13 maio 2015

Domingo da Samaritana


PATRIARCADO ECUMÊNICO DE CONSTANTINOPLA
Arquidiocese Ortodoxa Grega de Buenos Aires e América do Sul
Igreja Anunciação da Mãe de Deus
SGAN - Quadra 910 - Módulo ‘’B’’ - CEP: 70.790-100 - Brasília-DF
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Brasília, 10 de maio de 2015.
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Domingo da Samaritana

5º Domingo da Páscoa

Santos Terêncio, Pompeu e cc., mártires († c. 250)



Matinas

Tropário:
As discípulas do Senhor aprenderam do Anjo a anunciar jubilosamente a ressurreição e rejeitaram a sentença dos nossos primeiros pais e conversaram com os Apóstolos, orgulhosas, dizendo: A morte é cativa e o Cristo Deus ressuscitou, dando ao mundo grande misericórdia.
Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo,

As discípulas do Senhor aprenderam do Anjo a anunciar jubilosamente a ressurreição e rejeitaram a sentença dos nossos primeiros pais e conversaram com os Apóstolos, orgulhosas, dizendo: A morte é cativa e o Cristo Deus ressuscitou, dando ao mundo grande misericórdia.
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.

Theotokion:
Mistério desconhecido dos anjos; mistério oculto desde toda a eternidade; ó virgem, por Ti Deus se revelou a todos os habitantes da terra; uniu-se à carne sem corrupção, e livremente aceitou a cruz por nós; ressuscitou o primeiro homem e salvou nossas almas da morte.

Katisma:
As santas mulheres olharam para a entrada do túmulo, mas, não puderam suportar o brilho flamejante do anjo. Assustadas e tremendo, elas diziam: "Roubaram aquele que abriu as portas do céu ao bom ladrão? Será que ressuscitou Aquele que, antes de sua paixão, havia proclamado sua ressurreição? Em verdade, o Cristo, nosso Deus, ressuscitou dando aos que estavam no inferno. A vida e a ressurreição."
Glória ao Pai , Filho e ao Espírito Santo.

Ó meu salvador, livremente escolheste a cruz. Homens mortais Te colocaram em um sepulcro novo, a Ti que com Tua palavra, estabeleceste os confins do universo. Despojaste a morte e todos os habitantes dos infernos cantam a Tua vivificante ressurreição, clamando: "Cristo ressuscitou, ele que é o dispensador da vida e permanece pelos séculos dos séculos."
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos.

Theotokion:
Os coros dos anjos, ó puríssima, ficaram tomados de terror, diante do terrível mistério do teu parto. Como tu tens em teus braços Aquele que, com um gesto tem todo o universo? Como Aquele que existe antes dos séculos, nasce e se alimenta de teu leite, aquele que cuja inefável bondade alimenta todo o ser vivente? Os anjos te bendizem e te proclamam a verdadeira Mãe de Deus.

Ypakoí:
As portadoras de aromas se apressaram em proclamar aos Apóstolos a boa-nova de Tua gloriosíssima Ressurreição, e anunciaram que Tu havias ressuscitado como Deus, ó Cristo, e concedeste ao mundo Tua grande misericórdia.

Antífona (sl. 128):
Desde minha juventude, numerosas são as paixões que me assaltam, mas Tu, ó meu Salvador, protege-me e salva-me. Vós que odiais Sião, sede confundidos pelo Senhor, pois, como a erva pelo fogo, sereis dissecados.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.
Pelo Espírito Santo, toda a alma vive pela pureza se eleva e pelo mistério sagrado da unidade Trinitária, ela se ilumina.

Prokimenon (salmo 44):
Levanta-Te, Senhor, vem em nosso socorro, resgata-nos pela glória de Teu nome. (2 vezes).

Stichos
Ó Deus, ouvimos com nossos próprios ouvidos (repete a primeira).

Evangelho:                                                                                                                                     Jo 20, 1-10
Evangelho de Nosso Senhor Jesus  Cristo, segundo o Evangelista São João.

