27 maio 2015

Domingo dos Santos Padres do 1° Concílio Ecumênico de Nicéia (325)

PATRIARCADO ECUMÊNICO DE CONSTANTINOPLA
Arquidiocese Ortodoxa Grega de Buenos Aires e América do Sul
Igreja Anunciação da Mãe de Deus
SGAN - Quadra 910 - Módulo ‘’B’’ - CEP: 70.790-100 - Brasília-DF
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Brasília, 24 de maio de 2015.
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Domingo dos Santos Padres do 1° Concílio Ecumênico de Nicéia (325)

7º Domingo da Páscoa - Modo 2 Plagal

Memória de Simeão Estilita, o Moço - da Montanha Admirável († 596)


Os cristãos orientais conservam viva a memória do solene evento realizado no ano 325 em Nicéia, em que foram condenados os erros de Ário. O fato de celebrar este acontecimento na proximidade da festa da Ascensão é um incentivo a reavivar a nossa fé no Verbo de Deus, verdadeiro homem, e que voltou para o Pai celestial.

Matinas

Tropário:
As potestades angélicas apareceram no Teu venerado Sepulcro, e os guardas ficaram como mortos, e Maria colocou--se junto do Sepulcro, procurando o Teu puríssimo Corpo. Entretanto, subjugaste o inferno, sem ser tentado por ele, e encontraste a Virgem, revelando a vida, Senhor, que ressuscitaste dos mortos, glória a Ti
Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo,

As potestades angélicas apareceram no Teu venerado Sepulcro, e os guardas ficaram como mortos, e Maria colocou--se junto do Sepulcro, procurando o Teu puríssimo Corpo. Entretanto, subjugaste o inferno, sem ser tentado por ele, e encontraste a Virgem, revelando a vida, Senhor, que ressuscitaste dos mortos, glória a Ti
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.

Theotokion:
Ó Tu que chamaste Tua Mãe bendita e voluntariamente assumiste a paixão, brilhaste sobre a cruz para reencontrar Adão, dizendo aos Teus anjos: alegrai-vos comigo pois encontrei a dracma perdida. Ó nosso Deus, que com sabedoria ordenaste todas as coisas, glória a Ti.

Katisma:
O sepulcro está aberto, o inferno se lamenta e Maria exclama aos apóstolos prostrados: "Saí, operários da vinha, proclamai a nova da ressurreição. O Senhor ressuscitou e deu ao mundo a grande misericórdia."
Glória ao Pai, Filho e Espírito Santo.

Ao lado de Teu sepulcro, Senhor, Maria Madalena chora e se lamenta: Ela Te fala e, pensando que eras o jardineiro, e diz: "Onde colocaste a vida eterna? Onde colocaste aquele que se assenta sobre o trono dos querubins?" E quando ela viu os guardas gelados, caírem como mortos, exclamou: "Dai-me o meu Senhor, ou então clamai comigo: glória a Ti que desceste até os mortos, glória a Ti que ressuscitaste dos mortos."
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos.

Theotokion:
Ó Mãe de Deus, Gedeão anuncia tua concepção e profetiza teu parto. Porque o verbo do Pai desceu ao teu seio como a chuva na lã das ovelhas e tu, ó santa terra, e cheia de graça fizeste germinar para nós, sem semente, este fruto, a salvação do mundo, o Cristo nosso Deus.

Ypakoí:
Por Tua morte voluntária e vivificante, ó Cristo,/ Tu como Deus, partiste em pedaços os portões do Hades,// abrindo-nos o Paraíso do passado e por ressuscitar dentre os mortos Tu libertaste nossas vidas da corrupção.

Antífona:
Eu elevo meus olhos aos céus em direção a Ti, ó verbo de Deus. Tem misericórdia de mim, a fim de que eu viva para Ti. Ó Verbo, tem piedade de nós, Teus servos, que fomos desprezados, e faze de nós, ó Verbo, Teus instrumentos úteis.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.
O Espírito Santo é a fonte e a salvação de todos; por isto, se ele quiser, com o seu sopro une o homem a todas as coisas terrestres, dá-lhes asas, o eleva e o coloca nas alturas.

Prokimenon:
Senhor, revela Teu poder, e vem a nós para nos salvar. (2 vezes).

