25 abril 2015

Páscoa

PATRIARCADO ECUMÊNICO DE CONSTANTINOPLA
Arquidiocese Ortodoxa Grega de Buenos Aires e América do Sul
Igreja Anunciação da Mãe de Deus
SGAN - Quadra 910 - Módulo ‘’B’’ - CEP: 70.790-100 - Brasília-DF
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Brasília, 12 de abril de 2015.
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Domingo da Santa PÁSCOA da Ressurreição de Nosso Senhor, Deus e Salvador Jesus Cristo
Início do tempo do Pentekostarion - Modo Próprio
Memória de São Basílio, o Confessor, Bispo de Riazan († 1295).



A Ressurreição e a vitória de Cristo é reafirmada nesta manhã. O evangelho é lido em diversos idiomas para mostrar a universalidade da Boa-Nova da Ressurreição a todos os povos da terra. Amor, perdão, reconciliação, triunfo e alegria são os dons que recebemos, pois Cristo viveu, morreu e triunfou por nossa salvação.
Este tempo abrange as oito semanas que seguem a Páscoa: sete semanas,
da Páscoa até o Pentecostes; uma semana do Pentecostes até o Domingo de Todos os Santos.



Divina Liturgia

Anunciação - Modo 4:
É hoje o começo da nossa salvação e a manifestação do mistério eterno.
O Filho de Deus torna-Se Filho da Virgem e Gabriel anuncia a graça.
Por isso, cantamos com ele à Mãe de Deus:
“Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo!”

Issodikon:
Bendizei a Deus nas vossas assembleias
Bendizei o Senhor, filhos de Israel!
Salva-nos, ó Filho de Deus, que ressuscitaste dentre os mortos, a nós que a Ti cantamos: Aleluia!

Tropário – Modo Plagal 1:
Cristo ressuscitou dos mortos; venceu a morte pela morte; e aos que estavam no túmulo, Cristo deu a vida.

Hipacoí:
As companheiras de Maria, tendo chegado antes do raiar da aurora, e encontrando removida a pedra do túmulo, ouviram um Anjo dizer-lhes: Por que procurais, como a um homem e entre os mortos, aquele que vive na luz eterna? Vede as faixas funerárias; correi e anunciai ao mundo que o Senhor ressuscitou, tendo vencido a morte, pois ele é o Filho de Deus, que salva o gênero humano.

Kondakion – Modo 2:
Tendo descido ao túmulo, ó imortal, Tu destruíste o poderio dos infernos e levantaste-te como vencedor, ó Cristo Deus,
Tu, que disseste às mulheres miróforas: rejubilai! E aos apóstolos, dás a paz, Tu que ressuscitas aqueles que sucumbiram.

Kondakion:
Ó admirável e protetora dos cristãos e nossa Medianeira do Criador, não desprezes as súplicas de nenhum de nós pecadores; mas apressa-te em socorrer-nos, como Mãe bondosa que és, pois te invocamos com fé: Roga por nós, junto de Deus, tu que defendes sempre aqueles que te veneram.

Trisagion:
Vós † que fostes batizados em Cristo, de Cristo vos revestistes. Aleluia! (3 vezes)
Glória ao Pai †...
De Cristo vos revestistes. Aleluia!
Vós † que fostes batizados em Cristo, de Cristo vos revestistes. Aleluia!

Prokimenon:
Este é o dia que o Senhor fez, exultemos e alegremo-nos nele!
Dai graças ao Senhor porque ele é bom, e a sua misericórdia é eterna.

Epístola:                                                                                                                                            At 1, 1-8
Leitura do livro dos Atos dos Apóstolos.

