13 maio 2016

«Domingo das Santas Mirróforas»





PATRIARCADO ECUMÊNICO DE CONSTANTINOPLA
Arquidiocese Ortodoxa Grega de Buenos Aires e América do Sul
Igreja Anunciação da Mãe de Deus
SGAN - Quadra 910 - Módulo ‘’B’’ - CEP: 70.790-100 - Brasília-DF
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Brasília, 15 de maio de 2016.
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«Domingo das Santas Mirróforas»

(3º Domingo da Páscoa - Modo 2)

Memória de Santo Etienne,
primeiro bispo de Perm († 1396)

MATINAS

Tropário – Modo 2 - (2º tom):
Quando desceste até à morte, tu que és a Vida Imortal, então destruíste o inferno com o resplendor da tua divindade. E quando ressuscitaste os mortos do fundo da terra, todas as potestades celestes exclamaram: Cristo Deus, fator da vida, glória a ti!

Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo,,

Quando desceste até à morte, tu que és a Vida Imortal, então destruíste o inferno com o resplendor da tua divindade. E quando ressuscitaste os mortos do fundo da terra, todas as potestades celestes exclamaram: Cristo Deus, fator da vida, glória a ti!
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.

Theotokion:
Ó Mãe de Deus, Teu mistério é glorioso, Teu mistério está acima de todo entendimento, Tua pureza permanece selada e Tua virgindade intacta, Tu que Te fizeste conhecer como verdadeira Mãe, tendo dado à luz ao verdadeiro Deus. Intercedei por nós a Deus para salvar nossas almas.

Katisma – Modo 1 - (1º tom):
1ª Katisma:
O virtuoso José, havendo baixado teu Puríssimo Corpo do Madeiro, o envolveu em um sudário limpo, o embalsamou com aromas e o colocou em um sepulcro novo; porém Tu Ressuscitaste ao terceiro dia, oh Senhor, outorgando ao mundo a grande misericórdia.
Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo.

O anjo se apresentou no sepulcro dizendo: “A mirra é para os mortos, mas Cristo se manifestou alheio a corrupção, proclamando: “O Senhor há ressuscitado dando ao mundo a grande misericórdia.
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.

Theotokion:
Oh Virgem, gloriosíssima Mãe de Deus, Te louvamos, porque com a Cruz de teu Filho, o Hades foi vencido, a morte, morta; e nós fomos ressuscitado depois de estar mortos, chegado a ser dignos da vida e conseguindo a antiga felicidade do Paraíso, Agradecidos, louvemos a Cristo que é nosso Deus glorioso e Único esplendor da misericórdia.

2ª Katisma:
Senhor, Tu não impediste que a pedra do sepulcro fosse selada; e, quando ressuscitaste, deste a todos a pedra da Fé. Glória a ti!
Glória ao Pai , ao Filho e ao Espirito Santo.

Todos os Discípulos e as Mirróforas se alegram; e nós com eles, celebramos uma grande festa em honra da tua Santa Ressurreição; e clamamos a Ti: Oh Senhor, Amante da humanidade, concede a teu povo, por sua intercessão a grande misericórdia.
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!

Theotokion:
Oh Virgem Mãe de Deus, tu que superas todas as bênçãos, porque, quem de Ti se encarnou, deixou o sepulcro vazio, e ao chamar novamente a Adão, a maldição caiu anulada. Eva foi liberada, a morte foi morta e nós livre da morte, por isso louvamos exclamando: Bendito és tu, oh Cristo Deus nosso; Tu que assim o quiseste, glória a Ti.

Ypakoí – Modo 2 - (2º tom):
Obediência:
Depois da Paixão, as mulheres foram ao sepulcro para embalsamar Teu Corpo, oh Cristo Deus, e se maravilharam ao ver anjos lá na tumba e ao escutar deles uma voz que dizia: O Senhor ressuscitou dando ao mundo a grande misericórdia.

