PATRIARCADO
ECUMÊNICO DE CONSTANTINOPLA
Arquidiocese Ortodoxa Grega
de Buenos Aires e América do Sul
Igreja
Anunciação da Mãe de Deus
SGAN - Quadra 910
- Módulo ‘’B’’ - CEP: 70.790-100 - Brasília-DF
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Brasília, 27 de dezembro
de 2015.
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Domingo após a Natividade do
Senhor
Comemoração de São José,
Esposo da Mãe de Deus, de São Tiago, irmão de Jesus e de David, o Profeta-rei
30º depois de Pentecostes -
Modo 1 Plagal
Santo Estêvão, protomártir e
Arquidiácono († 37)
Matinas
Evangelho: Jo 20, 11-18
Evangelho de Jesus†Cristo,
segundo o Evangelista São João.
Naquele tempo, Maria se conservava do lado de fora
perto do sepulcro e chorava. Chorando, inclinou-se para olhar dentro do
sepulcro. Viu dois anjos vestidos de branco, sentados onde estivera o corpo de
Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. Eles lhe perguntaram: Mulher, por que
choras? Ela respondeu: Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram.
Ditas estas palavras, voltou-se para trás e viu Jesus em pé, mas não o
reconheceu. Perguntou-lhe Jesus: Mulher, por que choras? Quem procuras? Supondo
ela que fosse o jardineiro, respondeu: Senhor, se tu o tiraste, dize-me onde o
puseste e eu o irei buscar. Disse-lhe Jesus: Maria! Voltando-se ela, exclamou
em hebraico: Rabôni! {que quer dizer Mestre}. Disse-lhe Jesus: Não me retenhas,
porque ainda não subi a meu Pai, mas vai a meus irmãos e dize-lhes: Subo para
meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus. Maria Madalena correu para anunciar
aos discípulos que ela tinha visto o Senhor e contou o que ele lhe tinha
falado.
Divina Liturgia
Anunciação
- Modo 4:
É hoje o começo da nossa
salvação e a manifestação do mistério eterno.
O Filho de Deus torna-Se
Filho da Virgem e Gabriel anuncia a graça.
Por isso, cantamos com
ele à Mãe de Deus:
“Salve, ó cheia de graça,
o Senhor está contigo!”
Apolitikion:
Glorifiquemos fiéis,
e adoremos o Verbo Divino,
eterno com o Pai e o
Espírito Santo,
nascido da Virgem
para a nossa salvação;
pois, em sua carne,
deixou-se suspender na cruz,
padecer a morte e
ressuscitar dos mortos
pela sua gloriosa
ressurreição.
Apolitikion
da Festa:
José, anuncia a Davi,
ancestral do Senhor, os prodígios:
Viste a Virgem
grávida, glorificaste com os Pastores,
adoraste com os Magos
e foste avisado pelo Anjo.
Intercede perante o
Cristo Deus
pela salvação de
nossas almas!
Kondakion
da Festa (Modo 4):
A tua fronte foi
coroada por um diadema real,
por causa do combate
que empreendeste por Cristo nosso Deus,
ó Santo Estevão,
protagonista do exército dos mártires;
tu repreendeste os
Judeus pela sua loucura
e viste o teu
Salvador à direita do Pai.
Roga-lhe,
incessantemente, pela salvação das nossas almas.
Kondakion:
Glória ao Pai e ao
Filho e ao Espírito Santo.
Desceste ao Hades, ó
Salvador meu,
rompendo suas portas,
Tu que és Todo-poderoso,
levantaste contigo os
mortos, ó Criador,
destruíste, ó Cristo,
o aguilhão da morte.
e libertaste também
Adão da maldição, ó Filântropo.
Por isso, clamamos,
Senhor, salva-nos!
Theotokion:
Agora e sempre e
pelos séculos dos séculos. Amém.
Alegra-te, ó Mãe de
Deus, porta do Senhor!
Alegra-te, amparo e
proteção para os que te procuram!
Alegra-te, ó noiva,
que em teu ventre geraste teu Criador e Deus!
