22 dezembro 2015

Domingo antes da Natividade do Senhor


PATRIARCADO ECUMÊNICO DE CONSTANTINOPLA
Arquidiocese Ortodoxa Grega de Buenos Aires e América do Sul
Igreja Anunciação da Mãe de Deus
SGAN - Quadra 910 - Módulo ‘’B’’ - CEP: 70.790-100 - Brasília-DF
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Brasília, 20 de dezembro de 2015.
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Domingo antes da Natividade do Senhor

(29º depois de Pentecostes - Modo 4)

Santos Inácio de Antioquia, Teóforo, Hieromártir († 107)



Matinas


Tropário – Modo 4 - (4º tom):
As discípulas do Senhor aprenderam do Anjo a anunciar jubilosamente a ressurreição e rejeitaram a sentença dos nossos primeiros pais e conversaram com os Apóstolos, orgulhosas, dizendo: A morte já é cativa e o Cristo Deus já ressuscitou, dando ao mundo grande misericórdia.
Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo,

As discípulas do Senhor aprenderam do Anjo a anunciar jubilosamente a ressurreição e rejeitaram a sentença dos nossos primeiros pais e conversaram com os Apóstolos, orgulhosas, dizendo: A morte já é cativa e o Cristo Deus já ressuscitou, dando ao mundo grande misericórdia.
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.

Theotokion:
O mistério, oculto desde os séculos e desconhecido pelos anjos; por ti foi manifesto, oh Mãe de Deus, aos seres terrenos, porque Deus se encarnou em uma união verdadeira; voluntariamente aceitou a cruz por nós e nela se levantou o primeiro criado e salvou da morte nossas almas.

Katisma – Modo 4 - (4º tom):
1ª Katisma:
As Mirróforas vieram a entrada do sepulcro, mas não puderam suportar o esplendor do anjo, assustadas disseram: É verdade que foi roubado quem abriu o Paraíso ao ladrão, o que ressuscitou levantando-se quem anunciou sua Ressurreição antes de sua paixão? Em verdade, Cristo Deus ressuscitou concedendo a ressurreição e a vida a aqueles que se encontravam do Hades!
Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo.

Oh Salvador, por Tua própria vontade, suportar a Crucifixão, os mortais te puseram em um sepulcro novo, a Ti que fixaste com a Tua palavra os continentes! Por isso, a morte foi encarcerada e vencida; e todos os que estavam no Hades, na hora de Tua vivificadora ressurreição exclamaram: Verdadeiramente Cristo ressuscitou outorgando a vida e permanecendo por todos os séculos!
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.


Theotokion:
José, teu prometido e custódio ao ver tua inefável concepção sem semente, quedou surpreendido, oh Mãe de Deus. Em seu interior pensou consigo mesmo na chuva que cai sobre a erva seca e na sarça que arde sem se consumir. E deu testemunho diante dos sacerdotes, dizendo: “A Virgem dá à luz e permanece Virgem”.

2ª Katisma:
Oh Cristo nosso Salvador, porque és Imortal ressuscitaste do sepulcro. Com Tua Ressurreição ressuscitaste contigo o mundo, e com Teu poder aniquilaste a força da morte, e anunciaste a todos Tua Ressurreição. Por isso Te glorificamos, oh único misericordioso e amante da humanidade!
Glória ao Pai , ao Filho e ao Espirito Santo.

Gabriel desceu do alto com vestes brancas. E dirigindo-se à pedra donde se encontrava a Pedra da Vida, clamou as chorosas mulheres, dizendo: Deixai de chorar e vinde fortalecidas e gozosas, porque aquele a quem buscais com lágrimas, em verdade ressuscitou. E proclamou aos Apóstolos: O Senhor ressuscitou!
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!

Theotokion:
Oh Puríssima, todos os coros se assombraram ante o mistério de teu parto, ao ver como repousou em ti, como menino o que sustenta tudo em suas mãos; Aquele que existiu antes de todos os séculos tomou princípio no seu tempo; E como aquele que alimenta com toda sua bondade a todo ser que respira, se alimenta com leite. Por isso tem louvaram e te louvam, por ser em verdade a Mãe de Deus.

Ypakoí – Modo 4 - (4º tom):
Obediência:
As Mirróforas se adiantaram aos Apóstolos e anunciaram os acontecimentos da ressurreição milagrosa, oh Cristo, dizendo que tu ressuscitaste como Deus dando ao mundo a grande misericórdia.

