PATRIARCADO ECUMÊNICO DE
CONSTANTINOPLA
Arquidiocese Ortodoxa Grega
de Buenos Aires e América do Sul
Igreja Anunciação da Mãe
de Deus
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Brasília, 21 de setembro
de 2014
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Domingo após
a Festa da Exaltação da Santa, Venerável e Vivificante Cruz
Matinas
Tropário:
As potestades angélicas apareceram no Teu
venerado Sepulcro, e os guardas ficaram como mortos, e Maria colocou--se junto do
Sepulcro, procurando o Teu puríssimo Corpo. Entretanto, subjugaste o inferno, sem
ser tentado por ele, e encontraste a Virgem, revelando a vida, Senhor, que ressuscitaste
dos mortos, glória a Ti!
Glória ao Pai
+, ao Filho e ao Espírito
Santo,
As potestades angélicas apareceram no Teu
venerado Sepulcro, e os guardas ficaram como mortos, e Maria colocou--se junto do
Sepulcro, procurando o Teu puríssimo Corpo. Entretanto, subjugaste o inferno, sem
ser tentado por ele, e encontraste a Virgem, revelando a vida, Senhor, que ressuscitaste
dos mortos, glória a Ti!
Agora, sempre
e pelos séculos dos séculos. Amém.
Theotokion:
Ó Tu que chamaste Tua Mãe bendita
e voluntariamente assumiste a paixão, brilhaste sobre a cruz para reencontrar Adão,
dizendo aos Teus anjos: alegrai-vos comigo pois encontrei a dracma perdida. Ó
nosso Deus, que com sabedoria ordenaste todas as coisas, glória a Ti.
Katisma:
O sepulcro está aberto, o
inferno se lamenta e Maria exclama aos apóstolos prostrados: "Saí, operários
da vinha, proclamai a nova da ressurreição. O Senhor ressuscitou e deu ao mundo
a grande misericórdia."
Glória ao Pai +, Filho e Espírito Santo.
Ao lado de Teu sepulcro,
Senhor, Maria Madalena chora e se lamenta: Ela Te fala e, pensando que eras o jardineiro,
e diz: "Onde colocaste a vida eterna? Onde colocaste aquele que se assenta
sobre o trono dos querubins?" E quando ela viu os guardas gelados, caírem como
mortos, exclamou: "Dai-me o meu Senhor, ou então clamai comigo: glória a Ti
que desceste até os mortos, glória a Ti que ressuscitaste dos mortos."
Agora, sempre e pelos séculos
dos séculos.
Theotokion:
Ó Mãe de Deus, Gedeão anuncia
tua concepção e profetiza teu parto. Porque o verbo do Pai desceu ao teu seio como
a chuva na lã das ovelhas e tu, ó santa terra, e cheia de graça fizeste germinar
para nós, sem semente, este fruto, a salvação do mundo, o Cristo nosso Deus.
Evangelho Lc 24,1-12
Evangelho de Nosso Senhor Jesus + Cristo,
segundo o Evangelista São Lucas.
No primeiro dia da semana,
muito cedo, dirigiram-se ao sepulcro com os aromas que haviam preparado. Acharam
a pedra removida longe da abertura do sepulcro. Entraram, mas não encontraram o
corpo do Senhor Jesus. Não sabiam elas o que pensar, quando apareceram em frente
delas dois personagens com vestes resplandecentes. Como estivessem amedrontadas
e voltassem o rosto para o chão, disseram-lhes eles: Por que buscais entre os mortos
aquele que está vivo? Não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos de como ele vos
disse, quando ainda estava na Galiléia: O Filho do Homem deve ser entregue nas mãos
dos pecadores e crucificado, mas ressuscitará ao terceiro dia. Então elas se lembraram
das palavras de Jesus. Voltando do sepulcro, contaram tudo isso aos Onze e a todos
os demais. Eram elas Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago; as outras suas
amigas relataram aos apóstolos a mesma coisa. Mas essas notícias pareciam-lhes como
um delírio, e não lhes deram crédito. Contudo, Pedro correu ao sepulcro; inclinando-se
para olhar, viu só os panos de linho na terra. Depois, retirou-se para a sua casa,
admirado do que acontecera.
