PATRIARCADO
ECUMÊNICO DE CONSTANTINOPLA
Arquidiocese Ortodoxa Grega
de Buenos Aires e América do Sul
Igreja
Anunciação da Mãe de Deus
SGAN - Quadra 910
- Módulo ‘’B’’ - CEP: 70.790-100 - Brasília-DF
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Brasília, 17 de maio de 2015.
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Domingo
do Cego
6º Domingo
da Páscoa - Modo Plagal 1
Memória dos Santos Andrônico e
Junías
(dos 70 apóstolos)
Matinas
Tropário:
Nós, fiéis, louvemos e adoremos o Verbo igualado
ao Pai e ao Espírito na eternidade, que nasceu da Virgem para nossa salvação,
pois se dignou subir corporalmente à Cruz, suportar a morte e ressuscitar os mortos
com sua gloriosa Ressurreição.
Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo,
Nós, fiéis, louvemos e adoremos o Verbo igualado
ao Pai e ao Espírito na eternidade, que nasceu da Virgem para nossa salvação,
pois se dignou subir corporalmente à Cruz, suportar a morte e ressuscitar os
mortos com sua gloriosa Ressurreição.
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.
Theotokion:
Alegra-Te! Porta invencível do Senhor.
Alegra-Te! Muralha de proteção dos que recorrem
a Ti!
Alegra-Te! Porto sereno que não conheceu as
núpcias. Ó Tu, que deste à luz segundo a carne ao Teu criador e Teu Deus, não
cessai de interceder por aqueles que glorificam e veneram o Senhor que nasceu
de Ti.
Katisma:
Louvemos a cruz do Senhor exaltemos, por nossos
cantos, a Santa sepultura, glorifiquemos sua divina ressurreição. Porque Ele é
Deus e fez sair com Ele os mortos, de seus túmulos, despojando a morte de seu
império e o demêonto de seu poder e iluminou todos aqueles que estavam nos
infernos.
Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo.
Senhor, carregaste o nome de morto. Tu que
destruíste a morte.
Foste depositado no sepulcro, Tu que esvaziaste
os túmulos. Sobre a terra, os soldados guardavam Teu túmulo, abaixo da terra
despertaste os que dormiam desde os séculos. Senhor todo poderoso, Senhor
inconcebível.
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos.
Theotokion:
Alegra-te, ó montanha santa que o Senhor
transpôs! Alegra-te sarça ardente que não se consome. Alegra-te único ponto do
mundo em direção a Deus que introduz os mortais na vida eterna! Alegra-te, ó
puríssima, que, sem conhecer homem, deste à luz ao salvador do mundo.
Ypakoí:
Atônitas nas mentes com a visão do Anjo, e
iluminadas nas almas por Tua divina Ressurreição, as portadoras de aromas
proclamaram as boas novas para os Apóstolos: proclamai entre as nações a
Ressurreição do Senhor, Que fez maravilhas convosco, e nos concedeu grande
misericórdia.
Antífona (sl 119):
Ó meu Salvador, como Davi, eu canto a Ti: “Na
minha aflição, livra minha alma da língua falsa”. Verdadeiramente, a vida dos
habitantes do deserto é feliz, porque eles são conduzidos pela Tua divina
paixão.
Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo, agora, sempre
e pelos séculos dos séculos. Amém.
Pelo Espírito Santo, toda a criação visível e invisível
é preservada, porque Ele é todo poderoso, e, verdadeiramente uma das três
pessoas divinas.
Prokimenon (salmo 119):
Levanta-Te, Senhor Deus, que Tua destra se
eleve, porque reinarás por todos os séculos. (2 vezes).
Stichos:
Eu confesso ao Senhor, de todo o meu coração
(repete a primeira).
Evangelho: Jo 20, 11-18
Evangelho
de Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo o Evangelista São João.
Naquele tempo, Maria estava chorando fora, junto
ao sepulcro. Estando ela, pois, chorando, abaixou-se para o sepulcro. E viu
dois anjos vestidos de branco, assentados onde jazera o corpo de Jesus, um à
cabeceira e outro aos pés. E disseram-lhe eles: Mulher, por que choras? Ela
lhes disse: Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram. E, tendo
dito isto, voltou-se para trás, e viu Jesus em pé, mas não sabia que era Jesus.
