11 julho 2015

6º Domingo de Mateus


PATRIARCADO ECUMÊNICO DE CONSTANTINOPLA
Arquidiocese Ortodoxa Grega de Buenos Aires e América do Sul
Igreja Anunciação da Mãe de Deus
SGAN - Quadra 910 - Módulo ‘’B’’ - CEP: 70.790-100 - Brasília-DF
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Brasília, 12 de julho de 2015.
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6º Domingo de Mateus


(6º depois de Pentecostes - Modo 1 Plagal)


Memória dos Santos Mártires Proclus e Hilário de Ancyra († 110)




Matinas

Tropário:
Nós, fiéis, louvemos e adoremos o Verbo igualado ao Pai e ao Espírito na eternidade, que nasceu da Virgem para nossa salvação, pois se dignou subir corporalmente à Cruz, suportar a morte e ressuscitar os mortos com sua gloriosa Ressurreição.
Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo,

Nós, fiéis, louvemos e adoremos o Verbo igualado ao Pai e ao Espírito na eternidade, que nasceu da Virgem para nossa salvação, pois se dignou subir corporalmente à Cruz, suportar a morte e ressuscitar os mortos com sua gloriosa Ressurreição.
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.

Theotokion:
Alegra-Te! Porta invencível do Senhor.
Alegra-Te! Muralha de proteção dos que recorrem a Ti!
Alegra-Te! Porto sereno que não conheceu as núpcias. Ó Tu, que deste à luz segundo a carne ao Teu criador e Teu Deus, não cessai de interceder por aqueles que glorificam e veneram o Senhor que nasceu de Ti.

Katisma:
Louvemos a cruz do Senhor exaltemos, por nossos cantos, a Santa sepultura, glorifiquemos sua divina ressurreição. Porque Ele é Deus e fez sair com Ele os mortos, de seus túmulos, despojando a morte de seu império e o demêonto de seu poder e iluminou todos aqueles que estavam nos infernos.
Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo.

Senhor carregaste o nome de morto. Tu que destruíste a morte.
Foste depositado no sepulcro, Tu que esvaziaste os túmulos. Sobre a terra, os soldados guardavam Teu túmulo, abaixo da terra despertaste os que dormiam desde os séculos. Senhor todo poderoso, Senhor inconcebível.
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos.

Theotokion:
Alegra-te, ó montanha santa que o Senhor transpôs! Alegra-te sarça ardente que não se consome. Alegra-te único ponto do mundo em direção a Deus que introduz os mortais na vida eterna! Alegra-te, ó puríssima, que, sem conhecer homem, deste à luz ao salvador do mundo.


Ypakoí:
Atônitas nas mentes com a visão do Anjo, e iluminadas nas almas por Tua divina Ressurreição, as portadoras de aromas proclamaram as boas novas para os Apóstolos: proclamai entre as nações a Ressurreição do Senhor, Que fez maravilhas convosco, e nos concedeu grande misericórdia.

Antífona (sl 119):
Ó meu Salvador, como Davi, eu canto a Ti: “Na minha aflição, livra minha alma da língua falsa”. Verdadeiramente, a vida dos habitantes do deserto é feliz, porque eles são conduzidos pela Tua divina paixão.

Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo, agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.

Pelo Espírito Santo, toda a criação visível e invisível é preservada, porque Ele é todo poderoso, e, verdadeiramente uma das três pessoas divinas.

Prokimenon (salmo 119):
Levanta-Te, Senhor Deus, que Tua destra se eleve, porque reinarás por todos os séculos. (2 vezes).

Stichos:
Eu confesso ao Senhor, de todo o meu coração (repete à primeira).

Evangelho:                                                                             Lc 24, 36-53
Evangelho de Nosso Senhor Jesus  Cristo, segundo o Evangelista São Lucas.

Naquele tempo, o mesmo Jesus se apresentou no meio deles, e disse-lhes: Paz seja convosco. E eles, espantados e atemorizados, pensavam que viam algum espírito. E ele lhes disse: Por que estais perturbados, e por que sobem tais pensamentos aos vossos corações? Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho. E, dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. E, não o crendo eles ainda por causa da alegria, e estando maravilhados, disse-lhes: Tendes aqui alguma coisa que comer? Então eles apresentaram-lhe parte de um peixe assado, e um favo de mel; o que ele tomou, e comeu diante deles. E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: Que convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e nos profetas e nos Salmos. Então abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras. E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressuscitasse dentre os mortos, e em seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém. E destas coisas sois vós testemunhas. E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder. E levou-os fora, até Betânia; e, levantando as suas mãos, os abençoou. E aconteceu que, abençoando-os ele, se apartou deles e foi elevado ao céu. E, adorando-o eles, tornaram com grande júbilo para Jerusalém. E estavam sempre no templo, louvando e bendizendo a Deus. Amém.

