04 julho 2015

5º Domingo de Mateus


PATRIARCADO ECUMÊNICO DE CONSTANTINOPLA
Arquidiocese Ortodoxa Grega de Buenos Aires e América do Sul
Igreja Anunciação da Mãe de Deus
SGAN - Quadra 910 - Módulo ‘’B’’ - CEP: 70.790-100 - Brasília-DF
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Brasília, 05 de julho de 2015.
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5º Domingo de Mateus

(5º depois de Pentecostes - Modo 4)

Santo Atanásio, fundador da Grande Lavra e do monaquismo cenobítico em Monte Athos, e seus seis discípulos († 1000).

Matinas

Tropário:
As discípulas do Senhor aprenderam do Anjo a anunciar jubilosamente a ressurreição e rejeitaram a sentença dos nossos primeiros pais e conversaram com os Apóstolos, orgulhosas, dizendo: A morte já é cativa e o Cristo Deus já ressuscitou, dando ao mundo grande misericórdia.
Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo,

As discípulas do Senhor aprenderam do Anjo a anunciar jubilosamente a ressurreição e rejeitaram a sentença dos nossos primeiros pais e conversaram com os Apóstolos, orgulhosas, dizendo: A morte já é cativa e o Cristo Deus já ressuscitou, dando ao mundo grande misericórdia.
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.

Theotokion:
Mistério desconhecido dos anjos; mistério oculto desde toda a eternidade; ó virgem, por Ti Deus se revelou a todos os habitantes da terra; uniu-se à carne sem corrupção, e livremente aceitou a cruz por nós; ressuscitou o primeiro homem e salvou nossas almas da morte.

Katisma:
As santas mulheres olharam para a entrada do túmulo, mas, não puderam suportar o brilho flamejante do anjo. Assustadas e tremendo, elas diziam: "Roubaram aquele que abriu as portas do céu ao bom ladrão? Será que ressuscitou Aquele que, antes de sua paixão, havia proclamado sua ressurreição? Em verdade, o Cristo, nosso Deus, ressuscitou dando aos que estavam no inferno. A vida e a ressurreição."
Glória ao Pai , Filho e ao Espírito Santo.

Ó meu salvador, livremente escolheste a cruz. Homens mortais Te colocaram em um sepulcro novo, a Ti que com Tua palavra, estabeleceste os confins do universo. Despojaste a morte e todos os habitantes dos infernos cantam a Tua vivificante ressurreição, clamando: "Cristo ressuscitou, ele que é o dispensador da vida e permanece pelos séculos dos séculos."
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos.

Theotokion:
Os coros dos anjos, ó puríssima, ficaram tomados de terror, diante do terrível mistério do teu parto. Como tu tens em teus braços Aquele que, com um só gesto tem todo o universo? Como Aquele que existe antes dos séculos, nasce e se alimenta de teu leite, aquele que cuja inefável bondade alimenta todo o ser vivente? Os anjos te bendizem e te proclamam a verdadeira Mãe de Deus.

Ypakoí:
As portadoras de aromas se apressaram em proclamar aos Apóstolos a boa-nova de Tua gloriosíssima Ressurreição, e anunciaram que Tu havias ressuscitado como Deus, ó Cristo, e concedeste ao mundo Tua grande misericórdia.

Antífona (sl. 128):
Desde minha juventude, numerosas são as paixões que me assaltam, mas Tu, ó meu Salvador, protege-me e salva-me. Vós que odiais Sião, sede confundidos pelo Senhor, pois, como a erva pelo fogo, sereis dissecados.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.
Pelo Espírito Santo, toda a alma vive pela pureza se eleva e pelo mistério sagrado da unidade Trinitária, ela se ilumina.

Prokimenon (salmo 44):
Levanta-Te, Senhor, vem em nosso socorro, resgata-nos pela glória de Teu nome. (2 vezes).

Stichos:
Ó Deus, ouvimos com nossos próprios ouvidos (repete a primeira).

Evangelho: Lc 24, 12-35
Evangelho de Nosso Senhor Jesus  Cristo, segundo o Evangelista São Lucas.