Disse-lhe Jesus: Mulher, por que choras? Quem buscas? Ela, cuidando que era o
hortelão, disse-lhe: Senhor, se tu o levaste, dize-me onde o puseste, e eu o
levarei. Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, voltando-se, disse-lhe: Raboni, que quer
dizer: Mestre. Disse-lhe Jesus: Não me detenhas, porque ainda não subi para meu
Pai, mas vai para meus irmãos, e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso
Pai, meu Deus e vosso Deus. Maria Madalena foi e anunciou aos discípulos que
vira o Senhor, e que ele lhe dissera isto.
Kondakion:
Tu Te elevaste do túmulo e ressuscitaste dos mortos, elevaste Adão, Eva
se rejubila em Tua ressurreição e as extremidades do mundo celebram teu
despertar de entre os mortos, ó misericordiosissimo.
Ikós:
Despojaste os
palácios dos infernos e ressuscitaste dos mortos, ó pacientíssimo, vieste ao
encontro das merróforas e em lugar, da tristeza lhes trouxeste a alegria.
Aos apóstolos
manifestaste os sinais de tua vitória, ó meu Salvador, que dás a vida, e
iluminaste a criação, ó amigo do homem.
Eis porque o universo
se rejubila pelo teu despertar de entre os mortos, ó misericordiosíssimo.
Exapostilário:
Quando Maria viu dois anjos dentro do túmulo,
admirou-Se e não reconheceu Jesus; pensando ser Ele o jardineiro,
perguntou-Lhe: “Senhor, aonde puseste o corpo de Cristo?”.
Quando Ele A chamou, reconheceu ser logo o
Salvador e ouviu a Sua recomendação: “Não Me toques, porque Eu ainda vou a Meu
Pai, mas diga o que viu aos Meus irmãos”.
Theotokion
Tu, que por nossa salvação, nasceste de uma
virgem e padeceste a crucificação, ó boníssimo, por Tua morte despojaste a
morte; Tu que és Deus, nos revelaste a ressurreição. Não desprezes aqueles que
Tua mão criou e manifesta a Tua misericórdia, ó amigo do homem. Aceita as
preces daquele, a quem deste a Luz e salva os desprezados, ó nosso Salvador.
Laudes
1º
Senhor, compareceste perante o tribunal para ser julgado por Pilatos e não
deixaste o trono em que Te assentas com o Pai. Ressuscitado dentre os mortos,
libertaste o mundo da tirania do usurpador, porque és compassivo e filantropo.
2º
Senhor, Te colocaram num Sepulcro como morto; os soldados Te guardavam como um
Rei que dorme; como sobre o tesouro da vida, eles puseram selos. Mas Tu
ressuscitaste e deste às nossas almas a grande misericórdia.
3º
Senhor, Tu nos deste a cruz como uma arma contra o demônio; diante dela, ele
treme de temor, sem poder suportar a Tua força, ela que ressuscita os mortos e
destrói a morte. Nós adoramos a Ti (Tua Sepultura e Tua Ressurreição).
4º
Senhor, Teu anjo, que pregou a Ressurreição, encheu os guardas de temor e se
dirigiu às mulheres: porque procuravam o vivo entre os mortos? Ele ressuscitou
e deu ao mundo a vida eterna e a grande misericórdia.
5º
Tu, ó impassível, em Tua divindade, padeceste na cruz, aceitaste permanecer
três dias no sepulcro para nos dar a imortalidade e conceder-nos a vida, por
Tua ressurreição, ó Cristo, nosso Deus, amigo dos homens.
6º
Eu adoro, eu glorifico, eu canto, ó Cristo, Tua ressurreição do túmulo. Por
ela, Tu nos libertaste dos elos do inferno e Tu, que és Deus, deste ao mundo a
vida eterna e a grande misericórdia.
7º
Os sem lei guardavam Teu Sepulcro, que eles haviam selado, colocando guardas.
Mas Tu, Deus Imortal e todo poderoso, ressuscitaste no terceiro dia.