Anabtmo:
1ª Antífona:
Desde minha juventude muitos são os sofrimentos que me perseguem; porém Tu, Salvador meu, protege-me e salva-me, oh quem odiai a Sion, como a palha no fogo sereis consumidos.


Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo, agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!
Pelo o Espírito Santo toda alma vive, se purifica, e brilhando eleva-se até a Trindade Única, mística e pura.

2ª Antífona:
Senhor, a Ti clamo com fervor desde o fundo de minha alma que me escutem teus divinos ouvidos.
Os que depositaram sua esperança em Deus estão sobre todas as penas.

Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo, agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.

O Espírito Santo faz transbordar os rios da graça e seus arroios refrescam toda a criação com a vida vivificadora.

3ª Antífona:
Oh Verbo, que meu coração se eleve a Ti; que as atrações do mundo não me inclinem para a vida terena.

Cada um de nós tem muito amor a sua Mãe; e com maior razão devemos querer o Senhor como mais fervor.

Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo, agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.

Como o Espírito Santo está a riqueza da sabedoria e a visão divina, porque por seu meio o Verbo anuncia todos os mandamentos do Pai.

Prokimenon:
Levanta-te, oh Deus, venha em nossa ajuda e resgata-nos por teu nome. (2 vezes).

Stichos:
Oh Deus, com nossos ouvidos temos escutado.
Levanta-te, oh Deus, venha em nossa ajuda e resgata-nos por teu nome.

Kondakion – Modo 4 - (4º tom):
Meu Salvador e meu libertador, saiu do sepulcro desligou e ressuscitou todos os habitantes da terra, Ele o boníssimo, Ele o nosso Deus.
Ele destruiu as portas do inferno. O Senhor de todas as coisas ressuscitou ao terceiro dia.


Ikós:
Cristo doador da vida, ressuscitou dos mortos, depois de três dias, deixou seu túmulo e em sua força, “ Ele quebrou as portas da morte condenou o inferno destruindo a morte e libertando Adão e Eva.
Habitantes da terra, celebremo-Lo e rendemos-lhes graças; clamemos, sem cessar seu louvor.
Três dias sepultado, Ele ressuscitou porque Ele é o único forte, o único Deus, o único Senhor.

Evangelho:                                                                                         Jo 20, 1-10
Evangelho de Nosso Senhor Jesus  Cristo, segundo o Evangelista São João.

Naquele tempo, no primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu a pedra tirada do sepulcro. Correu, pois, e foi a Simão Pedro, e ao outro discípulo, a quem Jesus amava, e disse-lhes: Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram. Então Pedro saiu com o outro discípulo, e foram ao sepulcro. E os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais apressadamente do que Pedro, e chegou primeiro ao sepulcro. E, abaixando-se, viu no chão os lençóis; todavia não entrou. Chegou, pois, Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro, e viu no chão os lençóis, E que o lenço, que tinha estado sobre a sua cabeça, não estava com os lençóis, mas enrolado num lugar à parte. Então entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu, e creu. Porque ainda não sabiam a Escritura, que era necessário que ressuscitasse dentre os mortos. Tornaram, pois, os discípulos para casa.

Exapostilário – 7º:
Quando Maria disse: “Levaram meu Senhor”, Simão Pedro e outro discípulo, o amado do Senhor, correram até o sepulcro e os dois encontraram os véus em um lado e noutro lado o sudário que cobriu sua cabeça, por isso se quedaram esperando até que verdadeiramente viram o Cristo ressuscitado.

Theotokion – 7º:
Oh Senhor de imensa misericórdia, por mim realizaste milagres portentosos: Nasceste da Virgem de um modo incompreensível e recebeste a crucifixão, sofreste a morte e ressuscitaste com glória liberando nossa natureza da morte. Glória à Tua majestade, oh Cristo Deus! Glória à Teu poder!

Laudes - Modo 4 - (4º tom):
1 – Esta glória será para todos os Justos.
Oh, Senhor Todo-poderoso, glorificamos Tua Ressurreição e a Ti que suportaste a crucifixão e a morte, e que ressuscitaste dentre os mortos.