Em minha primeira narração, ó Teófilo, contei toda a seqüência das ações e dos ensinamentos de Jesus, desde o princípio até o dia em que, depois de ter dado pelo Espírito Santo suas instruções aos apóstolos que escolhera, foi arrebatado (ao céu). E a eles se manifestou vivo depois de sua Paixão, com muitas provas, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando das coisas do Reino de Deus. E comendo com eles, ordenou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem o cumprimento da promessa de seu Pai, que ouvistes, disse ele, da minha boca; porque João batizou na água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo daqui há poucos dias. Assim reunidos, eles o interrogavam: Senhor, é porventura agora que ides instaurar o reino de Israel? Respondeu-lhes ele: Não vos pertence a vós saber os tempos nem os momentos que o Pai fixou em seu poder, mas descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará força; e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria e até os confins do mundo.

Aleluia!
Aleluia, aleluia, aleluia!
Tu te levantarás e terás piedade de Sião, Senhor pois o tempo de te compadeceres dela, o tempo determinado já chegou.
Aleluia, aleluia, aleluia!
O Senhor olha do alto dos céus e vê a todos os filhos dos homens.
Aleluia, aleluia, aleluia!

Evangelho:                                                                                                                                      Jo 1,1-17
Evangelho de Nosso Senhor Jesus  Cristo, segundo o Evangelista São João.

No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio junto de Deus. Tudo foi feito por ele, e sem ele nada foi feito. Nele havia a vida, e a vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam. Houve um homem, enviado por Deus, que se chamava João. Este veio como testemunha, para dar testemunho da luz, a fim de que todos cressem por meio dele. Não era ele a luz, mas veio para dar testemunho da luz. [O Verbo] era a verdadeira luz que, vindo ao mundo, ilumina todo homem. Estava no mundo e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o reconheceu. Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. Mas a todos aqueles que o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas sim de Deus. E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos sua glória, a glória que o Filho único recebe do seu Pai, cheio de graça e de verdade. João dá testemunho dele, e exclama: Eis aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim é maior do que eu, porque existia antes de mim. Todos nós recebemos da sua plenitude graça sobre graça. Pois a lei foi dada por Moisés, a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo.

Hirmos:
Um Anjo exclamou: Ó Cheia de graça, Virgem pura rejubila!
De novo digo, rejubila! teu Filho ressuscitou do túmulo ao terceiro dia. Resplandece, resplandece, ó Nova Jerusalém!
Pois a glória do Senhor brilhou sobre ti! Exulta agora e alegra-te Sião! E Tu, ó Mãe de Deus toda pura, rejubila na ressurreição do teu Filho!

Kinonikon:
Tomai o Corpo de Cristo e provai da fonte imortal.
Aleluia, aleluia, aleluia!

Observações:
1    - Em vez de “Recebei-me hoje, participante...”, repete-se o Canto da Comunhão “Tomai o Corpo de Cristo ...”
2    - Canta-se “Cristo ressuscitou dos mortos ...” uma vez no lugar de “Vimos a verdadeira Luz ...”; três vezes no lugar de “Bendito seja o nome do Senhor ...”
3    - Em vez de “Pelas orações dos nossos santos padres ...” diz-se “Cristo ressuscitou dos mortos...”
4    - No Ofício de Vésperas lê-se o Evangelho de Jo 20, 19-25 em várias línguas pelos sacerdotes e diáconos.
5    - Na semana da Páscoa e no dia do encerramento da festa, quarta-feira antes da Ascensão, a Missa é igual a do dia da Páscoa.
6    - Depois da Bênção Final, o sacerdote diz, alternando com os fiéis:
S. - Cristo ressuscitou! (3 vezes)
T. - Verdadeiramente ressuscitou!
S. - Glória à sua Ressurreição ao terceiro dia!
T. - Veneramos sua Ressurreição ao terceiro dia!

Sinaxe

Os primeiros sinais da Ressurreição são de ausência: Jesus não estava mais lá onde havia sido sepultado. A pedra fora do lugar, o sepulcro vazio, os lençóis e o sudário abandonados faziam parte do cenário que Maria de Magdala vislumbrava. Ela, a primeira mensageira do sepulcro vazio, a evangelista da ressurreição, correu para chamar os discípulos, ainda temerosos com os acontecimentos vividos naqueles dias. Encontrou Pedro e João que se lançaram em direção ao inexplicável. Não acharam o que procuravam! Aquela ausência, aquele vazio são preenchidos por uma nova realidade: a perplexidade.