Stichos:
Escuta, pastor do povo; Senhor, revela Teu poder, e vem a nós para nos salvar (repete a primeira).

Evangelho:                                                                                         Jo 21, 1-14
Evangelho de Nosso Senhor Jesus  Cristo, segundo o Evangelista São João.

Naquele tempo, tornou Jesus a manifestar-se aos seus discípulos junto ao lago de Tiberíades. Manifestou-se deste modo: Estavam juntos Simão Pedro, Tomé {chamado Dídimo}, Natanael {que era de Caná da Galiléia}, os filhos de Zebedeu e outros dois dos seus discípulos. Disse-lhes Simão Pedro: Vou pescar. Responderam-lhe eles: Também nós vamos contigo. Partiram e entraram na barca. Naquela noite, porém, nada apanharam. Chegada a manhã, Jesus estava na praia. Todavia, os discípulos não o reconheceram. Perguntou-lhes Jesus: Amigos, não tendes acaso alguma coisa para comer? Não, responderam-lhe. Disse-lhes ele: Lançai a rede ao lado direito da barca e achareis. Lançaram-na, e já não podiam arrastá-la por causa da grande quantidade de peixes. Então aquele discípulo, que Jesus amava, disse a Pedro: É o Senhor! Quando Simão Pedro ouviu dizer que era o Senhor, cingiu-se com a túnica {porque estava nu} e lançou-se às águas. Os outros discípulos vieram na barca, arrastando a rede dos peixes {pois não estavam longe da terra, senão cerca de duzentos côvados}. Ao saltarem em terra, viram umas brasas preparadas e um peixe em cima delas, e pão. Disse-lhes Jesus: Trazei aqui alguns dos peixes que agora apanhastes. Subiu Simão Pedro e puxou a rede para a terra, cheia de cento e cinquenta e três peixes grandes. Apesar de serem tantos, a rede não se rompeu. Disse-lhes Jesus: Vinde, comei. Nenhum dos discípulos ousou perguntar-lhe: Quem és tu?, pois bem sabiam que era o Senhor. Jesus aproximou-se, tomou o pão e lhos deu, e do mesmo modo o peixe. Era esta já a terceira vez que Jesus se manifestava aos seus discípulos, depois de ter ressuscitado.

Kondakion:
Tu Te elevaste do túmulo e ressuscitaste dos mortos, elevaste Adão, Eva se rejubila em Tua ressurreição e as extremidades do mundo celebram teu despertar de entre os mortos, ó misericordiosissimo.

Ikós:
Despojaste os palácios dos infernos e ressuscitaste dos mortos, ó pacientíssimo, vieste ao encontro das miróforas e em lugar, da tristeza lhes trouxeste a alegria.
Aos apóstolos manifestaste os sinais de tua vitória, ó meu Salvador, que dás a vida, e iluminaste a criação, ó amigo do homem.
Eis porque o universo se rejubila pelo teu despertar de entre os mortos, ó misericordiosíssimo.

Exapostilário:
Os filhos de Zebedeu, Pedro, Natanael, Tomé e outros dos, se encontravam pescando no lago de Tiberiades; e quando a ordem de Cristo, lançaram suas redes no lado direito, pescaram muitos peixes. E quando Pedro reconhecem a Cristo, se aproximou dele nadando. Esta foi a terceira aparição do Senhor quando lhes mostrou pão e peixe sobre as brasas.

Theotokion:
Oh Virgem, suplica por nós ao Senhor, que ressuscitou do sepulcro ao terceiro dia. Nós os que com fervor te louvamos e te chamamos bem aventurada, encontramos todos em ti um refúgio Salvador e uma intercessora, porque nós servos teus, oh Mãe de Deus esperamos tua ajuda.

