APRESENTAÇÃO DO SENHOR NO TEMPLO
Η Υπαπαντή του Κυρίου και Θεού και Σωτήρος ημών Ιησού Χριστού
(MATINAS: Lc. 2, 25-32 | LITURGIA: Hb. 7, 7-17 e Lc. 2, 22-40)*
(MATINAS: Lc. 2, 25-32 | LITURGIA: Hb. 7, 7-17 e Lc. 2, 22-40)*
A Igreja comemora hoje
uma das 12 grandes festas da Ortodoxia: a Apresentação de Nosso Senhor Deus e
Salvador Jesus Cristo no Templo. Outro nome dado à festa é “O Encontro de Nosso Senhor” (gr. Υπαπαντή): o encontro do
ancião Simeão com o Messias. Com esta festa, a Igreja conclui a observância dos
preceitos da Natividade de Cristo, período iniciado em 15 de novembro.
Essa
antiga tradição de apresentar as crianças no templo continua viva na Igreja
Ortodoxa. Cerca de 40 dias após o nascimento, o bebê acompanhado de sua mãe são
trazidos à Igreja. O sacerdote, imitando o ancião Simeão, adentra a Igreja com a
criança, fazendo o sinal da cruz com ela em seus braços. Sendo um menino, ele é
trazido para o Altar, na esperança de que, em algum dia, venha a servir Cristo
como sacerdote.
Sendo uma menina, ela é levada somente até a entrada da Porta Régia, pois as mulheres não podem servir como sacerdotes na Igreja Ortodoxa. Este ofício, que consiste em orações de ação de graças pela saúde da mãe e do bebê, termina com a antiga e bela oração do ancião Simeão:
Sendo uma menina, ela é levada somente até a entrada da Porta Régia, pois as mulheres não podem servir como sacerdotes na Igreja Ortodoxa. Este ofício, que consiste em orações de ação de graças pela saúde da mãe e do bebê, termina com a antiga e bela oração do ancião Simeão:
“Agora, Senhor, já podes deixar Teu servo ir em paz, segundo a Tua
palavra. Porque meus olhos viram a salvação que preparaste diante de todos os
povos: a luz para iluminação das nações e para glória de Teu povo, Israel”
(Lc. 2, 29-32).
Baseando-se
nessa passagem, S. Máximo o Confessor afirma: “Nosso Senhor é verdadeiramente a luz das nações (cf. Is. 49:6; Lc.
2:32). Através do verdadeiro conhecimento Ele abre nossos olhos, fechados pela
escuridão da ignorância. Além disso, através de Suas divinas práticas, Ele se
fez um nobre exemplo de virtude para os fiéis, tornando-se um modelo e padrão a
ser seguido. Ao admirá-Lo como o autor da nossa salvação, podemos alcançar a
vida virtuosa, bastando imitá-Lo, tanto quanto possível.” (Textos sobre
teologia... In: Philokalia, V. III,
p. 274).
Nossa
fé em Deus é baseada no fato de que o Senhor se revelou; e hoje comemoramos a primeira
revelação pública do Messias, enviado pelo Pai para a salvação da humanidade.
Ora,
vivendo dentro da Tradição da Igreja, podemos afirmar que conhecemos Deus e que
aqui na Divina Liturgia O encontramos presente, assim como na Igreja Ortodoxa,
como um todo. Nós O conhecemos porque Ele nos alimenta com o seu Corpo e Sangue
e nos concede a graça da vida eterna.
Se
desde nossa apresentação no Templo seguimos os passos do Senhor e guardamos
Seus mandamentos, seremos tocados pelas virtudes e venceremos todo o mal. Enfim,
a morte, que é o fim de nossa vida carnal, não será nossa destruição, mas sim
uma passagem para a plenitude de nossa vida em Deus, pois esta vida terrena é
apenas o prefácio do livro da nossa vida.
O primeiro capítulo começa no céu!
* S.K.
PENSAMENTO
Sobre o conhecimento espiritual.
In: Philokalia. V. I, p. 253.
In: Philokalia. V. I, p. 253.
Tom da semana: 7º Tom / Grave
(Ἦχος βαρύς – Ἑωθινόν: Ὄρθρου)
(Ἦχος βαρύς – Ἑωθινόν: Ὄρθρου)
† MATINAS
EVANGELHO SEGUNDO SÃO LUCAS
Apresentação no Templo
(Lc. 2, 25-32)
(Lc. 2, 25-32)
Naquele tempo, havia em Jerusalém um homem chamado Simeão. Justo e piedoso, ele esperava a consolação de Israel, e o Espírito Santo estava com ele. Pelo Espírito Santo lhe fora revelado que não morreria sem primeiro ver o Cristo do Senhor. Movido pelo Espírito, veio ao Templo. E quando os pais levaram o Menino Jesus ao Templo, a fim de cumprirem a respeito dele o que estava escrito na Lei, tomou-O em seus braços e louvou a Deus dizendo: “Agora, Senhor, já podes deixar teu servo ir em paz, segundo a tua palavra. Porque meus olhos viram a salvação que preparaste diante de todos os povos: a luz para iluminação das nações e para glória de teu povo, Israel”.
Χαῖρε κεχαριτωμένη Θεοτόκε Παρθένε, ἐκ σοῦ γὰρ ἀνέτειλεν ὁ Ἥλιος τῆς δικαιοσύνης, Χριστὸς ὁ Θεὸς ἡμῶν, φωτίζων τοὺς ἐν σκότει. Εὐφραίνου καὶ σὺ Πρεσβύτα δίκαιε, δεξάμενος ἐν ἀγκάλαις τὸν ἐλευθερωτὴν τῶν ψυχῶν ἡμῶν, χαριζόμενος ἡμῖν καὶ τὴν Ἀνάστασιν.