No primeiro dia que se seguia ao sábado, Maria Madalena foi ao sepulcro, de manhã cedo, quando ainda estava escuro. Viu a pedra removida do sepulcro. Correu e foi dizer a Simão Pedro e ao outro discípulo a quem Jesus amava: Tiraram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram! Saiu então Pedro com aquele outro discípulo, e foram ao sepulcro. Corriam juntos, mas aquele outro discípulo correu mais depressa do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro. Inclinou-se e viu ali os panos no chão, mas não entrou. Chegou Simão Pedro que o seguia, entrou no sepulcro e viu os panos postos no chão. Viu também o sudário que estivera sobre a cabeça de Jesus. Não estava, porém, com os panos, mas enrolado num lugar à parte. Então entrou também o discípulo que havia chegado primeiro ao sepulcro. Viu e creu. Em verdade, ainda não haviam entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dentre os mortos. Os discípulos, então, voltaram para as suas casas.

Kondakion:
O império da morte não pode mais reter os homens, porque o Cristo para quebrar e destruir seu poder.
O inferno está acorrentado, o coro dos profetas se rejubila. Dizei aos fiéis: Eis o Salvador, saí à frente da ressurreição.

Ikós:
Neste dia, as profundezas do abismo do inferno tremeram diante da Unidade da Trindade.
A terra estremeceu, os guardas das portas infernais permaneceram terrificados ao vê-lo.
E toda a criação se rejubilou, cantando com os profetas um cântico de vitória a Ti, nosso Deus libertador, que destruíste as forças da morte.
Possamos clamar de alegria e bradar a Adão e seus filhos: O madeiro da cruz te fez entrar no paraíso, saí fiéis à frente da ressurreição.

Exapostilário:
Quando Maria disse: “Levaram meu Deus”, correram ao túmulo Simão Pedro e outro discípulo, que Jesus amava, e encontraram dentro apenas o Sudário e turbante ao lado. Eles esperaram até que viram o Senhor.

Theotokion:
Tu fizeste coisas grandes e excepcionalmente estranhas para mim, ó misericordiosíssimo Cristo. Pois ininteligivelmente Tu nasceste duma Virgem Donzela e aceitaste a Cruz e suportaste a morte, ressuscitando em glória para fazer nossa natureza livre da morte. Glória a Tua glória, ó Cristo, glória a teu poder.

Laudes:
Cristo ressuscitou dos mortos e rompeu os elos da morte. Terra, clamai a boa nova da grande alegria. Céus, cantai a glória de Deus.
Nós vimos a ressurreição de Cristo, adoremos o Santo, o Senhor Jesus, o único sem pecado.
Adoremos, sem cessar, a ressurreição de Cristo, porque Ele nos livrou de nossas iniqüidades. Santo é o Senhor Jesus que nos revelou a ressurreição.
O que daremos ao Senhor por tudo o que Ele nos deu? Foi por causa da natureza
corrompida que Deus veio entre os homens, que o verbo se fez carne e habitou entre nós.
Benfeitor para os ingratos, libertador para os cativos, sol da justiça para os que estão na noite; sobre a cruz impassível; luz para os infernos, vida na ressurreição para os caídos. Clamemos e Ele, nosso Deus, glória a Ti.
Senhor, arrombaste as portas do inferno e Tua força invencível destruiu o império da morte. Contigo despertaste os mortos, que desde o início dormiam nas trevas, por Tua divina e gloriosa ressurreição, ó Deus todo poderoso.
Vinde e exultemos ao Senhor, regozijemo-nos em Sua ressurreição, porque Ele libertou os mortos dos entraves do inferno, porque Ele é Deus e deu a vida eterna ao mundo e a sua grande misericórdia.
Um anjo deslumbrante estava sentado sobre a pedra do Sepulcro, que continha a vida, e anunciava às mulheres esta boa nova: “Cristo ressuscitou, como havia predito. Ide dizer aos discípulos que Ele os precedeu na Galiléia e que Ele ao mundo a vida eterna e a grande misericórdia”.
Ó judeus sem lei, porque desprezaste a pedra angular? É esta a pedra que Deus colocou em Sião. Aquele que fez verter água de uma pedra no deserto, fez jorrar para nós a imortalidade de Seu lado transpassado.
É Ele a pedra que caiu da montanha virginal, sem o desejo do homem, Aquele que vem sobre as nuvens celestes ao ancião dos dias, como prometeu a Daniel. Eterno é o Seu Reino!