Roga, sem cessar, por
aqueles que glorificam O que nasceu de ti.
Kondakion
da Festa:
Hoje o Divino Davi
enche de alegria,
e José, e Tiago
oferecem louvores.
Coroados pelo seu
parentesco com Cristo,
rejubilam-se e louvam
Aquele que nasceu sobre a terra de modo inefável e clamam:
Compassivo, salva os
que te amam!
Prokimenon:
Tu, Senhor, nos
guardarás e nos preservarás
desta geração e para
sempre!
Salva-me, Senhor,
porque o justo desapareceu,
porque a verdade se
extinguiu entre os filhos dos homens.
Epístola
(Theotokos): Gl 1, 11-19
Epístola
do Apóstolo São Paulo aos Gálatas.
Irmãos, asseguro-vos que o Evangelho pregado por
mim não tem nada de humano. Não o recebi nem aprendi de homem algum mas através
de uma revelação de Jesus Cristo. Certamente ouvistes falar como outrora vivia
eu no judaísmo. Perseguia ferrenhamente a Igreja de Deus e procurava
exterminá-la. E no zelo pelo judaísmo ultrapassava muitos dos companheiros de
idade da minha nação, mostrando-me extremamente zeloso das tradições paternas.
Mas, quando aprouve àquele que me reservou desde o seio de minha mãe e me
chamou por sua graça, para revelar seu Filho em minha pessoa, a fim de que o
tornasse conhecido entre os pagãos, imediatamente parti para a Arábia, sem
recorrer a nenhum conselho humano, sem ir a Jerusalém ver os que, antes de mim,
eram apóstolos. Da Arábia voltei a Damasco. Três anos depois, subi a Jerusalém
para conhecer Cefas e fiquei com ele quinze dias. Dos outros apóstolos não vi
mais nenhum, mas somente Tiago, irmão do Senhor.
Epístola (Santo Estêvão): At 6, 8-15; 7, 1-5, 47-60
Livro dos
Atos dos apóstolos.
Naqueles
dias, Estêvão, cheio de graça e de poder, fazia prodígios e grandes sinais
entre o povo. Mas alguns membros da sinagoga chamada dos Libertos, junto com
alguns judeus de Cirene e de Alexandria e outros da Cilícia e da Ásia,
começaram a discutir com Estêvão. Não conseguiam, porém, resistir à sabedoria e
ao Espírito com que ele falava. Subornaram então uns indivíduos, que disseram:
“Ouvimos este homem falar blasfêmias contra Moisés e contra Deus”. Deste modo
incitaram o povo, os anciãos e os escribas. Estes prenderam Estêvão e o
conduziram ao Sinédrio. Aí apresentaram falsas testemunhas, que diziam: “Este
homem não cessa de falar contra o Lugar Santo e contra a Lei. Nós o ouvimos
afirmar que esse Jesus Nazareno iria destruir este Lugar e mudar os costumes
que Moisés nos transmitiu”. Todos os que estavam sentados no Sinédrio tinham os
olhos fixos sobre Estêvão e viram seu rosto como o rosto de um anjo. O sumo
sacerdote disse a Estêvão: “As coisas são mesmo assim como dizem?” Ele
respondeu: “Irmãos e pais, escutai! O Deus da glória apareceu a nosso pai
Abraão, quando ainda estava na Mesopotâmia, antes de ir morar em Harã. Ele lhe
disse: ‘Sai de tua terra e de teu clã e dirige-te para a terra que eu te
mostrarei’. Abraão saiu então da terra dos caldeus e foi morar em Harã. E,
depois da morte de seu pai, Deus fez Abraão migrar para esta terra, que vós
agora habitais. Não lhe deu patrimônio nem propriedade nesta terra, mas
prometeu dá-la em posse a ele e à sua descendência depois dele. Ora, Abraão não
tinha filho. No entanto, foi Salomão quem construiu a casa para ele. Mas o
Altíssimo não mora em casa feita por mãos humanas, conforme diz o profeta: ‘O
céu é o meu trono, e a terra é o apoio dos meus pés. Que casa construireis para
mim? — diz o Senhor. E qual será o lugar do meu repouso? Não foi minha mão que