Naquele tempo, Pedro, levantando-se, correu ao sepulcro e, abaixando-se, viu só os lençóis ali postos; e retirou-se, admirando consigo aquele caso. E eis que no mesmo dia iam dois deles para uma aldeia, que distava de Jerusalém sessenta estádios, cujo nome era Emaús. E iam falando entre si de tudo aquilo que havia sucedido. E aconteceu que, indo eles falando entre si, e fazendo perguntas um ao outro, o mesmo Jesus se aproximou, e ia com eles. Mas os olhos deles estavam como que fechados, para que o não conhecessem. E ele lhes disse: Que palavras são essas que, caminhando, trocais entre vós, e por que estais tristes? E, respondendo um, cujo nome era Cléopas, disse-lhe: És tu só peregrino em Jerusalém, e não sabes as coisas que nela têm sucedido nestes dias? E ele lhes perguntou: Quais? E eles lhe disseram: As que dizem respeito a Jesus Nazareno, que foi homem profeta, poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo; e como os principais dos sacerdotes e os nossos príncipes o entregaram à condenação de morte, e o crucificaram. E nós esperávamos que fosse ele o que remisse Israel; mas agora, sobre tudo isso, é já hoje o terceiro dia desde que essas coisas aconteceram. É verdade que também algumas mulheres dentre nós nos maravilharam, as quais de madrugada foram ao sepulcro; e, não achando o seu corpo, voltaram, dizendo que também tinham visto uma visão de anjos, que dizem que ele vive. E alguns dos que estavam conosco foram ao sepulcro, e acharam ser assim como as mulheres haviam dito; porém, a ele não o viram. E ele lhes disse: Ó néscios, e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram! Porventura não convinha que o Cristo padecesse estas coisas e entrasse na sua glória? E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras. E chegaram à aldeia para onde iam, e ele fez como quem ia para mais longe. E eles o constrangeram, dizendo: Fica conosco, porque já é tarde, e já declinou o dia. E entrou para ficar com eles. E aconteceu que, estando com eles à mesa, tomando o pão, o abençoou e partiu-o, e lho deu. Abriram-se-lhes então os olhos, e o conheceram, e ele desapareceu-lhes. E disseram um para o outro: Porventura não ardia em nós o nosso coração quando, pelo caminho, nos falava, e quando nos abria as Escrituras? E na mesma hora, levantando-se, tornaram para Jerusalém, e acharam congregados os onze, e os que estavam com eles, os quais diziam: Ressuscitou verdadeiramente o Senhor, e já apareceu a Simão. E eles lhes contaram o que lhes acontecera no caminho, e como deles fora conhecido no partir do pão.





Kondakion:
Ó meu Salvador, desceste ao inferno e lá quebraste as portas, porque és todo poderoso.
Ressuscitaste contigo os mortos, porque és o Criador; destruíste o aguilhão da morte e Adão ficou livre do sofrimento, ó amigo do homem.
Nós também Te clamamos: "Senhor, salva-nos."

Ikós:
Tendo entendido as palavras do anjo, as santas mulheres cessaram as suas lamentações, cheias de alegria e de temor diante da ressurreição; e eis que o Cristo se aproximou delas e disse:
"Alegrai-vos! Tende confiança, eu venci o mundo e livrei os cativos.
Apressai-vos, pois, para ir dizer aos discípulos que eu vos precederei na Galiléia, para lá pregar."
Nós também clamamos: Senhor, salva-nos!

Exapostilário:
Ó Cristo, que és o caminho da vida, após Tua ressurreição, acompanhaste Lucas e Cleófas, que só Te reconheceram quando, no caminho, lhes falavas a respeito dos Teus sofrimentos. Por isso clamamos como eles: “Ó Senhor, verdadeiramente ressuscitaste e apareceste a Simão Pedro”.

Theotokion:
Louvamos a Tua incalculável piedade ó meu Criador, porque quiseste Te revestir da desgraçada natureza humana para salvá-la. Aceitaste ser igual a mim, embora saindo da pura e jovem Mãe; desceste ao inferno para me salvar. Pela intercessão da Tua Mãe, salva-me.

Laudes:
1º Senhor, saíste do túmulo, que os sem lei haviam selado, da mesma forma como nasceste da virgem. Os anjos incorpóreos não puderam compreender a Tua encarnação; os soldados, guardas de Teu túmulo, não perceberam Tua ressurreição.
As duas maravilhas ficam seladas para o espírito curioso, mas o mistério é revelado aos que Te adoram com fé. Concede a alegria e a grande misericórdia a nós que Te glorificamos.