Eothinon:
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.
Maria, ficaste com a razão perturbada pela obscuridade da aurora, pois, perto do túmulo, ficaste perguntando: “Aonde colocaram Jesus?”; mas os discípulos, que também correram ao Sepulcro, como já estavam orientados sobre a ressurreição, ao olhar o Sudário e o turbante, se lembraram do que estava escrito nos livros a respeito do Senhor.
Por isso, por intermédio deles, alicerçamos a nossa fé em Ti, ó Cristo doador da vida e, juntamente com eles, nós Te louvamos.
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.

Theotokion:
Bendita e venerável és Tu, ó Mãe de Deus, em cujo seio se encarnou Aquele que visitou o inferno, libertando Adão e Eva da maldição, destruindo a morte e dando a vida a todos nós. Por isso bendirei o Cristo em qualquer tempo, e sempre o Seu louvor estará em minha boca (2 vezes).

Euzina:
Aqui está a aurora, por que paraste Maria ante o sepulcro e por que tua mente se ofuscou perguntando onde havia sido colado Jesus? Olha os discípulos que foram ao sepulcro perceba como descobriram Tua Ressurreição ao ver o sudário, recordaram tudo que se havia dito dele nos livros. Com ele te louvamos nós os que temos acreditado por seu meio, oh Cristo doador da Vida.

Ó Senhor, ressuscitado do sepulcro, rompeste os grilhões do inferno, eliminaste o poder da morte, salvando todos dos laços do inimigo; e quando apareceste a teus discípulos, os enviaste a evangelizar e, através deles, deste tua paz ao mundo, tu que és o Único Misericordioso.

Divina Liturgia

Anunciação - Modo 4:
É hoje o começo da nossa salvação e a manifestação do mistério eterno.
O Filho de Deus torna-Se Filho da Virgem e Gabriel anuncia a graça.
Por isso, cantamos com ele à Mãe de Deus:
“Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo!”

Tropário da Ressurreição - 4º tom:
As discípulas do Senhor aprenderam do Anjo a anunciar jubilosamente a ressurreição e rejeitaram a sentença dos nossos primeiros pais e conversaram com os Apóstolos, orgulhosas, dizendo: A morte é cativa e o Cristo Deus ressuscitou, dando ao mundo grande misericórdia.

Kondakion – 4º tom:
Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo.
O Salvador e Redentor meu, sendo Deus, rompeu as portas do Hades, libertando de suas cadeias os habitantes da terra, e, sendo Soberano, ressuscitou ao terceiro dia.

Theotokion – 4º tom:
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém
O mistério eternamente oculto e dos anjos desconhecido, através de ti, ó Mãe de Deus, encarnando-se, apareceu na terra, voluntariamente aceitou a Cruz, e com ela ressuscitou o primeiro criado, e salvou da morte as nossas almas.

Kondakion da Samaritana:
A Samaritana, tendo ido com ao poço, viu-Te, ó Água da Sabedoria; e saciada por Ti, a sua sede herdou o Reino Eterno do Céu.

Kondakion da Páscoa:
Tendo descido ao túmulo, ó imortal, Tu destruíste o poderio dos infernos e levantaste-te como vencedor, ó Cristo Deus, Tu, que disseste às mulheres miróforas: “Rejubilai”; e aos Apóstolos, dás a paz, Tu que ressuscitas aqueles que sucumbiram.

Prokimenon:
Quão magníficas são as tuas obras, ó Senhor! Fizeste com sabedoria todas as coisas.
Bendize, ó minha alma, o Senhor, Senhor meu Deus, como és grandioso!

Epístola                                                                                                                           At 11, 19-26, 29-30
Leitura dos Atos dos Apóstolos.

