PATRIARCADO ECUMÊNICO DE CONSTANTINOPLA
Arquidiocese Ortodoxa
Grega de Buenos Aires e América do Sul
Igreja Anunciação da Mãe de Deus
SGAN - Quadra 910
- Módulo ‘’B’’ - CEP: 70.790-100 - Brasília-DF
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Brasília, 21 de agosto
de 2016.
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«9º Domingo de Mateus»
(9º depois de Pentecostes – Modo Plagal)
Memória de São Tadeu, apóstolo dos 70 (séc. I).
MATINAS
Tropário – Modo
Plagal 4 - (8º tom):
Desceste das alturas, ó misericordioso, e
aceitaste o sepultamento durante três dias, para nos livrar das paixões.
Senhor, És nossa vida e nossa ressurreição, glória a Ti.
Glória ao Pai †, ao Filho e ao Espírito
Santo,
Desceste das alturas, ó misericordioso, e
aceitaste o sepultamento durante três dias, para nos livrar das paixões.
Senhor, És nossa vida e nossa ressurreição, glória a Ti.
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos.
Amém.
Theotokion:
Tu, que por nossa salvação, nasceste de
uma virgem e padeceste a crucificação, ó boníssimo por Tua morte, despojaste a
morte, Tu que é Deus, nos revelaste a ressurreição, não desprezes aqueles que a
Tua mão criou. Manifesta a Tua misericórdia, ó amigo do homem; aceita as preces
daqueles que deste a Luz e salva os desesperados, ó nosso Salvador.
Katisma – Modo
Plagal 4 - (8º tom):
1ª Katisma:
Oh Vida de todos! Ressuscitaste dentre os
mortos. O Anjo resplandecente se dirigiu às mulheres, dizendo: “Deixai de
chorar e anunciai aos Apóstolos louvando e proclamando que ressuscitou Cristo,
o Senhor, que se alegrou como Deus em salvar o gênero humano!”
Glória ao Pai †, ao Filho e ao Espírito
Santo.
Verdadeiramente ressuscitou do sepulcro e ordenaste
as piedosas mulheres que anunciassem aos Apóstolos a Ressurreição, como está
escrito. Pedro correu ao sepulcro e ao ver a Luz na tumba, se estremeceu e viu
o sudário, o qual era impossível que vê-lo na obscuridade. Creu e correu
exclamando: “Glória a Ti, Cristo Deus Salvador nosso, porque nos salvou, sendo
Tu em verdade o reflexo do Pai!”
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos.
Amém.
Theotokion:
Louvemos a quem é a Arca e a Porta
celestial; a Montanha Santíssima e a Nuvem luminosa; a escada celeste e o
Paraiso falante; a Salvadora de Eva e Mulher única do universo; porque por seu
meio se chegou a cabo a salvação de todo mundo dos pecados de outrora. Por isso
nos dirigimos a ela rogando-lhe: Intercede ante teu filho e teu Deus, para que
nos conceda o perdão dos pecados nossos que nos prosternamos com boa fé ante
teu Santíssimo parto.
2ª Katisma:
Oh Salvador, os homens selaram Teu
sepulcro e o anjo retirou a pedra da porta da tumba; as mulheres viram tua
ressureição dentre os mortos evangelizando a Teus discípulos em Sión, oh Vida
de todos, e desataste as cadeias da morte, Senhor Glória a ti.
Glória ao Pai †, ao Filho e ao Espirito
Santo.
Quando as mulheres chegaram ao sepulcro
com os aromas do enterro, escutaram desde o sepulcro uma voz angelical que
dizia: Deixai as lágrimas e recebei a alegria em vez de tristeza clamando e
bradando que Cristo é Senhor ressuscitado e se alegrou como Deus em salvar o
gênero humano!
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos.
Amém!
Theotokion:
Oh cheia de graça, todo universo se alegra
em ti, os coros angelicais e o gênero humano, oh Templo Santíssimo e Paraíso
falante; Orgulho da Virgindade que de ti foi engendrado o Deus, que se fez
menino e é nosso Deus antes dos séculos. Ele fez de seu seio trono, e tornou teu
ventre mais amplo que os céus. Por isso, cheia de graça, todas as gerações
contigo se alegram e te glorificam.