Kondakion:
De Tua direita, fonte de toda a vida, o doador da vida ressuscitou de todos os mortos do fundo das trevas.
O Cristo Deus deu a ressurreição ao gênero humano. Ele é o salvador, a ressurreição e a vida, Ele o Deus do universo.

Ikós:
Ó doador da vida, nós fiéis cantamos e adoramos Tua cruz e Tua sepultura.
Ó imortal, acorrentaste o inferno, ó Deus todo poderoso, ressuscitaste contigo todos os mortos e destruíste as portas do inferno.
Ó Senhor Deus, venceste o império da morte. Por isto os homens te glorificam com amor, a Ti, o ressuscitado que destruíste o poder do inimigo destruidor e elevaste todos os fiéis, libertando o mundo das setas da serpente e da sedução do inimigo Tu o único todo poderoso.
Cantemos com piedade a Tua ressurreição, pela qual Tu nos salvaste, ó Deus do universo.

Exapostilário:
Ó Salvador, quando ressuscitaste do túmulo Te mostraste aos Teus discípulos como homem comum, pois comeste com eles e os ensinaste o batismo da penitência, logo subiste ao Teu Pai celestial, prometendo enviar-lhes o Consolador; ó divino Senhor encarnado, glória a Ti.


Theotokion:
Ó Santa Virgem, o Deus de todos nos tomou o corpo humano do Teu puro sangue, e assim renovou a nossa corrupta natureza, conservando-Te da mesma forma como era antes do Seu nascimento. Por isso todos nós Te louvamos com fé e clamamos: “Alegra-Te, ó Senhora do mundo!”.

Laudes:
1º Tua cruz, Senhor, é a vida e ressurreição de Teu povo. Nela nós depositamos nossa esperança. A Ti ressuscitado, nós cantamos: Ó nosso Deus, tem piedade de nós.

2º Ó Senhor, Teu Sepulcro abriu o paraíso ao gênero humano. Resgatados da corrupção, a Ti ressuscitado, nós cantamos: Ó nosso Deus, tem piedade de nós.

3º Cantemos, ó Cristo, com o Pai e o Espírito Santo e Ele, o ressuscitado dos mortos. Clamemo-lhe: Tu és a nossa vida, Tu és a nossa ressurreição, tem piedade de nós!

4º Ao terceiro dia, Tu Te elevaste do Sepulcro como estava escrito, e ressuscitaste contigo os nossos ancestrais. Por isto o gênero humano Te glorifica e canta Tua ressurreição.

5º Grande e temível é o mistério da Tua ressurreição, Senhor! Como um esposo do tálamo, saíste do túmulo. Por Tua morte destruíste a morte, para libertar Adão. Os anjos exultam nos céus e os homens glorificam na Terra Tua misericórdia para conosco, ó amigo dos homens.

6º Juízes sem lei, onde estão os selos? Onde está o dinheiro que destes aos soldados? O tesouro não foi violado, mas o forte ressuscitou e vós permanecestes cobertos de vergonha, negando Cristo, o Senhor da glória. Ele que sofreu, foi condenado e que ressuscitou dos mortos; vinde e adoremo-Lo.

7º Como pagaram vossos despojos, a vós que selastes o túmulo e colocastes os guardas? O Rei saiu, mesmo estando às portas fechadas. Encontrai-vos com o morto ou adorai-O como Deus, cantando conosco: Glória, Senhor, à Tua cruz e à Tua ressurreição.

8º Senhor, as portadoras de aromas, chorando, chegaram ao Teu túmulo vivificante. Elas levaram perfumes para embalsamar o Teu corpo puríssimo. Mas elas encontraram um anjo luminoso sentado sobre a pedra.
E ele lhes falou nestes termos: “Porque chorais Aquele, cujo lado jorrou a vida para o mundo? Porque procurais entre os mortos, no Sepulcro, Aquele que é imortal? Ide logo e anunciai aos Seus discípulos Sua gloriosa ressurreição e alegrai o mundo inteiro”.
A nós também, ó Salvador, por Tua ressurreição, dá-nos a Luz e dá-nos o perdão e a Tua grande misericórdia.

Eothinon:
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.
Ó Cristo, és a verdadeira paz divina para os homens. Concede a Teus discípulos, após a Tua ressurreição, a Tua paz, mostrando-Te aos atemorizados que pensavam estarem vendo um espírito, as Tuas mãos e o Teu lado; continuando em dúvida, ao comer com eles, lhes lembraste as Tuas palavras, lhes abriste a capacidade de entender os livros sagrados e a promessa divina. Abençoando-os, subiste aos céus. Nós como eles, Te adoramos, ó Senhor da glória.
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.