8º
Senhor, quando chegaste às portas do inferno e as quebraste, os cativos
clamaram, dizendo: Quem é Aquele que as profundezas da Terra não podem conter,
e que anulou a prisão da morte como se fosse uma simples tenda? Eu o acolhi
como um mortal, e eu o temo como um Deus. Salvador, todo poderoso, tem piedade
de nós.
Eothinon
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.
As sentidas lágrimas de Maria Madalena não foram
vertidas em vão. Veja como ela aprendeu dos anjos, ó Jesus, a olhar a Tua face;
mas como ela era uma fraca mulher, estava pensando em coisas mundanas, foi
impedida de tocar em Ti, ó Senhor, mas foi mandada a anunciar a Tua
ressurreição aos Teus discípulos, declarando a Tua ascensão para a perpétua
herança Paternal. Concede-nos, como foi a ela concedido, de ver o Teu
aparecimento, ó Senhor Deus.
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.
Theotokion
Bendita e venerável és Tu, ó Mãe de Deus, em
cujo seio se encarnou Aquele que visitou o inferno, libertando Adão e Eva da
maldição, destruindo a morte e dando a vida a todos nós.
Por isso bendirei o Cristo em qualquer tempo, e
sempre o Seu louvor estará em minha boca (2 vezes).
Euzina:
As quentes lágrimas de Maria não foram
derramados em vão, pois foi digna de aprender dos anjos e de ver teu rosto, oh
Jesus; mas sendo mulher débil, pensava nas coisas terrenas, pelo qual não lhes
permitiste tocar-te, oh Cristo; enviaste a Teus discípulos a dar a boa nova de
Tua Ressurreição anunciando a ascensão até a casa paterna. Faz-nos digno,
juntos com ela, de Tua manifestação, oh Senhor Deus.
Ó Senhor, ressuscitado do sepulcro, rompeste os
grilhões do inferno, eliminaste o poder da morte, salvando todos dos laços do
inimigo; e quando apareceste a teus discípulos, os enviaste a evangelizar e,
através deles, deste tua paz ao mundo, tu que és o Único Misericordioso.
Divina Liturgia
Anunciação
- Modo 4:
É hoje o começo da nossa salvação e a manifestação
do mistério eterno.
O Filho de Deus torna-Se Filho da Virgem e Gabriel
anuncia a graça.
Por isso, cantamos com ele à Mãe de Deus:
“Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo!”
Tropário da Ressurreição
– 5º tom:
Nós, fiéis, louvemos e adoremos o Verbo igualado
ao Pai e ao Espírito na eternidade, que nasceu da Virgem para nossa salvação,
pois se dignou subir corporalmente à Cruz, suportar a morte e ressuscitar os
mortos com sua gloriosa Ressurreição.
Kondakion - 5º tom:
Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo.
Desceste ao Hades, ó Salvador meu, rompendo suas
portas, Tu que és Todo-poderoso, levantaste contigo os mortos, ó Criador,
destruíste, ó Cristo, o aguilhão da morte. e libertaste também Adão da
maldição, Tu que amas a humanidade. Por isso, clamamos, Senhor, salva-nos!
Theotokion
- 5º tom:
Agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém
Alegra-te, ó Mãe de
Deus, porta do Senhor!
Alegra-te, amparo e
proteção para os que te procuram!
Alegra-te, ó noiva, que em teu ventre geraste teu Criador e Deus!
Alegra-te, ó noiva, que em teu ventre geraste teu Criador e Deus!
Roga, sem cessar, por
aqueles que glorificam O que nasceu de ti.
Kondakion do Cego:
Privado dos olhos da alma, recorro a Ti, ó
Cristo, como o cego de nascimento, clamando com arrependimento:
«Tu és a luz resplandecente para os que estão nas trevas.»
«Tu és a luz resplandecente para os que estão nas trevas.»
Kondakion
da Páscoa:
Tendo descido ao túmulo, ó imortal, Tu
destruíste o poderio dos infernos e levantaste-te como vencedor, ó Cristo Deus,
Tu, que disseste às mulheres miróforas: «Rejubilai!» e aos Apóstolos, dás a
paz, Tu que ressuscitas aqueles que sucumbiram.
Prokimenon:
Tu, Senhor, nos guardarás e nos preservarás
desta geração e para sempre.