Ypakoí – Modo
Plagal 4 - (8º tom):
Obediência:
As Mirróforas chegaram ao sepulcro do
Doador da Vida buscando o Imortal entre os mortos. Receberam o anuncio do Anjo,
e anunciaram aos Apóstolos que o Senhor Havia ressuscitado dando ao mundo a
grande misericórdia.
Anabtmo:
1ª Antífona:
Desde a minha juventude o inimigo me está
provando e com seus atrativos me está queimando; porém eu, apoiado em Ti o
vencerei.
Os que odeiam a Sion será como o pasto
antes de ser seco, porque Cristo com a foice do sofrimento cortará seus
pescoços.
Glória ao Pai †, ao Filho e ao Espírito
Santo, agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.
Pelo Espírito
Santo todos vivem. Ele é Luz de Luz, Grande Deus; por isso o louvamos com o Pai
e o Verbo.
2ª Antífona:
Que se cubra
meu coração humilde com teu temor, para que não ensoberbeça e depois lhe
humildes, oh Todo Piedoso.
Quem se apoia
no Senhor não terá temor quando Ele julgar a todos com o fogo dos sofrimentos.
Glória ao Pai †,
ao Filho e ao Espírito Santo, agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.
Pelo Espírito
Santo, tudo é divinizado vê e fala do futuro e faz milagres celestiais, porque
canta a um só Deus, Trino e Uno, pois a Divindade sendo Três Luzes está
unificada em um só Senhorio.
Prokimenon:
O Senhor vosso
Deus, reinará para sempre, ó Sião, de geração em geração. (2 vezes).
Stichos:
Ó minha alma,
louvai o Senhor.
O Senhor vosso
Deus, reinará para sempre, ó Sião, de geração em geração.
Kondakion
– Modo 4 Plagal-(8º tom):
Tu Te elevaste
do túmulo e ressuscitaste dos mortos, elevaste Adão, Eva se rejubila em Tua
ressurreição e as extremidades do mundo celebram teu despertar de entre os
mortos, ó misericordiosissimo.
Ikós:
Despojaste os palácios dos infernos e
ressuscitaste dos mortos, ó pacientíssimo,
vieste ao encontro das Mirróforas e em lugar, da tristeza lhes trouxeste a
alegria.
Aos apóstolos
manifestaste os sinais de tua vitória, ó meu Salvador, que dás a vida, e
iluminaste a criação, ó amigo do homem.
Eis porque o
universo se rejubila pelo teu despertar de entre os mortos, ó
misericordiosíssimo.
Evangelho: Jo 20,19-31
Evangelho
de Nosso Senhor Jesus † Cristo, segundo o Evangelista São João:
Na tarde do mesmo dia, que era o primeiro da semana, os
discípulos tinham fechado as portas do lugar onde se achavam, por medo dos
judeus. Jesus veio e pôs-se no meio deles. Disse-lhes ele: A paz esteja
convosco! Dito isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos alegraram-se
ao ver o Senhor. Disse-lhes outra vez: A paz esteja convosco! Como o Pai me
enviou, assim também eu vos envio a vós. Depois dessas palavras, soprou sobre
eles dizendo-lhes: Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os
pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão
retidos. Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio
Jesus. Os outros discípulos disseram-lhe: Vimos o Senhor. Mas ele
replicou-lhes: Se não vir nas suas mãos o sinal dos pregos, e não puser o meu
dedo no lugar dos pregos, e não introduzir a minha mão no seu lado, não
acreditarei! Oito dias depois, estavam os seus discípulos outra vez no mesmo
lugar e Tomé com eles. Estando trancadas as portas, veio Jesus, pôs-se no meio
deles e disse: A paz esteja convosco! Depois disse a Tomé: Introduz aqui o teu
dedo, e vê as minhas mãos. Põe a tua mão no meu lado. Não sejas incrédulo, mas
homem de fé. Respondeu-lhe Tomé: Meu Senhor e meu Deus! Disse-lhe Jesus: Creste,
porque me viste. Felizes aqueles que creem sem ter visto! Fez Jesus, na
presença dos seus discípulos, ainda muitos outros milagres que não estão
escritos neste livro. Mas estes foram escritos, para que creiais que Jesus é o
Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida em seu nome aos
discípulos que vira o Senhor, e que ele lhe dissera isto.