Naqueles dias, os que foram dispersos pela perseguição que sucedeu por causa de Estêvão caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia, não anunciando a ninguém a palavra, senão somente aos judeus. E havia entre eles alguns homens cíprios e cirenenses, os quais entrando em Antioquia falaram aos gregos, anunciando o Senhor Jesus. E a mão do Senhor era com eles; e grande número creu e se converteu ao Senhor. E chegou a fama destas coisas aos ouvidos da igreja que estava em Jerusalém; e enviaram Barnabé a Antioquia. O qual, quando chegou, e viu a graça de Deus, se alegrou, e exortou a todos a que permanecessem no Senhor, com propósito de coração; porque era homem de bem e cheio do Espírito Santo e de fé. E muita gente se uniu ao Senhor. E partiu Barnabé para Tarso, a buscar Saulo; e, achando-o, o conduziu para Antioquia. E sucedeu que todo ano se reuniram naquela igreja, e ensinaram muita gente; e em Antioquia foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos. E naqueles dias desceram profetas de Jerusalém para Antioquia. E, levantando-se um deles, por nome Ágabo, dava a entender pelo Espírito, que haveria uma grande fome em todo o mundo, e isso aconteceu no tempo de Cláudio César. E os discípulos determinaram mandar, cada um conforme o que pudesse socorro aos irmãos que habitavam na Judéia. O que eles, com efeito, fizeram, enviando-o aos anciãos por mão de Barnabé e de Saulo.


Aleluia!
Aleluia, aleluia, aleluia!
Avança vitoriosamente e reina por meio da verdade, da mansidão e da justiça, e tua destra te conduzirá a coisas maravilhosas.
Aleluia, aleluia, aleluia!
Amaste a justiça e aborreceste a iniquidade; Por isso o Senhor teu Deus te ungiu com óleo de alegria, de preferência aos teus companheiros.
Aleluia, aleluia, aleluia!

Evangelho                                                                                 Jo 4, 5-42
Evangelho de Nosso Senhor Jesus  Cristo, segundo o Evangelista São João.

Naquele tempo, Jesus chegou, a uma localidade da Samaria, chamada Sicar, junto das terras que Jacó dera a seu filho José. Ali havia o poço de Jacó. E Jesus, fatigado da viagem, sentou-se à beira do poço. Era por volta do meio-dia. Veio uma mulher da Samaria tirar água. Pediu-lhe Jesus: «Dá-me de beber». (Pois os discípulos tinham ido à cidade comprar mantimentos.) Aquela samaritana lhe disse: «Sendo tu judeu, como pedes de beber a mim, que sou samaritana!»... (Pois os judeus não se comunicavam com os samaritanos.) Respondeu-lhe Jesus: «Se conhecesses o dom de Deus, e quem é que te diz: Dá-me de beber, certamente lhe pedirias tu mesma e ele te daria uma água viva». A mulher lhe replicou: «Senhor, não tens com que tirá-la, e o poço é fundo... donde tens, pois, essa água viva? És, porventura, maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu este poço, do qual ele mesmo bebeu e também os seus filhos e os seus rebanhos?» Respondeu-lhe Jesus: «Todo aquele que beber desta água tornará a ter sede, mas o que beber da água que eu lhe der jamais terá sede. Mas a água que eu lhe der virá a ser nele fonte de água, que jorrará até a vida eterna». A mulher suplicou: «Senhor, dá-me desta água, para eu não ter sede nem vir aqui tirá-la!» Disse-lhe Jesus: «Vai, chama teu marido e volta cá». A mulher respondeu: «Não tenho marido». Disse Jesus: «Tens razão em dizer que não tens marido. Tiveste cinco maridos, e o que agora tens não é teu. Nisto disseste a verdade». «Senhor», disse-lhe a mulher, «vejo que és profeta!... Nossos pais adoraram neste monte, mas vós dizeis que é em Jerusalém que se deve adorar». Jesus respondeu: «Mulher, acredita-me, vem a hora em que não adorareis o Pai, nem neste monte nem em Jerusalém. Vós adorais o que não conheceis, nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus. Mas vem a hora, e chegou, em que os verdadeiros adoradores hão de adorar o Pai em espírito e verdade, e são esses adoradores que o Pai deseja. Deus é espírito, e os seus adoradores devem adorá-lo em espírito e verdade». Respondeu a mulher: «Sei que deve vir o Messias (que se chama Cristo); quando, pois, vier, ele nos fará conhecer todas as coisas». Disse-lhe Jesus: «Sou eu, quem fala contigo». Nisso seus discípulos chegaram e maravilharam-se de que estivesse falando com uma mulher. Ninguém, todavia, perguntou: Que perguntas? Ou: Que falas com ela? A mulher deixou o seu cântaro, foi à cidade e disse àqueles homens: «Vinde e vede um homem que me contou tudo o que tenho feito. Não seria ele, porventura, o Cristo?» Eles saíram da cidade e vieram ter com Jesus. Entretanto, os discípulos lhe pediam: «Mestre, come». Mas ele lhes disse: «Tenho um alimento para comer que vós não conheceis». Os discípulos perguntavam uns aos outros: «Alguém lhe teria trazido de comer?» Disse-lhes Jesus: «Meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e cumprir a sua obra. Não dizeis vós que ainda quatro meses e vem a colheita? Eis que vos digo: levantai os vossos olhos e vede os campos, porque estão brancos para a ceifa. O que ceifa recebe o salário e ajunta fruto para a vida eterna; assim o semeador e o ceifador juntamente se regozijarão. Porque eis que se pode dizer com toda verdade: Um é o que semeia outro é o que ceifa. Enviei-vos a ceifar onde não tendes trabalhado; outros trabalharam, e vós entrastes nos seus trabalhos». Muitos foram os samaritanos daquela cidade que creram nele por causa da palavra da mulher, que lhes declarara: «Ele me disse tudo quanto tenho feito». Assim, quando os samaritanos foram ter com ele, pediram que ficasse com eles. Ele permaneceu ali dois dias. Ainda muitos outros creram nele por causa das suas palavras. E diziam à mulher: não é por causa da tua declaração que cremos, mas nós mesmos ouvimos e sabemos ser este verdadeiramente o Salvador do mundo.

