07 fevereiro 2015

Ortodoxia


Estimados filhos em Cristo,

A titulo catequético apresento algumas questões referentes a nossa Igreja e a Igreja Católica Romana, especialmente quanto a aspéctos históricos, liturgicos e teológicos sobre as duas denominações. Embora o que nos aproxima seja mais do que o que nos separa entendo de bom tom termos alguma claresa quanto aspectos particulares de cada uma delas.
O sacerdote (padre) da Igreja Ortodoxa, assim como na Igreja Católica Romana, é revestido do 2º grau da ordem para poder celebrar os divinos mistérios ou, como chamamos, a Divina Liturgia (Missa). O sacerdote é o ministro da Eucaristia por excelência.

Podemos encontrar inumeras publicações que apontam as peculiaridades da igreja latina (Católica Romana) e da igreja ortodoxa. Alguns links para pesquisa são:





Vale ressaltar que, até o grande cisma de 1054, quando houve a separação Ocidente-Oriente, éramos uma só Igreja, os mesmos sacramentos, os mesmos concílios ecumênicos, a mesma fé. As Igrejas Ortodoxas conservam-se todas fiéis ao que receberam dos santos Apóstolos, sem nenhuma alteração na fé herdada dos santos Padres da Igreja. A igreja de Roma introduziu inovações que nos são estranhas, como: a obrigatoriedade do celibato; a eucaristia numa única espécie e pão não fermentado; a infalibilidade papal; a pretensão de submeter as demais igrejas ao Bispo de Roma; os dogmas da Imaculada Conceição; Purgatório etc e etc resultando em um distanciamento ainda maior.

Entretanto, os esforços dos últimos Patriarcas Ecumênicos e dos Papas de Roma, e de tantos outros líderes das igrejas Ortodoxas e Católica, abriram canais importantes de diálogo em vários âmbitos e já há algum tempo sentimos que tem havido uma positiva reaproximação e se conserva uma santa vontade de unidade de ambos os lados. Na seção Diálogo Ecumênico do site Ecclesia pode-se pesquisar sobre a história e grande avanço desta reaproximação.

Em síntese, ainda que nos respeitemos uns aos outros, a verdade é que católicos romanos e ortodoxos não vivem ainda a plena comunhão desejada por todos nós. Sendo assim, somente em casos excepcionais, e com autorização das autoridades eclesiásticas próprias, é concedido a um católico-romano comungar em uma Igreja Ortodoxa e vice-versa. Isso não significa que não reconheçamos a Eucaristia na Igreja Católica. Mesmo assim, não há nenhum impedimento de um católico-romano assistir a Divina Liturgia Ortodoxa quando desejar, e sempre serão, os que assim fizerem, muito bem-vindos. 

Em XC,

Ecônomo Padre Emanuel Sofoulis.

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