Exapostilário –
9º:
Oh Senhor quando entraste estando as
portas fechadas, enchestes os apóstolos de Teu santíssimo Espirito soprando
sobre eles e dando-lhes a paz disseste, “Atai e desatai”. E depois de oito dias
à Tomé mostraste tuas mãos e teu lado. Nós junto com ele exclamamos: “Meu
Senhor e meu Deus”.
Theotokion – 9º:
Oh Virgem Santíssima e noiva de Deus, ao
ver teu filho ressuscitado do sepulcro no terceiro dia, desejaste a pena que
passaste como Mãe quando o viste sobre; e quando te encheste de alegria, e
glorificaste com os Discípulos com louvores. Salva, oh Virgem, aos que te
chamam Mãe de Deus.
Laudes - Modo
Plagal 4 - (8º tom):
Tudo
que respira louve ao Senhor! Louvai o Senhor do Céu, louvai-o, todos os seus
anjos; louvai-o todos os seus exércitos! A ti pertence l louvor o Deus!
1
– Esta glória será para todos os Justos.
Senhor,
Tu que te submeteste ao juízo, para ser julgado por Pilatos, não deixaste o
Trono donde estás sentado junto ao Pai, ressuscitaste dentre os mortos livrando
o mundo da escravidão, porque és Piedoso e Amante da humanidade.
2
– Louvai a Deus em seu santuário, louvai na magnificência de seu firmamento!
Senhor,
se os judeus te puseram no sepulcro com morto, os saldados te fizeram guarda
como um rei adormecido. Como a um tesouro de vida te selaram; porem
ressuscitaste dando a imortalidade à nossas almas.
3
– Louvai por suas proezas, louvai conforme Sua imensa grandeza!
Senhor,
nos deste Tua Cruz como arma contra o inimigo, que se atemoriza e treme diante
dela não podendo resistir frente sua força, porque ressuscitou os mortos
acabando com a morte. Por isso nos prosternamos ante Tua Sepultura e
Ressureição.
4
– Louvai ao som da trombeta, louvai com saltério e a harpa!
Senhor,
o Anjo que clamou em Tua ressurreição aos guardiões atemorizou, e as mulheres
lhes disse: “Porque buscais ao vivo entre os mortos? Ressuscitou com Deus dando
a Vida ao mundo.”
5
– Louvai com pandeiro e a dança; louvai com cordas e flautas!
Sofreste
sobre a Cruz, oh impassível em Tua divindade, e aceitaste a sepultura de três
dias para livrar-nos da escravidão do inimigo, e dando-nos a Vida com Tua
Ressureição, oh Cristo amante da humanidade.
6
– Louvai com címbalos retumbantes; louvai com címbalos de júbilo. Tudo que
respira louve ao Senhor!
Oh
Cristo, me prosterno ante Tua Ressureição do sepulcro glorificando e louvando;
e com a qual nos libertaste das cadeias do Hades, pois como Deus concedeste ao
mundo a Vida Eterna e a grande misericórdia.
7
– Levanta-Te, Senhor meu e Deus meu, que tua mão se levante e não te esqueças
para sempre de Teus pobres.
Os
transgressores da lei vigiaram Teu sepulcro que continha a vida, junto com os
guardas que o selaram. Porém com Tu és um Deus imortal ressuscitaste Onipotente
ao terceiro dia.
8
– Te confesso, Senhor, como todo meu coração e proclamo todos teus milagres.
Senhor,
quando transpassaste as portas do Hades, as destruíste, e o cativo exclamou
dizendo: “Quem é este que não se julga debaixo da terra, senão aquele que
transformou o cárcere da morte em uma tenda? Este que recebeu morto e
atemorizou como Deus?” Oh Salvador Todo-poderoso, tem piedade de nós.
Eothinon – 9º:
Glória ao Pai †, ao Filho e ao Espírito
Santo.
