22 novembro 2015

9º Domingo de Lucas


PATRIARCADO ECUMÊNICO DE CONSTANTINOPLA
Arquidiocese Ortodoxa Grega de Buenos Aires e América do Sul
Igreja Anunciação da Mãe de Deus
SGAN - Quadra 910 - Módulo ‘’B’’ - CEP: 70.790-100 - Brasília-DF
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Brasília, 22 de novembro de 2015.
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9º Domingo de Lucas

(25º depois de Pentecostes - Modo 4 Plagal)

Santos Apóstolos dos Setenta, Philemon e Arquipo, Martyr Ápia, esposa de Filemon e equi-apóstolos, e Onésimo, discípulo de São Paulo (séc. I).



Matinas

Tropário – Modo Plagal 4 - (8º tom):
Desceste das alturas, ó misericordioso, e aceitaste o sepultamento durante três dias, para nos livrar das paixões. Senhor, És nossa vida e nossa ressurreição, glória a Ti.
Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo,

Desceste das alturas, ó misericordioso, e aceitaste o sepultamento durante três dias, para nos livrar das paixões. Senhor, És nossa vida e nossa ressurreição, glória a Ti.
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.

Theotokion:
Tu, que por nossa salvação, nasceste de uma virgem e padeceste a crucificação, ó boníssimo por Tua morte, despojaste a morte, Tu que é Deus, nos revelaste a ressurreição, não desprezes aqueles que a Tua mão criou. Manifesta a Tua misericórdia, ó amigo do homem; aceita as preces daqueles que deste a Luz e salva os desesperados, ó nosso Salvador.

Katisma – Modo Plagal 4 - (8º tom):
1ª Katisma:
Oh Vida de todos! Ressuscitaste dentre os mortos. O Anjo resplandecente se dirigiu às mulheres, dizendo: “Deixai de chorar e anunciai aos Apóstolos louvando e proclamando que ressuscitou Cristo, o Senhor, que se alegrou como Deus em salvar o gênero humano!”
Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo.

Verdadeiramente ressuscitou do sepulcro e ordenaste as piedosas mulheres que anunciassem aos Apóstolos a Ressurreição, como está escrito. Pedro correu ao sepulcro e ao ver a Luz na tumba, se estremeceu e viu o sudário, o qual era impossível que vê-lo na obscuridade. Creu e correu exclamando: “Glória a Ti, Cristo Deus Salvador nosso, porque nos salvou, sendo Tu em verdade o reflexo do Pai!”
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.

Theotokion:
Louvemos a quem é a Arca e a Porta celestial; a Montanha Santíssima e a Nuvem luminosa; a escada celeste e o Paraiso falante; a Salvadora de Eva e Mulher única do universo; porque por seu meio se chegou a cabo a salvação de todo mundo dos pecados de outrora. Por isso nos dirigimos a ela rogando-lhe: Intercede ante teu filho e teu Deus, para que nos conceda o perdão dos pecados nossos que nos prosternamos com boa fé ante teu Santíssimo parto.

2ª Katisma:
Oh Salvador, os homens selaram Teu sepulcro e o anjo retirou a pedra da porta da tumba; as mulheres viram tua ressureição dentre os mortos evangelizando a Teus discípulos em Sión, oh Vida de todos, e desataste as cadeias da morte, Senhor glória a ti.
Glória ao Pai , ao Filho e ao Espirito Santo.

Quando as mulheres chegaram ao sepulcro com os aromas do enterro, escutaram desde o sepulcro uma voz angelical que dizia: Deixai as lágrimas e recebei a alegria em vez de tristeza clamando e bradando que Cristo é Senhor ressuscitado e se alegrou como Deus em salvar o gênero humano!
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!

Theotokion:
Oh cheia de graça, todo universo se alegra em ti, os coros angelicais e o gênero humano, oh Templo Santíssimo e Paraíso falante; Orgulho da Virgindade que de ti foi engendrado o Deus, que se fez menino e é nosso Deus antes dos séculos. Ele fez de seu seio trono, e tornou teu ventre mais amplo que os céus. Por isso, cheia de graça, todas as gerações contigo se alegram e te glorificam.

Ypakoí – Modo Plagal 4 - (8º tom):
Obediência:
As Mirróforas chegaram ao sepulcro do Doador da Vida buscando o Imortal entre os mortos. Receberam o anuncio do Anjo, e anunciaram aos Apóstolos que o Senhor Havia ressuscitado dando ao mundo a grande misericórdia.