fez todas essas coisas? ’ Homens de cabeça dura, incircuncisos de coração e de
ouvidos! Sempre resististes ao Espírito Santo, tanto vós como vossos pais! A
qual dos profetas vossos pais não perseguiram? Eles mataram os que anunciavam a
vinda do Justo, de quem vós, agora, vos tornastes traidores e assassinos. Vós
recebestes a Lei, por meio de anjos, e não a observastes!” Ao ouvir essas
palavras, eles ficaram enfurecidos e rangeram os dentes contra Estêvão. Cheio
do Espírito Santo, Estêvão olhou para o céu e viu a glória de Deus; e viu
também Jesus, de pé, à direita de Deus. Ele disse: “Estou vendo o céu aberto e
o Filho do Homem, de pé, à direita de Deus”. Mas eles, dando grandes gritos e
tapando os ouvidos, avançaram todos juntos contra Estêvão; arrastaram-no para
fora da cidade e começaram a apedrejá-lo. As testemunhas deixaram seus mantos
aos pés de um jovem, chamado Saulo, e apedrejavam Estêvão, que exclamava:
“Senhor Jesus, acolhe o meu espírito”. Dobrando os joelhos, gritou com voz
forte: “Senhor, não os condenes por este pecado”. Com estas palavras,
adormeceu.
Aleluia:
Aleluia, aleluia, aleluia!
Eu cantarei eternamente as tuas misericórdias, Senhor;
anunciarei a tua verdade de geração em geração.
Aleluia, aleluia, aleluia!
Pois disseste: «A misericórdia elevar-se-á como um
edifício eterno
e nos céus a tua verdade será solidamente
estabelecida».
Aleluia, aleluia, aleluia!
Evangelho (Theotokos): Mt
2, 13-23
Evangelho
de Jesus†Cristo, segundo o Evangelista São Mateus.
Naquele tempo, depois que os magos se retiraram, o
anjo do Senhor apareceu em sonho a José e lhe disse: Levanta-te, pega o menino
e sua mãe e foge para o Egito! Fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai
procurar o menino para matá-lo. José levantou-se, de noite, pegou o menino e
sua mãe, retirou-se ao Egito e lá ficou até à morte de Herodes. Assim se
cumpriu o que o Senhor tinha dito pelo profeta: Do Egito chamei o meu filho.
Quando Herodes percebeu que os magos o tinham enganado, ficou furioso. Mandou
matar todos os meninos de Belém e de todo o território vizinho, de dois anos
para baixo, de acordo com o tempo indicado pelos magos. Assim se cumpriu o que
foi dito pelo profeta Jeremias: «Ouviu-se um grito em Ramá, choro e grande
lamento: é Raquel que chora seus filhos e não quer ser consolada, pois não
existem mais.» Quando Herodes morreu, o anjo do Senhor apareceu em sonho a
José, no Egito, e lhe disse: Levanta-te, pega o menino e sua mãe, e volta para
a terra de Israel; pois já morreram aqueles que queriam matar o menino. Ele
levantou-se, pegou o menino e sua mãe e entrou na terra de Israel. Mas quando
soube que Arquelau reinava na Judéia, no lugar de seu pai Herodes, teve medo de
ir para lá. Depois de receber em sonho um aviso, retirou-se para a região da
Galiléia e foi morar numa cidade chamada Nazaré. Isso aconteceu para se cumprir
o que foi dito pelos profetas: «Ele será chamado nazareno».
Evangelho (Santo Estêvão): Mt 21, 33-42
Evangelho
de Jesus†Cristo, segundo o Evangelista São Mateus.
Naquele tempo, disse Jesus: “Escutai esta outra
parábola: Certo proprietário plantou uma vinha, pôs uma cerca em volta, cavou
nela um lagar para pisar as uvas e construiu uma torre de guarda. Ele a alugou
a uns agricultores e viajou para o estrangeiro. Quando chegou o tempo da
colheita, ele mandou os seus servos aos agricultores para receber seus frutos.
