30 agosto 2013

Encíclica Patriarcal para o Novo Ano Eclesiástico 2013 (01/09/2013)

ENCÍCLICA PATRIARCAL PARA O 
NOVO ANO ECLESIÁSTICO 2013
† B A R T O L O M E U
Pela misericórdia de Deus, 
Arcebispo de Constantinopla-Nova Roma e 
Patriarca Ecumênico. A todo pleroma da Igreja, 
graça e paz do Criador e Conservador de toda a Criação 
Nosso Senhor Deus e Salvador Jesus Cristo.
Amados Irmãos e Filhos no Senhor,
Chegamos ao dia 1º de Setembro, o início do Ano Eclesiástico, que o Patriarcado Ecumênico, assim como toda a Igreja Ortodoxa, estabeleceu como um dia de oração pelo meio ambiente.
Desde então, como resultado desta iniciativa, o interesse em proteger o meio ambiente tem se expandido de forma mais abrangente e inúmeras medidas agora são tomadas pela sustentabilidade e equilíbrio dos ecossistemas da Terra, bem como por todos os problemas relacionados.
Na medida em que é bem conhecido e provado que “as leis da natureza não perecem nem se abalam, pelo contrário sempre permanecem constantes” (São João Crisóstomo, in: Lazarus VI, pg. 48. 1042), hoje somos obrigados a focar nossa atenção nas intervenções humanas invisíveis que afetam o equilíbrio ecológico, que é abalado não apenas por ações destrutivas visíveis – como o desmatamento, o esgotamento dos recursos hídricos, a imensa exploração dos recursos naturais e energéticos, juntamente com a poluição da terra e dos mares, por meio do derramamento e depósito de materiais tóxicos e químicos –, mas também pelas atividades invisíveis ao olho nu.
Estamos falando das intervenções nos genes dos seres vivos e da criação de mutações resultados imprevisíveis, tais como a descoberta de meios para liberar vastos poderes, seja a energia atômica, seja a nuclear, cujo uso indevido pode apagar todos os vestígios da vida e da civilização em nosso planeta.
Em tais casos, a ganância e a paixão pelo poder não são as únicas características das pessoas que procuram intervir e transformar essas criaturas vivas, que Deus tão maravilhosamente criou, mas também a arrogância por parte de alguns que parecem se opor à sabedoria de Deus e se consideram capazes de melhorar Sua obra.
Os antigos gregos chamavam essa condição espiritual de “ὕβρις” (hubris), que significa insolência arrogante de alguém com mente limitada ante o Onisciente e Onipotente Criador.
Naturalmente, não nos opomos à pesquisa científica, desde que proveja serviços benéficos para a humanidade e para o meio ambiente. Assim, o uso de descobertas científicas, por exemplo, para a cura de uma doença é perfeitamente aceitável; no entanto, a forte e desenfreada exploração comercial de recursos da tecnologia biológica e química contemporânea, considerando apenas algumas conclusões precipitadas de que não são prejudiciais para a humanidade, é certamente algo denunciável, pois repetidamente isso tem levado a trágicas consequências para a humanidade e para o meio ambiente.
A ciência é bastante certa para pesquisar constantemente e se esforçar para explicar as leis e a ordem da natureza. O mandamento de Deus para o primeiro ser criado foi: “dominai a terra” (Gn. 9, 1), e com isso Ele concedeu a permissão para a pesquisa e o conhecimento dos mecanismos naturais e biológicos presentes na natureza, de modo que o meio ambiente pode ser considerado uma entidade celestial. A única condição é que a busca e a utilização do conhecimento não deve visar apenas o lucro ou tornar-se um esforço arrogante para a construção de uma nova torre de Babel, por meio de que as criaturas de Deus procurem alcançar ou talvez, tomados pela presunção, até mesmo superar o próprio Criador. Infelizmente, às vezes os seres humanos esquecem o fato de que “a fonte da beleza criou todas as coisas” (Sb. 13, 3) e que “a mão do Senhor lançou os fundamentos da terra, enquanto Sua mão direita estendia os céus” (Is. 48, 13).