Divina Liturgia
Tropário da Ressurreição
- 6º tom:
As potestades angélicas apareceram no Teu
venerado Sepulcro, e os guardas ficaram como mortos, e Maria colocou--se junto do
Sepulcro, procurando o Teu puríssimo Corpo. Entretanto, subjugaste o inferno, sem
ser tentado por ele, e encontraste a Virgem, revelando a vida, Senhor, que ressuscitaste
dos mortos, glória a Ti!
Kondakion
– 6º tom:
Glória ao Pai +, ao Filho e ao Espírito Santo.
Levantando com sua vivificante mão todos os
mortos dos vales tenebrosos, Cristo Deus, Doador da vida, quis conceder a Ressurreição
ao gênero humano; pois Ele é o Salvador, a Ressurreição, a Vida e o Deus de todos.
Theotokion
– 6º tom:
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos.
Amém
Clamando com a tua bendita
Mãe, voluntariamente, viste padecer, irradian
do na cruz, desejaste encontrar Adão, dizendo
aos anjos: Alegrem-se comigo, porque foi encontrado o dracma perdido, Deus nosso,
que com sabedoria tudo consolidaste, glória a Ti!
Triságion:
A Tua Cruz +, ó Senhor, prostramo-nos + e a Tua
Santa Ressurreição +, glorificamos. (3 vezes)
Glória ao + PAI, ao
FILHO e ao ESPÍRITO SANTO, agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.
E a Tua Santa Ressurreição, glorificamos.
A Tua Cruz +, ó Senhor, prostramo-nos + e a Tua
Santa Ressurreição +, glorificamos.
Prokimenon:
Salva, Senhor, o teu povo e abençoa a
tua herança. (Sl 28, 9)
Clamo a Ti, Senhor, meu rochedo presta
ouvido aos meus rogos. (Sl 28, 1)
Epístola Gl. 2, 16-2
Leitura da Epistola de São Paulo aos Gálatas.
Irmãos, sabemos
que ninguém se justifica pela prática da lei, mas somente pela fé em Jesus Cristo.
Também nós cremos em Jesus Cristo, e tiramos assim a nossa justificação da fé em
Cristo, e não pela prática da lei. Pois, pela prática da lei, nenhum homem será
justificado. Pois, se nós, que aspiramos à justificação em Cristo, retornamos, todavia,
ao pecado, seria porventura Cristo ministro do pecado? Por certo que não! Se torno
a edificar o que destruí, confesso-me transgressor. Na realidade, pela fé eu morri
para a lei, a fim de viver para Deus. Estou pregado à cruz de Cristo. Eu vivo, mas
já não sou eu; é Cristo que vive em mim. A minha vida presente, na carne, eu a vivo
na fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim.
Aleluia!
Aleluia, aleluia, aleluia!
Quem habita ao abrigo do Altíssimo e vive
à sombra do Senhor Onipotente (Sl 91, 1)
Aleluia, aleluia, aleluia!
Diz ao Senhor, sois meu refúgio e proteção
sois o meu Deus no qual confio inteiramente. (Sl 91, 2).
Aleluia, aleluia, aleluia!
Evangelho Mc. 8, 34-38;
9, 1
Evangelho
de Nosso Senhor Jesus † Cristo, segundo o Evangelista São Marcos
Naquele tempo, convocando
Jesus, a multidão, juntamente com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém me quer
seguir, renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Porque o que quiser salvar
a sua vida, perdê-la-á; mas o que perder a sua vida por amor de mim e do Evangelho,
salvá-la-á. Pois que aproveitará ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder
a sua vida? Ou que dará o homem em troca da sua vida? Porque, se nesta geração adúltera
e pecadora alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do
homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai com os seus santos
anjos. E dizia-lhes: Em verdade vos digo: dos que aqui se acham, alguns há que não
experimentarão a morte, enquanto não virem chegar o Reino de Deus com poder.
Hirmos
Ó Mãe de Deus, tu és o paraíso
místico, pois sem ser cultivada, produziste Cristo, que plantou a árvore da Cruz.
Por isso, agora O adoramos crucificado e a ti exaltamos.
Kinonikon
Gravada está sobre nós, Senhor,
a luz da tua face.
Aleluia, aleluia, aleluia!
Anunciação - Modo 4
É hoje o começo da nossa
salvação e a manifestação do mistério eterno.