2º Senhor, quebraste as portas eternas, rompeste as amarras e ressuscitaste do túmulo, no qual deixaste o Teu lençol, como testemunho dos três dias em que estiveste verdadeiramente sepultado. Precedeste Teus discípulos na Galiléia, enquanto Teu túmulo era guardado. Grande é a Tua misericórdia, inconcebível Salvador; tem piedade de nós, e salva-nos.

3º Senhor, as Santas mulheres acorreram ao Teu Sepulcro para ver-Te, ó Cristo, que sofreste por nós.
Chegando ao túmulo elas encontraram um anjo sentado sobre a pedra que havia rolado no tremor. E ele exclama: “O Senhor ressuscitou! Ide e anunciai aos discípulos que o Senhor ressuscitou dos mortos para salvar as nossas almas”.

4º Senhor, como saíste do Sepulcro, entraste no meio de Teus discípulos, estando as portas fechadas, e mostrando em Teu corpo os sinais da paixão que havias sofrido, ó Salvador longânime. Como filho de Davi, assumiste o sofrimento; como filho de Deus, salvaste o Mundo. Grande é a Tua misericórdia, ó incompreensível Salvador! Tem piedade de nós e salva-nos.

5º Senhor, tu és o Rei dos séculos e criador de todas as coisas. Aceitaste a crucificação e a sepultura por nós, para livrar a todos do inferno, porque és o nosso Deus; nós não conhecemos outro a não ser Tu.

6º Senhor, quem proclamará Teus milagres luminosos, quem confessará Teus insondáveis mistérios? Tu Te encarnaste pela nossa salvação, como o quiseste, mostraste a força de Teu poder pela Tua cruz, abriste o paraíso ao bom ladrão pela Tua Sepultura, destruíste os ferrolhos do inferno e, pela Tua ressurreição, cumulaste de bens toda a criação.
Glória a Ti, ó misericordiosíssimo!

7º De manhã, bem cedo, as mulheres santas, portadoras de aromas, chegaram ao Teu túmulo. Elas queriam ungir o Teu corpo, ó Verbo imortal. Mas elas retornaram com grande alegria para proclamar aos Apóstolos as palavras que o anjo lhes havia instruído; que Tu, vida de todos, havias ressuscitado, dando ao mundo a reconciliação e a grande misericórdia.

8º Os guardas do Sepulcro que continha Deus diziam aos judeus: “Quão vãos são os vossos conselhos! Querendo ocultar a ressurreição do crucificado, mais evidente a tornais. Ó vãos conselhos de nosso Sinédrio! É melhor escutar e crer naquele que verdadeiramente chegou: um anjo desceu do céu, sua veste era resplandecente, rolou a pedra e nós ficamos tomados de temor. Mas as Santas mulheres não tremiam. Ele, dirigindo-se a elas, disse: Não vedes os guardas aterrorizados, os selos rompidos e os infernos vazios?”.
Aquele que frustrou o inferno de sua vitória, que destruiu o aguilhão da morte, porque o procurais entre os mortos? Ide, levai aos Apóstolos a boa nova da ressurreição, clamai sem temor: verdadeiramente o Senhor ressuscitou, o Senhor da grande misericórdia.

Eothinon:
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.
Ó Cristo, como é admirável a Tua justiça e Teu arbítrio. Ao conceder a Pedro o entendimento de Tua ressurreição, pelo simples olhar do Teu Santo Sudário!
Porém, acompanhando e conversando com Lucas e Cleófas não deixaste que eles Te reconhecessem; por isso eles menosprezaram-Te, considerando-Te o único, estando em Jerusalém, que não sabia o que tinha acontecido. Mas, de acordo com o entendimento deles, lhes explicaste tudo o que foi dito pelos Profetas sobre Ti!

Ao partires o pão, se lhes abriram os olhos e Te reconheceram, pois estavam aflitos para isso. Voltaram, porém, para Jerusalém, onde se achavam reunidos os discípulos e anunciaram claramente a Tua ressurreição. É confiando nela, ó Senhor, que nós Te pedimos: tem piedade de nós.
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.

Theotokion:
Bendita e venerável és Tu, ó Mãe de Deus, em cujo seio se encarnou Aquele que visitou o inferno, libertando Adão e Eva da maldição, destruindo a morte e dando a vida a todos nós.
Por isso bendirei o Cristo em qualquer tempo, e sempre o Seu louvor estará em minha boca. (2 vezes).