Ó Jesus, numa santa época e na véspera de
um sábado, levantaste entre os teus amados, a expectativa da concretização de
tua grande surpresa, isto é, a Tua ressurreição dentre os mortos e a Tua
entrada num recinto com as portas fechadas. Ao fazer isso encheste os Teus
discípulos de alegria, lhe concedeste e deste-lhes autoridades para perdoar os
pecados. E a Tomé, não o deixastes mergulhar no abismo da descrença. Por isso
nós Te suplicamos, concede-nos o dom de conhecer a verdade, a justiça e o
perdão das faltas, ó Salvador bondoso e caridoso.
Theotokion:
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos.
Amém.
Bendita e venerável és Tu, ó Mãe de Deus,
em cujo seio se encarnou Aquele que visitou o inferno, libertando Adão e Eva da
maldição, destruindo a morte e dando a vida a todos nós.
Por isso bendirei o Cristo em qualquer
tempo, e sempre o Seu louvor estará em minha boca (2 vezes).
Apolitikion
(Tropário):
Ó Senhor, ressuscitado do sepulcro,
rompeste os grilhões do inferno, eliminaste o poder da morte, salvando todos
dos laços do inimigo; e quando apareceste a teus discípulos, os enviaste a
evangelizar e, através deles, deste tua paz ao mundo, tu que és o Único
Misericordioso.
Extraído do site ecclesia.com.br
Divina Liturgia
Anunciação
- Modo 4:
É hoje o começo
da nossa salvação e a manifestação do mistério eterno.
O Filho de Deus
torna-Se Filho da Virgem e Gabriel anuncia a graça.
Por isso, cantamos
com ele à Mãe de Deus:
“Salve, ó cheia
de graça, o Senhor está contigo!”
Apolitikion (Tropário da Ressurreição – Modo 4 Plagal- (8º
tom):
Desceste das alturas, ó misericordioso, e
aceitaste o sepultamento durante três dias, para nos livrar das paixões.
Senhor, És nossa vida e nossa ressurreição, glória a Ti.
Kondakion – Modo 4 Plagal - (8º
tom):
Glória ao Pai †, ao Filho e ao Espírito
Santo.
Tendo ressuscitado do túmulo deste a vida
aos mortos e levantaste Adão; Eva se regozija com a tua Ressurreição, e exultam
de alegria os confins da terra, ó Misericordioso!
Theotokion – Modo 4 Plagal - (8º tom):
Agora e sempre e pelos séculos dos
séculos. Amém
Tu, que pela nossa salvação nasceste da
Virgem, sofreste a crucifixão, ó Misericordioso, e com a morte venceste a
morte, como Deus, revelando a Ressurreição; não abandones a nós, criaturas de
tuas mãos!
Mostra a tua bondade pela humanidade, atende as preces da tua Mãe, que roga por nós, ó Misericordioso, e salva, ó Salvador, nosso povo desolado!
Mostra a tua bondade pela humanidade, atende as preces da tua Mãe, que roga por nós, ó Misericordioso, e salva, ó Salvador, nosso povo desolado!
Prokimenon:
Fazei votos ao Senhor nosso Deus e
cumpri-os; todos os que o cercam tragam oferendas.
Deus é conhecido na Judéia, grande é o seu
nome em Israel.
Epístola: 1Cor 3, 9-17
Leitura
da Epístola do Apostolo São Paulo aos Coríntios:
Irmãos,
nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus.
Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o
fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele.
Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é
Jesus Cristo. E, se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata,
pedras preciosas, madeira, feno, palha, A obra de cada um se manifestará; na
verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará
qual seja a obra de cada um. Se a obra que alguém edificou nessa parte
permanecer, esse receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá
detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo. Não sabeis vós que
sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém
destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois
vós, é santo.
Aleluia!
Aleluia, aleluia, aleluia!
Vinde, regozijemo-nos
no Senhor, cantemos as glórias de Deus, nosso Salvador!
Aleluia, aleluia, aleluia!
Apresentamo-nos diante d'Ele com louvor, e
celebremo-lo com salmos!
Aleluia, aleluia, aleluia!
Aleluia, aleluia, aleluia!