Anabtmo:
1ª Antífona:
Desde a minha juventude o inimigo me está provando e com seus atrativos me está queimando; porém eu, apoiado em Ti o vencerei.

Os que odeiam a Sion será como o pasto antes de ser seco, porque Cristo com a foice do sofrimento cortará seus pescoços.

Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo, agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.
Pelo Espírito Santo todos vivem. Ele é Luz de Luz, Grande Deus; por isso o louvamos com o Pai e o Verbo.

2ª Antífona:
Que se cubra meu coração humilde com teu temor, para que não ensoberbeça e depois lhe humildes, oh Todo Piedoso.

Quem se apoia no Senhor não terá temor quando Ele julgar a todos com o fogo dos sofrimentos.

Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo, agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.

Pelo Espírito Santo, tudo é divinizado vê e fala do futuro e faz milagres celestiais, porque canta há um só Deus, Trino e Uno, pois a Divindade sendo Três Luzes está unificada em um só Senhorio.

Prokimenon:
O Senhor vosso Deus, reinará para sempre, ó Sião, de geração em geração. (2 vezes).

Stichos:
Ó minha alma, louvai o Senhor.
O Senhor vosso Deus, reinará para sempre, ó Sião, de geração em geração.

Kondakion – Modo 4 Plagal - (8º tom):
Tu Te elevaste do túmulo e ressuscitaste dos mortos, elevaste Adão, Eva se rejubila em Tua ressurreição e as extremidades do mundo celebram teu despertar de entre os mortos, ó misericordiosissimo.

Ikós:
Despojaste os palácios dos infernos e ressuscitaste dos mortos, ó pacientíssimo, vieste ao encontro das mirróforas e em lugar, da tristeza lhes trouxeste a alegria.
Aos apóstolos manifestaste os sinais de tua vitória, ó meu Salvador, que dás a vida, e iluminaste a criação, ó amigo do homem.
Eis porque o universo se rejubila pelo teu despertar de entre os mortos, ó misericordiosíssimo.

Evangelho: Mc                                                                                  16, 9-20
Evangelho de Nosso Senhor Jesus  Cristo, segundo o Evangelista São Marcos.

Naquele tempo, disse Jesus: Não compreendeis ainda, nem vos lembrais dos cinco pães para cinco mil homens, e de quantas alcofas levantastes? Nem dos sete pães para quatro mil, e de quantos cestos levantastes? Como não compreendestes que não vos falei a respeito do pão, mas que vos guardásseis do fermento dos fariseus e saduceus? Então compreenderam que não dissera que se guardassem do fermento do pão, mas da doutrina dos fariseus. E, chegando Jesus às partes de Cesaréia de Filipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem? E eles disseram: Uns, João o Batista; outros, Elias; e outros, Jeremias, ou um dos profetas. Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou? E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus. Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus. Então mandou aos seus discípulos que a ninguém dissessem que ele era Jesus o Cristo.

Exapostilário – 3º:
Cristo ressuscitou. Ninguém pode duvidar porque apareceu à Maria; depois se deixou ver pelos que iam pescar, se manifestou aos onze, há quem enviou a batizar, e subiu aos céus de onde desceu provando seus ensinamentos com muitos milagres.

Theotokion – 3º:
Oh Sol, que hoje saíste resplandecente do sepulcro como um noivo de sua câmara nupcial, Tu esvaziaste o inferno e venceste a morte. Pela intercessão da Mãe de Deus, envia-nos Tua luz para que ilumine nossos corações e nossas almas. Luz que nos guia a todos para seguir Teus mandamentos nos caminhos da paz.


Laudes - Modo Plagal 4 - (8º tom):
1 – Esta glória será para todos os Justos.
Senhor, Tu que te submeteste ao juízo, para ser julgado por Pilatos, não deixaste o Trono donde estás sentado junto ao Pai, ressuscitaste dentre os mortos livrando o mundo da escravidão, porque és Piedoso e Amante da humanidade.

2 – Louvai a Deus em seu santuário, louvai na magnificência de seu firmamento!
Senhor, se os judeus te puseram no sepulcro com morto, os saldados te fizeram guarda como um rei adormecido. Como a um tesouro de vida te selaram; porem ressuscitaste dando a imortalidade à nossas almas.

3 – Louvai por suas proezas, louvai conforme Sua imensa grandeza!
Senhor, nos deste Tua Cruz como arma contra o inimigo, que se atemoriza e treme diante dela não podendo resistir frente sua força, porque ressuscitou os mortos acabando com a morte. Por isso nos prosternamos ante Tua Sepultura e Ressureição.

