PATRIARCADO
ECUMÊNICO DE CONSTANTINOPLA
Arquidiocese Ortodoxa Grega
de Buenos Aires e América do Sul
Igreja
Anunciação da Mãe de Deus
SGAN - Quadra 910
- Módulo ‘’B’’ - CEP: 70.790-100 - Brasília-DF
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Brasília, 12 de julho de
2015.
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6º Domingo de Mateus
(6º depois de Pentecostes
- Modo 1 Plagal)
Memória dos Santos Mártires
Proclus e Hilário de Ancyra († 110)
Matinas
Tropário:
Nós, fiéis, louvemos e adoremos o Verbo igualado
ao Pai e ao Espírito na eternidade, que nasceu da Virgem para nossa salvação, pois
se dignou subir corporalmente à Cruz, suportar a morte e ressuscitar os mortos com
sua gloriosa Ressurreição.
Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito
Santo,
Nós, fiéis, louvemos e adoremos o Verbo igualado
ao Pai e ao Espírito na eternidade, que nasceu da Virgem para nossa salvação, pois
se dignou subir corporalmente à Cruz, suportar a morte e ressuscitar os mortos com
sua gloriosa Ressurreição.
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.
Theotokion:
Alegra-Te! Porta invencível do Senhor.
Alegra-Te! Muralha de proteção dos que recorrem a
Ti!
Alegra-Te! Porto sereno que não conheceu as núpcias.
Ó Tu, que deste à luz segundo a carne ao Teu criador e Teu Deus, não cessai de interceder
por aqueles que glorificam e veneram o Senhor que nasceu de Ti.
Katisma:
Louvemos a cruz do Senhor exaltemos, por nossos cantos,
a Santa sepultura, glorifiquemos sua divina ressurreição. Porque Ele é Deus e fez
sair com Ele os mortos, de seus túmulos, despojando a morte de seu império e o demêonto
de seu poder e iluminou todos aqueles que estavam nos infernos.
Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo.
Senhor carregaste o nome de morto. Tu que destruíste
a morte.
Foste depositado no sepulcro, Tu que esvaziaste os
túmulos. Sobre a terra, os soldados guardavam Teu túmulo, abaixo da terra despertaste
os que dormiam desde os séculos. Senhor todo poderoso, Senhor inconcebível.
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos.
Theotokion:
Alegra-te, ó montanha santa que o Senhor transpôs!
Alegra-te sarça ardente que não se consome. Alegra-te único ponto do mundo em direção
a Deus que introduz os mortais na vida eterna! Alegra-te, ó puríssima, que, sem
conhecer homem, deste à luz ao salvador do mundo.
Ypakoí:
Atônitas nas mentes com a visão do Anjo, e iluminadas
nas almas por Tua divina Ressurreição, as portadoras de aromas proclamaram as boas
novas para os Apóstolos: proclamai entre as nações a Ressurreição do Senhor, Que
fez maravilhas convosco, e nos concedeu grande misericórdia.
Antífona (sl
119):
Ó meu Salvador, como Davi, eu canto a Ti: “Na minha
aflição, livra minha alma da língua falsa”. Verdadeiramente, a vida dos habitantes
do deserto é feliz, porque eles são conduzidos pela Tua divina paixão.
Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo, agora, sempre
e pelos séculos dos séculos. Amém.
Pelo Espírito Santo, toda a criação visível e invisível
é preservada, porque Ele é todo poderoso, e, verdadeiramente uma das três pessoas
divinas.
Prokimenon (salmo
119):
Levanta-Te, Senhor Deus, que Tua destra se eleve,
porque reinarás por todos os séculos. (2 vezes).
Stichos:
Eu confesso ao Senhor, de todo o meu coração (repete
à primeira).
Evangelho: Lc 24, 36-53
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo,
segundo o Evangelista São Lucas.