2 – Louvai a Deus em seu santuário, louvai na magnificência de seu firmamento!
Oh Cristo, tu que nos libertaste com Tua crucifixão da primeira maldição, com Tua morte acabaste com a rebeldia do mal que domina nossa natureza, e com Tua Ressurreição encheste a todos de alegria. Por isso Te exclamamos: Senhor que ressuscitaste dentre os mortos, glória a Ti!

3 – Louvai por suas proezas, louvai conforme Sua imensa grandeza!
Oh Cristo Salvador, que ressuscitaste dentre os mortos, guia-nos com Tua Cruz até Tua Verdade, e salva-nos das redes do inimigo, estende Teu braço e levanta a nós os caídos com pecados, pela intercessão de Teus Santos, oh Senhor, amante da humanidade.

4 – Louvai ao som da trombeta, louvai com saltério e a harpa!
Oh Verbo único de Deus, vieste à Terra sem separar-te do regaço do Pai; por Teu amor a humanidade, te fizeste homem sem mudança suportando a crucifixão e a morte do corpo, Tu, que em Tua divina natureza não sente dor; e ressuscitaste dentre os mortos agraciaste o gênero humano com a imortalidade, porque és o único Todo-poderoso.

5 – Louvai com pandeiro e a dança; louvai com cordas e flautas!
Oh Salvador, Tu nos concedeste a imortalidade quando recebeste a morte em seu corpo e habitaste o sepulcro para livrar-nos do Hades ressuscitando-nos contigo; sofreste como homem, porém ressuscitaste como Deus. Por isso exclamamos: Glória à Ti, o Doador da Vida, Senhor, único Amante da humanidade!

6 – Louvai com címbalos retumbantes; louvai com címbalos de júbilo. Tudo que respira louve ao Senhor!
Oh Salvador, quando foi semeado Tua Cruz, no Gólgota, as pedras se fenderam; e quando foste colocado no sepulcro, como morto, os guardiões do Hades se aterrorizaram, porque acabaste com a força da morte; e com Tua ressurreição agraciaste os mortos com a incorrupção. Oh Senhor, Doador da Vida, glória à Ti.




7 – Levanta-Te, Senhor meu e Deus meu, que tua mão se levante e não te esqueças para sempre de Teus pobres.
Oh Cristo, as mulheres desejaram ver Tua ressurreição, Maria Madalena porém se adiantou e encontrou a pedra removida do sepulcro e o Anjo sentado dizendo: “Porque buscais o vivo entre os mortos?” Ressuscitou como Deus para salvar a toda criação.

8 – Te confesso, Senhor, como todo meu coração e proclamo todos teus milagres.
Dizei judeus, onde está Jesus que acreditastes que estavam vigiando? Onde está o que colocaram no sepulcro selando a pedra? Dá-nos o morte, oh renegados da vida. Dá-nos o sepultado ou então crede no ressuscitado. Se calais a ressurreição do Senhor, aqui estão as pedras que a anunciaram, em especial a pedra removida do sepulcro. Quão grande és Tu piedade e que grande é o mistério que dispuseste? Oh Salvador nosso, glória à Ti.

Eothinon – 7º:
Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo.

Maria, ficaste com a razão perturbada pela obscuridade da aurora pois, perto do túmulo, ficaste perguntando: “Aonde colocaram Jesus?”; mas os discípulos, que também correram ao Sepulcro, como já estavam orientados sobre a ressurreição, ao olhar o Sudário e o turbante, se lembraram do que estava escrito nos livros a respeito do Senhor.
Por isso, por intermédio deles, alicerçamos a nossa fé em Ti, ó Cristo doador da vida e, juntamente com eles, nós Te louvamos.

Theotokion:
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.
Bendita e venerável és Tu, ó Mãe de Deus, em cujo seio se encarnou Aquele que visitou o inferno, libertando Adão e Eva da maldição, destruindo a morte e dando a vida a todos nós.
Por isso bendirei o Cristo em qualquer tempo, e sempre o Seu louvor estará em minha boca (2 vezes).

Ó Senhor, ressuscitado do sepulcro, rompeste os grilhões do inferno, eliminaste o poder da morte, salvando todos dos laços do inimigo; e quando apareceste a teus discípulos, os enviaste a evangelizar e, através deles, deste tua paz ao mundo, tu que és o Único Misericordioso.



Divina Liturgia


Anunciação - Modo 4:
É hoje o começo da nossa salvação e a manifestação do mistério eterno.
O Filho de Deus torna-Se Filho da Virgem e Gabriel anuncia a graça.
Por isso, cantamos com ele à Mãe de Deus:
“Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo!”

