PATRIARCADO ECUMÊNICO DE CONSTANTINOPLA
Arquidiocese
Ortodoxa Grega de Buenos Aires e América do Sul
Igreja Anunciação da Mãe de Deus
SGAN - Qd. 910 - Módulo ‘’B’’ - CEP: 70.790-100 - Brasília-DF
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Brasília,
23 de novembro de 2014
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9º Domingo de Lucas
24º Domingo depois
de Pentecostes
Santos
Anfilóquio, bispo de Icônio
e Gregório
Akragantinos († 395)
Matinas
Tropário:
Destruístes com a Tua Cruz a morte, abristes ao ladrão
o paraíso, transformaste o luto das miróforas e ordenaste, aos Teus Apóstolos pregarem
que Tu ressuscitaste, ó Cristo Deus, dando ao mundo a grande misericórdia.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo,
Destruístes com a Tua Cruz a morte, abristes ao ladrão
o paraíso, transformaste o luto das miróforas e ordenaste, aos Teus Apóstolos pregarem
que Tu ressuscitaste, ó Cristo Deus, dando ao mundo a grande misericórdia.
Agora,
sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.
Theotokion:
Virgem gloriosa, tesouro de nossa ressurreição, arrancai
dos abismos do pecado aqueles que colocam a sua esperança em Ti, pois salvaste os
pecadores subjugados às suas faltas, Tu que destes nascimento à nossa salvação,
Tu que permanecestes virgem no parto, durante o parto e após o parto.
Katisma:
O sepulcro está aberto, o inferno se lamenta e Maria
exclama aos apóstolos prostrados: "Saí, operários da vinha, proclamai a nova
da ressurreição. O Senhor ressuscitou e deu ao mundo a grande misericórdia."
Glória ao Pai, Filho e Espírito Santo
Ao lado de Teu sepulcro, Senhor, Maria Madalena chora
e se lamenta: Ela Te fala e, pensando que eras o jardineiro, e diz: "Onde colocaste
a vida eterna? Onde colocaste aquele que se assenta sobre o trono dos querubins?"
E quando ela viu os guardas gelados, caírem como mortos, exclamou: "Dai-me
o meu Senhor, ou então clamai comigo: glória a Ti que desceste até os mortos, glória
a que ressuscitaste dos mortos."
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos.
Theotokion:
Ó virgem Mãe de Deus, intercede por nós ao Cristo
Deus que foi crucificado por nós, e que com a Sua ressurreição destruiu o império
da morte. Intercede sem cessar, Ó Mãe de Deus, para que ele salve as nossas almas.
Ypakoí:
Porque Tu amas a humanidade, ó Cristo nosso Deus,
Tu Te puseste na forma humana e na carne sofreste a Cruz; salva-me por Tua Ressurreição.
Antífona:
Ó Tu,que resgataste os cativos de Sião de seus erros.
Ó Salvador dá-me a vida e arranca-me da escravidão das paixões. Aquele que vem do
Sul semeia as penas da abstinência e ceifará com alegria os frutos da vida eterna.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, agora,
sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.
Do Espírito Santo, fonte dos tesouros divinos, jorra
toda sabedoria, julgamento e temor de Deus. A Ele o louvor e a glória, a honra e
o poder.
Prokimenon:
Levanta-Te, Senhor, que Teus braços se elevem e não
Te esqueças de Teus pobres até o fim dos tempos. (2 vezes).
Stichos:
Eu Te louvarei, Senhor, de todo o meu coração e celebrarei
todas as Tuas maravilhas (repete a primeira).
Evangelho Mc 16, 1-8
Evangelho
de Nosso Senhor Jesus + Cristo,
segundo o Evangelista São Marcos.
Passado o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago,
e Salomé compraram aromas para ungir Jesus. E no primeiro dia da semana, foram muito
cedo ao sepulcro, mal o sol havia despontado. E diziam entre si: Quem nos há de
remover a pedra da entrada do sepulcro? Levantando os olhos, elas viram removida
a pedra, que era muito grande. Entrando no sepulcro, viram, sentado do lado direito,
um jovem, vestido de roupas brancas, e assustaram-se. Ele lhes falou: Não tenhais
medo. Buscais Jesus de Nazaré, que foi crucificado. Ele ressuscitou, já não está
aqui. Eis o lugar onde o depositaram. Mas ide, dizei a seus discípulos e a Pedro
que ele vos precede na Galiléia. Lá o vereis como vos disse. Elas saíram do sepulcro
e fugiram trêmulas e amedrontadas. E a ninguém disseram coisa alguma por causa do
medo.