Extraído do site ecclesia.com.br
Evangelho: Mt 14, 22-34
Evangelho de Nosso Senhor Jesus † Cristo, segundo o
Evangelista São Mateus:
Naquele tempo, Jesus obrigou seus discípulos a entrar na
barca e a passar antes dele para a outra margem, enquanto ele despedia a
multidão. Feito isso, subiu à montanha para orar na solidão. E, chegando a
noite, estava lá sozinho. Entretanto, já a boa distância da margem, a barca era
agitada pelas ondas, pois o vento era contrário. Pela quarta vigília da noite,
Jesus veio a eles, caminhando sobre o mar. Quando os discípulos o perceberam
caminhando sobre as águas, ficaram com medo: É um fantasma! Disseram eles,
soltando gritos de terror. Mas Jesus logo lhes disse: Tranquilizai-vos, sou eu.
Não tenhais medo! Pedro tomou a palavra e falou: Senhor, se és tu, manda-me ir
sobre as águas até junto de ti! Ele disse-lhe: Vem! Pedro saiu da barca e
caminhava sobre as águas ao encontro de Jesus. Mas, redobrando a violência do
vento, teve medo e, começando a afundar, gritou: Senhor, salva-me! No mesmo
instante, Jesus estendeu-lhe a mão, segurou-o e lhe disse: Homem de pouca fé,
por que duvidaste? Apenas tinham subido para a barca, o vento cessou. Então
aqueles que estavam na barca prostraram-se diante dele e disseram: Tu és
verdadeiramente o Filho de Deus.
Kinonikón:
Louvai o Senhor nos céus,
louvai-O nas alturas!
Aleluia, aleluia,
aleluia!
Extraído do site ecclesia.com.br
SINAXE
Pe. Paulo A. Tamanini
«Coragem! Sou Eu.
Não tenham medo!»
Imaginar a existência do mar com as águas
sempre tranquilas é uma quimera. Faz parte da natureza do mar os momentos de
tranquilidade e serenidade. Nestes casos, suas ondas tocam a costa marítima
como se estivessem acariciando-a delicadamente. Assim, tanto as águas do mar como
as areias da praia coexistem pacificamente, respeitando os limites de espaço
designados pelo Criador. No entanto, este mesmo mar sofre influências dos
ciclos lunares, dos ventos, e reponde a isso de forma própria. Aos nossos olhos
estas manifestações são agressivas, violentas e destrutivas. A afabilidade das
ondas tranquilas que iam ao encontro das costas marítimas com desvelo e
cuidado, transforma-se em algo arrebatador e impetuoso ignorando os limites de
sua abrangência. A força de suas ondas parece expulsar de sua área aquilo que
lhe pareça estranho. Levadas pelas forças do vento, as ondas agitam e engolem o
que está sobre sua superfície.
Pedro e outros discípulos, como exímios
pescadores estavam a par desta realidade. Sabiam da força e do perigo do mar agitado;
sabiam também que as águas têm uma densidade incapaz de suportar o peso de uma
pessoa, a não ser que esteja dentro de uma embarcação. Extrapolando as leis da
física e excedendo o perímetro do usual e costumeiro, os que estavam no barco
se assustaram ao ver que um vulto se aproximava, caminhando sobre as águas. A
perplexidade contagia o ambiente e os tripulantes não sabem o que fazer, resta
uma alternativa: gritar.
O Senhor os acalma dizendo: "sou eu,
não tenham medo!" Essas palavras não só identificam aquele que se
aproximava como também acalmam os discípulos assustados. Ao falar, a voz do
Senhor é reconhecida; sabiam que não se tratava mais de um fantasma ou de um
espírito: era o próprio Filho de Deus manifestando seu poder outra vez.
O poder do Senhor, aliás, tinha sido
manifesto ao entardecer daquele mesmo dia quando multiplicou os pães e peixes e
matou a fome da multidão exausta e faminta que o seguia. Aquele que foi capaz
de multiplicar os pães e peixes, que transformou a fome em saciedade era capaz
de não afundar e andar sobre as águas.
Pedro pede uma prova: "Se és de fato
o Senhor, manda que eu vá ter contigo e ande sobre as águas". Jesus
imediatamente lhe ordena: "Vem!". Sem titubeios Pedro sai do barco e
começa a andar sobre as águas indo ao seu encontro. O que era impossível
torna-se possível graças ao poder de Deus e à obediência à sua palavra. Pedro,
de maneira destemida, abandona sua embarcação e atira-se ao impossível. É a fé
que o impulsionou a obedecer à voz de seu Mestre. A fé fez de Pedro um homem de
coragem. Estava ciente dos perigos do mar agitado, todavia sabia que além das
ondas estava Jesus. Quem tem fé enxerga as ondas revoltas, mas vê além delas o
Salvador. Quem tem fé ouve o zumbido dos ventos, mas escuta a voz mais forte de
Deus dizendo "Vem".