4 – Louvai ao som da trombeta, louvai com saltério e a harpa!
Senhor, o Anjo que clamou em Tua ressurreição aos guardiãs atemorizou, e as mulheres lhes disse: “Porque buscais ao vivo entre os mortos? Ressuscitou com Deus dando a Vida ao mundo.”

5 – Louvai com pandeiro e a dança; louvai com cordas e flautas!
Sofreste sobre a Cruz, oh impassível em Tua divindade, e aceitaste a sepultura de três dias para livrar-nos da escravidão do inimigo, e dando-nos a Vida com Tua Ressureição, oh Cristo amante da humanidade.

6 – Louvai com címbalos retumbantes; louvai com címbalos de júbilo. Tudo que respira louve ao Senhor!
Oh Cristo, me prosterno ante Tua Ressureição do sepulcro glorificando e louvando; e com a qual nos libertaste das cadeias do Hades, pois como Deus concedeste ao mundo a Vida Eterna e a grande misericórdia.

7 – Levanta-Te, Senhor meu e Deus meu, que tua mão se levante e não te esqueças para sempre de Teus pobres.
Os transgressores da lei vigiaram Teu sepulcro que continha a vida, junto com os guardas que o selaram. Porém com Tu és um Deus imortal ressuscitaste Onipotente ao terceiro dia.


8 – Te confesso, Senhor, como todo meu coração e proclamo todos teus milagres.
Senhor, quando transpassaste as portas do Hades, as destruíste, e o cativo exclamou dizendo: “Quem é este que não se julga debaixo da terra, senão aquele que transformou o cárcere da morte em uma tenda? Este que recebeu morto e atemorizou como Deus?” Oh Salvador Todo-poderoso, tem piedade de nós.

Eothinon – 3º:
Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo.
Quando Maria Madalena anunciou a boa nova da Ressurreição dentre os mortos do Salvador e Seu aparecimento, os discípulos, não acreditando, foram censurados por sua dureza de coração. Mas eles foram enviados para pregar, armados com sinais e milagres. E Tu, ó Senhor, foste elevado para Teu pai, a Arqui-Luz, enquanto eles pregavam o Verbo em todos os lugares, e demonstrando com milagres. Por isso nós, iluminados por eles, glorificamos Tua Ressurreição dentre os mortos, ó Senhor Que amas a humanidade.

Theotokion:
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.
Bendita e venerável és Tu, ó Mãe de Deus, em cujo seio se encarnou Aquele que visitou o inferno, libertando Adão e Eva da maldição, destruindo a morte e dando a vida a todos nós.
Por isso bendirei o Cristo em qualquer tempo, e sempre o Seu louvor estará em minha boca (2 vezes).
Ó Senhor, ressuscitado do sepulcro, rompeste os grilhões do inferno, eliminaste o poder da morte, salvando todos dos laços do inimigo; e quando apareceste a teus discípulos, os enviaste a evangelizar e, através deles, deste tua paz ao mundo, tu que és o Único Misericordioso.

Divina Liturgia

Anunciação - Modo 4:
É hoje o começo da nossa salvação e a manifestação do mistério eterno.
O Filho de Deus torna-Se Filho da Virgem e Gabriel anuncia a graça.
Por isso, cantamos com ele à Mãe de Deus:
“Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo!”

Tropário da Ressurreição – Modo 4 Plagal - (8º tom):
Desceste das alturas, ó misericordioso, e aceitaste o sepultamento durante
três dias, para nos livrar das paixões. Senhor, És nossa vida e nossa ressurreição, glória a Ti.

Kondakion – Modo 4 Plagal - (8º tom):
Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo.
Tendo ressuscitado do túmulo deste a vida aos mortos e levantaste Adão; Eva se regozija com a tua Ressurreição, e exultam de alegria os confins da terra, ó Misericordioso!

Theotokion – Modo 4 Plagal - (8º tom):
Agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém
Tu, que pela nossa salvação nasceste da Virgem, sofreste a crucifixão, ó Misericordioso, e com a morte venceste a morte, como Deus, revelando a Ressurreição; não abandones a nós, criaturas de tuas mãos!
Mostra a tua bondade pela humanidade, atende as preces da tua Mãe, que roga por nós, ó Misericordioso, e salva, ó Salvador, nosso povo desolado!

