanuel Sofoulis
Editoração e Diagramação
Antonio José
Atualização da Página na
internet
Jean Stylianoudakis
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