Bendita e venerável és Tu, ó Mãe de Deus, em cujo seio se encarnou Aquele que visitou o inferno, libertando Adão e Eva da maldição, destruindo a morte e dando a vida a todos nós.
Por isso bendirei o Cristo em qualquer tempo, e sempre o Seu louvor estará em minha boca (2 vezes).

Euzina:
Oh Cristo Tu que és a verdadeira paz de Deus para os homens, deste a paz a Teus discípulos depois de Tua Ressurreição. Eliminaste o mal estar quando mostras-te Tuas mãos e Teus pés quando quedaram duvidas; porém quando comeste com eles lhes recordastes teus ensinamentos, suas mentes para entender os livros e lhes prometestes a promessa do Pai, os abençoastes e te elevaste subindo ao céu. Com eles nos prostramos diante de Ti, Senhor glória a Ti.

Hoje é a salvação do mundo. Louvemos Aquele que ressuscitou do túmulo, dando-nos origem a uma nova vida, porque anulou a morte com a Sua morte e nos concedeu a misericórdia de obter essa grande vitória.


 Divina Liturgia


Anunciação - Modo 4:
É hoje o começo da nossa salvação e a manifestação do mistério eterno.
O Filho de Deus torna-Se Filho da Virgem e Gabriel anuncia a graça.
Por isso, cantamos com ele à Mãe de Deus:
“Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo!”

Tropário da Ressurreição – 5º tom:
Nós, fiéis, louvemos e adoremos o Verbo igualado ao Pai e ao Espírito na eternidade, que nasceu da Virgem para nossa salvação, pois se dignou subir corporalmente à Cruz, suportar a morte e ressuscitar os mortos com sua gloriosa Ressurreição.

Kondakion - 5º tom:
Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo.
Desceste ao Hades, ó Salvador meu, rompendo suas portas, Tu que és Todo-poderoso, levantaste contigo os mortos, ó Criador, destruíste, ó Cristo, o aguilhão da morte e libertaste também Adão da maldição, Tu que amas a humanidade. Por isso, clamamos, Senhor, salva-nos!

Theotokion - 5º tom:
Agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém

Alegra-te, ó Mãe de Deus, porta do Senhor!
Alegra-te, amparo e proteção para os que te procuram!
Alegra-te, ó noiva, que em teu ventre geraste teu Criador e Deus!
Roga, sem cessar, por aqueles que glorificam O que nasceu de ti.

Hino á Mãe de Deus:
Ó Admirável e Protetora dos cristãos e nossa Medianeira do Criador não desprezes as súplicas de nenhum de nós pecadores, mas apressa-te em auxiliar-nos como Mãe bondosa que és, pois te invocamos com fé: roga por nós junto de Deus, tu que defendes sempre aqueles que te veneram.

Prokimenon:
Tu, Senhor, nos guardarás e nos preservarás desta geração e para sempre.
Salva-me, Senhor, porque o justo desapareceu, porque a verdade se extinguiu entre os filhos dos homens.


Epístola:                                                                                 Rm 12, 6-14
Leitura do Apostolo São Paulo aos Romanos:

Irmãos, todos nós temos diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé; Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; Ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria. O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem. Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros. Não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor; Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração; Comunicai com os santos nas suas necessidades, segui a hospitalidade; Abençoai aos que vos perseguem, abençoai, e não amaldiçoeis.

Aleluia!
Aleluia, aleluia, aleluia!

Eu cantarei eternamente as tuas misericórdias, Senhor; e anunciarei a tua verdade de geração em geração.
Aleluia, aleluia, aleluia!

Porque disseste: «A misericórdia elevar-se-á como um edifício eterno», e nos céus a tua verdade será solidamente estabelecida.
Aleluia, aleluia, aleluia!

Evangelho:                                                                                         Mt 9, 1-18
Evangelho de Nosso Senhor Jesus  Cristo, segundo o Evangelista São Mateus:

Naquele tempo, entrando no barco, Jesus passou para o outro lado, e chegou à sua cidade. E eis que lhe trouxeram um paralítico, deitado numa cama. E Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralítico: Filho tem bom ânimo, perdoados te são os teus pecados. E eis que alguns dos escribas diziam entre si: Ele blasfema. Mas Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse: Por que pensais mal em vossos corações? Pois, qual é mais fácil? Dizer: Perdoados te são os teus pecados; ou dizer: Levanta-te e anda? Ora, para que saibais que o Filho do homem tem na terra autoridade para perdoar pecados (disse então ao paralítico): Levanta-te, toma a tua cama, e vai para tua casa. E, levantando-se, foi para sua casa. E a multidão, vendo isto, maravilhou-se, e glorificou a Deus, que dera tal poder aos homens.