Tropário da Ressurreição – Modo 4 - (4º tom):
As discípulas do Senhor aprenderam do Anjo a anunciar jubilosamente a ressurreição e rejeitaram a sentença dos nossos primeiros pais e conversaram com os Apóstolos, orgulhosas, dizendo: A morte já é cativa e o Cristo Deus já ressuscitou, dando ao mundo grande misericórdia.

Tropário da Festa:
Quão grandiosos são os efeitos da fé! Por ela, os três santos jovens, deliciaram-se na fonte das chamas como em água fresca; e Daniel, o profeta, apascentou os leões como ovelhas. Pelas suas orações, ó Cristo Deus, salva as nossas almas!

Kondakion – Modo 4 - (4º tom):
Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo.
O Salvador e Redentor meu, sendo Deus, rompeu as portas do Hades, libertando de suas cadeias os habitantes da terra, e, sendo Soberano, ressuscitou ao terceiro dia.

Theotokion – Modo 4 - (4º tom):
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém
O mistério eternamente oculto e dos anjos desconhecido, através de ti, ó Mãe de Deus, encarnando-se, apareceu na terra, voluntariamente aceitou a Cruz, e com ela ressuscitou o primeiro criado, e salvou da morte as nossas almas.

Kondakion da Festa:
Alegra-te, Belém, prepara-te, Éfrata! Eis que a ovelha apressa-se para dar à luz o grande Pastor que ela leva em suas entranhas. Ao vê-lo, os padres revestidos de Deus se rejubilam e louvam com os pastores a Virgem amamentando.


Kondakion da Vigília do Natal:
Hoje a Virgem vem à gruta para dar à luz, de modo inefável, o Verbo que existiu antes dos séculos. Rejubila-te, ó terra, ao ouvir esta boa nova, e glorifica com os Anjos e os pastores, aquele que quis se fazer criança. Ele, o Deus anterior aos séculos.

Prokimenon:
Tu és bendito Senhor, Deus de nossos pais e teu nome é louvado e glorificado pelos séculos.
Pois és justo em todas as coisas que nos fizeste tuas obras são verdadeiras e retos os teus caminhos.

Epístola da festa:                                                       Hb 11, 9-10, 17-23, 32-40
Leitura da Epístola do Apostolo São Paulo aos Hebreus:

Irmãos, pela fé foi que ele habitou na terra prometida, como em terra estrangeira, habitando aí em tendas com Isaac e Jacó, co-herdeiros da mesma promessa. Porque tinha a esperança fixa na cidade assentada sobre os fundamentos {eternos}, cujo arquiteto e construtor é Deus. Foi pela sua fé que Abraão, submetido à prova, ofereceu Isaac, seu único filho, depois de ter recebido a promessa e ouvido as palavras: Uma posteridade com o teu nome te será dada em Isaac {Gn 21,12}. Estava ciente de que Deus é poderoso até para ressuscitar alguém dentre os mortos. Assim, ele conseguiu que seu filho lhe fosse devolvido. E isso é um ensinamento para nós! Foi inspirado pela fé que Isaac deu a Jacó e a Esaú uma bênção em vista de acontecimentos futuros. Foi pela fé que Jacó, estando para morrer, abençoou cada um dos filhos de José e venerou a extremidade do seu bastão. Foi pela fé que José, quando estava para morrer, fez menção da partida dos filhos de Israel e dispôs a respeito dos seus despojos. Foi pela fé que os pais de Moisés, vendo nele uma criança encantadora, o esconderam durante três meses e não temeram o edito real. Que mais direi? Faltar-me-á o tempo, se falar de Gedeão, Barac, Sansão, Jefté, Davi, Samuel e dos profetas. Graças à sua fé conquistaram reinos, praticaram a justiça, viram se realizar as promessas. Taparam bocas de leões, extinguiram a violência do fogo, escaparam ao fio de espada, triunfaram de enfermidades, foram corajosos na guerra e puseram em debandada exércitos estrangeiros. Devolveram vivos às suas mães os filhos mortos. Alguns foram torturados, por recusarem ser libertados, movidos pela esperança de uma ressurreição mais gloriosa. Outros sofreram escárnio e açoites, cadeias e prisões. Foram apedrejados, massacrados, serrados ao meio, mortos a fio de espada. Andaram errantes, vestidos de pele de ovelha e de cabra, necessitados de tudo, perseguidos e maltratados, homens de que o mundo não era digno! Refugiaram-se nas solidões das montanhas, nas cavernas e em antros subterrâneos. E, no entanto, todos estes mártires da fé não conheceram a realização das promessas! Porque Deus, que tinha para nós uma sorte melhor, não quis que eles chegassem sem nós à perfeição {da felicidade}.

