PATRIARCADO ECUMÊNICO DE CONSTANTINOPLA
Arquidiocese Ortodoxa
Grega de Buenos Aires e América do Sul
Igreja Anunciação da Mãe de Deus
SGAN - Quadra 910
- Módulo ‘’B’’ - CEP: 70.790-100 - Brasília-DF
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Brasília, 07 de agosto
de 2016.
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«7º Domingo de Mateus»
(7º depois de Pentecostes – Modo 2 Plagal)
Memória dos Ss. Mártires Domécio, o persa, Sozon,
Nicanor e Davi.
MATINAS
Apolitikion
(Tropário) – Modo plagal 2 - (6º tom):
As potestades angélicas apareceram no Teu
venerado Sepulcro, e os guardas ficaram como mortos, e Maria colocou--se junto
do Sepulcro, procurando o Teu puríssimo Corpo. Entretanto, subjugaste o
inferno, sem ser tentado por ele, e encontraste a Virgem, revelando a vida,
Senhor, que ressuscitaste dos mortos, glória a Ti
Glória ao Pai †, ao Filho e ao Espírito
Santo,
As potestades angélicas apareceram no Teu
venerado Sepulcro, e os guardas ficaram como mortos, e Maria colocou--se junto
do Sepulcro, procurando o Teu puríssimo Corpo. Entretanto, subjugaste o
inferno, sem ser tentado por ele, e encontraste a Virgem, revelando a vida,
Senhor, que ressuscitaste dos mortos, glória a Ti
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos.
Amém.
Theotokion:
Ó Tu que chamaste Tua Mãe bendita e
voluntariamente assumiste a paixão, brilhaste sobre a cruz para reencontrar
Adão, dizendo aos Teus anjos: alegrai-vos comigo pois encontrei a dracma
perdida. Ó nosso Deus, que com sabedoria ordenaste todas as coisas, glória a
Ti.
Katisma – Modo
plagal 2 - (6º tom):
1ª Katisma:
Depois que viu o sepulcro aberto e o Hades
chorando, Maria exortou os Apóstolos escondidos, dizendo: Sai! Obreiros da
vinha, e evangelizai com a Palavra da Ressureição, porque o Senhor Ressuscitou
outorgando ao mundo a grande misericórdia.
Glória ao Pai †, ao Filho e ao Espírito
Santo.
Senhor, Maria Madalena, de pé ante o
sepulcro, chorava e clamava; E quando pensou que Tu eras o jardineiro, Te
disse: “Donde escondeste a Vida Eterna? Donde colocaste a quem se senta sobre o
trono dos Querubins?” Ao ver que os guardas que o vigiavam estavam como mortos
de temor, exclamou dizendo: “Dá-me o meu Senhor! Ou exclamai comigo: Oh tu que
foste contado entre os mortos e os ressuscitaste, glória a Ti Senhor!
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos.
Amém.
Theotokion:
Oh Mãe de Deus, Gedeão prefigurou tua
concepção, e David explicou teu nascimento porque o verbo desceu em tuas
entranhas como a chuva sobre a erva ressequida. E, sem semente deste a Luz à
Cristo nosso Deus, salvação do mundo, oh terra bendita e cheia de graça!
2ª Katisma:
A vida foi posta no sepulcro e o selo
sobre a pedra. Os soldados custodiaram a Cristo como ao rei que dorme; E o
Senhor Ressuscitou golpeando invisivelmente a seus inimigos.
Glória ao Pai †, ao Filho e ao Espirito
Santo.
Oh Senhor imortal Jonas prefigurou Teu
sepulcro e Simeão explicou Tua Divina Ressurreição, porque desceste ao sepulcro
como mortal, Tu que dissolveste as portas do Hades e ressuscitaste livre da
corrupção para a salvação do mundo, porque és o Senhor, oh Cristo Deus nosso,
quem iluminou aos que jaziam nas trevas!
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos.
Amém!
Theotokion:
Oh Virgem Mãe de Deus, intercedes ante teu
Filho Cristo Deus nosso, quem por sua própria vontade foi cravado na Cruz e
ressuscitou dentre os mortos para salvar nossas almas.
Ypakoí – Modo 2
plagal - (6º tom):
1ª Antífona:
Oh Verbo de Deus, elevo meus olhos até os
céus. Tenha piedade de mim para que viva contigo.
Oh Verbo tenha piedade de nós os humildes
e prepara-nos para Ti, como bons e escolhidos relicários.
Glória ao Pai †, ao Filho e ao Espírito
Santo, agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!
O Espirito Santo é a causa da salvação de
todos, porque quando inspira o homem conforme a sua dignidade o eleva do
terreno e o coloca nas alturas.
2ª Antífona:
Se o Senhor não estivesse conosco, ninguém
poderia enfrentar o inimigo na batalha, pois dele surge os vencedores.
Oh Cristo que Tua direita me abrace,
elevando-me e protegendo-me de todos os enganos.
Glória ao Pai †, ao Filho e ao Espírito
Santo, agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.
Pelo Espirito Santo falamos divinamente,
dizendo: Tu és Deus e vida, amor, e Luz; Tu és bondade e reina pelos séculos.
3ª Antífona:
Me alegrei quando me disseram: Vamos à
casa do Senhor oferecendo orações sem tibieza.
Na casa de Davi, surpreendentes maravilhas
ocorrerem porque há um fogo ardente que consome toda mente mal.