Laudes:
1º Senhor, compareceste perante o tribunal para ser julgado por Pilatos e não deixaste o trono em que Te assentas com o Pai. Ressuscitado dentre os mortos, libertaste o mundo da tirania do usurpador, porque és compassivo e filantropo.
2º Senhor, Te colocaram num Sepulcro como morto; os soldados Te guardavam como um Rei que dorme; como sobre o tesouro da vida, eles puseram selos. Mas Tu ressuscitaste e deste às nossas almas a grande misericórdia.
3º Senhor, Tu nos deste a cruz como uma arma contra o demônio; diante dela, ele treme de temor, sem poder suportar a Tua força, ela que ressuscita os mortos e destrói a morte. Nós adoramos a Ti (Tua Sepultura e Tua Ressurreição).
4º Senhor, Teu anjo, que pregou a Ressurreição, encheu os guardas de temor e se dirigiu às mulheres: porque procuravam o vivo entre os mortos? Ele ressuscitou e deu ao mundo a vida eterna e a grande misericórdia.
5º Tu, ó impassível, em Tua divindade, padeceste na cruz, aceitaste permanecer três dias no sepulcro para nos dar a imortalidade e conceder-nos a vida, por Tua ressurreição, ó Cristo, nosso Deus, amigo dos homens.
6º Eu adoro, eu glorifico, eu canto, ó Cristo, Tua ressurreição do túmulo. Por ela, Tu nos libertaste dos elos do inferno e Tu, que és Deus, deste ao mundo a vida eterna e a grande misericórdia.
7º Os sem lei guardavam Teu Sepulcro, que eles haviam selado, colocando guardas. Mas Tu, Deus Imortal e todo poderoso, ressuscitaste no terceiro dia.
8º Senhor, quando chegaste às portas do inferno e as quebraste, os cativos clamaram, dizendo: Quem é Aquele que as profundezas da Terra não podem conter, e que anulou a prisão da morte como se fosse uma simples tenda? Eu o acolhi como um mortal, e eu o temo como um Deus. Salvador, todo poderoso, tem piedade de nós.

Eothinon:
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.
As sentidas lágrimas de Maria Madalena não foram vertidas em vão. Veja como ela aprendeu dos anjos, ó Jesus, a olhar a Tua face; mas como ela era uma fraca mulher, estava pensando em coisas mundanas, foi impedida de tocar em Ti, ó Senhor, mas foi mandada a anunciar a Tua ressurreição aos Teus discípulos, declarando a Tua ascensão para a perpétua herança Paternal. Concede-nos, como foi a ela concedido, de ver o Teu aparecimento, ó Senhor Deus.
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.

Theotokion:
Bendita e venerável és Tu, ó Mãe de Deus, em cujo seio se encarnou Aquele que visitou o inferno, libertando Adão e Eva da maldição, destruindo a morte e dando a vida a todos nós.
Por isso bendirei o Cristo em qualquer tempo, e sempre o Seu louvor estará em minha boca (2 vezes).

Euzina:
Depois de Tua descida ao Hades e Tua Ressurreição dentre os mortos, os discípulos se entristeceram como era de se esperar por Tua separação, oh Cristo regressando aos Seus Trabalhos seguiram em suas fainas nas barcas e suas redes, porém nada pescaram. Mas quando lhes apareceste, oh salvador sendo o Senhor de todos lhes ordenaste lançar as redes ao lado direito de imediato Tua palavra foi cumprida e eles pescaram muitos peixes. Banquetearam-se de estranha ceia preparada no solo comeram então os Teus discípulos. Torna-nos dignos com eles de goza-la também espiritualmente, oh Senhor que amas a humanidade.
Ó Senhor, ressuscitado do sepulcro, rompeste os grilhões do inferno, eliminaste o poder da morte, salvando todos dos laços do inimigo; e quando apareceste a teus discípulos, os enviaste a evangelizar e, através deles, deste tua paz ao mundo, tu que és o Único Misericordioso.

Divina Liturgia

Anunciação - Modo 4:
É hoje o começo da nossa salvação e a manifestação do mistério eterno.
O Filho de Deus torna-Se Filho da Virgem e Gabriel anuncia a graça.
Por isso, cantamos com ele à Mãe de Deus:
“Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo!”

Issodikon:
Bendizei a Deus nas vossas assembleias, bendizei o Senhor, filhos de Israel!
Salva-nos, ó Filho de Deus, que ressuscitaste dentre os mortos, a nós que a Ti cantamos: aleluia!