Hoje é a salvação do mundo. Louvemos Aquele que ressuscitou
do túmulo, dando-nos origem a uma nova vida, porque anulou a morte com a Sua morte
e nos concedeu a misericórdia de obter essa grande vitória.
Divina Liturgia
Anunciação
- Modo 4:
É hoje o começo da nossa salvação e a manifestação
do mistério eterno.
O Filho de Deus torna-Se Filho da Virgem e
Gabriel anuncia a graça.
Por isso, cantamos com ele à Mãe de Deus:
“Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo!”.
Tropário da Ressurreição
- 7º tom:
Destruístes com a Tua Cruz a morte, abristes ao ladrão
o paraíso, transformaste o luto das miróforas e ordenaste, aos Teus Apóstolos pregarem
que Tu ressuscitaste, ó Cristo Deus, dando ao mundo a grande misericórdia.
Kondakion
– 7º tom:
Glória ao Pai +, ao Filho e ao Espírito Santo.
O domínio da morte já não pode submeter o homem pois
Cristo, descendo, aboliu e destruiu o seu poder, o Hades está vencido, e os profetas
se alegram, clamando em uníssono: "O Salvador apareceu àqueles que têm fé!
Corram, fiéis, para a Ressurreição!"
Theotokion
– 7º tom:
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém
Como templo da nossa ressurreição, ó Toda gloriosa retira do túmulo e da desolação aqueles que
esperam em ti, tu nos salvaste da escravidão do pecado, gerando a nossa Salvação, permanecendo sempre
virgem.
Hino
à Mãe de Deus:
Ó Admirável e Protetora dos cristãos e nossa Medianeira do Criador não
desprezes as súplicas de nenhum de nós pecadores, mas apressa-te em auxiliar-nos
como Mãe bondosa que és, pois te invocamos com fé: roga por nós junto de Deus, tu
que defendes sempre aqueles que te veneram.
Prokimenon:
O Senhor dará poder a seu povo
O Senhor abençoará seu povo com a paz.
Oferecei ao Senhor, ó filhos de Deus,
Oferecei ao Senhor tenros cordeiros.
Epístola Ef 2, 14-22
Leitura
da Epistola do Apóstolo São Paulo aos Efésios
Irmãos, Jesus Cristo
é a nossa paz, ele que de dois povos fez um só, destruindo o muro de inimizade que
os separava, abolindo na própria carne a lei, os preceitos e as prescrições. Desse
modo, ele queria fazer em si mesmo dos dois povos uma única humanidade nova pelo
restabelecimento da paz, e reconciliá-los ambos com Deus, reunidos num só corpo
pela virtude da cruz, aniquilando nela a inimizade. Veio para anunciar a paz a vós
que estáveis longe, e a paz também àqueles que estavam perto; porquanto é por ele
que ambos temos acesso junto ao Pai num mesmo espírito. Consequentemente, já não
sois hóspedes nem peregrinos, mas sois concidadãos dos santos e membros da família
de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, tendo por pedra
angular o próprio Cristo Jesus. É nele que todo edifício, harmonicamente disposto,
se levanta até formar um templo santo no Senhor. É nele que também vós outros entrais
conjuntamente, pelo Espírito, na estrutura do edifício que se torna a habitação
de Deus.
Aleluia!
Aleluia, aleluia, aleluia!
É bom exaltar o Senhor
e cantar louvores ao teu Nome, ó Altíssimo (Sl 92,
1)
Aleluia, aleluia, aleluia!
Proclamar pela manhã o teu amor e a tua fidelidade
pela noite (Sl 91, 2).
Aleluia, aleluia, aleluia!
Evangelho Lc. 10, 25-37
Evangelho
de Nosso Senhor Jesus + Cristo,
segundo o Evangelista São Lucas:
Naquele tempo,
o Senhor disse esta parábola: «A terra de um homem rico deu uma grande colheita.
Ele pensava consigo mesmo: 'Que vou fazer? Não tenho onde guardar minha colheita'.