Os discípulos voltaram para casa, deixando o cenário livre para Maria. Repetiu-se o fato: Jesus e Maria se encontram a sós, como em Samaria, quando estava prestes a ser apedrejada. Parece que as testemunhas dos diálogos entre o Senhor e Maria se esvaem. Antes pela inconveniência de escutar aquelas palavras que feriam o orgulho: “se alguém não tiver pecado, atire a primeira pedra”; agora, eles se vão pelo excesso de silêncio. Justamente neste diálogo, sem testemunhas, ela reconhece o Senhor e imediatamente o chama de “Raboni”, ou seja, Mestre.

Embora fosse conhecida pelos discípulos novamente vai ao encontro deles pra lhes dizer: “Eu vi o Senhor”, mas eles não acreditam.

A incredulidade dos discípulos não diminui a alegria de Maria, pois momentos mais tarde o próprio Ressuscitado, trazendo-lhes a paz, invadirá o cenáculo confirmando o que Maria anunciou.

A partir de então os apóstolos não sentiriam mais constrangimento nem desprezo pelo povo que codinomeavam seu Mestre de “Crucificado”. Estes sentimentos transformam-se em coragem e missão. Os primeiros missionários do cristianismo anunciavam o “Ressuscitado” para transformar a vida de muitos. E esta força provinha da fé ratificada pela visão.

A nós, destinatários das palavras do Senhor: «Bem-aventurados são os que não viram mais acreditaram», cabe a fé, dom e graça de Deus!”


São Basílio, o confessor, bispo de Riazan († 1295)



São Basílio iniciou seu ministério episcopal em Mourom, uma das mais antigas cidades da Rússia. Levava uma vida irrepreensível, edificando espiritualmente seus fiéis pelo exemplo de uma vida virtuosa. Contudo, foi injustamente acusado de levar uma vida de devassidão e algumas pessoas decidiram puni-lo e, antes mesmo de submetê-lo a um tribunal eclesiástico. Certo dia, foi cruelmente perseguido e ameaçado de morte pela multidão que se deixou seduzir por falsas insinuações do maligno. Durante toda a noite São Basílio passou em vigília em sua capela. Na manhã do dia seguinte dirigiu-se a Catedral da Anunciação onde orou fervorosamente diante do Ícone da Mãe de Deus trazido de Kiev pelo príncipe Constantino, o iluminador de Mourom. Pondo na Santíssima Virgem toda a sua esperança, tomou o ícone em seus braços, dirigindo-se rapidamente ao Rio Oka, onde seus perseguidores o aguardavam prontos para atacá-lo. O santo, tendo o ícone em suas mãos, estendeu sua mandya, estendeu sobre as águas como se fosse uma balsa, e sobre ela navegou rio adentro contra a corrente. Este milagre assombrou os habitantes de Muron que, em lágrimas, exclamaram: «Ó Deus do Bispo Basílio, perdoe estes teus servos pecadores». Pediram então a São Basílio que ficasse em sua sede e, desde então, o Bispado de Muron foi transferido para Ryazan, ficando sob a proteção do ícone da Santíssima Virgem que passou a ser venerado na Catedral. Depois de viver alguns anos em Ryazan, São Basílio teve novamente que fugir para Pereyaslav por causa da invasão dos tártaros. Lá ele adormeceu em paz no ano de 1295. Em 10 de junho de 1609, seus restos mortais foram descobertos incorruptos.
Trad.: Pe. André Sperandio
Folheto Dominical da Igreja Anunciação da Mãe de Deus


Responsável

Reverendo Ecônomo Padre Emanuel Sofoulis


Editoração e Diagramação

Antonio José

Atualização da Página na internet

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