Aleluia!
Aleluia, aleluia, aleluia!
Cinge a tua espada, com majestade e esplendor, cavalga vitorioso, pela causa da verdade e da justiça.
Aleluia, aleluia, aleluia!
Amaste a justiça e detestaste a iniquidade, por isso Deus te ungiu com o óleo da alegria.
Aleluia, aleluia, aleluia!

Evangelho do dia:                                                                             Mt 1, 1-15
Evangelho de Nosso Senhor Jesus  Cristo, segundo o Evangelista São Mateus:

Livro da origem de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. Abraão foi o pai de Isaac; Isaac foi o pai de Jacó; Jacó foi o pai de Judá e de seus irmãos. Judá, com Tamar, foi o pai de Farés e Zara; Farés foi o pai de Esrom; Esrom foi o pai de Aram. Aram foi o pai de Aminadab; Aminadab foi o pai de Naasson; Naasson foi o pai de Salmon. Salmon, com Raab, foi o pai de Booz; Booz, com Rute, foi o pai de Jobed; Jobed foi o pai de Jessé; Jessé foi o pai de Davi. Davi, com aquela que foi mulher de Urias, foi o pai de Salomão. Salomão foi o pai de Roboão; Roboão foi o pai de Abias; Abias foi o pai de Asa. Asa foi o pai de Josafá; Josafá foi o pai de Jorão; Jorão foi o pai de Ozias. Ozias foi o pai de Joatão; Joatão foi o pai de Acaz; Acaz foi o pai de Ezequias. Ezequias foi o pai de Manassés; Manassés foi o pai de Amon; Amon foi o pai de Josias. Josias foi o pai de Jeconias e de seus irmãos, no tempo do exílio na Babilônia. Depois do exílio na Babilônia, Jeconias foi o pai de Salatiel; Salatiel foi o pai de Zorobabel. Zorobabel foi o pai de Abiud; Abiud foi o pai de Eliaquim; Eliaquim foi o pai de Azor. Azor foi o pai de Sadoc; Sadoc foi o pai de Aquim; Aquim foi o pai de Eliud. Eliud foi o pai de Eleazar; Eleazar foi o pai de Matã; Matã foi o pai de Jacó. Jacó foi o pai de José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado o Messias. Assim, as gerações desde Abraão até Davi são catorze; de Davi até o exílio na Babilônia, catorze gerações; e do exílio na Babilônia até o Messias, catorze gerações. A origem de Jesus, o Messias, foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. José, seu marido, era justo. Não queria denunciar Maria, e pensava em deixá-la, sem ninguém saber. Enquanto José pensava nisso, o Anjo do Senhor lhe apareceu em sonho, e disse: «José, filho de Davi, não tenha medo de receber Maria como esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, e você lhe dará o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados.» Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: «Vejam: a virgem conceberá, e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que quer dizer: Deus está conosco.» Quando acordou, José fez conforme o Anjo do Senhor havia mandado: levou Maria para casa, e, sem ter relações com ela, Maria deu à luz um filho. E José deu a ele o nome de Jesus.