Euzina:
Quão maravilhosos são Tua justiça e Teu Governo, oh Cristo! Como deste a Pedro o entender Tua Ressurreição através dos lenços que revestiam Teu corpo colocado a aparte!         No Caminho à Lucas e a Cléufas, falaste com eles acompanhando-os, sem no entanto te revelastes de imediato, sofrendo a crítica de ser o único estrangeiro em Jerusalém que não sábia dos últimos acontecimentos. Porém Tu que fizeste todas as coisas conforme o que convém a Tua criatura, lhes explicastes o que haviam dito os profetas a cerca de Ti. Quando partiste o pão te reconheceram depois que seus corações ardiam por conhecer-te. E ao reunir-se com Teus discípulos anunciaram claramente Tua Ressureição. Por ela, tenha piedade de nós.
Hoje é a salvação do mundo. Louvemos Aquele que ressuscitou do túmulo, dando-nos origem a uma nova vida, porque anulou a morte com a Sua morte e nos concedeu a misericórdia de obter essa grande vitória.

Divina Liturgia

Anunciação - Modo 4:
É hoje o começo da nossa salvação e a manifestação do mistério eterno.
O Filho de Deus torna-Se Filho da Virgem e Gabriel anuncia a graça.
Por isso, cantamos com ele à Mãe de Deus:
“Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo!”

Tropário da Ressurreição - 4º tom:
As discípulas do Senhor aprenderam do Anjo a anunciar jubilosamente a ressurreição e rejeitaram a sentença dos nossos primeiros pais e conversaram com os Apóstolos, orgulhosas, dizendo: A morte já é cativa e o Cristo Deus já ressuscitou, dando ao mundo grande misericórdia.

Kondakion – 4º tom:
Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo.
O Salvador e Redentor meu, sendo Deus, rompeu as portas do Hades, libertando de suas cadeias os habitantes da terra, e, sendo Soberano, ressuscitou ao terceiro dia.

Theotokion – 4º tom:
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém
O mistério eternamente oculto e dos anjos desconhecido, através de ti, ó Mãe de Deus, encarnando-se, apareceu na terra, voluntariamente aceitou a Cruz, e com ela ressuscitou o primeiro criado, e salvou da morte as nossas almas.

Hino á Mãe de Deus:
Ó Admirável e Protetora dos cristãos e nossa Medianeira do Criador não desprezes as súplicas de nenhum de nós pecadores, mas apressa-te em auxiliar-nos como Mãe bondosa que és, pois te invocamos com fé:roga por nós junto de Deus, tu que defendes sempre aqueles que te veneram.

Prokimenon:
Quão magníficas são as tuas obras, Senhor, fizeste com sabedoria todas as coisas (Sl 104,24).
Bendize ó minha alma o Senhor Senhor, como Tu és grandioso (Sl 104,1).

Epístola: Rm 10, 1-10
Leitura do Apostolo São Paulo aos Romanos:

Irmãos, o desejo do meu coração e a súplica que dirijo a Deus por eles são para que se salvem. Pois lhes dou testemunho de que têm zelo por Deus, mas um zelo sem discernimento. Desconhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria justiça, não se sujeitaram à justiça de Deus. Porque Cristo é o fim da lei, para justificar todo aquele que crê. Ora, Moisés escreve da justiça que vem da lei: O homem que a praticar viverá por ela (Lv 18,5). Mas a justiça que vem da fé diz assim: Não digas em teu coração: Quem subirá ao céu? Isto é, para trazer do alto o Cristo; ou: Quem descerá ao abismo? Isto é, para fazer voltar Cristo dentre os mortos. Que diz ela, afinal? A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração (Dt 30,14). Essa é a palavra da fé, que pregamos. Portanto, se com tua boca confessares que Jesus é o Senhor, e se em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. É crendo de coração que se obtém a justiça, e é professando com palavras que se chega à salvação.

Aleluia!
Aleluia, aleluia, aleluia!
Teus são os céus e tua é a terra fundaste o mundo e tudo o que ele contém.
Aleluia, aleluia, aleluia!
Feliz o povo que tem o Senhor por seu Deus.
Aleluia, aleluia, aleluia!