Anabtmo:
1ª Antífona:
Oh Salvador, olhando com os olhos do meu coração em direção ao céu, rogo, salva-me com Tua Luz.
Oh Cristo, tenha piedade a cada instante de nós os pecadores e dá-nos antes do final, os meios para o arrependimento.
Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo, agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.
O domínio da criação, sua Santidade, seu movimento, são para o Espírito Santo, porque é Deus, igual em essência, ao Pai e ao Verbo.

2ª Antífona:
Se o Senhor não estivesse conosco, quem seria capaz de está a salvo do inimigo assassino do homem?
Oh Salvador, meus inimigos rugem como o leão, não me exponhas, a mim, teu servo, a seus dentes.

Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo, agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.
O Espírito Santo é a essência da vida e a dignidade, porque como Deus sustenta a toda criação e a protege com o Pai e o Filho.

3ª Antífona:
Os que puseram sua esperança em Deus são como a Santa Montanha, jamais a movem os ataques do inimigo.
Os que vivem divinamente, não estendem suas mãos ao mal, porque Cristo Deus não se dá aos desobedientes.
Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo, agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.
O Espírito Santo é a fonte de toda sabedoria, porque dele é a graça para os Apóstolos, os Mártires se coroam na luta e os Profetas veem com antecipado conhecimento.

Prokimenon:
Desperta, Deus meu, Tu que o juízo convocas. Que te rodeie a assembleia das nações. (2 vezes).

Stichos:
Senhor meu e Deus, em Ti está meu apoio.
Desperta, Deus meu, Tu que o juízo convocas. Que te rodeie a assembleia das nações.

Kondakion – Modo 2 - (2º tom):
Senhor, todo poderoso, ressuscitaste do túmulo. O inferno diante deste milagre tremeu e os mortos se levantaram. Contigo a criação se rejubila, Adão também exulta e o mundo, Ó meu salvador, canta a Ti, sem fim.

Ikós:
Tu és a luz dos que estão cobertos de trevas, Tu és a ressurreição de todos e a vida dos mortais. Ó Salvador, ressuscitaste contigo os fiéis, saqueaste o império da morte.

Ó verbo, quebraste as portas do inferno. Os mortais diante desta maravilha, ficaram maravilhados e toda a criação se rejubilou pela Tua ressurreição ó amigos dos homens. Todos nós glorificamos e celebramos Tua humilhação, e, o mundo, ó meu Salvador, canta a Ti sem cessar.

Evangelho:                                                                                                            Mc 16, 9-20
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo o Evangelista São Marcos:

Naquele tempo, tendo ressuscitado na manhã do primeiro dia da semana, Jesus apareceu primeiramente a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demônios. E, partindo ela, anunciou-o àqueles que tinham estado com ele, os quais estavam tristes, e chorando. E, ouvindo eles que vivia, e que tinha sido visto por ela, não o creram. E depois manifestou-se de outra forma a dois deles, que iam de caminho para o campo. E, indo estes, anunciaram-no aos outros, mas nem ainda estes creram. Finalmente apareceu aos onze, estando eles assentados juntamente, e lançou lhes em rosto a sua incredulidade e dureza de coração, por não haverem crido nos que o tinham visto já ressuscitado. E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão. Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu, e assentou-se à direita de Deus. E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém.

Exapostilário – 4º:
Brilhemos na virtude e veremos os homens de pé vestidos de luz resplandecente dentro do sepulcro mudou a dor da vida, os mesmo que apareceram às Mirróforas que temerosas inclinaram seus rostos até a terra e entenderemos a ressurreição do Senhor do Céu. Corramos com Pedro até o sepulcro, maravilhemo-nos com o acontecimento e esperamos ver a Cristo nossa vida.

Theotokion – 4º:
Senhor, quando exclamaste: “Alegrai-vos, compensaste a tristeza de nossos primeiros pais e com Tua ressurreição introduziste a alegria ao mundo”. Tu agora, oh Doador da Vida, envia-nos, pela intercessão de Tua Mãe, a luz que ilumina nossos corações, a luz da piedade, para que exclamemos: Oh amante da humanidade, Deus encarnado, glória à Tua ressurreição.