Tropário da Ressurreição - 6º tom:
As potestades angélicas apareceram no Teu venerado Sepulcro, e os guardas ficaram como mortos, e Maria colocou--se junto do Sepulcro, procurando o Teu puríssimo Corpo. Entretanto, subjugaste o inferno, sem ser tentado por ele, e encontraste a Virgem, revelando a vida, Senhor, que ressuscitaste dos mortos, glória a Ti

Tropário da Festa – Modo Plagal 4:
Tu és digno de toda glória, ó Cristo nosso Deus, pois constituíste os nossos padres como astros sobre a terra, e por eles nos guiaste a todos à verdadeira fé. Ó cheio de compaixão, glória a Ti!

Kondakion - 6º tom:
Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo.
Tu, sendo Deus, te levantaste do túmulo, e devolveste a vida ao mundo; a natureza humana, por isso te louva: a morte foi vencida, Adão se regozija, ó Mestre, e Eva, liberta agora das cadeias da morte, com alegria exclama: Tu, Cristo, és o que a todos dá a Ressurreição!

Theotokion - 6º tom:
Agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém
Quando Gabriel te saudou, ó Virgem, dizendo: "alegra-te!" e com sua voz, o Salvador encarnou-se em ti, tabernáculo santo; e, como falava o Justo Davi: "veio do céu trazendo o Criador de tudo", glória Àquele que habita em ti, glória Àquele nascido de ti e que nos libertou!

Kondakion da Festa:
A pregação dos apóstolos e os ensinamentos dos padres firmaram uma só fé na Igreja; a qual, revestida do manto da verdade, tecido com a ciência teológica revelada, distribui sabiamente e glorifica o grande mistério da piedade.

Prokimenon:
Bendito és Tu, Senhor, Deus de nossos pais, e teu Nome é glorificado eternamente (Dn 3, 26).
Porque é justo em tudo o que nos fizeste, tuas obras são verdadeiras e retos os teus caminhos (Dn 3 27).

Epístola                                                                      At 20, 16-18; 28-36
Leitura dos Atos dos Apóstolos.

Naqueles dias, Paulo havia determinado não ir a Éfeso, para não se demorar na Ásia, pois se apressava para celebrar, se possível em Jerusalém, o dia de Pentecostes. Mas, de Mileto mandou a Éfeso chamar os anciãos da igreja. Quando chegaram, e estando todos reunidos, disse-lhes: «Vós sabeis de que modo sempre me tenho comportado para convosco, desde o primeiro dia em que entrei na Ásia, porque nada omiti no anúncio que vos fiz dos desígnios de Deus. Cuidai de vós mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastorear a Igreja de Deus, que ele adquiriu com o seu próprio sangue. Sei que depois da minha partida se introduzirão entre vós lobos cruéis, que não pouparão o rebanho. Mesmo dentre vós surgirão homens que hão de proferir doutrinas perversas, com o intento de arrebatarem após si os discípulos. Vigiai! Lembrai-vos, portanto, de que por três anos não cessei, noite e dia, de admoestar, com lágrimas, a cada um de vós. Agora eu vos encomendo a Deus e à palavra da sua graça, àquele que é poderoso para edificar e dar a herança com os santificados. De ninguém cobicei prata, nem ouro, nem vestes. Vós mesmos sabeis: estas mãos proveram às minhas necessidades e às dos meus companheiros. Em tudo vos tenho mostrado que assim, trabalhando, convém acudir os fracos e lembrar-se das palavras do Senhor Jesus, porquanto ele mesmo disse: É maior felicidade dar que receber!» A essas palavras, ele se pôs de joelhos a orar.

Aleluia!
Aleluia, aleluia, aleluia!
Povos, aplaudi com as mãos, Aclamai a Deus com vozes alegres!
Aleluia, aleluia, aleluia!

Evangelho                                                                                          Jo 4, 5-42
Evangelho de Nosso Senhor Jesus  Cristo, segundo o Evangelista São João.

Naquele tempo, disse Jesus: «Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus. Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido. Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus»

Hirmos:
Subiu Deus por entre aclamações, o Senhor, ao som das trombetas.
Aleluia, aleluia, aleluia!

Sinaxe

Os cristãos orientais conservam viva a memória do solene evento realizado no ano 325 em Nicéia, em que foram condenados os erros de Ário. O fato de celebrar este acontecimento entre as festas da Ascensão e Pentecostes é um incentivo a reavivar a nossa fé no Verbo de Deus, verdadeiro homem, e que voltou para o Pai celestial donde nos enviou o Paráclito.