SINAXE

O calendário Litúrgico Bizantino festeja neste domingo que antecede o Natal, a Genealogia de Jesus, como filho da humanidade. Tanto São Lucas como São Mateus nomeiam as gerações que antecederam o nascimento do Filho de Deus.
O primeiro capítulo do evangelho de Mateus situa Jesus no tempo e na história dos homens como parte principal do projeto de Deus. Já se mostra aqui todo o mistério da pessoa e da ação de Jesus, verdadeiramente homem e
verdadeiramente Deus.
São Lucas apresenta a genealogia, não no primeiro capítulo como faz São Mateus, mas no capítulo terceiro, após falar de João Batista que veio antes para preparar o caminho do Senhor. Depois de apresentar Jesus como Filho de Deus, Lucas O apresenta como Filho da Humanidade. A genealogia é uma forma de contar a história, que é uma sucessão de gerações.
Orígenes, um dos padres da Igreja do século III, encontra nos textos sagrados de Mateus e Lucas base sólida para defender a dupla natureza do Messias. Ressalta que José é chamado o "esposo de Maria" e não, como era costume dizer, Maria como a esposa de José. Defende deste modo a linhagem de Jesus vindo de Maria.
"Livro da origem de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão". (Mt 1,1) Este é o título deste capítulo, e resume quem é a pessoa de Jesus. O Antigo Testamento se abre com o livro do Gênesis (origem), contando o início do universo e da humanidade. Com Jesus tem início a nova Criação, uma nova Humanidade. Ele é o novo Adão. Abraão representa o começo do povo de Deus.
Sua aspiração mais profunda era ter uma terra e uma descendência. Deus lhe prometeu ser pai de um grande povo e possuir uma terra imensa (Gn 12). Mas é em Jesus, que ecoa toda a aspiração e história de um povo particular que reflete a história de toda a humanidade.
Podemos achar monótonas as listas de gerações que aparecem na Bíblia, inclusive esta, feita por Mateus. Falta compreensão de nossa parte. Acontece que para os antigos a história era uma sucessão de gerações. De pai (e mãe) para filhos passava não apenas a vida física, mas também todos os ideais e aspirações, problemas e lutas, vitórias e derrotas: "O que ouvimos e aprendemos, o que nos contaram nossos pais, não o esconderemos aos seus filhos; nós o contaremos à geração futura... os filhos que iriam nascer... Que se levantem e os contem aos seus filhos, para que ponham em Deus a sua confiança .. para que não sejam como seus pais.. cujo espírito não era fiel a Deus" (Salmo 78,1-8).
A história, portanto, é uma transmissão da consciência e da experiência que pouco a pouco vão formando a sabedoria que ensina a viver. Ouvindo a história dos pais, os filhos aprendem a viver melhor. Sabedoria é discernir o caminho da vida, e bom-senso é caminhar por ele.
Jesus é fruto de uma história de aspirações, buscas, lutas, derrotas e conquistas. Retomando toda a nossa história, ele nos ensina o caminho da vida, para que de fato encontremos aquilo que todos buscaram. O que buscamos? A realização de nossas aspirações mais profundas, que coincidem com o projeto de Deus: vida e liberdade para todos. Mas, para que todos tenham isso, é preciso justiça. E é exatamente o caminho da justiça que Jesus, segundo Mateus, vai nos ensinar. Jesus, portanto, responde não só à busca do seu povo, mas de todos os povos, de todos nós. Podemos não ver refletida n'Ele a nossa pessoa como ela é, mas, olhando bem, nele descobriremos nossas aspirações mais profundas, e a realização daquilo que Deus nos chamou a ser.
Depois de contar a história do povo através de uma lista, Mateus conta como foi o nascimento de Jesus (1,1825). Não é uma crônica biográfica, mas o relato do mistério que cerca não só a vida de Jesus, mas a vida de toda a humanidade.
Jesus não é apenas um filho da História Humana. Ele é o Filho de Deus. Sua mãe é humana. Seu Pai é Divino. N'Ele se resume o mistério que é a Vida. Deus tem a iniciativa, porque Ele é a Vida plena, geradora de toda vida.



Maria, representante da humanidade que recebe a vida de Deus, em sua virgindade concebe a vida de Jesus de modo inteiramente inesperado. É o Espírito de Deus que nela, e em nós, produz a vida nova. Assim, o nascimento de Jesus, resposta de Deus aos anseios da humanidade, começa por nos ensinar que a vida é fruto da iniciativa de Deus em contato com a nossa atitude aberta e receptiva, como a atitude de Maria.
"A Virgem acolheu em seu seio o Verbo Divino, o qual, desde a eternidade, coexistia com Deus. Fez-se grandioso templo da divindade, ela, morada humilde e humana. Aquele que não podia ser contido na pequenez do corpo humano, ei-Lo na estreiteza do ventre virginal. O anjo ao dizer "conceberás em teu ventre e darás à luz um menino" indica que é uma concepção real e não metafórica. É Deus que se encarna". Com estas palavras S. Pedro Crisólogo, grande e eloquente patrístico da igreja Indivisa do ano de 420, concluiu seu sermão de Natal.
Jesus, o Emanuel, o Deus-conosco, nos ensina a obter a verdadeira liberdade e a viver a verdadeira vida, a fim de nos tornarmos o que Deus deseja. O termo "Deus conosco", diz São Gregório de Nissa, surpreendeu a todos, pois a divindade se aproximou da criatura, fez-se pequeno sem perder nada de sua essência. Deu à humanidade algo tão precioso que até mesmo as criaturas celestes se admiraram com tamanha doação.
Ao refletirmos sobre a genealogia, preparemo-nos para as festividades do Natal, adorando o Deus-Menino nascido na gruta, cercado pelos animais e humildes pastores. Na aparência, um menino indefeso e frágil; na verdade, o DEUS Todo-poderoso!