Laudes - Modo 2 - (2º tom):
1 – Esta glória será para todos os Justos.
Toda a criação te louva, Senhor em cada alento, porque com tua crucificão vivificadora, acabaste com a morte para mostrar aos povos tua ressurreição dentre os mortos, porque és o único amante da humanidade.

2 – Louvai a Deus em seu santuário, louvai na magnificência de seu firmamento!
Respondam, judeus, como perderam os guardas ao Rei que vigiavam? Como a pedra não pode reter a Roca da vida? Prosternem-se com todos nós ante o ressuscitado exclamando: “Glória a tua esplêndida misericórdia, oh Salvador nosso, glória a Ti”

3 – Louvai por suas proezas, louvai conforme Sua imensa grandeza!
Alegrem-se, povos, exultem, porque o Anjo se sentou sobre a pedra do sepulcro, evangelizando-nos e dizendo: “Cristo é o Salvador do mundo”, ressuscitou dentre os mortos, enchendo a todos do aroma da ressurreição. Alegrem-se povos e exultem!

4 – Louvai ao som da trombeta, louvai com saltério e a harpa!
Oh Senhor Deus, ante de Tua concepção, um anjo a saldou chamando-a de Cheia de Graça, e agora outro anjo rolou a pedra de teu glorioso sepulcro no momento de Tua ressurreição; o primeiro anunciou os sinais da alegria em lugar da tristeza, o segundo nos anunciou o Senhor Doador da vida. Por isso clamamos a Ti: Oh bondoso Senhor, glória a Ti!

5 – Louvai com pandeiro e a dança; louvai com cordas e flautas!
As mulheres espargiram a mirra sobre Teu sepulcro junto com lágrimas e seus lábios se encheram de alegria ao dizer: Cristo ressuscitou!

6 – Louvai com címbalos retumbantes; louvai com címbalos de júbilo. Tudo que respira louve ao Senhor!
Que os povos e as nações louvem a Cristo nosso Deus, que suportou por nós voluntariamente a crucifixão e permaneceu três dias ao Hades. Que se prosterne ante sua ressurreição, todos, porque com ela se iluminou todos os continentes do mundo.


7 – Levanta-Te, Senhor meu e Deus meu, que tua mão se levante e não te esqueças para sempre de Teus pobres.
Oh Cristo, foste crucificado e sepultado como quiseste, aniquilaste a morte como Deus e Senhor, dando ao mundo a vida eterna e a grande misericórdia.

8 – Te confesso, Senhor, como todo meu coração e proclamo todos teus milagres.
Oh transgressores da Lei, quando selaram a pedra e engrandeceram o milagre, o qual foi conhecido dos guardas, pelos que os subornaram com dinheiro no mesmo dia da ressurreição para que dissessem: “Os Discípulos vieram e roubaram o corpo quando estávamos dormindo. Quem rouba a um morto desnudo”. Em verdade ressuscitou com seu poder por ser Deus deixando os lençóis no sepulcro. Vinde judeus, a ver a quem pisoteou a morte e, sem romper os selos, ressuscitou dando ao gênero humano a vida eterna e a grande misericórdia.

Eothinon – 4º:
Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo.
Quando Maria Madalena anunciou a boa nova da Ressurreição dentre os mortos do Salvador e Seu aparecimento, os discípulos, não acreditando, foram censurados por sua dureza de coração. Mas eles foram enviados para pregar, armados com sinais e milagres. E Tu, ó Senhor, foste elevado para Teu pai, a Arqui-Luz, enquanto eles pregavam o Verbo em todos os lugares, e demonstrando com milagres. Por isso nós, iluminados por eles, glorificamos Tua Ressurreição dentre os mortos, ó Senhor Que amas a humanidade.

Theotokion:
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.
Bendita e venerável és Tu, ó Mãe de Deus, em cujo seio se encarnou Aquele que visitou o inferno, libertando Adão e Eva da maldição, destruindo a morte e dando a vida a todos nós.