Kinonikon:
Caminharemos, Senhor, na luz da glória de tua face pelos séculos.
Aleluia, aleluia, aleluia!

Sinaxe

A história do paralítico não se resume apenas na cura de um homem que, de modo um tanto incomum, foi baixado pelo telhado e posto diante de Jesus, porque havia tanta gente que não existia outro jeito para chegar próximo do Senhor.

Um paralítico é uma pessoa portadora de deficiência grave que impossibilita a mobilidade corporal, fazendo com que dependa inteiramente do outro. E os que auxiliaram o paralítico a chegar perto de Jesus, transportando-o, foram veículos da graça divina, do perdão dos pecados e da cura dos males físicos que há muito tempo afligiam aquele homem.

Há uma quebra no desenvolvimento normal dos acontecimentos: a provável expectativa de uma cena espetacular de cura é surpreendida pela manifestação da Misericórdia Divina para com a fraqueza humana. Antes mesmo que um pedido de perdão partisse do coração daquele que sofria dos males da paralisia, Jesus perdoa seus pecados, conduzindo assim a atenção de todos para a relação que se fazia na época: pecado e doença. Para os Judeus toda enfermidade tinha origem moral e era causada pelo pecado pessoal ou dos pais. (Sl 38 e 41) Se aquela doença era consequência do pecado, logo, seria preciso eliminar o pecado para que a cura pudesse ser operada. Mas quem pode perdoar os pecados senão Deus? Os escribas ficam, portanto, escandalizados com a atitude de Jesus. Este homem blasfema, pensam!

Jesus, após perdoar seus pecados, cura-o também de seus males físicos. E o paralítico levanta-se e sai à vista de todos. É assim desfeita a objeção dos escribas ao fato invisível do perdão dos pecados.

Se naquele tempo a noção de pecado era distorcida, no mundo de hoje padecemos de uma generalizada e progressiva banalização da mesma. Do “tudo é pecado” ao “Nada é pecado”. Privados da experiência do perdão divino que é conforto para as nossas almas e fortalecimento para o corpo, ficamos assim mais vulneráveis aos males físicos.

A Igreja, sinal e sacramento do perdão divino, é lugar de conversão e perdão fraterno. Também é portadora da mensagem do perdão que o Pai misericordioso quer estender a todos os filhos e filhas para tê-los sempre próximos. E todos nós, tornados seus membros pelo batismo, somos chamados a assumir, comunitária e individualmente, esta tarefa: ser mensageiros do sacramento da misericórdia divina, instrumentos do amor misericordioso que o Pai quer fazer chegar a todos.

Como aqueles bons homens que conduziram até o Senhor o paralítico, nosso mundo precisa de cooperadores do bem, face à multidão cada vez maior de atores ou meros espectadores do sofrimento e do mal. Não apenas lamentar a presença do mal, mas assumir atitudes concretas que ajudem a combatê-lo. Em última análise, não cooperar com o mal, não ser coniventes com as múltiplas formas de mal que assolam nosso século, já é cooperar para o bem. Sem, no entanto, esquecer jamais que, por mais que façamos, é Cristo o Único e verdadeiro Libertador de todos os males que nos oprimem.

"Os teus pecados te são perdoados!" Não eram bem essas as palavras que esperavam ouvir do Mestre aqueles letrados que o cercavam. Mal sabiam que, a pior opressão não é a paralisia do corpo, mas aquela que imobiliza, engessa e atrofia o espírito e endurece o coração. E, deste mal, eles é que necessitavam de ser curados.

E Jesus não para por aí: como se uma coisa estivesse de fato associada à outra, comunica ao paralítico, antes, o perdão de seus pecados, e liberta-o em seguida do mal que mantém paralisado o seu corpo: “Levanta-te, toma teu leito e vai para casa”!


Santos Proclo e Hilário, mártires (c. 110)



Estes santos viveram nos anos do imperador Trajano (98-117). Eram originários de uma aldeia próxima de Anquira, chamada Kalipi. Proclo era tio de Hilário, e estavam unidos, não somente por laços sanguíneos, mas também pelo amor a Cristo. Trabalharam intensamente na edificação de uma vida espiritual melhor e, assim, poder iluminar aos judeus e idólatras. As incansáveis atividades dos santos, era do conhecimento de todos naquela região e, chamando a atenção do governador Máximo que, então, ordenou que Proclo fosse encontrado e aprisionado. Logo, após um breve julgamento, Proclo foi condenado à morte. Quando era conduzido pelas ruas da cidade para ser executado, Hilário aproximou-se dele, beijou sua cabeça e confessou que também ele era um cristão. Os guardas, após executarem Proclo com flechas, decapitaram, portanto, Hilário.
Tradução e publicação neste site
com permissão de: Ortodoxia.org
Trad.: pe. André


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