Os agricultores, porém, agarraram os servos, espancaram a um, mataram a outro,
e a outro apedrejaram. Ele ainda mandou outros servos, em maior número que os
primeiros. Mas eles os trataram do mesmo modo. Por fim, enviou-lhes o próprio
filho, pensando: ‘A meu filho respeitarão’. Os agricultores, porém, ao verem o
filho, disseram entre si: ‘Este é o herdeiro. Vamos matá-lo e tomemos posse de
sua herança! ’ Então agarraram-no, lançaram-no fora da vinha e o mataram. Pois
bem, quando o dono da vinha voltar, que fará com esses agricultores?” Eles
responderam: “Dará triste fim a esses criminosos e arrendará a vinha a outros
agricultores, que lhe entregarão os frutos no tempo certo”. Então, Jesus lhes
disse: “Nunca lestes nas Escrituras: ‘A pedra que os construtores rejeitaram,
esta é que se tornou a pedra angular. Isto foi feito pelo Senhor, e é admirável
aos nossos olhos’?
SINAXE
Festa dos Santos Inocentes foi introduzida na
Igreja Oriental no século IV e reveste-se da alegria do martírio. Herodes
vendo-se iludido pelos Magos que regressaram aos próprios países por outro
caminho, ordenou a horrível matança dos meninos de Belém e dos arredores, de
idade inferior a dois anos, no intuito de matar o "Rei dos Judeus"
recém-nascido. A morte fez-se presente em muitas famílias e a dor instalou-se
nos corações das mães que viam ser arrancados de seus braços os seus filhos
para serem executados a olhos vistos.
A Sagrada Família, no entanto, escapou a este
flagelo graças aos avisos do Anjo que apareceu a José, alertando-o que fugisse
com Maria e o Menino para o Egito. Relata a tradição que cerca de 30 meninos
abaixo de 2 anos foram assassinados à espada, por ordem do tirano Herodes. A
Igreja os proclama mártires, pois suas vidas foram arrancadas como consequência
da certeza de que o Messias já estava entre os homens. Deram suas vidas por Alguém
que ainda não conheciam; foram testemunhas da Verdade ainda não plenamente
revelada.
Tendo celebrado a Festa do Nascimento de Nosso
Senhor e Salvador Jesus Cristo, segundo a Carne, a Igreja quer destacar, neste
domingo pós-Natal, três nomes que são fundamentais para reforçar o Mistério da
encarnação do Verbo: José, Tiago e Davi.
José é lembrado por ser homem de fé e que esteve ao
lado do Menino como pai adotivo; Tiago aparece como o personagem que vai
confirmar o dogma da Virgindade de Maria antes e depois do parto; e Davi,
porque de sua linhagem nasceu o Salvador, o Messias esperado.
José, Esposo de Maria: Baseados nos relatos da
Genealogia, José é filho de Jacó ( Mt 1, 16) ou de Eli (Lc 3, 23) e esposo de
Maria, a mãe de Jesus. Aparece nos evangelhos da infância em Mateus e Lucas
como também em outros lugares, mas apenas como o humilde "Guardião"
de Jesus (Lc 4, 22; Jo 1, 46; Jo 6, 42). No Evangelho de Mateus é chamado de o
"Justo". A ele foi revelado o nascimento virginal de Jesus (Mt 1,
10-25).
Foi também responsável por Maria e Jesus durante a
fuga para o Egito. São Mateus não menciona qualquer residência de José em
Nazaré antes do retorno do Egito. Já, São Lucas, diz que Maria e José moravam
em Nazaré antes mesmo do nascimento do Messias. Após a fuga para o Egito
conforme as narrativas de São Lucas, José aparece como figura secundária,
presente no Nascimento, na Apresentação do Menino no Templo, na perda e no
Encontro de Jesus em Jerusalém. Após estes acontecimentos, a Sagrada Escritura
nada mais menciona.