Por isso bendirei o Cristo em qualquer tempo, e sempre o Seu louvor estará em minha boca (2 vezes).

Tropário:
Ó Senhor, ressuscitado do sepulcro, rompeste os grilhões do inferno, eliminaste o poder da morte, salvando todos dos laços do inimigo; e quando apareceste a teus discípulos, os enviaste a evangelizar e, através deles, deste Tua paz ao mundo, tu que és o Único Misericordioso.


Divina Liturgia

Anunciação - Modo 4:
É hoje o começo da nossa salvação e a manifestação do mistério eterno.
O Filho de Deus torna-Se Filho da Virgem e Gabriel anuncia a graça.
Por isso, cantamos com ele à Mãe de Deus:
“Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo!”

Tropário – Modo Plagal 1:
Cristo ressuscitou dos mortos; venceu a morte pela morte; e aos que estavam no túmulo, Cristo deu a vida.

Tropário da Ressurreição – Modo 2 - (2º tom):
Quando desceste até a morte, Tu que És a vida imortal, então destruíste o inferno com o resplendor da Tua divindade. E quando ressuscitaste os mortos do fundo da terra, todas as potestades celestes exclamaram: Cristo Deus, fator da vida, glória a Ti.

Tropário de Nobre José:
O nobre José, tendo descido da Cruz teu corpo imaculado, envolveu-o num lençol, cobriu-o de aroma e o depositou com cuidado num túmulo novo. Mas, ao terceiro dia, ressuscitaste, ó Senhor, dando ao mundo a grande misericórdia.

Tropário das Mirróforas
O Anjo, sentado junto do túmulo, disse às mulheres portadoras de aroma: «Os aromas convêm aos mortos; Cristo, porém, mostrou-se alheio à corrupção. Aclamai, pois: O Senhor ressuscitou dando ao mundo a grande misericórdia!»

Kondakion – Modo 2 – (2º tom):
Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo.
Tu te levantaste da tumba, ó Salvador onipotente, e o inferno, vendo esta maravilha, estremeceu de medo, e os mortos ressuscitaram de seus túmulos. Adão e toda a Criação se alegram contigo, e o mundo, ó Salvador meu, te louva para sempre.

Theotokion – Modo 2 – (2º tom):
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém
Teus méritos são glorificados acima de toda a razão, ó Mãe de Deus, na pureza selada, preservaste a tua virgindade, verdadeiramente mãe, és reconhecida que deste à luz o verdadeiro Deus roga a Ele que salve as nossas almas!

Kondakion da Páscoa:
Tendo descido ao túmulo, ó imortal, Tu destruíste o poderio dos infernos e levantaste-te como vencedor, ó Cristo Deus, Tu, que disseste às mulheres Mirróforas: “Rejubilai”; e aos Apóstolos, dás a paz, Tu que ressuscitas aqueles que sucumbiram.

Kondakion das Mirróforas:
Ó Cristo Deus, quando saudaste as Mirróforas, puseste fim à lamentação de Eva, a primeira Mãe, e ordenaste-lhes de anunciar a teus apóstolos que o Salvador ressuscitou do túmulo.

Prokimenon:
O Senhor é a minha força e o meu louvor e tornou-se a minha salvação.
O Senhor castigou-me duramente, mas, à morte, não me entregou.

Epístola:                                                                                                                  At 6, 1-7
Leitura do livro dos Atos dos Apóstolos:

Naqueles dias, como crescesse o número dos discípulos, houve queixas dos gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas teriam sido negligenciadas na distribuição diária. Por isso, os Doze convocaram uma reunião dos discípulos e disseram: Não é razoável que abandonemos a palavra de Deus, para administrar. Portanto, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais encarregaremos este ofício. Nós atenderemos sem cessar à oração e ao ministério da palavra. Este parecer agradou a toda a reunião. Escolheram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo; Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia. Apresentaram-nos aos apóstolos, e estes, orando, impuseram-lhes as mãos. Divulgou-se sempre mais a palavra de Deus. Multiplicava-se consideravelmente o número dos discípulos em Jerusalém. Também grande número de sacerdotes aderia à fé.
 