Hino à Mãe de Deus:
Ó Admirável e Protetora dos cristãos e nossa Medianeira do Criador não desprezes as súplicas de nenhum de nós pecadores, mas apressa-te em auxiliar-nos como Mãe bondosa que és, pois te invocamos com fé: roga por nós junto de Deus, tu que defendes sempre aqueles que te veneram.

Prokimenon:
Fazei votos ao Senhor nosso Deus e cumpri-os; todos os que o cercam tragam oferendas.
Deus é conhecido na Judéia, grande é o seu nome em Israel.

Epístola:                                                                                             Ef 4, 1-6
Leitura da Primeira Epístola do Apostolo São Paulo aos Efésios:

Irmãos, rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz. Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós.



Aleluia!
Aleluia, aleluia, aleluia!

Vinde, regozijemo-nos no Senhor, cantemos as glórias de Deus, nosso Salvador!

Aleluia, aleluia, aleluia!
Apresentamo-nos diante d'Ele com louvor, e celebremo-lo com salmos!
Aleluia, aleluia, aleluia!

Evangelho:                                                                             Lc 12, 16-21
Evangelho de Nosso Senhor Jesus  Cristo, segundo o Evangelista São Lucas:

Naquele tempo, o Senhor disse esta parábola: «A terra de um homem rico deu uma grande colheita. Ele pensava consigo mesmo: 'Que vou fazer? Não tenho onde guardar minha colheita'. Então resolveu: 'Já sei o que fazer! Vou derrubar meus celeiros e construir maiores; neles vou guardar todo o meu trigo, junto com os meus bens. Então poderei dizer a mim mesmo: Meu caro, tens uma boa reserva para muitos anos. Descansa, come, bebe, goza a vida!' Mas Deus lhe disse: 'Tolo! Ainda nesta noite, tua vida te será retirada. E para quem ficará oque acumulaste?' Assim acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo, mas não se torna rico diante de Deus.»


SINAXE

O Bom Samaritano

Deparamo-nos, neste domingo, com um relato familiar. Não é raro ouvirmos de pessoas comentários semelhantes aos que foram proferidos pelo personagem da Parábola que Jesus usou para mais uma vez transmitir seus ensinamentos. A riqueza não é seguro de vida e muito menos demonstra se estamos cumprindo a vontade de Deus ou não. Para os cristãos nem sempre a riqueza é sinal de benção divina; é, muitas vezes, causa de perdição.

Jesus inicia sua parábola contando que certo homem teria uma ótima colheita, mas que não teria celeiros suficientes para armazená-la, já que os que possuía já estavam abarrotados. Pensou então em construir celeiros maiores e estocar suas riquezas para depois desfrutá-la, comendo e bebendo. Seu erro está focado em um horizonte terreno. A ele o que importa é o ter; é o comer e o beber; é sugar da vida todos os prazeres que lhe são oferecidos. Trabalhou durante anos, acumulando bastante para depois desfrutar. Diante desta maneira de pensar a vida, o próprio Deus responde: "Insensato"! Não somos donos da vida. A nós não coube estabelecer seu início e nem cabe a nós estabelecer seu fim. A morte faz parte da vida; ela é inerente à realidade; nem dela pode fugir ou adiar seu curso. A morte revela o quanto a vida tem uma dimensão finita, mensurável pelo tempo e limitada pelo espaço.

O cristão deve olhar a vida como dom de Deus e não como propriedade sua. Se é dom de Deus, a Ele devemos prestar contas. A nossa preocupação não deveria ser como o do rico da parábola: acumular tesouros para o mundo. Esses tesouros são bens temporais e devem ser vistos e aceitos como tais, isto é, contingentes, efêmeros, transitórios, passageiros. O que de fato são perenes e duradouros são os tesouros que "nem a traça nem a ferrugem corroem".

O fato de possuirmos "bens materiais" não é condenável. Torna-se prejudicial, porém, quando nos deixamos possuir por eles. O avarento, o cobiçoso não possui, mas é possuído por seus bens e desejos. O apego é colidente com a caridade, com a doação e com a entrega.

É necessário que nossa relação com os bens deste mundo não se torne obstáculos à relação filial que temos com nosso Deus e que eles sejam apenas e somente meios para melhor promover a dignidade humana e, jamais, fim em si mesmos.