É sabido que, entre os Padres dos Sete Concílios ecumênicos do primeiro milênio, o grupo dos bispos orientais formavam a maioria, mas não é tanto a eles que são elevados hinos de louvor; mais se insiste sobre a importância da Igreja, liberta dos erros, e se agradece com gratidão a Deus por tal acontecimento, como é claramente expresso no tropário principal, que é comum também às outras duas comemorações dos Padres dos Concílios.

Remetemos à apresentação detalhada da comemoração de outubro em que será dado também o texto do tropário que começa com as palavras: "Infinitamente glorioso és tu, ó Cristo nosso Deus...". Ao Evangelho lê-se a Oração sacerdotal de Jesus (Jo 17,1-13). É uma súplica já bastante repetida entre os ecumenistas e que nos faz pensar nas muitas Igrejas agora separadas entre si, mas que têm em comum a fé professada no Concílio de Nicéia, doutrina fundamental e essencial para todos os cristãos.

Na sexta-feira se conclui o Pós-festa da Ascensão e no sábado, vigília de Pentecostes, celebra-se a comemoração de todos os fiéis defuntos.

FONTE:
DONADEO, Madre Maria, O Ano Litúrgico Bizantino. São Paulo: Editora Ave Maria, 1990


O Domingo dos Santos Padres do 1° Concílio Ecumênico de Nicéia

Protopresbítero Nicolás Milus

A comemoração dos Santos Padres dos Concílios realiza-se no domingo após a festa da Ascensão do Senhor. Com a expansão da Igreja, surgiram interpretações dúbias da doutrina cristã, daí nasceram os Concílios Ecumênicos, reuniões universais de Bispos que decidiam junto aos Patriarcas (cinco em total) o que era ou não, a verdadeira fé. O primeiro concílio ocorreu em 325 e o sétimo e último, em 787, transcorrendo quase 500 anos de uma era conturbada dentro da Igreja.
O Primeiro Concílio Ecumênico realizou-se na cidade de Nicéia, no ano 325, atendendo a um pedido do imperador Constantino Magno. Deliberou sobre o erro de Ário, sacerdote de Alexandria, que se referia a Jesus Cristo somente como um homem inspirado por Deus e não a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade. Assim as ideias de Ário foram condenadas como doutrina errônea e foram criados os sete primeiros pontos do Credo que professamos.

O Segundo Concílio Ecumênico realizou-se no ano 381, conhecido como Constantinopla I, que foi convocado pelo imperador Teodósio e que condenou outro erro grave de Macedônio, Arcebispo de Constantinopla, que negava que o Espírito Santo fosse Deus, quer dizer, a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, que é a base da fé cristã. Neste Concílio completou-se o Credo - " Niceno-Constantinopolitano", o que se professa até hoje.

O Terceiro Concílio Ecumênico realizou-se em Éfeso, no ano 431, convocado pelo imperador Teodósio II, no seu nome e do imperador Valentiniano III do Império Romano Ocidental, para condenar Nestório, Arcebispo de Constantinopla, que propagava a crença de que a Virgem Maria não era Mãe de Deus, quer dizer da Segunda Pessoa de Deus, mas somente de um homem chamado Jesus, mais uma vez negando a divindade do Senhor Jesus. De acordo com Nestório, o homem chamado Jesus era simplesmente unido a Deus de modo espiritual e não era necessariamente o seu Filho.

O Quarto Concílio Ecumênico realizou-se em Calcedônia, no ano 451, convocado pelo imperador Marquiano, no seu nome e do imperador do Império Romano Ocidental. Este Concílio julgou Eutiques, monge de Constantinopla, que combateu Nestório de maneira equivocada, negando a humanidade de Jesus que está bem clara nas Sagradas Escrituras. Esta doutrina errônea chama-se Monofisitismo que vem do grego e significa "uma só natureza". Neste Concílio foi definitivamente estabelecido que Jesus tem duas naturezas, a Divina e a humana, sendo perfeitamente homem e Perfeitamente Deus.

O Quinto Concílio Ecumênico, Constantinopla II, realizou-se no ano 553. Foi convocado pelo imperador Justiniano. Este Concílio condenou as obras escritas pelos seguidores do herege Nestório.