Consequentemente, é nossa obrigação, como pastores da Igreja e de cada pessoa do espírito e das ciências, bem como de todos os cristãos devotos, fazer o bem e, sobretudo, rezar para que o divino Criador de todas as coisas ilumine os cientistas, que estão particularmente envolvidos com essas questões, para que possam adentrar nos mistérios da natureza com humildade diante de Deus e respeito para com as leis da natureza, de modo a evitar o uso indevido de suas pesquisas, levando em conta apenas razões comerciais ou outras quaisquer.
Um longo período de experiência é necessário, a fim de determinar se as repercussões supostamente benéficas da aplicação de um novo conhecimento não têm efeitos paralelos que possam ser destrutivos para o ambiente, bem como para a humanidade.
Na criação do mundo, a voz do Senhor e o mandamento original era: “a natureza pode ter suas próprias leis; permanecendo em nosso mundo para que ele seja capaz de gerar e dar frutos para todos os tempos” (Basílio, o Grande, in: Hexaemeron IX, pg. 29, 96A), garantindo também a sustentabilidade da Terra. Assim, a terra continuará a gerar e produzir frutos se for permitido aderir à sua própria ordem natural e se nós, como seus habitantes, vivermos de acordo com os mandamentos e as leis de Deus, respeitando e praticando-os. Então, Deus apenas “mandará a chuva na sua estação, e a terra dará seus colheitas e as árvores do campo produzirão seus frutos... Comereis pão a fartar, e habitareis em segurança em vossa terra. E estabelecerei a paz na terra” (Lv. 26, 4-6).
Nesta ocasião, então, neste dia tão importante do início do ano [eclesiástico], nós rezamos com: Josué, o angélico Simeão, as sete crianças em Éfeso e o sagrado salmista Davi que o Senhor enviará o Seu espírito e renovará a face da terra (cf. Sl. 103, 20) para abençoar as obras de Suas mãos e considerar-nos dignos de completar pacificamente o tempo que está diante de nós. E nós invocamos a luz, a graça e a bênção do Espírito Santo sobre aqueles que realizam as pesquisas científicas sobre o poder da natureza. Amém.

de setembro de 2013.

ΠΑΤΡΙΑΡΧΙΚΟΝ ΜΗΝΥΜΑ ΠΙ ΤΗ 
ΟΡΤΗ ΤΗΣ ΝΔΙΚΤΟΥ βιγ΄ 
† Β Α Ρ Θ Ο Λ Ο Μ Α Ι Ο Σ
Ελέω Θεού Αρχιεπίσκοπος Κωνσταντινουπόλεως,
 Νέας Ρώμης και Οικουμενικός Πατριάρχης. 
Παντί τ πληρώματι τς κκλησίας χάριν και ειρήνην 
παρά του Δημιουργού και Συντηρητού πάσης τς κτίσεως 
Κυρίου και Θεού και Σωτήρος ημών Ιησού Χριστού.

δελφοί καί τέκνα ν Κυρί γαπητά,
φθασεν πρώτη Σεπτεμβρίου, πρώτη το κκλησιαστικο τους, τήν ποίαν πρό τν τό Οκουμενικόν Πατριαρχεον καί ν συνεχεί σύνολος ρθόδοξος μν κκλησία ρίσαμεν ς μέραν προσευχς διά τό περιβάλλον.
κτοτε, λόγ καί τς μετέρας πρωτοβουλίας ταύτης, χει γενικευθ τό νδιαφέρον διά τήν προστασίαν το φυσικο περιβάλλοντος καί πολλά λαμβάνονται μέτρα ν προκειμέν διά τήν ειφορίαν καί τήν σορροπίαν τν οκοσυστημάτων λλά καί διά πν σχετικόν πρός ατάς πρόβλημα.