Salva-me, Senhor, porque o justo desapareceu,
porque a verdade se extinguiu entre os filhos dos homens.
Epístola At 16, 16-34
Leitura
dos Atos dos Apóstolos.
Naqueles dias, quando
nós, apóstolos, íamos para a oração, veio ao nosso encontro uma jovem escrava
que tinha o espírito de Píton. Com suas adivinhações dava muito lucro aos
patrões. Começou a seguir Paulo e a nós, gritando: «Estes homens são servos do
Deus altíssimo e vos anunciam o caminho da salvação». Isto se repetiu por
muitos dias. Enfim, aborrecido, Paulo voltou-se para ela e disse ao espírito:
«Em nome de Jesus Cristo, ordeno-te sair desta moça.» No mesmo instante o
espírito saiu. Vendo os patrões que assim desaparecera a esperança do lucro,
agarraram Paulo e Silas e os levaram para o foro, perante as autoridades.
Apresentaram-nos aos oficiais romanos, dizendo: «Estes homens espalham a
desordem em nossa cidade porque, sendo judeus, pregam costumes que, a nós,
romanos, não são permitidos aceitar nem praticar". Toda a multidão se
insurgiu contra eles. Os oficiais mandaram arrancar-lhes as roupas e açoitá-los
com varas. Depois de lhes terem feito muitas feridas, meteram-nos no cárcere,
mandando ao carcereiro que os guardasse com segurança. Recebendo tal ordem, ele
os meteu nos porões do cárcere e lhes prendeu os pés ao cepo. Por volta da
meia-noite, Paulo e Silas, em oração, louvavam a Deus, e os presos prestavam
atenção. De repente sentiu-se um terremoto tão grande que se abalaram até os fundamentos
do cárcere. Imediatamente se abriram todas as portas e se soltaram os grilhões
de todos. O carcereiro acordou e, vendo abertas as portas do cárcere, supôs que
os presos haviam fugido. Tirou a espada e ia matar-se. Mas Paulo gritou em voz
alta: «Não te faças nenhum mal, pois estamos todos aqui.» Então o carcereiro
pediu uma lanterna, entrou no cárcere e se lançou trêmulo aos pés de Paulo e
Silas. Depois os conduziu para fora e perguntou: «Senhores, o que devo fazer
para me salvar?» Eles responderam: «Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua
família». Anunciaram a palavra do Senhor a ele e a todos os de sua casa. E
naquela hora da noite ele cuidou deles, lavou-lhes as feridas e, em seguida,
foi batizado com todos os seus. Depois os fez subir à sua casa, pôs-lhes a mesa
e se alegrou com toda a família por ter crido em Deus.
Aleluia!
Aleluia, aleluia, aleluia!
Eu cantarei eternamente as tuas misericórdias,
Senhor; e anunciarei a tua verdade de geração em geração.
Aleluia, aleluia, aleluia!
Porque disseste: «A misericórdia elevar-se-á
como um edifício eterno», e nos céus a tua verdade será solidamente
estabelecida.
Aleluia, aleluia, aleluia!
Evangelho Jo 4, 5-42
Evangelho
de Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo o Evangelista São João.
Naquele tempo, Jesus ia passando, quando viu um
cego de nascença. Os seus discípulos lhe perguntaram: Rabi, quem pecou para que
ele nascesse cego, ele ou seus pais? Jesus respondeu: Nem ele, nem seus pais
pecaram. Isso serve para que as obras de Deus se manifestem nele. É necessário
que façamos as obras daquele que me enviou, enquanto é dia. Vem a noite, quando
ninguém poderá trabalhar. Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo. Dito
isso, cuspiu no chão, fez lama com a saliva e aplicou-a nos olhos do cego. Disse-lhe
então: Vai lavar-te na piscina de Siloé (que quer dizer: Enviado). O cego foi,
lavou-se e voltou enxergando. Os vizinhos e os que sempre viam o cego pedindo
esmola diziam: Não é ele que ficava sentado pedindo esmola? Uns diziam: Sim, é
ele. Outros afirmavam: não é ele, mas alguém parecido com ele. Ele, porém,
dizia: Sou eu mesmo. Então lhe perguntaram: Como é que se abriram os teus
olhos? Ele respondeu: O homem chamado Jesus fez lama, aplicou nos meus olhos e
disse-me: Vai a Siloé e lava-te. Eu fui, lavei-me e comecei a ver.