Nosso tesouro é Deus e, embora carreguemos este tesouro em vasos de argila, como revela-nos o Apóstolo Paulo, é preciso que haja plena confiança n'Ele e em sua Providência. Esta confiança é uma condição para que resistamos aos apelos consumistas e ao apego material em geral de nosso tempo e de nossa sociedade. A base da confiança do homem está na certeza da fidelidade de Deus.

Facilmente os homens denominam de "ricos" os que possuem bens, os que têm posses e por terem tanto são tratados de maneira singular, especial, muitas vezes em detrimento dos demais. Para Deus rico é aquele que, com o que é seu, ajuda aos que pouco ou nada têm. "Quem se compadece do próximo, empresta a Deus" (Pr 19,17).

Ricos ou pobres, afortunados ou não, todos nós nos depararemos com a realidade da morte. Não levaremos nada de material. Oxalá, não sejamos nós a ouvir que fomos "insensatos", quando deveríamos ser prudentes ao acumularmos tesouros que aprouve ao Criador nos confiar.


16 de Novembro: São Mateus, Apóstolo e Evangelista (séc. I)


Na época em que a Palestina era apenas uma província romana, os impostos cobrados eram onerosos e pesavam brutalmente sobre os ombros dos judeus. A cobrança desses impostos era feita por rendeiros públicos, considerados homens cruéis, sanguessugas, verdadeiros esfoladores do povo. Um dos piores rendeiros da época era Levi, filho de Alfeu, que, mais tarde, trocaria seu nome para Mateus, o «dom de Deus». Um dia, depois de pregar, Jesus caminhava pelas ruas da cidade de Cafarnaum e encontrou com o cruel Levi. Olhou-o com firmeza nos olhos e disse: «Segue-me». Levi, imediatamente, levantou-se, abandonou seu rendoso negócio, mudou de vida, de nome e seguiu Jesus. Acredita-se, mesmo, que tal mudança não tenha realmente ocorrido dessa forma, mas sim pelo seu próprio e espontâneo entusiasmo no Messias. Na verdade, o que se imagina é que Levi havia algum tempo cultivava a vontade de seguir as palavras do profeta e que aquela atitude tenha sido definitiva para colocá-lo para sempre no caminho da fé cristã. Daquele dia em diante, com o nome já trocado para Mateus, tornou-se um dos maiores seguidores e apóstolos de Cristo, acompanhando-o em todas as suas caminhadas e pregações pela Palestina. São Mateus foi o primeiro apóstolo a escrever um livro contando a vida e a morte de Jesus Cristo, ao qual ele deu o nome de Evangelho e que foi amplamente usado pelos primeiros cristãos da Palestina. Quando o apóstolo são Bartolomeu viajou para as Índias, levou consigo uma cópia.
Depois da morte e ressurreição de Jesus, os apóstolos espalharam-se pelo mundo e Mateus foi para a Arábia e a Pérsia para evangelizar aqueles povos. Porém foi vítima de uma grande perseguição por parte dos sacerdotes locais, que mandaram arrancar-lhe os olhos e o encarceraram para depois ser sacrificado aos deuses. Mas Deus não o abandonou e mandou um anjo que curou seus olhos e o libertou. Mateus seguiu, então, para a Etiópia, onde mais uma vez foi perseguido por feiticeiros que se opunham à evangelização. Porém o príncipe herdeiro morreu e Mateus foi chamado ao palácio. Por uma graça divina fez o filho da rainha Candece ressuscitar, causando grande espanto e admiração entre os presentes. Com esse ato, Mateus conseguiu converter grande parte da população. Na época, a Igreja da Etiópia passou a ser uma das mais ativas e florescentes dos tempos apostólicos. São Mateus morreu por ordem do rei Hirtaco, sobrinho do rei Égipo, no altar da igreja em que celebrava o santo ofício. Isso aconteceu porque não intercedeu em favor do pedido de casamento feito pelo monarca, e recusado pela jovem Efigênia, que havia decidido consagrar-se a Jesus. Inconformado com a atitude do santo homem, Hitarco mandou que seus soldados o executassem.
Tradução e publicação no site ecclesia.com.br
com permissão de Ortodoxia.org
Trad.: Pe. André

17 de Novembro: São Gregório, o Taumaturgo, bispo de Neo-Cesaréia († c. 275)