Aleluia!
Aleluia, aleluia, aleluia!
O Senhor te ouça no dia da tribulação; te proteja o nome do Deus de Jacó!
Aleluia, aleluia, aleluia!
Salva, Senhor o teu povo e abençoa a tua herança!
Aleluia, aleluia, aleluia!

Evangelho:                                                                                        Mc 15, 43-47 -16, 1-8
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo o Evangelista São Marcos.

Naquele tempo, veio José de Arimatéia, ilustre membro do conselho, que também esperava o Reino de Deus; ele foi resoluto à presença de Pilatos e pediu o corpo de Jesus. Pilatos admirou-se de que ele tivesse morrido tão depressa. E, chamando o centurião, perguntou se já havia muito tempo que Jesus tinha morrido. Obtida a resposta afirmativa do centurião, mandou dar-lhe o corpo. Depois de ter comprado um pano de linho, José tirou-o da cruz, envolveu-o no pano e depositou-o num sepulcro escavado na rocha, rolando uma pedra para fechar a entrada. Maria Madalena e Maria, mãe de José, observavam onde o depositavam. Passado o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé compraram aromas para ungir Jesus. E no primeiro dia da semana, foram muito cedo ao sepulcro, mal o sol havia despontado. E diziam entre si: Quem nos há de remover a pedra da entrada do sepulcro? Levantando os olhos, elas viram removida a pedra, que era muito grande. Entrando no sepulcro, viram, sentado do lado direito, um jovem, vestido de roupas brancas, e assustaram-se. Ele lhes falou: Não tenhais medo. Buscais Jesus de Nazaré, que foi crucificado. Ele ressuscitou, já não está aqui. Eis o lugar onde o depositaram. Mas ide, dizei a seus discípulos e a Pedro que ele vos precede na Galiléia. Lá o vereis como vos disse. Elas saíram do sepulcro e fugiram trêmulas e amedrontadas. E a ninguém disseram coisa alguma por causa do medo.

Hirmos:
Um Anjo exclamou: «Ó Cheia de graça, Virgem pura rejubila! De novo digo, rejubila! Teu Filho ressuscitou do túmulo ao terceiro dia». Resplandece, resplandece, ó Nova Jerusalém! Pois a glória do Senhor brilhou sobre ti! Exulta agora e alegra-te Sião! E Tu, ó Mãe de Deus toda pura, rejubila na ressurreição do teu Filho!

Kinonikón:
Tomai o Corpo de Cristo e bebei da fonte imortal.
Aleluia, aleluia, aleluia!

Observações:
1 - Logo após “Bendito seja o reino ...”, o sacerdote canta: “Cristo ressuscitou dos mortos ...”; e o coro repete duas vezes.

2 - Durante a semana, se o santo do dia tiver Apolitíkion próprio, diz o Apolitikon do nobre José, das Mirróforas; Kondakion do Padroeiro e das Mirróforas.

3 - Se não, Apolitikon da Ressurreição (2º tom), de José e das Mirróforas, Kondakion do Padroeiro e das Mirróforas.
Extraído do site ecclesia.com.br


SINAXE
 Pe. Paulo A. Tamanini

Não era comum, naquele tempo, um sentenciado ganhar um sepulcro. Geralmente após a morte indigna de um condenado à cruz, o corpo era deixado pendurado à vista de todos, para que os abutres o devorassem, segundo as leis romanas. Mas pelas leis de Israel um sentenciado deveria ganhar, pelo menos, uma sepultura em uma cova comum. Também é imperioso lembrar que o dia seguinte sempre tinha seu início após o pôr do sol daquele mesmo dia, respeitando as tradições judaicas. A Páscoa Judaica aproximava-se, e não era nada agradável ver um judeu suspenso numa cruz em dia de Festa. Essas duas situações fizeram com que Jesus ganhasse um túmulo novo, graças à interferência e ao apelo de José de Arimatéia e Nicodemus (Jo 19,38).

