Estimados filhos em Cristo,
A titulo
catequético apresento algumas questões referentes a nossa Igreja e a
Igreja Católica Romana, especialmente quanto a aspéctos históricos,
liturgicos e teológicos sobre as duas denominações. Embora o que nos
aproxima seja mais do que o que nos separa entendo de bom tom termos
alguma claresa quanto aspectos particulares de cada uma delas.
O
sacerdote (padre) da Igreja Ortodoxa, assim como na Igreja Católica
Romana, é revestido do 2º grau da ordem para poder celebrar os divinos
mistérios ou, como chamamos, a Divina Liturgia (Missa). O sacerdote é o
ministro da Eucaristia por excelência.
Podemos encontrar
inumeras publicações que apontam as peculiaridades da igreja latina
(Católica Romana) e da igreja ortodoxa. Alguns links para pesquisa são:
Vale ressaltar que, até o grande cisma de 1054, quando houve a
separação Ocidente-Oriente, éramos uma só Igreja, os mesmos sacramentos,
os mesmos concílios ecumênicos, a mesma fé. As Igrejas Ortodoxas
conservam-se todas fiéis ao que receberam dos santos Apóstolos, sem
nenhuma alteração na fé herdada dos santos Padres da Igreja. A igreja de
Roma introduziu inovações que nos são estranhas, como: a
obrigatoriedade do celibato; a eucaristia numa única espécie e pão não
fermentado; a infalibilidade papal; a pretensão de submeter as demais
igrejas ao Bispo de Roma; os dogmas da Imaculada Conceição; Purgatório
etc e etc resultando em um distanciamento ainda maior.
Entretanto, os esforços dos últimos Patriarcas Ecumênicos e dos Papas de
Roma, e de tantos outros líderes das igrejas Ortodoxas e Católica,
abriram canais importantes de diálogo em vários âmbitos e já há algum
tempo sentimos que tem havido uma positiva reaproximação e se conserva
uma santa vontade de unidade de ambos os lados. Na seção Diálogo
Ecumênico do site Ecclesia pode-se pesquisar sobre a história e grande
avanço desta reaproximação.
Em síntese, ainda que nos
respeitemos uns aos outros, a verdade é que católicos romanos e
ortodoxos não vivem ainda a plena comunhão desejada por todos nós. Sendo
assim, somente em casos excepcionais, e com autorização das autoridades
eclesiásticas próprias, é concedido a um católico-romano comungar em
uma Igreja Ortodoxa e vice-versa. Isso não significa que não
reconheçamos a Eucaristia na Igreja Católica. Mesmo assim, não há nenhum
impedimento de um católico-romano assistir a Divina Liturgia Ortodoxa
quando desejar, e sempre serão, os que assim fizerem, muito bem-vindos.
Em XC,
Ecônomo Padre Emanuel Sofoulis.
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