O Filho de Deus torna-Se
Filho da Virgem e Gabriel anuncia a graça.
Por isso, cantamos com ele
à Mãe de Deus:
“Salve, ó cheia de graça,
o Senhor está contigo!”.
Sinaxe
A crucifixão era uma
forma de pena oriental que foi introduzida no Ocidente pelos persas. Foi pouco usada
pelos gregos, mas muito utilizada pelos cartagineses e romanos.
Na literatura romana,
a crucifixão é descrita como punição cruel e temida, não sendo aplicada aos cidadãos
romanos, mas apenas aos escravos e aos não-romanos que houvessem cometido crimes
atrozes, como assassinato, furto grave, traição e rebelião. Seguindo a forma romana
de crucifixão Jesus provavelmente carregou somente a parte transversal da cruz,
pois a parte vertical era deixada no local da execução à espera do condenado. Os
braços eram inicialmente amarrados e somente ao chegar no local eram pregados ao
madeiro. Acontecia o mesmo procedimento com as pernas e pés.
A vítima era suspensa
pouco mais de um metro do chão para que as pessoas pudessem dar de beber uma mistura
de água e fel ou vinagre para ser mantida o tempo inteiro consciente, sem haver
possibilidade de desmaios (Mt 27,48). Os romanos crucificavam os criminosos inteiramente
nus e não há motivo para se pensar que tenha sido feita alguma exceção para Jesus.
As vestes do crucificado eram entregues aos soldados para serem divididas. As vestes
de Jesus não foram divididas mas sorteadas pois era de tecido fino e sem costuras.
Tal indumentária e feitio não poderiam ser destruídas, por isso preferiu-se lançar
sorte. (Mt 27,35ss).
Uma inscrição com o
nome do criminoso e a natureza do seu crime era feita sobre uma tabuinha, que o
condenado levava pendurado no pescoço até o local da execução; essa tabuinha foi
afixada acima da cabeça de Jesus na cruz. Por ironia de Pilatos, a inscrição de
Jesus não indicava um crime, mas registrava simplesmente a expressão "rei dos
judeus" (Mt 27,37). A inscrição era feita em três línguas: aramaico, o dialeto
local; o grego, a língua do mundo romano e o latim, a língua oficial da administração
romana.
A morte de Jesus foi
muito rápida. Ele ficou suspenso à cruz algumas horas. Geralmente a morte dos condenados
à cruz se dava depois de alguns dias após pregado. Este foi o caso dos dois ladrões
que ladeavam Jesus: foram- lhe quebradas as pernas para que o fim fosse apressado
pois a Páscoa judaica se aproximava (Jo 19,32ss).
No Novo Testamento,
o simbolismo teológico da Cruz só aparece em uma afirmação do próprio Senhor e nos
escritos de São Paulo. Jesus disse que aqueles que o seguem devem tomar a sua própria
Cruz, perdendo assim a vida, para depois conquistá-la (Mt 10,38). Não se trata apenas
de alusão à sua própria morte, mas também da afirmação de que seu seguimento exige
a negação de si mesmo ( Mc 8,34), o total desprezo pela própria vida, pelo bem-estar,
pelas posses pessoais, a tudo aquilo a que se deve renunciar para seguir Jesus.
Paulo pregava o Cristo
crucificado, embora isto fosse escândalo para os hebreus e loucura para os gentios
(1Cor 1,23). A linguagem da Cruz é absurda para aqueles que, sem ela, se perdem;
entretanto é poder de Deus para aqueles que se salvam. (1Cor 1, 18)
Ao encerrarmos a Festa
da Exaltação da Santa Cruz, cabe-nos dar à Cruz seu devido valor. O sofrimento nos
dá a possibilidade da redenção. Reclamar dele nos atesta que ainda precisamos crescer
espiritualmente.
Mckenzie, John L, Dicionário
Bíblico, Ed Paulinas, 1983
Folheto Dominical da Igreja Anunciação da Mãe de Deus
Responsável
Reverendo Ecônomo Padre Emanuel
Sofoulis
Editoração
e Diagramação
Antonio José
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Apoio
- Rodrigo
Marques – Membro do Coro da nossa Igreja
- Folheto
da Comunidade Ortodoxa de São Pedro e São Paulo
Pavuna – Rio
de Janeiro – RJ – Brasil
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