Καθώς μάλιστα τυγχάνει γνωστόν καί πιμεμαρτυρημένον τι "ο λύονται ο νόμοι τς φύσεως, οδέ σαλεύονται, λλά μένουσιν κίνητοι" (πρβλ. ερο Χρυσοστόμου, Ες τόν πτωχόν Λάζαρον ΣΤ΄, P.G. 48, 1042), φείλομεν σήμερον νά πικεντρώσωμεν τήν προσοχήν μας ες τάς φανες πεμβάσεις το νθρώπου ες τήν σορροπίαν το περιβάλλοντος, ποία διασαλεύεται χι μόνον δι᾿ μφανν καταστρεπτικν νεργειν, ς α κριζώσεις τν δασν, περάντλησις τν δάτων, ν γένει περεκμετάλλευσις τν φυσικν καί νεργειακν πόρων καί μέσ διαρρος καί ποθέσεως τοξικν καί χημικν οσιν μόλυνσις μεγάλων χερσαίων καί δατίνων περιοχν, λλά καί δι᾿ φανν διά γυμνο φθαλμο πράξεων.
Καί τοιαται τυγχάνουν α πεμβάσεις ες τά γονιδιώματα τν μβίων ντων καί δημιουργία κατ᾿ ατόν τόν τρόπον μετηλλαγμένων εδν γνώστου ν συνεχεί μετεξελίξεως, ς καί νεύρεσις τρόπων ποδεσμεύσεως τεραστίων δυνάμεων, τν τομικν καί πυρηνικν, τν ποίων μή ρθή χρσις δύναται νά ξαφανίσ πν χνος ζως καί πολιτισμο ες τόν πλανήτην μας.
Ες τάς περιπτώσεις ταύτας δέν εναι πλεονεξία καί πιθυμία τς περισχύσεως τά μόνα κίνητρα τν πιδιωκόντων νά πέμβουν καί νά μεταλλάξουν τά μβια ντα, τά ποα Θεός δημιούργησεν ς «καλά λίαν», λλά καί περοψία ρισμένων πως ντιπαραταχθον ες τήν Σοφίαν το Θεο καί ποδείξουν αυτούς κανούς νά βελτιώσουν τό ργον Ατο.
ψυχική στάσις ατη χαρακτηρίζεται πό τν ρχαίων λλήνων ς "βρις", δηλαδή περοπτική αθάδεια το χοντος περιωρισμένον νον ναντι το Πανσόφου καί Παντοδυνάμου Δημιουργο.
σφαλς δέν ντιτασσόμεθα πρός τήν πιστημονικήν ρευναν, άν καί φ᾿ σον παρέχ πωφελες πηρεσίας ες τόν νθρωπον καί τό περιβάλλον. Τοιουτοτρόπως, χρησιμοποίησις τν πορισμάτων ατς διά τήν θεραπείαν, παραδείγματος χάριν, σθενειν εναι σφαλς θεμιτή, λλά βεβιασμένη μπορική κμετάλλευσις προϊόντων τς συγχρόνου χημικς καί βιολογικς τεχνολογίας πρό τς τετελεσμένης διαπιστώσεως τι εναι διά τόν νθρωπον βλαβ, εναι σφαλς κατακριτέα, καθώς πανειλημμένως δήγησεν ες τραγικάς συνεπείας ατόν καί τό περιβάλλον.
πιστήμη, καλς πράττουσα, διαρκς ρευν καί προσπαθε νά ρμηνεύσ τήν φυσικήν νομοτέλειαν καί τάξιν. ντολή το Θεο πρός τούς πρωτοπλάστους "κατακυριεύσατε τς γς"(Γεν. θ΄ 1) παρέχει τήν δειαν τς ρεύνης καί γνώσεως τν φυσικν καί βιολογικν μηχανισμν ο ποοι δρον ες ατήν, διά νά εναι σύνολον τό φυσικόν περιβάλλον παραδείσιον. ρκε πιδίωξις τς γνώσεως καί κμετάλλευσις ατς νά μή στοχεύ μόνον ες τό κέρδος καί νά μή εναι λαζονική προσπάθεια οκοδομήσεως νός νέου πύργου τς Βαβέλ, διά το ποίου τό δημιούργημα θά προσπαθήσ νά φθάσ καί σως, κατά τήν παρσιν ρισμένων, νά περβ καί Ατόν τόν Δημιουργόν. Δυστυχς λησμονε νίοτε νθρωπος τι το "κάλλους γενεσιάρχης κτισεν ατά" (Σοφ. Σολ. ιγ΄, 3) καί χείρ Κυρίου "θεμελίωσε τήν γν, καί δεξιά Ατο στερέωσε τόν ορανόν" (πρβλ. σ. μη΄, 13).