Então resolveu: 'Já sei o que fazer! Vou derrubar meus celeiros e construir maiores;
neles vou guardar todo o meu trigo, junto com os meus bens. Então poderei dizer
a mim mesmo: Meu caro, tens uma boa reserva para muitos anos. Descansa, come, bebe,
goza a vida!' Mas Deus lhe disse: 'Tolo! Ainda nesta noite, tua vida te será retirada.
E para quem ficará o que acumulaste?' Assim acontece com quem ajunta tesouros para
si mesmo, mas não se torna rico diante de Deus.»
SINAXE
Deparamo-nos, neste domingo, com um relato familiar.
Não é raro ouvirmos de pessoas comentários semelhantes aos que foram proferidos
pelo personagem da Parábola que Jesus usou para mais uma vez transmitir seus ensinamentos.
A riqueza não é seguro de vida e muito menos demonstra se estamos cumprindo a vontade
de Deus ou não. Para os cristãos nem sempre a riqueza é sinal de benção divina;
é, muitas vezes, causa de perdição.
Jesus inicia sua parábola contando que certo homem
teria uma ótima colheita, mas que não teria celeiros suficientes para armazená-la,
já que os que possuía já estavam abarrotados. Pensou então em construir celeiros
maiores e estocar suas riquezas para depois desfrutá-la, comendo e bebendo. Seu
erro está focado em um horizonte terreno. A ele o que importa é o ter; é o comer
e o beber; é sugar da vida todos os prazeres que lhe são oferecidos. Trabalhou durante
anos, acumulando bastante para depois desfrutar.
Diante desta maneira de pensar a vida, o próprio
Deus responde: "Insensato"!
Não somos donos da vida. A nós não coube estabelecer
seu inicio e nem cabe a nós estabelecer seu fim. A morte faz parte da vida; ela
é inerente à realidade; nem dela pode fugir ou adiar seu curso. A morte revela o
quanto a vida tem uma dimensão finita, mensurável pelo tempo e limitada pelo espaço.
O cristão deve olhar a vida como dom de Deus e não
como propriedade sua. Se é dom de Deus, a Ele devemos prestar contas. A nossa preocupação
não deveria ser como o do rico da parábola: acumular tesouros para o mundo. Esses
tesouros são bens temporais e devem ser vistos e aceitos como tais, isto é, contingentes,
efêmeros, transitórios, passageiros. O que de fato são perenes e duradouros são
os tesouros que "nem a traça nem a ferrugem corroem".
O fato de possuirmos "bens materiais" não
é condenável. Torna-se prejudicial, porém, quando nos deixamos possuir por eles.
O avarento, o cobiçoso não possui, mas é possuído por seus bens e desejos. O apego
é colidente com a caridade, com a doação e com a entrega.
É necessário que nossa relação com os bens deste
mundo não se tornem obstáculos à relação filial que temos com nosso Deus e que eles
sejam apenas e somente meios para melhor promover a dignidade humana e, jamais,
fim em si mesmos.
Nosso tesouro é Deus e, embora carreguemos este tesouro
em vasos de argila, como revela-nos o Apóstolo Paulo, é preciso que haja plena confiança
n'Ele e em sua Providência. Esta confiança é uma condição para que resistamos aos
apelos consumistas e ao apego material em geral de nosso tempo e de nossa sociedade.
A base da confiança do homem está na certeza da fidelidade de Deus.
Facilmente os homens denominam de "ricos"
os que possuem bens, os que têm posses e por terem tanto são tratados de maneira
singular, especial, muitas vezes em detrimento dos demais. Para Deus rico é aquele
que, com o que é seu, ajuda aos que pouco ou nada têm. "Quem se compadece do
próximo, empresta a Deus" (Pr 19,17).
Ricos ou pobres,
afortunados ou não, todos nós nos depararemos com a realidade da morte. Não levaremos
nada de material. Oxalá, não sejamos nós a ouvir que fomos "insensatos",
quando deveríamos ser prudentes ao acumularmos tesouros que aprouve ao Criador nos
confiar.
Folheto Dominical da Igreja Anunciação da Mãe de Deus
Responsável
Reverendo Ecônomo Padre Emanuel Sofoulis
Editoração
e Diagramação
Antonio José
Atualização
da Página na internet
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