Teodoro, que mais tarde seria chamado Gregório e, por seus milagres, tornou-se conhecido como «o Taumaturgo», nasceu em Neo-Cesaréia do Ponto (Ásia). Seus pais eram de linhagem nobre e pagãos. Quando Gregório tinha catorze anos de idade, ficou órfão de pai. O jovem seguiu com sua carreira jurídica. A irmã de Gregório empreendeu uma viagem a Cesaréia da Palestina para encontrar-se com seu esposo que ocupava um cargo oficial. Gregório a acompanhou nessa viagem, bem como o seu irmão, Atenodoro, que mais tarde tornou-se bispo e muito sofreu por sua fé.
Gregório planejava exercer o ofício de advogado em seu país, porém, pouco depois de sua chegada, foi eleito bispo de Neo-Cesaréia, cidade que contava, nesta época, com apenas dezessete cristãos. Neo-Cesaréia era, nesta época, uma cidade muito rica e com uma grande população, predominando a idolatria e o vício. São Gregório, consumido pelo zelo e caridade, entregou-se energicamente no cumprimento de seus deveres pastorais, sendo agraciado por Deus com um extraordinário dom de operar milagres. São Basílio disse a seu respeito que «com a ajuda do Espírito Santo, tinha um poder formidável sobre os maus espíritos. Em certa ocasião, fez secar um lago que era motivo de disputa entre dois irmãos. Sua capacidade de prever e predizer os acontecimentos futuros o elevava a altura dos profetas. Os milagres que operava eram tão notáveis que amigos e inimigos o consideravam como um novo Moisés».
Pouco depois de tomar posse de sua sede como bispo, São Gregório foi hospedar-se na casa de Musonio, um personagem importante da cidade que lhe havia convidado para que fosse morar com ele. Nesse mesmo dia iniciou sua atividade de pregação e, antes que a noite caísse, já havia convertido um número suficiente para formar uma pequena igreja. No dia seguinte, aglomeravam-se à porta da casa de Musonio muitos enfermos aos quais Gregório restaurava a saúde, e os convertia à fé cristã. Logo os cristãos eram em tal número que Gregório pode construir uma Igreja, já que todos colaboravam com suas esmolas e trabalho. A prudência e o tato de São Gregório moviam as pessoas a buscar sua orientação acerca de questões civis e religiosas e, nesse sentido, foram de grande proveito ao santo, seus estudos dos assuntos jurídicos.
São Gregório de Nissa e seu irmão, São Basílio, ficaram sabendo através da avó, Santa Macrina, do que se dizia a respeito do Taumaturgo, já que a santa, quando ainda era pequena, vivia em Cesaréia, mais ou menos na época em que morreu São Gregório. São Basílio diz que, a vida do Taumaturgo refletia a sublimidade de seu fervor evangélico. Em suas práticas devocionais, mostrava grande reverência, recolhimento, e jamais orava com a cabeça coberta. Amava a simplicidade e modéstia nas palavras: o «sim» e o «não» constituíam a medula de suas conversações. Detestava a mentira e a falsidade; em suas palavras, tanto como em sua conduta, não havia nunca a menor sombra de cólera ou de amargura.
Quando irrompeu a perseguição aos cristãos sob o império de Décio no ano 250, São Gregório aconselhou aos cristãos que se escondessem para não ficarem expostos aos perigos de perder a fé. Ele mesmo se retirou para o deserto em companhia de um antigo sacerdote pagão a quem havia convertido e ordenado diácono para estar ao seu lado. Os perseguidores ficaram sabendo que Gregório se refugiara nas montanhas e enviaram um pelotão de soldados para que fosse capturado. Estes, porém, voltaram sem a «presa», dizendo que só haviam encontrado vegetação. Então, o homem que havia indicado o lugar onde estava escondido São Gregório foi ao bosque e encontrou o Santo e seu companheiro entregues à oração. Diante de tal quadro, compreendeu que Deus devia ter protegido aqueles dois homens, fazendo com que os soldados os confundissem com as árvores. De delator de cristãos, este homem converteu-se à fé cristã.
Depois da perseguição, teve início uma epidemia que foi seguida da invasão dos godos. Assim, não é de se estranhar que, em tais circunstâncias, não lhe tenha restado muito para escrever, pois que devia dedicar-se à sua tarefa pastoral. Ele mesmo é quem descreve as dificuldades de seu ministério na «Carta canônica», que escreveu por ocasião dos problemas causados pela invasão dos bárbaros. Diz-se que o Santo organizava entretenimento nos dias das festas dos mártires, e que isso tenha contribuído para atrair os pagãos e popularizar as reuniões religiosas entre os cristãos. Além disso, o santo estava certamente convencido de que, a diversão saudável, além das práticas religiosas, constituía também uma maneira de venerar os mártires.
De qualquer modo, São Gregório foi, ao que se sabe, o único missionário que, durante os três primeiros séculos da Igreja, empregou tais métodos em sua ação pastoral, ele que era um grego de notável cultura.
Pouco antes de sua morte São Gregório fez investigações para verificar quantos infiéis restavam ainda na cidade e, tomando conhecimento de que somavam dezessete, exclamou alegremente: «Graças sejam dadas a Deus! Pois, quando cheguei a esta cidade, não havia mais que dezessete cristãos». Depois de orar pela conversão dos infiéis e pela santificação daqueles que já eram agraciados com a fé no verdadeiro Deus, recomendou aos seus amigos que, quando morresse, não fosse sepultado num lugar distinto, já que havia estado no mundo como peregrino, sem buscar a si mesmo e desejava compartilhar da mesma sorte das pessoas simples depois da morte. No ano 270, São Gregório adormeceu, entregando ao Senhor sua alma em paz.