Também era costume, após a morte de um judeu, ungir com óleos aromáticos diversas partes do corpo, numa tentativa de abrandar o cheiro da corrupção corporal trazidos pela morte. A este serviço estavam sempre incumbidas as Mirróforas (mulheres portadoras de aromas) e que tivessem um parentesco muito próximo para executar tais funções. São a elas que o Calendário Litúrgico Bizantino presta hoje homenagens, atribuindo-lhes orações e cantos próprios, neste 2º. Domingo depois da Páscoa, sem que haja algo correspondente na Liturgia Ocidental. Afinal, foi por meio delas que o anúncio da Ressurreição se fez notícia e por isso ganham uma honrosa referência na Liturgia.

Também, repetidas vezes lembra a Liturgia do desvelo solícito das mulheres que saem de suas casas para terminar os rituais do sepultamento feito às pressas no dia anterior, conforme o Kondakion. Este desvelo faz destas mulheres as primeiras testemunhas da Ressurreição e, por isso mesmo, ganham os epítetos de “Apóstolas dos Apóstolos” e “Mensageiras da Boa-nova”. Os quatro Evangelistas narram o episódio, mas, Marcos e Lucas fazem questão de nomeá-las: Maria Madalena, Salomé, Joana, Marta e Maria (irmãs de Lázaro) e Maria, mãe de Tiago (Mc 15,40 e Lc 24,10). Se aqueles aromas eram destinados Àquele que tinha morrido, já não tinham mais utilidade, pois do sepulcro vazio brotava o suave perfume da vida.

O Ano Litúrgico Bizantino

A liturgia bizantina põe em destaque, sem que haja algo correspondente no Ocidente, a atuação das mulheres fiéis ao Senhor que, ao amanhecer do dia da Páscoa, foram ao sepulcro levando aromas preciosos para completar o ritual do sepultamento. Foi primeiramente a elas que os anjos anunciaram a ressurreição, incumbindo-as de levar a boa notícia aos apóstolos, tornando-se assim, como diz a liturgia, "as apóstolas dos apóstolos." Os quatro evangelistas falam delas e nesse domingo se leem trechos de Marcos e de Lucas. Eis o texto do tropário principal, cuja primeira parte já foi cantada no Sábado santo.

«Às piedosas Mirróforas junto ao túmulo o anjo disse:
Os aromas convêm aos mortos!
Cristo, porém, é incorruptível.
Cantai antes: O Senhor ressuscitou,
dando ao mundo a grande misericórdia!»
Tropário (2º tom)

Os dois motivos da cuidadosa unção sepulcral e do alegre anúncio da Ressurreição reaparecem em muitos textos litúrgicos próprios desse domingo; estes, como sempre, aludem a dados escriturísticos e ao mesmo tempo transformam em oração os sentimentos das protagonistas e dos fiéis que as comemoram.
As Mirróforas, nesse dia, se associam outros dois personagens que testemunharam corajosamente o Crucificado: Nicodemos, o noturno interlocutor de Jesus, aquele que tinha pedido seu corpo a Pilatos:

«O nobre José (de Arimatéia)
que, depois de ter descido da Cruz o corpo imaculado,
envolveu-o num branco sudário
e, com cuidado, o pôs num sepulcro novo».

Já nas Vésperas do sábado encontramos este texto:

«Ao amanhecer as Mirróforas,
tomando consigo os aromas, foram ao sepulcro do Senhor
e notando coisas que não esperavam,
pasmas ao ver a pedra removida,
diziam uma à outra:
Onde estão os lacres do túmulo?
Onde estão os guardas que Pilatos enviou por precaução?
Mas seus temores cessaram
ao ver o anjo resplandecente dirigir-se a elas dizendo:
Por que buscais em pranto
Aquele que está vivo e vivifica o gênero humano?
Cristo, nosso Deus onipotente, ressurgiu dos mortos
e dá a todos nós a vida imortal,
a iluminação e a grande misericórdia».