Não basta ter fé. É preciso mantê-la. Por
isso, num instante de dúvida, Pedro se apavora e sucumbe às águas. Pedro não
podia salva-se sozinho, não tinha nem forças para fazê-lo. Pede por socorro
àquele que era o único que podia salvá-lo. Seu grito por socorro, era uma
manifestação e um grito de fé. Jesus era a sua tábua de salvação e se apegou a
ele com toda tenacidade. Prontamente Jesus estende seus braços e acolhe Pedro e
o salva, advertindo-o, porém, que sua fé era pequena, pois teve dúvidas. Onde
há dúvidas há a divisão. Onde há dúvidas a fé não pode existir. Aliás, fé e
dúvida não coexistem. Onde se instala a dúvida o demônio age. Onde se planta a
dúvida colhemos a ausência de Deus. Fé significa certeza. Fé significa
confiança total e irrestrita em Deus. Fé é dom. Há que pedir o dom da fé em
cada oração que fizermos.
Os dois sobem no barco e o mar se acalma.
Onde Deus está a serenidade se torna presente. Ao cair da tarde o Senhor
dominou a fome de muitos, depois dominou o pânico dos discípulos e o medo de
Pedro, agora, domina a força dos ventos e das ondas. O mar e o vento foram
criados por Deus e lhe são submissos. Por isso sua presença bastou para que a
ordem voltasse a reinar sobre a natureza. As coisas que Deus cria não
obstaculizam a relação entre Deus e o homem. O homem, ao explorar
desregradamente a natureza e destruí-la, não tem consciência que ao fazer isto,
está destruindo também um dos meios de se contemplar Deus. A natureza
preservada auxilia o coração do homem a entrar em sintonia com Deus e e nele
encontrar sua paz. A valorização e a preservação da natureza são indispensáveis
para que continuemos a encontrar nela um meio de se chegar a Deus.
Da mesma forma que imaginar um mar sempre
tranquilo é um sonho, querer uma vida sem problemas é uma utopia. Um cristão
não se acovarda diante das dificuldades, mas os enfrenta confiante. Nada pode
abalar uma pessoa cheia de fé pois sabe que Deus está sempre aí para acalmar as
tempestades da vida.
«Por que ter
medo?»
No dia 14 de setembro houve no Monte Athos
um violento tremor de terra. Produziu-se durante a noite, durante a vigília da
festa da Exaltação da Santa Cruz. Eu estava no coro, junto do Prior, e este
último estava mesmo ao lado do sítio onde tinha o hábito de confessar. Um tijolo
soltou-se do teto e caiu naquele lugar, assim como muito estuque. A princípio
assustei-me um pouco mais rapidamente me acalmei e disse ao Prior: "Eis
que o Senhor misericordioso quer que nos arrependamos."
Olhamos para os outros monges, na igreja e
no coro: poucos tiveram medo; cerca de seis homens saíram da igreja, os outros
ficaram nos seus lugares e a vigília continuou de acordo com a ordem habitual e
com tanta tranquilidade como se nada se tivesse passado. E eu pensei:
"Como é abundante nestes monges a graça do Espírito Santo!" Com
efeito, enquanto ocorria um tremor de terra tão violento que todo o imenso
edifício do mosteiro tremia, a cal caía, os lustres, as lâmpadas de azeite e os
candelabros balançavam, que os sinos começaram a tocar no campanário, que até o
sino grande bateu com a violência do abalo, eles, pelo contrário, permaneceram
tranquilos. E eu pensei: "A alma que conheceu o Senhor não teme nada,
exceto o pecado, e sobretudo o pecado do orgulho. Ela sabe que o Senhor nos ama
e, se Ele nos ama, que temos nós a temer?"
S. Siluane (1886-1938)
«Confiança, sou
eu, não temais»
A minha alegria está em Deus
E o meu ardor vai para Ele,
Porque Ele é o meu amparo.