Evangelho: Mt 8, 28-9, 1
Evangelho de Nosso Senhor Jesus  Cristo, segundo o Evangelista São Mateus:

Naquele tempo, no outro lado do lago, na terra dos gadarenos, dois possessos de demônios saíram de um cemitério e vieram ao encontro de Jesus. Eram tão furiosos que pessoa alguma ousava passar por ali. Eis que se puseram a gritar: Que tens a ver conosco, Filho de Deus? Vieste aqui para nos atormentar antes do tempo? Havia, não longe dali, uma grande manada de porcos que pastava. Os demônios imploraram a Jesus: Se nos expulsas, envia-nos para aquela manada de porcos. Ide, disse-lhes. Eles saíram e entraram nos porcos. Nesse instante toda a manada se precipitou pelo declive escarpado para o lago, e morreu nas águas. Os guardas fugiram e foram contar na cidade o que se tinha passado e o sucedido com os endemoninhados. Então a população saiu ao encontro de Jesus. Quando o viu, suplicou-lhe que deixasse aquela região. Jesus tomou de novo a barca, passou o lago e veio para a sua cidade.

Kinonikon:
Na luz da glória de tua face caminharemos, Senhor, pelos séculos.
Aleluia, aleluia, aleluia!


Sinaxe


Após acalmar a tempestade, o Senhor e seus apóstolos chegaram à cidade de Gadara (Mt 8,28), no território de Gerasa (Mc 5,1), que estava sob o domínio do Império Grego, a leste da Palestina, aproximadamente 57 km de Amã, para lá, realizar mais um milagre: a expulsão de demônios. Os habitantes de Gadara, ou seja, os gadarenhos, eram muito supersticiosos, idólatras e preferiam viver isolados da sociedade. Este povo acreditava, segundo a concepção da época, que os maus espíritos eram associados a tudo o que podia contaminar e contagiar, como por exemplo, as doenças de lepra e também com animais que devorassem de maneira voraz as suas presas, como por exemplo, os porcos, javalis etc.
Ao entrar na cidade e percebendo a presença de Jesus, dois endemoniados saíram de seus esconderijos e foram ao encontro do Senhor para reclamar a sua adiantada presença naquele lugar (Mt 8,28). Além de sentirem a presença do Senhor, reconheceram-no e o confessaram Filho de Deus, o Messias. São Tiago nos escreve: “Também os demônios crêem em Jesus e tremem de medo”. (Tg 2,19)

Não basta apenas acreditarmos em Deus, mas é preciso reconhecer sua presença amorosa em nossa vida e nossa história, como o eterno Criador e sustentador de tudo o que existe.

Engana-se quem pensa que os que causam o mal não crêem em Deus. São muitos os exemplos de males terríveis cometidos contra indivíduos e grupos em seu nome, espalhando a dor, sofrimento e a morte. Este modo de praticar a fé é distorcido e doentio, mas ainda assim, Deus não é ignorado. Se até mesmo os demônios acreditam na existência de Deus e se a nossa fé se resume apenas nesta "certeza" de sua "existência", então nos enganamos a nós mesmos.

Jesus com sua presença e ação, desterrou o poder do maligno, libertando dois homens de demônios transferindo-os para uma manada de porcos que, em seguida, precipitaram-se no abismo.O porco é considerado pelos judeus e maometanos um animal impuro que merece todo o desprezo por causa de sua voracidade e de seu hábito de fuçar na imundície; é também símbolo de baixeza e embrutecimento.

Este exorcismo, narrado pelo Evangelista São Mateus, permite dupla constatação: a) o Ser humano não é esconderijo de demônios, mas templo do Espírito Santo de Deus. A vinda do Senhor ao mundo restaurou a dignidade própria da criatura humana. Por isso, aos demônios restou habitar naquele que era considerado símbolo da impureza e baixeza. b) o solo sagrado, igualmente, não podia suportar as patas do animal que carregava o maligno. A manada estava em terra sagrada e, diante do Filho de Deus, não restou alternativa senão precipitar-se abismo abaixo. Um convite, portanto, a redescobrirmos os lugares sagrados onde vivemos: em casa, no local de trabalho, de lazer, de oração. Aliás, como cristãos, nossa presença deveria ser uma presença sempre transformadora nos ambientes por onde transitamos, pois somos templos vivos de Deus.

Em outras passagens do Evangelho, o povo se alegrava com os milagres que o Senhor realizava. Neste episódio, porém, observamos o contrário: Jesus é expulso de lá pelos que presenciaram a cena. O Evangelista São Lucas aponta a causa do convite para que Jesus se retirasse como sendo "econômica": os porcos se jogaram no abismo e isto era sinal de prejuízo para seus donos. Algumas pessoas temendo mais perdas com a presença de Jesus tomaram a decisão de expulsá-lo. Marcos em seu Evangelho conclui que os habitantes preferiram permanecer idólatras, cultivando suas práticas pagãs a converter-se. O importante é que aqueles que antes estavam possessos recuperaram a sua dignidade humana e não mais precisavam habitar as grutas ou cavernas, mas já podiam voltar a conviver com seus semelhantes.