Naquele tempo, o mesmo Jesus se apresentou no meio
deles, e disse-lhes: Paz seja convosco. E eles, espantados e atemorizados, pensavam
que viam algum espírito. E ele lhes disse: Por que estais perturbados, e por que
sobem tais pensamentos aos vossos corações? Vede as minhas mãos e os meus pés, que
sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como
vedes que eu tenho. E, dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. E, não o crendo
eles ainda por causa da alegria, e estando maravilhados, disse-lhes: Tendes aqui
alguma coisa que comer? Então eles apresentaram-lhe parte de um peixe assado, e
um favo de mel; o que ele tomou, e comeu diante deles. E disse-lhes: São estas as
palavras que vos disse estando ainda convosco: Que convinha que se cumprisse tudo
o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e nos profetas e nos Salmos. Então
abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras. E disse-lhes: Assim
está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressuscitasse
dentre os mortos, e em seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados,
em todas as nações, começando por Jerusalém. E destas coisas sois vós testemunhas.
E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém,
até que do alto sejais revestidos de poder. E levou-os fora, até Betânia; e, levantando
as suas mãos, os abençoou. E aconteceu que, abençoando-os ele, se apartou deles
e foi elevado ao céu. E, adorando-o eles, tornaram com grande júbilo para Jerusalém.
E estavam sempre no templo, louvando e bendizendo a Deus. Amém.
Kondakion:
De Tua direita, fonte de toda a vida, o doador da vida ressuscitou de todos os mortos do
fundo das trevas.
O Cristo Deus deu a ressurreição ao gênero humano.
Ele é o salvador, a ressurreição e a vida, Ele o Deus do universo.
Ikós:
Ó doador da vida, nós fiéis cantamos e adoramos Tua
cruz e Tua sepultura.
Ó imortal, acorrentaste o inferno, ó Deus todo poderoso,
ressuscitaste contigo todos os mortos e destruíste as portas do inferno.
Ó Senhor Deus, venceste o império da morte. Por isto
os homens te glorificam com amor, a Ti, o ressuscitado que destruíste o poder do
inimigo destruidor e elevaste todos os fiéis, libertando o mundo das setas da serpente
e da sedução do inimigo Tu o único todo poderoso.
Cantemos com piedade a Tua ressurreição, pela qual
Tu nos salvaste, ó Deus do universo.
Exapostilário:
Ó Salvador, quando ressuscitaste do túmulo Te mostraste
aos Teus discípulos como homem comum, pois comeste com eles e os ensinaste o batismo
da penitência, logo subiste ao Teu Pai celestial, prometendo enviar-lhes o Consolador;
ó divino Senhor encarnado, glória a Ti.
Theotokion:
Ó Santa Virgem, o Deus de todos nos tomou o corpo
humano do Teu puro sangue, e assim renovou a nossa corrupta natureza, conservando-Te
da mesma forma como era antes do Seu nascimento. Por isso todos nós Te louvamos
com fé e clamamos: “Alegra-Te, ó Senhora do mundo!”.
Laudes:
1º Tua cruz, Senhor, é a vida e ressurreição de Teu povo. Nela nós
depositamos nossa esperança. A Ti ressuscitado, nós cantamos: Ó nosso Deus, tem
piedade de nós.
2º Ó Senhor, Teu Sepulcro abriu o paraíso ao gênero humano. Resgatados
da corrupção, a Ti ressuscitado, nós cantamos: Ó nosso Deus, tem piedade de nós.
3º Cantemos, ó Cristo, com o Pai e o Espírito Santo e Ele, o ressuscitado
dos mortos. Clamemo-lhe: Tu és a nossa vida, Tu és a nossa ressurreição, tem piedade
de nós!
4º Ao terceiro dia, Tu Te elevaste do Sepulcro como estava escrito,
e ressuscitaste contigo os nossos ancestrais. Por isto o gênero humano Te glorifica
e canta Tua ressurreição.
5º Grande e temível é o mistério da Tua ressurreição, Senhor! Como
um esposo do tálamo, saíste do túmulo. Por Tua morte destruíste a morte, para libertar
Adão. Os anjos exultam nos céus e os homens glorificam na Terra Tua misericórdia
para conosco, ó amigo dos homens.