Καθκον, λοιπόν, μν τν ποιμένων τς κκλησίας καί τν νθρώπων το πνεύματος καί τς πιστήμης, λλά καί πάντων τν ελαβν χριστιανν, εναι νά ργαζώμεθα τό γαθόν καί κυρίως νά προσευχώμεθα πως Δημιουργός το παντός Θεός φωτίζ τούς εδικς μέ τά νωτέρα θέματα σχολουμένους πιστήμονας να ν ταπεινώσει ναντι Ατο καί ν σεβασμ πρός τήν φυσικήν νομοτέλειαν καί τάξιν εσέρχωνται ες τά νδότερα ατς καί ποφεύγουν τήν διά λόγους οκονομικς κμεταλλεύσεως λλους, ς νεφέρομεν, βεβιασμένην χρησιμοποίησιν τν πορισμάτων τς ρεύνης των.
Χρειάζεται μακρά περα διά νά βεβαιωθ τι α διαπιστωθεσαι εεργετικαί πιρροαί κ τς φαρμογς τν νέων γνώσεων δέν συνεπάγονται παραπλεύρως πιβλαβες παρενεργείας ες τό περιβάλλον καί βεβαίως ες ατόν τοτον τόν νθρωπον.
Κατά τήν δημιουργίαν το κόσμου τότε φωνή καί τό πρτον πρόσταγμα το Κυρίου "οον νόμος τις γένετο φύσεως, καί ναπέμεινε τ γ, τήν το γεννν ατ καί καρποφορεν δύναμιν ες τό ξς παρεχόμενος..." (Μεγάλου Βασιλείου, ες τήν ξαήμερον Θ΄, P.G. 29, 96A), ξασφαλίζουσα τήν ειφορίαν ατς. Καί γ θά συνεχίσ νά γενν καί νά καρποφορ φ᾿ σον φεθ ες τήν φυσικήν ατς τάξιν καί φ᾿ σον μες ο πάροικοι π᾿ ατς πορευθμεν κατά τά προστάγματα καί τάς ντολάς το Θεο καί φυλάττωμεν καί ποιμεν ατάς. Τότε κενος μόνον "δώσει τόν ετόν μν ν καιρ ατο, καί γ δώσει τά γενήματα ατς, καί τά ξύλα τν πεδίων ποδώσει τόν καρπόν ατν [...] καί φαγώμεθα τόν ρτον μν ες πλησμονήν καί κατοικήσωμεν μετά σφαλείας πί τς γς μν. Καί πόλεμος ο διελεύσεται διά τς γς μν[...]" (πρβλ. Λευιτ. 26, 4-6).
Προσευχόμενοι πί τ εσήμ ταύτ μέρ καί τ εσόδ το νιαυτο μετά ησο το Ναυ, Συμεών το σαγγέλου καί τν ν φέσ πταρίθμων παίδων καί μετά το ερο Ψαλμδο Δαυίδ πρός τόν Κύριον πως ξαποστείλ τό πνεμα Ατο καί νακαινίσ τό πρόσωπον τς γς (πρβλ. Ψαλμ. 103, 30), ελογν τά ργα τν χειρν Ατο καί καταξιν μς λυσιτελς περαισαι τήν το χρόνου περίοδον, πικαλούμεθα πέρ τν ρευνώντων τάς δυνάμεις τς φύσεως τόν φωτισμόν, τήν χάριν καί τήν ελογίαν το γίου Πνεύματος. μήν.
͵βιγ΄ Σεπτεμβρίου α΄

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