Sinaxe

Ir a uma fonte pública para buscar água era função das jovens e das mulheres casadas como parte de seus afazeres domésticos. Geralmente elas se dirigiam à fonte muito cedo ou no fim do dia. Neste episódio narrado pelo Evangelho vimos que a Samaritana, ao contrário do uso costumeiro, foi ao meio-dia buscar água na fonte, provocando circunstancialmente um encontro com o Senhor.
O diálogo travado entre eles, enveredou por caminhos que levaram a Samaritana a constatar que estava diante de alguém extraordinário, possuidor de dons especiais por “adivinhar” sua vida pregressa. «Vejo que és um profeta», diz a Samaritana a JESUS.
a Leitura dos Atos dos Apóstolos revela-nos que foi em Antioquia que pela primeira vez os seguidores do Senhor foram chamados de cristãos. (At 11,28) Desde então todos batizados trazem este nome.

Estes pontos convidam-nos a refletir sobre a estreita ligação entre a água e o Batismo.
As Sagradas Escrituras reconhecem a importância da água para o homem e ressaltam seu simbolismo na História da Salvação. No livro do Gênesis, o autor sagrado descreve que «o Espírito de Deus pairava sobre as águas» (Gn 1,2); em seguida, o Dilúvio, que põe fim aos vícios e pecados e a Noé a missão de perpetuar uma nova humanidade (Gn 6,5); depois, Moisés é salvo das águas do Rio Nilo (Ex 2,10); no Rio Jordão, Naamã é curado da lepra (2R 5, 1-19).
No Novo Testamento Jesus é batizado por João Batista no Jordão (Mt 3,13-17); Jesus caminha sobre as águas (Mt 14, 22-33); convida a saciar a sede: “Se alguém tem sede, que venha a mim e beba... pois jorrarão rios de água viva” (Jo 7,37) e diz na liturgia deste Domingo à Samaritana: “O que beber da água que eu lhe der, jamais terá sede, mas a água que eu lhe der virá a ser nele fonte de água que jorrará até a Vida Eterna”. (Jo 4,14).
No Batismo cristão, a água é a matéria pela qual o Espírito Santo por meios sensíveis e visíveis se faz presente, dando a pessoa nova identidade. A pertença a uma Comunidade, à filiação divina e à herança eterna faz com que os cristãos que passaram pela água viva do batismo também sejam identificados como a “raça eleita”, o “povo escolhido”.
A Samaritana, admirada por ter conhecido Aquele que era tão esperado pelo povo de Israel, apressadamente correu ao encontro dos seus para anunciar que conhecera o “Enviado”, o “Messias Prometido”. Ao ter contato com a Água Viva ela não se estagnou, pelo contrário, anunciou aquele encontro aos demais, dando início a uma nova vida, porque experimentou o agradável prazer de saciar sua sede espiritual, diretamente da fonte da qual jorra água viva. Nós, os batizados, devemos da mesma forma, viver com alegria de coração, a grandeza de sermos chamados cristãos. Se pela primeira vez fomos chamados de cristãos em Antioquia, hoje parece não mais existir lugar onde não estejamos presentes. Basta o testemunho!