Várias vezes a liturgia lembra o desvelo solícito das mulheres saídas de casa às primeiras luzes do dia; sua generosidade em comprar os unguentos e os melhores perfumes e a sua delicadeza em não ficar satisfeitas com o sepultamento apressado feito na tarde anterior. Um amor destemido era o delas, pelo qual não se renderam à ideia da pedra pesada, impossível de ser removida por elas, nem com as hostilidades de muitos judeus, dos quais haviam já ouvido os gritos blasfemos; amavam Jesus, que tinham servido em suas andanças apostólicas, permaneciam fiéis ao Mestre quando outros o haviam traído e lembravam-lhe a bondade, a misericórdia, a amizade demonstrada em muitas ocasiões.

Quando o anjo lhes anunciou a Ressurreição de Cristo, não hesitaram e, como diz o texto litúrgico, "correram para os apóstolos, mensageiras de alegria." O testemunho delas, como era de se prever, não foi plenamente aceito pelos onze, mas foi a ocasião de Pedro correr logo ao sepulcro para ver. Os dados dos quatro evangelistas estão fundidos na re-evocação feita pela liturgia, que lembra também as aparições de Cristo às mulheres e o convite a se dirigir para a Galiléia, onde tinham ocorrido os primeiros felizes encontros com Jesus.

«As santas mulheres derramaram óleos perfumados
e lágrimas no teu sepulcro,
e sua boca encheu-se de júbilo
ao proclamar: o Senhor ressuscitou!»

É assim que nas Laudes se resumem os sentimentos e os gestos das Mirróforas, em honra das quais foi composto um cânon inteiro que será cantado nas Matinas dos seis dias sucessivos e todo domingo até o dia da Ascensão (cantado após o cânon pascal). Mas a memória das Mirróforas poderia dizer-se que é permanente na liturgia bizantina. Cada domingo se cantam hinos em que se repete o convite que o anjo lhes fez: "Não choreis, mas anunciai aos apóstolos a Ressurreição," ou então a pergunta: "Por que buscais entre os mortos aquele que vive?" Entre os Tropários da Ressurreição, nos oito tons da música bizantina repetidos num ciclo contínuo o ano todo, existem referências explícitas às Mirróforas. Eis alguns exemplos:

«As santas mulheres, discípulas do Senhor,
receberam do anjo o alegre anúncio da ressurreição.
Repelindo as argúcias dos outros judeus,
disseram, cheias de altivez, aos apóstolos:
A morte foi vencida; Cristo ressuscitou,
irradiando sobre o mundo a sua grande misericórdia!»
Tropário do domingo (4º tom)

«Por tua cruz destruíste a morte.
Ao ladrão abriste o paraíso
e transformaste em regozijo as lágrimas das Mirróforas.
Ordenaste aos apóstolos, ó Cristo Deus,
que anunciassem a tua ressurreição,
derramando sobre o mundo a tua grande misericórdia».
Tropário do domingo (7º tom)

Os nomes das Mirróforas, que foram ao sepulcro de Jesus levando o Myron (aromas perfumados), são lembrados pelos evangelistas de diversas maneiras. O Sinaxário, no texto explicativo das Matinas deste domingo, embora faça alusão a muitas mulheres, apresenta uma lista nominal de sete pessoas entre as quais estão Maria Madalena, Salomé, Joana, Marta e Maria, irmãs de Lázaro.

O Sinaxário e a nossa prece assim concluem: «Pelas orações das santas Mirróforas, ó Deus, tem piedade de nós!»