De fato, onde não houver um mínimo de sensibilidade, de compaixão com os sofrimentos de nossos irmãos mais desafortunados, onde não houver grandeza para alegrar-se com os êxitos e alegria do outro, Deus não pode habitar plenamente. Sua presença se faz na partilha, seja de bens materiais ou dos bons sentimentos humanos, dons da Misericórdia e da bondade do Pai Celestial.


Santo Atanásio, o Athonita



Santo Atanásio foi o organizador dos monastérios no Monte Athos (situado num prolongamento da Península Calcídica, da qual se desprendem três faixas montanhosas que adentram no Mar Egeu). Nasceu em Trebizonda, por volta do ano 920, filho de um Antioquino e recebeu no batismo o nome de Abraão. Fez seus estudos em Constantinopla, onde se tornou professor. Enquanto exercia nesta cidade o ofício de professor, conheceu São Miguel Maleinos e seu sobrinho Nicéforo Focas. Este último tornou-se, mais tarde, seu protetor, ao ocupar o trono imperial. Abraão tomou o hábito no monastério que São Miguel dirigia, em Kimina de Bitínia, recebendo o nome de Atanásio. Ali viveu até o ano 958, mais ou menos. O monastério de Kimina era uma «Laura», isto é, uma série de celas isoladas, construídas em torno de uma igreja. Quando morreu Miguel Maleinos, Atanásio, prevendo que seria eleito abade, fugiu para o Monte Athos. Ali Deus reservava para ele uma responsabilidade ainda mais pesada que o ofício de abade do qual tinha fugido. Vestido como um rude camponês e com o nome de Doroteo, Santo Atanásio se retirou para uma cela na proximidade de Karyes. Mas seu amigo Nicéforo Focas não demorou a descobri-lo. O imperador Nicéforo, que estava prestes a empreender uma expedição contra os sarracenos, Atanásio pediu a Atanásio para acompanhá-lo nesta viagem e que o apoiasse nesta empreitada com a sua benção e orações. Atanásio, vencendo sua resistência em regressar ao mundo, acompanhou o seu amigo nesta viagem. Após a vitória da expedição, Atanásio pediu permissão ao imperador para retirar-se novamente ao Monte Athos. Nicéforo Focas concordou, mas não sem que, antes aceitasse uma importante soma que lhe deu para ajudá-lo na fundação de um monastério. O santo construiu o primeiro monastério, propriamente dito, em Monte Athos, no início do ano 961 e, dois anos mais tarde, a Igreja. Santo Atanásio dedicou o monastério à Santíssima Mãe de Deus; atualmente é conhecido como «Monastério de Santo Atanásio», ou, simplesmente, «Grande Laura», isto é, «o Monastério». Receando que o imperador o chamasse novamente à corte, Santo Atanásio se refugiou em Chipre para escapar das honras e títulos. Mas Focas novamente descobriu seu esconderijo e lhe disse para voltar a governar em paz o seu monastério, dando-lhe mais dinheiro para construir um porto em Athos. Santo Atanásio enfrentou muitas dificuldades com os solitários que, ocupando o Monte Athos há mais tempo, consideravam que a precedência lhes dava certos direitos de ocupação; tais solitários viam com «maus olhos» a construção de monastérios, igrejas e portos, e se opunham às regras que Santo Atanásio queria lhes impor. Por duas vezes o santo esteve prestes a ser assassinado. Sabendo que a violência é capaz de corromper a melhor das causas, o imperador João Tzimesces interveio, confirmou as doações que Nicéforo Focas havia feito a Atanásio, proibiu a oposição ao Santo e reconheceu a sua autoridade sobre todo o território e habitantes do Monte Athos. Desta forma, Santo Atanásio foi constituído o superior geral de cinqüenta e oito comunidades de eremitas e monges, além dos monastérios de Ivirón, Vatopedi e Esfigmenou, que ele mesmo havia fundado e que são conservados até os dias atuais. Morreu por volta do ano 1000, vítima do desabamento da cúpula da igreja onde ele estava trabalhando com cinco outros monges.
Tradução e publicação neste site
com permissão de: Ortodoxia.org
Trad.: Pe. André


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