Revelou-se na Sua simplicidade,
E a Sua benevolência apequenou para mim a Sua grandeza.
Fez-se semelhante a mim para que eu O recebesse;
Fez-se semelhante a mim para que eu O possuísse.
Ao vê-Lo, não temi,
Porque Ele é a minha misericórdia.
Tomou a minha natureza para que eu O compreenda,
E o meu rosto, para que não me afaste dEle.
O pai do conhecimento é o Verbo do conhecimento.
Ele, que criou a sabedoria, é mais sábio do que as Suas criaturas.
Ele, que me criou, sabia antes de eu ser
Aquilo que eu faria quando existisse.
E, por isso, apiedou-se na Sua misericórdia,
Permitiu que eu reze
E que partilhe do Seu sacrifício.
E o meu ardor vai para Ele,
Porque Ele é o meu amparo.
Revelou-se na Sua simplicidade,
E a Sua benevolência apequenou para mim a Sua grandeza.
Fez-se semelhante a mim para que eu O recebesse;
Fez-se semelhante a mim para que eu O possuísse.
Ao vê-Lo, não temi,
Porque Ele é a minha misericórdia.
Tomou a minha natureza para que eu O compreenda,
E o meu rosto, para que não me afaste dEle.
O pai do conhecimento é o Verbo do conhecimento.
Ele, que criou a sabedoria, é mais sábio do que as Suas criaturas.
Ele, que me criou, sabia antes de eu ser
Aquilo que eu faria quando existisse.
E, por isso, apiedou-se na Sua misericórdia,
Permitiu que eu reze
E que partilhe do Seu sacrifício.
Sim, Deus é incorruptível.
Ele é a plenitude dos mundos e o seu Pai.
Manifestou-se aos seus,
Para que conheçam Aquele que os criou
E não imaginem a sua origem provindo de si próprios.
Abriu caminho ao conhecimento,
E alargou-o, prolongou-o e conduziu-o à Sua perfeição.
Nele infundiu as marcas da Sua luz,
E os Seus traços, do princípio ao fim,
Pois é a Sua obra.
Ele é a plenitude dos mundos e o seu Pai.
Manifestou-se aos seus,
Para que conheçam Aquele que os criou
E não imaginem a sua origem provindo de si próprios.
Abriu caminho ao conhecimento,
E alargou-o, prolongou-o e conduziu-o à Sua perfeição.
Nele infundiu as marcas da Sua luz,
E os Seus traços, do princípio ao fim,
Pois é a Sua obra.
Pôs no Filho a Sua complacência.
Pela Sua salvação, exercerá a Sua onipotência,
E o Altíssimo será conhecido pelos santos:
Para anunciarem àqueles que cantam a vinda do Senhor,
A fim de que vão ao Seu encontro
E Lhe cantem com alegria.
Pela Sua salvação, exercerá a Sua onipotência,
E o Altíssimo será conhecido pelos santos:
Para anunciarem àqueles que cantam a vinda do Senhor,
A fim de que vão ao Seu encontro
E Lhe cantem com alegria.
São Pedro Crisólogo, bispo de Ravena
(cerca de 406-450) Sermão 50
Extraído do site ecclesia.com.br
15 de Agosto:
Festa da Dormição da Theotokos
«Hoje, a arca santa e viva do Deus vivo, aquela
cujo seio tinha trazido o seu próprio Criador, repousa no templo do Senhor,
templo não construído pela mão do homem. David, seu antepassado e parente de
Deus, dança de alegria (2 Sm 7,14); os anjos dançam em coro, os arcanjos
aplaudem e as potestades dos céus cantam a sua glória…» [S. João Damasceno, «Segunda
homilia sobre a Dormição».
A última grande festa do ano litúrgico bizantino
(que termina no dia 31 de agosto) é Mariana: Dormição da Santíssima Mãe de Deus
(Theotokos), Kóimesis no grego e Uspénie no eslavo eclesiástico, palavras que
aludem justamente ao ato de dormir. E a tradicional representação iconográfica
de 15 de agosto mostra a Virgem estendida no leito de morte, rodeada para o
último sono pelos apóstolos, vindos prodigiosamente dos lugares onde pregavam o
evangelho, tendo ao centro Jesus Cristo que acolhe a sua alma, representada
como uma menina envolta em faixas e por ele sustentada. A partir do dia 1º de agosto,
o Oriente bizantino prepara-se para a festa com um jejum (do qual também fala
São Teodoro Estudita, morto no ano 826) e, dado que, além da pré-festa do dia
14 de agosto, os textos litúrgicos falam do trânsito de Maria Santíssima ao céu
até o dia 23 de agosto, pode-se afirmar que este é o mês mariano dos fiéis
ortodoxos.