6º Juízes sem lei, onde estão os selos? Onde está o dinheiro que destes
aos soldados? O tesouro não foi violado, mas o forte ressuscitou e vós permanecestes
cobertos de vergonha, negando Cristo, o Senhor da glória. Ele que sofreu, foi condenado
e que ressuscitou dos mortos; vinde e adoremo-Lo.
7º Como pagaram vossos despojos, a vós que selastes o túmulo e colocastes
os guardas? O Rei saiu, mesmo estando às portas fechadas. Encontrai-vos com o morto
ou adorai-O como Deus, cantando conosco: Glória, Senhor, à Tua cruz e à Tua ressurreição.
8º Senhor, as portadoras de aromas, chorando, chegaram ao Teu túmulo
vivificante. Elas levaram perfumes para embalsamar o Teu corpo puríssimo. Mas elas
encontraram um anjo luminoso sentado sobre a pedra.
E ele lhes falou nestes termos: “Porque chorais Aquele, cujo lado jorrou
a vida para o mundo? Porque procurais entre os mortos, no Sepulcro, Aquele que é
imortal? Ide logo e anunciai aos Seus discípulos Sua gloriosa ressurreição e alegrai
o mundo inteiro”.
A nós também, ó Salvador, por Tua ressurreição, dá-nos a Luz e dá-nos
o perdão e a Tua grande misericórdia.
Eothinon:
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.
Ó Cristo, és a verdadeira paz divina para os homens.
Concede a Teus discípulos, após a Tua ressurreição, a Tua paz, mostrando-Te aos
atemorizados que pensavam estarem vendo um espírito, as Tuas mãos e o Teu lado;
continuando em dúvida, ao comer com eles, lhes lembraste as Tuas palavras, lhes
abriste a capacidade de entender os livros sagrados e a promessa divina. Abençoando-os,
subiste aos céus. Nós como eles, Te adoramos, ó Senhor da glória.
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.
Bendita e venerável és Tu, ó Mãe de Deus, em cujo
seio se encarnou Aquele que visitou o inferno, libertando Adão e Eva da maldição,
destruindo a morte e dando a vida a todos nós.
Por isso bendirei o Cristo em qualquer tempo, e sempre
o Seu louvor estará em minha boca (2 vezes).
Euzina:
Oh Cristo Tu que és a verdadeira paz de Deus para
os homens, deste a paz a Teus discípulos depois de Tua Ressurreição. Eliminaste
o mal estar quando mostras-te Tuas mãos e Teus pés quando quedaram duvidas; porém
quando comeste com eles lhes recordastes teus ensinamentos, suas mentes para entender
os livros e lhes prometestes a promessa do Pai, os abençoastes e te elevaste subindo
ao céu. Com eles nos prostramos diante de Ti, Senhor glória a Ti.
Hoje é a salvação do mundo. Louvemos Aquele que ressuscitou
do túmulo, dando-nos origem a uma nova vida, porque anulou a morte com a Sua morte
e nos concedeu a misericórdia de obter essa grande vitória.
Divina Liturgia
Anunciação
- Modo 4:
É hoje o começo da nossa
salvação e a manifestação do mistério eterno.
O Filho de Deus torna-Se
Filho da Virgem e Gabriel anuncia a graça.
Por isso, cantamos com
ele à Mãe de Deus:
“Salve, ó cheia de graça,
o Senhor está contigo!”
Tropário da Ressurreição
– 5º tom:
Nós, fiéis, louvemos e
adoremos o Verbo igualado ao Pai e ao Espírito na eternidade, que nasceu da Virgem
para nossa salvação, pois se dignou subir corporalmente à Cruz, suportar a morte
e ressuscitar os mortos com sua gloriosa Ressurreição.
Kondakion - 5º tom:
Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo.
Desceste ao Hades, ó Salvador
meu, rompendo suas portas, Tu que és Todo-poderoso, levantaste contigo os mortos,
ó Criador, destruíste, ó Cristo, o aguilhão da morte e libertaste também Adão da
maldição, Tu que amas a humanidade. Por isso, clamamos, Senhor, salva-nos!
Theotokion
- 5º tom:
Agora e sempre e pelos
séculos dos séculos. Amém
Alegra-te, ó Mãe de Deus,
porta do Senhor!