FONTES CONSULTADAS:
GOMES, C. Folch Antologia dos Santos Padres. São Paulo: Ed. Paulinas. 3ª Ed.
STORNIOLO, Ivo Como Ler o Evangelho de Lucas. São Paulo: Ed. Paulus. 4ª Ed.


20 de Dezembro: Santo Inácio, o Teóforo, bispo de Antioquia, hieromártir († 107)


Discípulo dos Apóstolos, Pai dos bispos, vigoroso guerreiro na vanguarda dos vitoriosos mártires, Santo Inácio foi três vezes coroado e brilha reluzente no firmamento dos amigos de Deus. O significado de seu nome é “fogo” (ignis em latim). O amor por Cristo ardeu tão fortemente depois de seu Batismo que foi codinominado Cristóforos (portador de Cristo). Codinome que, sem vanglória, não titubeou em aplicar a si mesmo, que todos os cristãos, após o batismo, se tornam “portadores de Cristo” e revestidos do Espírito Santo. Inácio conheceu os apóstolos em sua juventude e, juntamente com Policarpo, foi iniciado nos mais profundos mistérios da por São João, o Apóstolo e Evangelista. Mais tarde, foi Inácio quem sucedeu Evdus, como segundo bispo de Antioquia, capital da Síria, e a maior cidade do Oriente, cuja sede episcopal foi fundada pelo apóstolo Pedro. Durante as perseguições aos cristãos, no governo de Domiciano (81-96), Santo Inácio alentou muitos cristãos confessos a suportar suas tormentosas tribulações, na esperança de ganhar a vida eterna; consolou os prisioneiros, compartilhou desejo de unir-se a Cristo para sempre, em sua morte. Porém, Santo Inácio, bispo temerário, não fora aprisionado nesse tempo, a tal ponto de se sentir desiludido pelo fato de as perseguições terem acabado sem que Deus o tivesse chamado a confessar sua como verdadeiro discípulo de Cristo. Nos anos de paz que se seguiram, Santo Inácio ocupou-se em organizar a Igreja, mostrando que a graça que veio sobre os apóstolos no dia de Pentecostes, continuava no ministério episcopal, ainda que os doze primeiros tivessem sido chamados para a eternidade. Exortou que todas as Igrejas permaneçam na unidade e que seus membros amem o bispo de sua Igreja que é a imagem terrena do único e verdadeiro Bispo e Sumo Sacerdote, Jesus Cristo.