S. Apóstolo Simão, o Zelote



São Simão era natural de Caná da Galileia, conhecido pessoalmente do Senhor e de sua puríssima mãe, porque o povoado de Caná não estava muito distante de Nazaré. Quando Simão celebrou o seu casamento, convidou para a festa o Senhor, a sua imaculada mãe e os seus discípulos. Como havia terminado o vinho para os convidados, o Senhor transformou água em vinho (Jo 2:1-11). Impressionado por este milagre, o noivo passou a crer no Senhor Jesus Cristo como o verdadeiro Deus e, abandonando a celebração de suas bodas e a sua própria casa, O seguiu com fervor. Desde então recebeu o nome de o “Zelote” ou o “Zeloso”, pois, tamanho fervor e entusiasmo que, pelo amor a Cristo, deixou sua própria noiva desposando, em sua alma, o Noivo Celestial. É por isso que Simão foi considerado entre o grupo de discípulos de Cristo e dos Doze Apóstolos.
No dia de Pentecostes, quando o Espírito Santo desceu sobre os apóstolos sob a forma de línguas de fogo, eles receberam o dom da palavra que lhes capacitou a pregar o Evangelho a todas as nações. Recebendo o Espírito Santo junto aos demais, Simão saiu a pregar em diversos lugares, passando pelo Egito, Mauritânia, Líbia, Numidia, Cirenia e Abjásia. Neste último, uma região localizada na costa nordeste do Mar Negro, ele iluminou com a fé em Cristo numerosos pagãos. Também esteve na Bretanha, onde converteu à luz do Evangelho muitos descrentes, tendo sido depois crucificado por idólatras. Esta é uma das mais antigas tradições, cuja principal autoridade é São Doroteo, Bispo Gaza (300 dC). São Nicéforo, Patriarca de Constantinopla, um respeitado historiador (758-829), também confirma a presença do Apóstolo em Bretanha. Outras tradições afirmam que o Apóstolo esteve na Pérsia, com São Judas, com quem foi martirizado. Outros ainda atestam que o zelote São Simão foi sepultado na cidade de Nicósia, perto de Zhiguencia. Os lugarejos indicam que este local está a uns 13 km de Sujumi, não muito distante da costa do Mar Negro. Mais tarde, uma igreja foi construída no local da morte do santo e a sua estrutura foi recuperada em 1875, graças ao fervor de um dos grandes duques da Rússia.
O Santo Apóstolo Simão, o Zelote, é comemorado em 10 de maio, não devendo ser confundido com São Simão Pedro, que também era um dos Doze Apóstolos, tão pouco com Simeão, parente consanguíneo do Senhor (Mt 13:55) que pertenceu ao grupo dos Setenta Apóstolos, segundo bispo de Jerusalém, sucessor do apóstolo Tiago. São Simão, o Zelote, é celebrado ainda em 30 de junho, juntamente com os demais Apóstolos (Sinaxe dos Santos Apóstolos).
Outras comemorações deste dia:
A Igreja comemora também neste dia, Santa Taís do Egito, a Penitente (séc. V); São Lourenço; Santa Venerável Isidora de Tabenéia, monja (séc. IV); São Simão, bispo de Vladimir e Suzdal (+1226); São Comgall, bispo e abade de Bangor (+601); Santa Solange de Bourges, virgem e mártir (+880); Santos Alfeu e companheiros, mártires da Sicília (+251).
Tradução e publicação neste site com permissão de Ortodoxia.org
Trad.: Pe. André


Santos Terêncio, Pompeu e cc., mártires († c. 250)