Alegra-te, amparo e proteção
para os que te procuram!
Alegra-te, ó noiva, que
em teu ventre geraste teu Criador e Deus!
Roga, sem cessar, por
aqueles que glorificam O que nasceu de ti.
Hino á Mãe de Deus:
Ó Admirável e Protetora
dos cristãos e nossa Medianeira do Criador não desprezes as súplicas de nenhum de
nós pecadores, mas apressa-te em auxiliar-nos como Mãe bondosa que és, pois te invocamos
com fé: roga por nós junto de Deus, tu que defendes sempre aqueles que te veneram.
Prokimenon:
Tu, Senhor, nos guardarás
e nos preservarás desta geração e para sempre.
Salva-me, Senhor, porque
o justo desapareceu, porque a verdade se extinguiu entre os filhos dos homens.
Epístola: Rm 12, 6-14
Leitura
do Apostolo São Paulo aos Romanos:
Irmãos, todos
nós temos diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia, seja ela
segundo a medida da fé; Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação
ao ensino; Ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade;
o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria. O amor seja
não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem. Amai-vos cordialmente uns aos
outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros. Não sejais vagarosos
no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor; Alegrai-vos na esperança,
sede pacientes na tribulação, perseverai na oração; Comunicai com os santos nas
suas necessidades, segui a hospitalidade; Abençoai aos que vos perseguem, abençoai,
e não amaldiçoeis.
Aleluia!
Aleluia, aleluia,
aleluia!
Eu cantarei eternamente
as tuas misericórdias, Senhor; e anunciarei a tua verdade de geração em geração.
Aleluia, aleluia,
aleluia!
Porque disseste:
«A misericórdia elevar-se-á como um edifício eterno», e nos céus a tua verdade será
solidamente estabelecida.
Aleluia, aleluia,
aleluia!
Evangelho: Mt 9, 1-18
Evangelho
de Nosso Senhor Jesus Cristo,
segundo o Evangelista São Mateus:
Naquele tempo,
entrando no barco, Jesus passou para o outro lado, e chegou à sua cidade. E eis
que lhe trouxeram um paralítico, deitado numa cama. E Jesus, vendo a fé deles, disse
ao paralítico: Filho tem bom ânimo, perdoados te são os teus pecados. E eis que
alguns dos escribas diziam entre si: Ele blasfema. Mas Jesus, conhecendo os seus
pensamentos, disse: Por que pensais mal em vossos corações? Pois, qual é mais fácil?
Dizer: Perdoados te são os teus pecados; ou dizer: Levanta-te e anda? Ora, para
que saibais que o Filho do homem tem na terra autoridade para perdoar pecados (disse
então ao paralítico): Levanta-te, toma a tua cama, e vai para tua casa. E, levantando-se,
foi para sua casa. E a multidão, vendo isto, maravilhou-se, e glorificou a Deus,
que dera tal poder aos homens.
Kinonikon:
Caminharemos, Senhor,
na luz da glória de tua face pelos séculos.
Aleluia, aleluia,
aleluia!
Sinaxe
A história do paralítico não se resume apenas na
cura de um homem que, de modo um tanto incomum, foi baixado pelo telhado e posto
diante de Jesus, porque havia tanta gente que não existia outro jeito para chegar
próximo do Senhor.
Um paralítico é uma pessoa portadora de deficiência
grave que impossibilita a mobilidade corporal, fazendo com que dependa inteiramente
do outro. E os que auxiliaram o paralítico a chegar perto de Jesus, transportando-o,
foram veículos da graça divina, do perdão dos pecados e da cura dos males físicos
que há muito tempo afligiam aquele homem.
Há uma quebra no desenvolvimento normal dos acontecimentos:
a provável expectativa de uma cena espetacular de cura é surpreendida pela manifestação
da Misericórdia Divina para com a fraqueza humana. Antes mesmo que um pedido de
perdão partisse do coração daquele que sofria dos males da paralisia, Jesus perdoa
seus pecados, conduzindo assim a atenção de todos para a relação que se fazia na
época: pecado e doença. Para os Judeus toda enfermidade tinha origem moral e era
causada pelo pecado pessoal ou dos pais. (Sl 38 e 41) Se aquela doença era consequência
do pecado, logo, seria preciso eliminar o pecado para que a cura pudesse ser operada.