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"Por ser homem justo foi escolhido por Deus
para guardar a virgindade de Maria com quem se casou aos 30 anos. Era
carpinteiro, trabalhador, tanto que, em Nazaré, perguntaram em relação a Jesus,
"Não é este o filho do carpinteiro?" (Mt 13, 55). Apesar de seu
humilde trabalho e suas condições simples, José era de linhagem real. Lucas e
Mateus citam sua descendência de Davi, o maior rei de Israel (Mt 1, 1-16 e Lc
3, 23-38). Realmente o Anjo, que primeiro conta a José sobre Jesus, o saúda
como "filho de Davi", um título real usado também para Jesus.
José foi um homem compassivo, carinhoso. Quando
soube que Maria estava grávida, ainda não tendo com ela se casado. sabendo que
a criança não era sua, pois respeitava sua noiva, planejou separar-se de Maria
de acordo com a lei, mas temeu pela segurança e sofrimento dela e do bebê. José
sabia que mulheres acusadas de adultério poderiam ser apedrejadas até a morte.
Então, decidiu deixá-la silenciosamente para não expor Maria a vergonha ou
crueldade (Mt 1, 19-25).
José foi um homem de fé, obediente a tudo o que
Deus pedisse a ele. Quando o Anjo apareceu a José em um sonho e contou-lhe a
verdade sobre a criança que Maria estava carregando, José imediatamente e sem
questionar ou preocupar-se com o que poderiam dizer, tomou-a como esposa.
Cita o Evangelho de Lucas que, tendo se completado
o tempo para Jesus nascer, surgiu um decreto que todos deveriam se recensear na
cidade de origem. Sendo José da casa de Davi, foi com Maria para Belém,
nascendo lá o Salvador. Quando o Anjo de Deus reapareceu para lhe dizer que sua
família estava em perigo, ele imediatamente deixou tudo o que possuía, todos os
seus parentes e amigos, e fugiu para um país estranho, desconhecido, com sua
jovem esposa e o bebê. Ele aguardou no Egito sem questionar até que o Anjo
disse a ele que era seguro retornar (Mt 2, 13-23).
José não era rico: quando levou Jesus ao Templo
para ser circuncidado e Maria para ser purificada, ofereceu o sacrifício de um
par de rolas ou dois pombinhos, o que era permitido apenas àqueles que não
tinham condições de comprar um cordeiro (Lc 2, 24 . José amava Jesus. Sua única
preocupação era a segurança desta criança confiada a ele. Ele não apenas deixou
seu lar para proteger Jesus, mas na ocasião de seu retorno fixou residência na
obscura cidade de Nazaré sem temer por sua vida. Quando Jesus ficou no Templo,
José, junto com Maria, procurou por Ele com grande ansiedade, por três dias (Lc
2, 48). José tratava a Jesus como seu próprio filho, tanto que as pessoas de
Nazaré constantemente repetiam com relação a Jesus, "Não é este o filho de
José?" (Lc 4, 22) Pelo fato das Escrituras não citarem José nos fatos da
vida pública de Jesus, em sua morte e ressurreição, muitos historiadores
acreditam que provavelmente deve ter morrido antes que Jesus iniciasse seu ministério".
Tiago, irmão de Jesus: Os irmãos de Jesus são
mencionados em Mt 12,46, Mc 3, 31; Lc 8, 19; Jo 2, 12; At 1, 14; 1Cor 9, 5 e Gl
1, 19. São mencionados quatro: Tiago, José, Simão e Judas (Mt 13, 55 e Mc 6,
13).
A Igreja, em todos os Concílios, reafirmou a
Virgindade de Maria antes e depois do parto, descartando a possibilidade de que
estes fossem também seus filhos. Alguns Santos Padres inicialmente sustentaram
a possibilidade de serem filhos do viúvo José, vindos de um casamento anterior.
Esta possibilidade logo foi refutada uma vez que carecia de fundamentos.