Tradução e publicação no site ecclesia.com.br
com permissão de Ortodoxia.org
Trad.: Pe. André

21 de Novembro: Apresentação da Santíssima Virgem no Templo


Esta festa da Santíssima Virgem teve início por volta do século VII, caracterizando-se pela profundidade de seu sentido histórico. O virtuoso casal, Joaquim e Ana, sendo estéreis, foram agraciados por Deus com o fruto do ventre: Maria. Quando levaram ao templo a menina de três anos, de acordo com a promessa que haviam feito, Joaquim chamou algumas virgens hebréias para que a acompanhasse com lâmpadas. A menina, Maria, adiantou-se sem nenhum temor ou vacilo e, chegando no átrio de templo, Zacarias encontrou-se com o sumo sacerdote que a tomou em seus braços e disse: «O Senhor te glorifica em todas as gerações, pois eis que em ti Deus revela nestes últimos dias a salvação preparada para seu povo». Em seguida, tomando a menina, adentra com ela o Santo dos Santos – parte do templo reservada somente ao sacerdote que lá entrava uma vez ao ano para oferecer sacrifícios pelos pecados do povo. Zacarias fez Maria sentar no terceiro degrau da escada do altar. E a graça do Altíssimo veio sobre ela naquele momento, e a menina, logo em seguida, começou a dançar de alegria. Todos os presentes glorificaram a Deus por tudo o que haveria de realizar através desta menina.
Joaquim e Ana voltaram para casa, porém, sem a menina. Ela permaneceu no templo durante nove anos, assimilando as coisas celestiais, sem preocupações ou paixões que foram superadas pela graça de Deus, assim como todos os desejos materiais, vivendo unicamente para Deus, contemplando sua beleza. A pureza de coração ela alcançou através da oração constante e da vigília, tornando-se um espelho que refletia tão somente a glória de Deus. Foi adornado com vestes esplendorosas de virtudes, como uma noiva que se prepara a si mesma para receber seu noivo celestial, Cristo Deus. Com a mente purificada pelo recolhimento e o jejum, pode perscrutar os insondáveis mistérios das Santas Escrituras, compreendendo o plano de Deus para a salvação da humanidade, e que todo o tempo anterior foi necessário para que Deus preparasse para si uma mãe escolhida desta rebelde humanidade. Adentrando o Santo dos Santos onde eram guardados os símbolos das promessas de Deus, soube que estes eram sombras do que nela se realizaria.
Maria entrou no templo, e lá conteve a Deus; o templo já é ela; ela é a tenda, o tabernáculo da Nova Aliança; o jarro do Maná Celestial; a vara de Aarão; as tábuas da Lei e da Graça.
Pelas intercessões da Mãe de Deus, ó Senhor Jesus Cristo Nosso Deus, tem piedade de nós e salva-nos! Amém.
Tradução e publicação no site ecclesia.com.br
com permissão de Ortodoxia.org
Trad.: Pe. André

22 de Novembro: Santos Filêmon, apóstolo [dos 70], Apfias, sua mulher e Arquipo, seu filho e Onésimo (séc. I)