Tradução e publicação
neste site
com permissão
de: www.ortodoxia.org
Trad.: pe. André
Extraído do
site ecclesia.com.br
16 de Agosto:
Trasladação de Edessa para Constantinopla da imagem «Aquiropita» de Nosso Senhor Jesus Cristo (944)
Segundo a tradição, o primeiro ícone de Jesus Cristo
surgiu durante sua vida terrena. Faz-se referência a esta imagem como a
«Sagrada Face», ou melhor, «O ícone não feito por mãos humanas». A
tradição relata que, durante o tempo do Salvador, Abgar, o governante de
Edessa, sofria de lepra. Embora nunca tenha visto o Salvador, Abgar acreditava
em Jesus como o Filho de Deus por ter ouvido falar sobre os grandes milagres
realizados por ele, e lhe teria escrito uma carta pedindo para que fosse
curá-lo, a qual enviou à Palestina através do seu próprio retratista e pintor
Ananias, tendo lhe encomendado também um retrato (pintura) do Divino Mestre.
No entanto, quando Ananias chegou a Jerusalém e viu o Senhor, lhe foi
impossível aproximar-se dele devido à grande multidão que o cercava. Ao vê-lo,
Jesus lhe chamou pelo nome, entregando-lhe uma carta para Abgar na qual fazia
elogios à sua grande fé e prometia enviar um de seus discípulos para curá-lo a
lepra e guiá-lo à salvação. O Senhor, em seguida, pediu um lenço e água.
Lavou o seu rosto e o enxugou com o lenço, e seu divino semblante ficou
plasmado no lenço. Ananias levou a Edessa este lenço e a carta do Salvador. Com
muita reverência Abgar recebeu o que Jesus lhe havia enviado e a sua cura foi
imediata; apenas um pequeno vestígio da sua terrível aflição permaneceu em seu
rosto até a chegada do discípulo prometida pelo Senhor. Este discípulo foi São
Tadeu (21 de agosto) um dos dos Setenta Discípulos, que lhe anunciou o
Evangelho, batizou o devoto Abgar e todas as pessoas de Edessa. Esta é,
portanto, a tradição sobre a imagem que hoje se venera, como a «Imagem não
feita por mãos humanas», a «Sagrada Face».
Tradução e publicação
neste site
com permissão
de: www.ortodoxia.org
Trad.: pe. André
Extraído do
site ecclesia.com.br
21 de Agosto: São Tadeu, apóstolo dos 70 (séc. I)
O
apóstolo Tadeu era judeu, oriundo da cidade de Edessa. Era de um profundo
conhecimento das Sagradas Escrituras tendo peregrinado por Jerusalém nos tempos
do Precursor, São João Batista. Ao escutar as pregações de João e observando a
vida angelical que levava o Profeta, ficou tão impressionado que se fez batizar
por João. Entretanto, tendo ouvido os ensinamentos e visto os milagres
realizados por Nosso Senhor Jesus Cristo, logo passou a segui-Lo. Depois da
Ascensão de Nosso Senhor, retornou para a sua cidade natal, Edessa, curando
muitos enfermos de lepra e, iluminando com a palavra da verdade, edificou
igrejas na Síria chegando até Beirute. Nesta cidade, com a graça de Deus, Tadeu
ensinou o Evangelho e batizou a muitas pessoas. Finalmente, entregou sua alma a
Deus em paz, depois de ter aplicado fielmente em sua vida o mandamento dado por
Nosso Senhor Jesus Cristo aos apóstolos: «Ide, pois, e ensinai a todas as
nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os
dias, até o fim do mundo». (Mt 28,19-20).
Tradução e publicação
neste site
com permissão
de: www.ortodoxia.org
Trad.: pe. André
Extraído do
site ecclesia.com.br
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