Durante a perseguição de Décio, Fortunato, o governador das províncias Africanas, publicou o decreto imperial anunciando ao povo de Cartago: «Prestai sacrifícios aos deuses, ou estejam preparados para o suplício!» E fez uma demonstração de instrumentos de tortura, pretendendo assim intimidá-los. Muitos cristãos, atemorizados, acabaram por renunciar a sua fé, mas quarenta deles mantiveram-se inabaláveis. Fortunato ordenou que comparecessem perante seu tribunal para censurá-los por sua obstinação. Então, um jovem cristão chamado Terêncio falou em nome dos cristãos: «Jesus Cristo é o Filho de Deus, que morreu na cruz para nos salvar. A Ele somente adoramos». O governador respondeu: «Adorai nossos deuses, do contrário, morrereis todos!» Falo por mim mesmo e por meus irmãos, que nenhum de nós é tão covarde a ponto de abandonar a Jesus Cristo para adorar teus deuses de pedra. Faça o que quiseres de nós», disse Terêncio. O governador ordenou então que os quarenta cristãos fossem todos despidos e levados para a esplanada do Templo de Hércules, onde reiterou as suas ameaças, mas como cristãos permanecessem firmes, ordenou que Terêncio, Pompeu, Africano e Maximus fossem açoitados até que invocassem o nome de Hércules. Ante a firmeza dos quatro, mandou que fossem jogados na fogueira na presença de seus companheiros. Em meio às chamas, os mártires de Cristo entoaram o hino dos Macabeus. Terminado o suplício, Fortunato tentou, em vão, convencer os trinta e seis outros a apostatar. Foram então enviados para a prisão suportando pesadas correntes e, um por um, alcançou a glória do martírio pela espada e pelo fogo. Seus corpos foram recolhidos pelos cristãos e sepultados em Cartago onde permaneceram até o quarto século, quando foram transferidos para Constantinopla. Seus nomes estão registrados em diferentes datas do Synaxarion.
Tradução e publicação neste site com permissão de www.ortodoxia.org
Trad.: Pe. André Sperandio



Estimados filhos em Cristo, especialmente nossas queridas e amadas mamães!
Com uma grande alegria celebramos hoje o dia das mães, celebrado sempre no 2º domingo de maio, maio que é também o mês de Maria, Maria que por Nosso Salvador é também nossa mãe.
Jo 19, 26-27 “Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: Mulher, eis aí teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E dessa hora em diante o discípulo a levou para a sua casa.”
Em Maria todas as mulheres são exaltadas, de modo sublime e perfeito. É por uma mulher que Deus recebe sua natureza humana, é de Maria que Ele decide fazer-se homem. Maria é o modelo de mulher e o modelo de mãe. Humilde, bondosa, sábia, confiante em Deus, soube educar Seu divino filho, “que crescia em sabedoria e graça, diante de Deus e dos homens.” Lc. 2, 52.
Ser mãe é entregar-se incondicionalmente, é amar mesmo no sofrimento, é perder noites e noites de sono em um constante velar por seu rebento.
E o amor materno não se restringe aos atos humanos, ao bem estar material dos seus filhos, suas súplicas alcançam de forma especial a Deus. Santa Mônica, mãe de Santo Agostinho, quando este ainda era adepto da seita maniqueia vivia em angustia e apreensão por ver seu filho enredado no paganismo e nos maus costumes. Um dia em seus choros e lamentações ouviu de um bispo com quem conversava que “é impossível que se perca um filho de tantas lágrimas”.
Mas de modo algum podemos pensar que ser mãe é algo triste, mas é antes viver de modo especial a alegria particular da vida desenvolvendo-se dentro de si, do pequeno coração que com ela pulsa e vê-la passar da frágil bebê que começa a engatinhar e andar à vivaz criança que corre e docemente a abraça. Ser mãe é lembrar-se com carinho de pequenas coisas e de simples gestos.
A todas as mamães aqui presentes e às que estão agora somente em nossos corações, nosso muito obrigado por em um reflexo de Maria nos amar de modo tão especial e singular, de sorte que hoje os homens e mulheres que somos devemos de forma especial a vocês. Que nosso Deus e Salvador as envolvam em um manto de bênçãos e graças.

Ecônomo Padre Emanuel Sofoulis


Folheto Dominical da Igreja Anunciação da Mãe de Deus


Responsável

Reverendo Ecônomo Padre Emanuel Sofoulis


Editoração e Diagramação

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Atualização da Página na internet

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Pavuna – Rio de Janeiro – RJ – Brasil
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