Mas quem pode perdoar os pecados senão Deus? Os escribas ficam, portanto, escandalizados
com a atitude de Jesus. Este homem blasfema, pensam!
Jesus, após perdoar seus pecados, cura-o também de
seus males físicos. E o paralítico levanta-se e sai à vista de todos. É assim desfeita
a objeção dos escribas ao fato invisível do perdão dos pecados.
Se naquele tempo a noção de pecado era distorcida,
no mundo de hoje padecemos de uma generalizada e progressiva banalização da mesma.
Do “tudo é pecado” ao “Nada é pecado”. Privados da experiência do perdão divino
que é conforto para as nossas almas e fortalecimento para o corpo, ficamos assim
mais vulneráveis aos males físicos.
A Igreja, sinal e sacramento do perdão divino, é
lugar de conversão e perdão fraterno. Também é portadora da mensagem do perdão que
o Pai misericordioso quer estender a todos os filhos e filhas para tê-los sempre
próximos. E todos nós, tornados seus membros pelo batismo, somos chamados a assumir,
comunitária e individualmente, esta tarefa: ser mensageiros do sacramento da misericórdia
divina, instrumentos do amor misericordioso que o Pai quer fazer chegar a todos.
Como aqueles bons homens que conduziram até o Senhor
o paralítico, nosso mundo precisa de cooperadores do bem, face à multidão cada vez
maior de atores ou meros espectadores do sofrimento e do mal. Não apenas lamentar
a presença do mal, mas assumir atitudes concretas que ajudem a combatê-lo. Em última
análise, não cooperar com o mal, não ser coniventes com as múltiplas formas de mal
que assolam nosso século, já é cooperar para o bem. Sem, no entanto, esquecer jamais
que, por mais que façamos, é Cristo o Único e verdadeiro Libertador de todos os
males que nos oprimem.
"Os teus pecados te são perdoados!" Não
eram bem essas as palavras que esperavam ouvir do Mestre aqueles letrados que o
cercavam. Mal sabiam que, a pior opressão não é a paralisia do corpo, mas aquela
que imobiliza, engessa e atrofia o espírito e endurece o coração. E, deste mal,
eles é que necessitavam de ser curados.
E Jesus não para por aí: como se uma coisa estivesse
de fato associada à outra, comunica ao paralítico, antes, o perdão de seus pecados,
e liberta-o em seguida do mal que mantém paralisado o seu corpo: “Levanta-te, toma
teu leito e vai para casa”!
Santos Proclo e Hilário, mártires (c. 110)
Estes santos viveram nos anos do imperador
Trajano (98-117). Eram originários de uma aldeia próxima de Anquira, chamada Kalipi.
Proclo era tio de Hilário, e estavam unidos, não somente por laços sanguíneos, mas
também pelo amor a Cristo. Trabalharam intensamente na edificação de uma vida espiritual
melhor e, assim, poder iluminar aos judeus e idólatras. As incansáveis atividades
dos santos, era do conhecimento de todos naquela região e, chamando a atenção do
governador Máximo que, então, ordenou que Proclo fosse encontrado e aprisionado.
Logo, após um breve julgamento, Proclo foi condenado à morte. Quando era conduzido
pelas ruas da cidade para ser executado, Hilário aproximou-se dele, beijou sua cabeça
e confessou que também ele era um cristão. Os guardas, após executarem Proclo com
flechas, decapitaram, portanto, Hilário.
Tradução
e publicação neste site
com permissão
de: Ortodoxia.org
Trad.:
pe. André
Folheto
Dominical da Igreja Anunciação da Mãe de Deus
Responsável
Reverendo Ecônomo Padre Emanuel Sofoulis
Editoração e Diagramação
Antonio José
Atualização da Página na
internet
Jean Stylianoudakis
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Apoio
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Liturgia Dominical das 10h30 às 12h
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