Unidos pela fé no Salvador Crucificado e Ressuscitado, unidos em um mesmo coração que brota do amor e esperança comum, os fiéis devem reunir-se frequentemente, especialmente no dia do Senhor, para celebrar em assembleia a Eucaristia com o seu bispo, sacerdotes e diáconos. Assim, todos repartem o mesmo pão que é o remédio contra a morte que dá a imortalidade, a vida eterna em Cristo. Disse ele: «Onde está o bispo, aí está o Cristo; onde está o bispo aí está a Igreja, a segurança da vida eterna e a promessa da comunhão com Deus». Na época das perseguições em Antioquia, no governo de Trajano (98-117), Santo Inácio se apresentou voluntariamente diante dele e confessou sua fé em um só Deus, criador e filantropo, em Jesus Cristo, seu Filho Unigênito. Com desprezo, Trajano lhe perguntou: «Eras discípulo do Crucificado, na época de Pôncio Pilatos?» Santo Inácio respondeu: «Sim, sou discípulo daquele que apagou meus pecados na Cruz, que derrotou o demônio e seus símbolos sob seus pés.» O imperador ainda perguntou: «Por que te chamas portador de Deus?» Respondeu-lhe: «Porque trago Cristo vivente dentro de mim». Trajano então ordenou: «Que seja então o portador do Crucificado nas prisões de Roma, e que lá sejas jogado aos leões para diversão do povo». Como São Paulo e muitos outros mártires, o servo de Deus Inácio se encheu de alegria e fervorosamente beijou as pesadas correntes que carregava, chamando-as de «minhas preciosas pérolas espirituais». Durante o longo caminho até Roma, soube que os fiéis daquela cidade pretendiam evitar seu martírio. Enviou então uma mensagem, rogando-lhes que se contivessem, e que não interviessem, pois «suplico ser um discípulo… Meu desejo terreno foi crucificado; não há mais fogo em mim por amar as coisas materiais. Porém há em mim uma água vivente que murmura e diz em meu interior ‘venha ao Pai’». Nele o amor de Cristo operou tão fortemente que, inspirado, disse com palavras de fogo: «Perdoem-me irmãos, não me peçam para viver, não desejem que eu não morra. Permitam-me que eu seja um imitador da Paixão de meu Deus. Deixem-me ser alimento para as feras, pois assim me será possível encontrar-me com meu Deus. Sou trigo de Deus, e devo ser triturado pelos dentes das feras, convertendo-me em puro pão do Senhor, à semelhança de Cristo, verdadeiro Pão Eucarístico que se oferece a Si mesmo na perfeita Liturgia». Este era o desejo de Santo Inácio. Quando o momento de sua prova final chegou, Santo Inácio entrou na arena como se adentrasse no Santo Altar para oficiar a liturgia na presença dos fiéis. Assim, bispo e discípulo do Sumo Sacerdote de nossa Salvação, Jesus Cristo, sacerdote e vítima ao mesmo tempo, ofereceu-se a si mesmo complacentemente aos ferozes leões que se jogaram sobre ele e o devoraram lentamente, sem nada deixar, exceto os ossos maiores, como havia desejado. Estas preciosas relíquias foram devotamente reunidas pelos fiéis e levadas solenemente de volta a Antioquia. Os cristãos, venerando aquelas relíquias ao longo do caminho, seguiam rumo ao seu rebanho como se seguissem o seu pastor.

Tradução e publicação neste site
com permissão de: Ortodoxia.org
Trad.: Pe. Pavlos/Pe. André


II – SANTO INÁCIO DE ANTIOQUIA


Santo Inácio de Antioquia, conforme historiadores, viveu por volta do segundo século. Coração ardente (o nome Inácio deriva de ignis = fogo ), ele é lembrado sobretudo pelas expressões de intenso amor a Cristo. A cidade da Síria, Antioquia, terceira em ordem de grandeza do vasto império romano, teve como primeiro bispo o apóstolo Pedro, ao qual sucederam Evódio e em seguida Inácio, o Teófolo, o que traz Deus, como ele mesmo gostava de ser chamado. Pesquisadores indicam que Inácio de Antioquia conheceu pessoalmente os apóstolos Pedro e Paulo.
Por volta do ano 110, foi preso vítima da perseguição de Trajano. Nessa viagem de Antioquia a Roma para onde ia como prisioneiro, o santo bispo escreveu sete cartas, dirigidas a várias Igrejas e a São Policarpo. Tais cartas constituem preciosos documentos sobre a Igreja primitiva, seus fundamentos teológicos, sua constituição hierárquica… Trazido acorrentado para Roma, onde terminou os seus dias na arena, devorado pelas feras selvagens, tornou-se objeto de afetuosas atenções da parte das várias comunidades cristãs nas cidades por onde passou. A ânsia de alcançar Deus, de encontrar Cristo, expressa com intensidade que faz lembrar São Paulo.
As suas palavras inflamadas de amor a Cristo e à Igreja ficaram na lembrança de todas as gerações futuras. “Deixem-me ser a comida das feras, pelas quais me será dado saborear Deus. Eu sou o trigo de Deus. Tenho de ser triturado pelos dentes das feras, para tornar-me pão puro de Cristo.”
“Onde está o Bispo, aí está a comunidade, assim como onde está Cristo Jesus aí está a Igreja”, foi escrito na carta endereçada ao então jovem bispo de Esmirna, São Policarpo. Os cristãos de Antioquia veneravam, desde a antiguidade, o seu sepulcro nas portas da cidade.
Fonte: EAQ


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