Perguntaram-lhe ainda: Onde ele está? Ele respondeu: Não sei. Então levaram
aquele que tinha sido cego aos fariseus. Ora, foi num dia de sábado que Jesus
tinha feito lama e aberto os olhos do cego. Por sua vez, os fariseus perguntaram
ao homem como tinha recuperado a vista. Respondeu-lhes: Ele aplicou lama nos
meus olhos, e eu fui lavar-me e agora vejo! Alguns dos fariseus disseram então:
Esse homem não vem de Deus, pois não observa o sábado; outros, no entanto,
diziam: Como pode um pecador fazer tais sinais? E havia divisão entre eles.
Voltaram a interrogar o homem que antes era cego: E tu, que dizes daquele que
te abriu os olhos? Ele respondeu: É um profeta. Os judeus não acreditaram que
ele fora cego e que tinha começado a ver, até que chamassem os pais dele.
Perguntaram-lhes: Este é o vosso filho que dizeis ter nascido cego? Como é que
ele está enxergando agora? Os seus pais responderam: Sabemos que este é o nosso
filho e que nasceu cego. Como está enxergando, isso não sabemos. E quem lhe
abriu os olhos, também não o sabemos. Perguntai a ele: ele é maior de idade e
pode falar sobre si mesmo. Seus pais disseram isso porque tinham medo dos
judeus, pois estes já tinham decretado expulsar da sinagoga quem confessasse
que Jesus era o Cristo. Foi por isso que os pais disseram: Ele é maior de
idade, perguntai a ele. Os judeus, outra vez, chamaram o que tinha sido cego e
disseram-lhe: Dá glória a Deus. Nós sabemos que esse homem é um pecador. Ele
respondeu: Se é pecador, eu não sei. Só sei que eu era cego e agora vejo. Eles
perguntaram: Que é que ele te fez? Como foi que ele te abriu os olhos? Ele
respondeu: Eu já vos disse e não me escutastes. Por que quereis ouvir de novo?
Acaso quereis tornar-vos discípulos dele? Os fariseus, então, começaram a
insultá-lo, dizendo: Tu, sim, és discípulo dele. Nós somos discípulos de
Moisés. Nós sabemos que Deus falou a Moisés; mas, esse, não sabemos de onde é.
O homem respondeu-lhes: Isso é de admirar! Vós não sabeis de onde ele é? No
entanto, ele abriu-me os olhos! Sabemos que Deus não ouve os pecadores, mas
ouve aquele que é piedoso e faz a sua vontade. Jamais se ouviu dizer que alguém
tenha aberto os olhos a um cego de nascença. Se esse homem não fosse de Deus,
não conseguiria fazer nada. Eles responderam-lhe: Tu nasceste todo no pecado e
nos queres dar lição? E o expulsaram da sinagoga. Jesus ficou sabendo que o
tinham expulsado. Quando o encontrou, perguntou-lhe: Crês no Filho do Homem?
Ele respondeu: Quem é, Senhor, para que eu creia nele? Jesus disse: Tu o estás
vendo; é aquele que está falando contigo. Ele exclamou: Eu creio, Senhor! E
ajoelhou-se diante de Jesus.
Sinaxe
No Evangelho deste domingo, Jesus abre os olhos
ao cego de nascença pelas águas de Silóe. Mas antes de pedir ao cego que
lavasse seus olhos naquelas águas, Jesus tinha feito uma mistura de terra com
sua própria saliva. O milagre estava iminente, uma vez que a receita usada pelo
Senhor, isto é, a matéria (terra) e o espírito (saliva saída da boca do próprio
Deus), proporcionam ao homem a possibilidade de uma nova criação, uma criação
perfeita, por isso, sem defeitos.
Deus usa de nossa própria realidade para operar
maravilhas.
Ele quer precisar de nossa história, nossas
condições limitadas, nossas experiências, fazendo delas ingredientes
necessários para revelar-se.