Aprofundando a exegese Bíblica, os estudiosos
encontram a resposta: o termo "irmão" na língua hebraica e aramaica,
as línguas que Jesus falava e a língua usada para escrever alguns textos
sagrados do Novo Testamento, designa todos os que pertencem a mesma tribo ou
clã. Tiago e José, por exemplo, são filhos de Alfeu (Mt 10, 3) com outra mulher
também chamada Maria, pertencente a mesma tribo de Israel . Doze eram as tribos
e os membros de cada uma delas se chamavam entre si "irmãos".
Outro reforço encontrado nos Evangelhos que
descarta a possibilidade de Maria ter mais filhos é a seguinte questão: se
Jesus tivesse de fato outros irmãos, filhos de Maria, por que entregaria sua
Mãe aos cuidados de João quando estava suspenso à Cruz? Nada, nas Sagradas
Escrituras, contradiz o dogma da Virgindade de Maria.
Davi, Profeta e Rei: No Novo Testamento, Davi é
mencionado geralmente nas expressões "Filho de Davi" ou "Semente
de Davi", ditas a Jesus ou sobre Jesus. A referência de São Paulo à
descendência davídica de Jesus (Rm1, 3; 2Tm 2, 8) evidencia que a descendência
real era um elemento fundamental do caráter messiânico de Jesus, na visão da
Igreja primitiva. Nos Evangelhos o título aparece aplicado a Jesus pelas
pessoas que a Ele recorriam para serem curadas ou quando, entrando na cidade de
Jerusalém montado sobre um jumentinho, era aclamado com: "Hosanas ao filho
de Davi" (Mt 21, 9-15).
Este título reforçava a hipótese de que de fato o
Messias estava entre eles, pois os judeus acreditavam que, da família de Davi,
nasceria o Salvador, o Ungido, para salvar Israel.
(1)
"Tal promessa foi dada ao rei Davi, de que o Messias deveria ser um dos
seus descendentes, como o Rei eterno, aquele de quem Deus disse: 'eu
estabelecerei para sempre o trono do seu reino'" (IISm 7, 13). E, em
Isaias, "então brotará um rebento do tronco de Jessé (que é o pai do rei
Davi), e das suas raízes um renovo frutificará" (Is 11, 1).
Este é mais um título do Messias, e indica que,
ainda que a árvore da família de Jessé fosse cortada, um Renovo surgiria das
raízes. Evidentemente, o último.
"Messias" significa "Ungido",
nome dado ao Libertador prometido que viria algum dia ao povo de Israel como
seu grande Salvador, Redentor, "Ungido" como Profeta, Sacerdote e Rei
da parte de Deus.
"Cristo" é o equivalente em grego da
palavra "Messias". Assim, o nome Jesus Cristo significa "Jesus,
o Messias" ou "Jesus, o Ungido".
Esta pregação foi feita com tamanha convicção e
poder que não só muitos judeus, mas, mais tarde, um número ainda maior de
gentios (não-judeus),veio a crer em Jesus como o Cristo, Senhor e Salvador de
todos os homens".
Fontes:
MACKENZIE, John L. Dicionário
Bíblico. São Paulo: Ed. Paulinas, 1983
MORRIS, Henry; CLARK, Martin. The Bible Has the Answer (A
Bíblia Tem a Resposta), Master Books, 1987.
Trad. Avelar Guedes Junior,
provido por Eden Communications, com permissão de Master Books.
Folheto
Dominical da Igreja Anunciação da Mãe de Deus
Responsável
Reverendo Ecônomo Padre Emanuel Sofoulis
Editoração e Diagramação
Antonio José
Atualização da Página na
internet
Jean Stylianoudakis
Solicite o envio do Boletim Mensagens Cristão-Ortodoxas por e-mail.
Apoio
- Rodrigo Marques – Membro do Coro da Igreja
- Alessandra Sofia Kiametis Wernik – Membro do Coro da Igreja
- Folheto da Comunidade Ortodoxa de São Pedro e São Paulo
Pavuna – Rio de Janeiro – RJ – Brasil
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Liturgia Dominical das 10h30 às 12h
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