O Sexto Concílio Ecumênico, Constantinopla III, realizou-se no ano 680. Foi convocado pelo imperador Constantino, Barbudo. Este Concílio combateu a corrente chamada Monotelista, que defendia a ideia de Cristo ter uma só vontade, a Divina, e que a vontade humana estava perfeita e absolutamente sujeita a esta Vontade Divina. Na verdade, a dualidade de vontades em Jesus Cristo não é contrariada uma pela outra, estando a vontade humana sujeita a Vontade Divina. (Lc 22,42). É nesta época que surge, historicamente, o Islamismo, analisado neste Concílio. Outro objeto de análise foi o destaque dado às novas Regras Apostólicas, transformadas no principal documento legislativo da Santa Igreja Ortodoxa (Nono Cânon).

O Sétimo e último Concílio Ecumênico, Nicéia lI, realizou-se no ano 787. Foi convocado pela imperatriz Irene, em seu nome e do seu filho Constantino, para condenar um grupo de iconoclastas que queriam proibir a veneração das santos Ícones. Neste Concílio definiu-se e deliberou-se a doutrina ortodoxa da veneração dos Ícones.

BIBLIOGRAFIA:
«CHAMS» n.67, São Paulo, maio de 1998, pag. 62 Jaroslav K. Turkalo: «Narys istórií vselenskykh soboriv»
Compêndio da história dos Concílios Ecumênicos, New Haven - 1974.

S. Simeão, o Milagroso




Nascido em Antioquia, seu pai era nativo de Edessa, na Mesopotâmia, e sua mãe, chamada Marta, também foi depois reverenciada como santa e teve composta uma biografia sua que incorpora uma carta que ela enviou para o filho escrita de seu pilar à Tomas, o guardião da cruz verdadeira em Jerusalém.

Assim como seu homônimo, Simeão Estilita, o Velho, o primeiro dos estilitas, Simeão parece ter sido atraído desde muito cedo para uma vida austera. Ele se juntou a uma comunidade asceta que vivia ao redor de um outro eremita num pilar, chamado João, que funcionava como líder espiritual do grupo. Simeão, ainda um garoto, fez com que erigissem um pilar para si quando ele perdeu seu primeiro dente. Ele manteve este estilo de vida por 68 anos e, no decurso de sua vida, porém, ele se mudou diversas vezes para outro pilar. Quando da primeira destas mudanças, o Patriarca de Antioquia e bispo de Selêucia o ordenou diácono durante um curto período em que ele ficou no chão. Por oito anos, até a morte de João, Simeão permaneceu ao lado da coluna de seu mestre, tão perto que eles podiam facilmente conversar. Durante este período, seu ascetismo foi contido pelo do ancião.

Após a morte de João, Simeão se libertou e deu forças às suas práticas ascéticas ao ponto de Evágrio Escolástico afirmar que ele vivia apenas sob arbustos que cresciam na região de Teópolis.2 Ele foi novamente ordenado, agora padre, e foi assim capaz de oferecer uma missa pela memória de sua mãe. Nestas ocasiões, seus discípulos, um após o outro, subiam por uma escada para receber dele a Eucaristia de suas mãos. Como era o caso da maioria dos outros santos estilitas, um grande número de milagres foi reputado à Simeão, o Moço. Em diversas ocasiões a cura era realizada através de imagens representando o eremita. No final de sua vida, o santo ocupava uma coluna sobre um morro próximo de Antioquia, chamada, por causa dele, de “Morro dos Milagres”, e foi ali que ele morreu.

Além da carta, já mencionada, diversas outras obras são atribuídas a ele. Uma quantidade destes curtos tratados espirituais foram publicados por Cozza-Luzzi (“Nova PP. Bib.”, VIII, iii, Roma, 1871, pp. 4–156). Há também um “Apocalipse” e cartas para os imperadores bizantinos Justiniano I e Justino II (veja fragmentos na P.G., de Migne, LXXXVI, pt. II, 3216-20)

Há uma longa e sombria “Vida” de São Simeão, o Moço, escrita por Nicéforo Calisto, mas é possível aprender mais sobre a vida do santo a partir da “Vida de Santa Marta”, sua mãe, e pela História Eclesiástica de Evágrio Escolástico.



Folheto Dominical da Igreja Anunciação da Mãe de Deus


Responsável

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