A luz é criada por Deus, conforme relata o
Gênesis, para colocar ordem no Universo. Deus separa as trevas da luz e as
nomeia Dia e Noite. Após ter feito a luz, cria o homem, a sua imagem e
semelhança, sob a claridade da vida, para que ele governasse a Terra. No
entanto preferiu o governo das trevas caindo no pecado. Foi necessária a Nova
Luz que brota do caos da morte, para que ele pudesse retornar a sua essência,
para que pudesse retornar à luz primitiva:
«Senhor, nosso Deus, fonte da vida e da
imortalidade;
luz e vida de todos;
ó luz eterna da luz eterna;
luz invisível e incompreensível;
cuja morada está na luz inacessível;
luz da glória do Pai e seu esplendor;
luz das ordens celestes
que ilumina todo homem que vem ao mundo.
Tu, ó Salvador,
puseste uma lei ao primeiro homem que estava na luz,
para que o guiasse e dirigisse ao mundo novo,
infundindo nele o desejo de progredir na vida eterna.
Ele, porém, transgrediu teu mandamento
e caiu daquela sua glória
e, com sua queda, causou a sua própria morte
e sua expulsão para longe de Ti,
ó Luz glorificada.
imortalidade;
luz e vida de todos;
ó luz eterna da luz eterna;
luz invisível e incompreensível;
cuja morada está na luz inacessível;
luz da glória do Pai e seu esplendor;
luz das ordens celestes
que ilumina todo homem que vem ao mundo.
Tu, ó Salvador,
puseste uma lei ao primeiro homem que estava na luz,
para que o guiasse e dirigisse ao mundo novo,
infundindo nele o desejo de progredir na vida eterna.
Ele, porém, transgrediu teu mandamento
e caiu daquela sua glória
e, com sua queda, causou a sua própria morte
e sua expulsão para longe de Ti,
ó Luz glorificada.
Tu, no entanto, Senhor,
pela tua morte, imensa bondade e compaixão incomensurável,
desceste até a nossa baixeza, a nós, pecadores,
para devolver-nos aquela glória perdida e a luz primitiva.
Quiseste até morar no túmulo
por nós, transgressores de teus mandamentos divinos;
desceste aos invernos e às profundezas da terra,
despedaçaste as portas eternas
e libertaste os que estavam nas trevas da morte.
Pela tua Ressurreição ao terceiro dia,
iluminaste o nosso gênero humano;
deste ao mundo uma vida nova;
iluminaste a todos melhor que o sol;
e por tua misericórdia,
restituíste à nossa natureza,
o seu lugar primitivo
e a luz gloriosa da qual fora afastada".
pela tua morte, imensa bondade e compaixão incomensurável,
desceste até a nossa baixeza, a nós, pecadores,
para devolver-nos aquela glória perdida e a luz primitiva.
Quiseste até morar no túmulo
por nós, transgressores de teus mandamentos divinos;
desceste aos invernos e às profundezas da terra,
despedaçaste as portas eternas
e libertaste os que estavam nas trevas da morte.
Pela tua Ressurreição ao terceiro dia,
iluminaste o nosso gênero humano;
deste ao mundo uma vida nova;
iluminaste a todos melhor que o sol;
e por tua misericórdia,
restituíste à nossa natureza,
o seu lugar primitivo
e a luz gloriosa da qual fora afastada".
«Deus, fonte da vida e da imortalidade;
luz e vida de todos;
ó luz eterna da luz eterna;
luz invisível e incompreensível;
cuja morada está na luz inacessível;
luz da glória do Pai e seu esplendor;
luz das ordens celestes
que ilumina todo homem que vem ao mundo» (*)
luz e vida de todos;
ó luz eterna da luz eterna;
luz invisível e incompreensível;
cuja morada está na luz inacessível;
luz da glória do Pai e seu esplendor;
luz das ordens celestes
que ilumina todo homem que vem ao mundo» (*)
Na Criação, o Senhor reorganiza o caos e, com a
Ressurreição de Cristo, dá ao homem a Luz nova; neste fato narrado pelo Evangelho,
o Senhor reorganizou a vida daquele que era antes privado da visão: de
incrédulo passou a ser testemunha do Messias e ao mesmo tempo sua cura
manifestava que o Reino de Deus já estava no meio deles.