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Salve, ó Virgem Mãe de Deus, cheia de graça! Pois de ti resplandeceu o Sol da Justiça, Cristo nosso Deus, iluminando os que estão nas trevas. Alegra-te, ó justo ancião, carregando em teus braços o libertador de nossas almas, Ele que nos concede a ressurreição!
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Condákion da Apresentação do Senhor (1º Tom)
Ὁ μήτραν παρθενικὴν ἁγιάσας τῶ τόκω σου, καὶ χείρας τοῦ Συμεὼν εὐλογήσας ὡς ἔπρεπε, προφθάσας καὶ νὺν ἔσωσας ἡμᾶς Χριστὲ ὁ Θεός. Ἀλλ' εἰρήνευσον ἐν πολέμοις τὸ πολίτευμα, καὶ κραταίωσον Βασιλεῖς οὓς ἠγάπησας, ὁ μόνος φιλάνθρωπος.
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Por teu nascimento, ó Cristo Deus, o seio virginal santificaste, e as mãos do justo Simeão, como convinha, abençoaste, e a nós, agora, vieste e salvaste. Concede a paz ao teu povo e fortalece os governantes fiéis, tu que és o Único Misericordioso.
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EPÍSTOLA DE SÃO PAULO AOS HEBREUS
Cristo, Sacerdote segundo a ordem de Melquisedec, superior a Abraão e Aarão
(Hb. 7, 7-17)
(Hb. 7, 7-17)
Irmãos, é indiscutível: é o inferior que recebe a bênção do superior. Além do mais, aqui os levitas, que recebem o dízimo, são homens mortais. Lá, porém, se trata de alguém do qual se atesta que vive. Por fim também Levi, que recebe os dízimos, pagou, por assim dizer, na pessoa de Abraão. Pois ele já estava em germe no íntimo de Abraão, quando aconteceu o encontro com Melquisedec. Se a consumação tivesse sido realizada pelo sacerdócio levítico (pois sob ele o povo recebeu a Lei), que necessidade havia ainda de outro sacerdote segundo a ordem de Melquisedec e não segundo a ordem de Aarão? Pois, transferido o sacerdócio, forçoso é que se faça também a mudança da Lei.
Pois bem: aquele a quem se aplicam estas palavras, é de outra tribo, da qual ninguém se consagrou ao serviço do altar. Pois é notório que Nosso Senhor nasceu de Judá, a cuja tribo Moisés nada disse a respeito do sacerdócio. Isto se torna ainda mais evidente, se à semelhança de Melquisedec se levanta outro sacerdote, instituído não segundo a norma de uma lei que se baseia na carne, mas segundo a força de vida indestrutível. Pois dele se dá este testemunho: Tu és sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedec.
Pois bem: aquele a quem se aplicam estas palavras, é de outra tribo, da qual ninguém se consagrou ao serviço do altar. Pois é notório que Nosso Senhor nasceu de Judá, a cuja tribo Moisés nada disse a respeito do sacerdócio. Isto se torna ainda mais evidente, se à semelhança de Melquisedec se levanta outro sacerdote, instituído não segundo a norma de uma lei que se baseia na carne, mas segundo a força de vida indestrutível. Pois dele se dá este testemunho: Tu és sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedec.
EVANGELHO SEGUNDO SÃO LUCAS
Apresentação no Templo
(Lc. 2, 22-40)
(Lc. 2, 22-40)
Havia em Jerusalém um homem chamado Simeão. Justo e piedoso, ele esperava a consolação de Israel, e o Espírito Santo estava com ele. Pelo Espírito Santo lhe fora revelado que não morreria sem primeiro ver o Cristo do Senhor. Movido pelo Espírito, veio ao Templo. E quando os pais levaram o Menino Jesus ao Templo, a fim de cumprirem a respeito dele o que estava escrito na Lei, tomou-O em seus braços e louvou a Deus dizendo: “Agora, Senhor, já podes deixar teu servo ir em paz, segundo a tua palavra. Porque meus olhos viram a salvação que preparaste diante de todos os povos: a luz para iluminação das nações e para glória de teu povo, Israel”.
O pai e a mãe do Menino estavam maravilhados com o que se dizia Dele. Simeão os abençoou e disse a Maria, sua mãe: “Este Menino está destinado a ser ocasião de queda e elevação de muitos em Israel e sinal de contradição. Quanto a ti, uma espada atravessará tua alma! Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações”.
Havia também uma profetisa, Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser, de idade muito avançada. Casada ainda bem jovem, viveu sete anos com o marido, quando enviuvou, permanecendo assim até os oitenta e quatro anos. Não se afastava do Templo, servindo a Deus dia e noite, com jejuns e orações. Chegando naquela mesma hora, louvava também ela a Deus e falava do Menino a todos que esperavam a libertação de Jerusalém.
Depois de cumprirem todas as coisas, segundo a Lei do Senhor, voltaram à Galileia, para Nazaré, sua cidade. O Menino crescia e se fortalecia, cheio de sabedoria, e a graça de Deus estava com Ele.
* Leituras conforme o Typikon do Patriarcado Ecumênico (Τυπικὸν τῆς Μεγάλης τοῦ Χριστοῦ ᾽Εκκλησίας): Typikon 2-fev-2014.
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