FONTE:
DONADEO, Madre Maria. O Ano Litúrgico Bizantino. São Paulo: Ed. Ave Maria, 1990.
Extraído do site ecclesia.com.br


15 – S. Pacômio, o Grande, 

pai do monasticismo cenobita no Egito


Pacômio nasceu no Egito no ano de 287, na Tebaida. Filho de pais pagãos, cheios de superstições e idolatrias, desde a infância mostrou grande aversão a tudo isso. Aos vinte anos de idade foi convocado para o exército imperial e acabou ficando prisioneiro em Tebes. Foi quando fez o seu primeiro contato com os cristãos, cuja religião até então lhe era desconhecida. À noite, na prisão recebeu um pouco de alimento de alguns cristãos, que escondidos conseguiram entrar. Comovido com esse gesto de pessoas desconhecidas, perguntou quem havia mandado que fizessem aquilo e eles responderam: “Deus que está no céu”. Nesta noite Pacômio rezou com eles para esse Deus, sentindo já nas primeiras palavras ouvidas que esta seria a sua doutrina. O Evangelho o tocou de tal forma que ele se converteu e voltou para o Egito, onde recebeu o batismo. Depois, compartilhou durante sete anos a companhia de um ancião eremita de nome Palemon, que vivia dedicado à oração. A princípio o ancião não quis aceitá-lo a seu lado, porque sabia que a vida de solidão e orações não era nada fácil. Mas Pacômio estava determinado e convenceu-o de que deveria ficar. Um dia, durante suas caminhadas, Pacômio ouviu uma voz que lhe dizia para inaugurar ali, exatamente naquele lugar, um monastério onde receberia e acolheria muitos religiosos. Depois, apareceu-lhe um anjo que o ensinou como deveria organizar o monastério. Pacômio pôs-se a trabalhar arduamente e o deixou pronto. As profecias que ele ouviu se concretizaram e muitas pessoas se juntaram a ele. Monges, eremitas e religiosos de todos os lugares pediram admissão no monastério de Pacômio, que obteve a aprovação do bispo Atanásio, santo e doutor da Igreja. Inclusive seu irmão João, que distribuiu toda sua riqueza entre os pobres e uniu-se a ele. Com Pacômio nasceu a vida monástica, ou cenobítica no Egito, não mais com um chefe carismático que agregava ermitãos reunidos em pequenos grupos em torno de si, mas uma comunidade de religiosos, com regras precisas de vida em comum na oração, contemplação e trabalho, à exemplo dos primeiros apóstolos de Jesus. Pacômio abriu ainda mais oito mosteiros masculinos, um deles feminino, onde sua irmã foi a primeira abadessa (superiora). Sua fama de santidade espalhou-se pelo Egito e na Ásia Menor. Foi agraciado por Deus com o dom da profecia e morreu no ano de 347, vítima de uma peste que assolava o Egito, na época. Até o século XII havia ainda cerca de quinhentos monges da Ordem de São Pacômio. São Pacômio, o eremita, até hoje é considerado um dos representantes de Deus que mais prestaram serviço à Igreja.
Ep.: At 10,44-48; 11,1-10
Ev.: Jo 8,21-30
Tradução e publicação neste site
com permissão de www.ortodoxia.org
Trad.: Pe. André
Extraído do site ecclesia.com.br



Folheto Dominical da Igreja Anunciação da Mãe de Deus


Responsável

Reverendíssimo Protopresbítero do Trono Ecumênico Emanuel Sofoulis


Editoração e Diagramação

Antonio José


Atualização da Página na internet

Jean Stylianoudakis

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Apoio

- Rodrigo Marques – Membro do Coro da Igreja
- Alessandra Sofia Kiametis Wernik – Membro do Coro da Igreja

- Paróquia Ortodoxa dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo
Pavuna – Rio de Janeiro – RJ – Brasil
http://paroquiaortodoxaspsp.blogspot.com.br


Igreja Anunciação da Mãe de Deus
SGAN - Quadra 910 - Módulo ‘’B’’ - Asa Norte
Brasília-DF - CEP: 70.790-100
Telefones (61) 3344-0163 e Celular (61) 9396-1652

Matinas Dominical das 10h às 10h30
Liturgia Dominical das 10h30 às 12h
 

 

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