Em outras passagens do Novo Testamento, a luz
também foi usada por Jesus como elemento pedagógico em suas parábolas
ensinado-nos que não podemos escondê-la, mas colocá-la em lugares onde ela
possa irradiar sua luminosidade.
Uma vez batizados somos possuidores da Luz pois
no Batismo, a luz ocupa um lugar de destaque trazendo em seu bojo uma
catequese: recebemos a luz (vela acesa) que nos faz Filhos de Deus, que nos faz
criaturas iluminadas, com a missão de iluminar.
Ao nascer uma criança dizemos que a «mãe deu à
luz uma criança»; isto é: a mãe dá de presente uma criança para a luz do mundo.
Com o Batismo pais e padrinhos dão à luz um filho da Igreja. Nele, esta luz não
é criada, é a nova luz, a luz que brota da Ressurreição, do túmulo de Cristo. A
Igreja acolhe em seu seio, como Mãe, os novos filhos que pelo Batismo são dados
à luz da fé. Da mesma forma que após o nascimento uma criança recebe todos os
cuidados necessários, no Batismo, pais e padrinhos cuidam por zelar também por
ela,para que de fato a Luz recebida no Batismo não seja escondida ou ocultada,
mas pelo contrario, seja intensificada, divulgada e anunciada.
Não podemos agir, portanto, como se ignorássemos
essas grandezas; não podemos nos esconder da própria luz que nos foi dada no
dia de nosso Batismo. Semelhantemente, a prática deve confirmar a nossa adesão
ao Cristo e não contrariar o que professamos em público.
O Cego, após o milagre, professou sua fé no
Senhor, menosprezando o medo e as conseqüências que disto podia lhe advir.
Somente Cristo consegue lançar luz sobre as
trevas. Renunciá-lo significa preferir a escuridão à Luz; luz esta que ilumina
a todos e a tudo.
O Senhor abre também nossos olhos e nos ensina a
ver nos sofrimentos, nas dores, na morte e nas dificuldades a presença de Jesus
sofredor e não a sua completa ausência ou abandono que, as vezes, somos
tentados a supor.
A terra e a saliva ainda são necessárias para
que a Luz resplandeça e ilumine o mundo; e para que o mundo creia e professe
que Jesus é o Senhor, o Messias prometido aos nossos pais desde os tempos mais
antigos.
(*) Oração do Sábado
Santo
Ss. Andrônico e Junías
dos 70 apóstolos
Estes dois santos tinham uma
amizade de longa data e, trabalhando em conjunto, levaram a luz de Jesus Cristo
aos idólatras. Na medida em que passava o tempo, germinava em seus corações a
semente do Espírito Santo. Santos Andrônico e Junías, em seu apostolado,
construíram várias igrejas e colaborarm de perto com o Apóstolo Paulo, o qual,
na sua epístola diz, “Saúdo a Andrônico e Junías, meus parentes e companheiros
de cárcere, destacados entre os apóstolos e convertidos a Cristo antes de mim”.
Rm (16: 7)
Kondakion:
Companheiros notáveis dos
apóstolos
e verdadeiros ministros de Jesus,
sagrados mensageiros de sua condescendência;
recebendo a Graça do Espírito Santo,
ó glorioso Andrônico e Junías,
a Luz, como lâmpada, a levastes aos confins do mundo!
e verdadeiros ministros de Jesus,
sagrados mensageiros de sua condescendência;
recebendo a Graça do Espírito Santo,
ó glorioso Andrônico e Junías,
a Luz, como lâmpada, a levastes aos confins do mundo!
Tradução e
publicação neste site com permissão de Ortodoxia.orgTrad.: Pe. André
Folheto
Dominical da Igreja Anunciação da Mãe de Deus
Responsável
Reverendo Ecônomo Padre Emanuel Sofoulis
Editoração e Diagramação
Antonio José
Atualização da Página na
internet
Jean Stylianoudakis
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Apoio
- Rodrigo Marques – Membro do Coro da Igreja
- Alessandra Sofia Kiametis Wernik – Membro do Coro da Igreja
- Folheto da Comunidade Ortodoxa de São Pedro e São Paulo
Pavuna – Rio de Janeiro – RJ – Brasil
http://comunidadeortodoxaspsp.blogspot.com.br/
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