Filêmon era cidadão de Colosso, na Frigia, um homem de linhagem nobre e de muitas posses que se converteu à fé cristã, provavelmente, em Éfeso, movido pela pregação do Apóstolo São Paulo, e de quem se tornou amigo pessoal. Os membros de sua família se destacavam pela devoção e piedade e, ao que parece, os cristãos se reuniam em sua casa para celebrar os divinos mistérios. Entretanto, Onésimo, um dos servos de Filêmon, longe de imitar os bons exemplos que recebia, roubou seu senhor fugindo em seguida para Roma. Lá conheceu São Paulo, na prisão. O espírito de caridade com o qual São Paulo o tratou tocou o coração de Onésimo que se converteu em seu filho espiritual. O Apóstolo queria que Onésimo ficasse com ele para auxiliá-lo, mas, como Filêmon tinha direito aos seus serviços, São Paulo o enviou de volta à Colosso com uma carta que escreveu a Filêmon, conhecida como uma das suas epístolas, a “Epístola a Filêmon”. Nesta carta o Apóstolo revela sua ternura e o poder de persuasão, referindo-se a Filêmon como o seu amado companheiro de trabalho, louvando sua caridade e sua fé. A Ápia, que era provavelmente a esposa de Filêmon, São Paulo a chama de “nossa queridíssima irmã”; e a Arquipo, “o soldado, nosso companheiro”. Em seguida, o Apóstolo lembra modestamente a Filêmon que, ainda que pudesse lhe dar ordens, em nome de Cristo, prefere rogar-lhe que, por amor, perdoe a Onésimo e o acolha, “não como servo, mas como irmão muito querido, pois o é para mim, e muito mais deverá ser para ti, tanto na carne como no Senhor”. Não se sabe como Filêmon recebeu este pedido de São Paulo. A Tradição, porém, afirma que Filêmon concedeu liberdade a Onésimo, perdoando-lhe a sua falta e fazendo dele um companheiro de trabalho na obra de evangelização.

A EPISTOLA DO APÓSTOLO SÃO PAULO A FILÊMON


Paulo, prisioneiro de Jesus Cristo, e seu irmão Timóteo, a Filêmon, nosso muito amado colaborador, a Ápia, nossa irmã, a Arquipo, nosso companheiro de armas, e à igreja que se reúne em tua casa. A vós, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e da parte do Senhor Jesus Cristo! Não cesso de dar graças a meu Deus e lembrar-me de ti nas minhas orações, ao receber notícia da tua caridade e da fé que tens no Senhor Jesus e para com todos os santos, para que esta tua fé, que compartilhas conosco, seja atuante e faça conhecer todo o bem que se realiza entre nós por causa de Cristo. Tua caridade me trouxe grande alegria e conforto, porque os corações dos santos encontraram alívio por teu intermédio, irmão. Por esse motivo, se bem que eu tenha plena autoridade em Cristo para prescrever-te o que é da tua obrigação, prefiro fazer apenas um apelo à tua caridade. Eu, Paulo, idoso como estou, e agora preso por Jesus Cristo, venho suplicar-te em favor deste filho meu, que gerei na prisão, Onésimo. Ele poderá ter sido de pouca serventia para ti, mas agora será muito útil tanto a ti como a mim. Torno a enviá-lo para junto de ti, e é como se fora o meu próprio coração. Quisera conservá-lo comigo, para que em teu nome ele continuasse a assistir-me nesta minha prisão pelo Evangelho. Mas, sem o teu consentimento, nada quis resolver, para que tenhas ocasião de praticar o bem (em meu favor), não por imposição, mas sim de livre vontade. Se ele se apartou de ti por algum tempo, foi sem dúvida para que o pudesses reaver para sempre. Agora, não já como escravo, mas bem mais do que escravo, como irmão caríssimo, meu e sobretudo teu, tanto por interesses temporais como no Senhor. Portanto, se me tens por amigo, recebe-o como a mim. Se ele te causou qualquer prejuízo ou está devendo alguma coisa, lança isto em minha conta. Eu, Paulo, escrevo de próprio punho: Eu pagarei. Para não te dizer que tu mesmo te deves inteiramente a mim! Sim, irmão, quisera eu receber de ti esta alegria no Senhor! Dá esta alegria ao meu coração, em Cristo! Eu te escrevi, certo de que me atenderás e sabendo que farás ainda mais do que estou pedindo. Ao mesmo tempo, prepara-me pousada, porque espero, pelas vossas orações, ser-vos restituído em breve. Enviam-te saudações Epafras, meu companheiro de prisão em Cristo Jesus, assim como Marcos, Aristarco, Demas e Lucas, meus colaboradores. A graça do Senhor Jesus Cristo esteja com o vosso espírito!
Tradução e publicação no site ecclesia.com.br
com permissão de Ortodoxia.org
Trad.: Pe. André

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