Glória ao Pai †, ao Filho e ao Espírito
Santo, agora, sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.
Cada coisa viva é animada pelo Espírito
Santo, que, com o Pai e o Verbo, é o início da vida.
Prokimenon:
Levanta-te, Senhor Deus meu, por que você
reinais para sempre. (2 vezes).
Stichos:
Te confesso, Senhor, como todo o meu
coração.
Levanta-te, Senhor meu e Deus meu, porque
Tu reina pelos séculos.
Modo Plagal 2 - 6º
tom:
Kondakion:
De Tua direita, fonte de toda a vida, o
doador da vida ressuscitou de todos os mortos do fundo das trevas.
O Cristo Deus deu a ressurreição ao gênero
humano. Ele é o salvador, a ressurreição e a vida, Ele o Deus do universo.
Ikós:
Ó doador da vida, nós fiéis cantamos e
adoramos Tua cruz e Tua sepultura.
Ó imortal, acorrentaste o inferno, ó Deus
todo poderoso, ressuscitaste contigo todos os mortos e destruíste as portas do
inferno.
Ó Senhor Deus, venceste o império da
morte. Por isto os homens te glorificam com amor, a Ti, o ressuscitado que
destruíste o poder do inimigo destruidor e elevaste todos os fiéis, libertando
o mundo das setas da serpente e da sedução do inimigo Tu o único todo poderoso.
Cantemos com piedade a Tua ressurreição,
pela qual Tu nos salvaste, ó Deus do universo.
Evangelho: Jo 20,1-10
Evangelho
de Nosso Senhor Jesus † Cristo, segundo o Evangelista São João:
Naquele tempo, E no primeiro dia da semana, Maria Madalena
foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu a pedra tirada do
sepulcro. Correu, pois, e foi a Simão Pedro, e ao outro discípulo, a quem Jesus
amava, e disse-lhes: levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o
puseram. Então Pedro saiu com o outro discípulo, e foram ao sepulcro. E os dois
corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais apressadamente do que Pedro,
e chegou primeiro ao sepulcro. E, abaixando-se, viu no chão os lençóis; todavia
não entrou. Chegou, pois, Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro, e
viu no chão os lençóis, e que o lenço, que tinha estado sobre a sua cabeça, não
estava com os lençóis, mas enrolado num lugar à parte. Então entrou também o
outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu, e creu. Porque ainda
não sabiam a Escritura, que era necessário que ressuscitasse dentre os mortos.
Tornaram, pois, os discípulos para casa.
Exapostilário –
7º:
Quando Maria disse: “Levaram meu Deus”,
correram ao túmulo Simão Pedro e outro discípulo, que Jesus amava, e
encontraram dentro apenas o Sudário e turbante ao lado. Eles esperaram até que
viram o Senhor.
Theotokion – 7º:
Tu fizeste coisas grandes e
excepcionalmente estranhas para mim, ó misericordiosíssimo Cristo. Pois
ininteligivelmente Tu nasceste duma Virgem Donzela e aceitaste a Cruz e
suportaste a morte, ressuscitando em glória para fazer nossa natureza livre da
morte. Glória a Tua glória, ó Cristo, glória a teu poder.
Laudes - Modo
plagal 1 - (5º tom):
Tudo que respira louve ao Senhor! Louvai o
Senhor do Céu, louvai-o, todos os seus anjos; louvai-o todos os seus exércitos!
A ti pertence l louvor o Deus!
1
– Esta glória será para todos os Justos.
Senhor,
Tua crucifixão é Vida e Ressureição por Teu povo, nela está nosso apoio. Te
louvamos, oh Deus nosso Ressuscitado, tem piedade de nós.
2
– Louvai a Deus em seu santuário, louvai na magnificência de seu
firmamento!
Tua
sepultura, oh Senhor, abriu o paraíso ao gênero humano; e nós, que fomos salvas
da corrupção, Te louvamos. Oh Ressuscitado Deus nosso, tem piedade de nós!
3
– Louvai por suas proezas, louvai conforme Sua imensa grandeza!
Louvemos
o Pai e o Espírito a Cristo ressuscitado dentre os mortos, a clamando-O: Tu és
nossa Vida e Ressureição, tem piedade de nós.
4
– Louvai ao som da trombeta, louvai com saltério e a harpa!
Oh
Cristo, quando ressuscitaste do sepulcro ao terceiro dia, como está escrito,
levantaste contigo os nossos primeiros pais, por isso o gênero humano Te
glorifica e louva Tua ressurreição.
5
– Louvai com pandeiro e a dança; louvai com cordas e flautas!
Senhor,
o mistério de Tua ressureição é grande e terrível porque saíste do sepulcro
como o noivo do leito, pisoteando a morte com Tua morte para libertar Adão, o
caído. Por isso, os Anjos no céu se alegram, e na terra, os humanos louvam Tua
misericórdia, oh Amante da humanidade.
6
– Louvai com címbalos retumbantes; louvai com címbalos de júbilo. Tudo que
respira louve ao Senhor!
Oh
judeus transgressores da Lei, onde estão os selos e a prata distribuída aos
soldados? O tesouro não foi roubado ressuscitou por ser onipotente.
7
– Levanta-Te, Senhor meu e Deus meu, que tua mão se levante e não te esqueças para
sempre de Teus pobres.
Oh
judeus como foram roubados, se vocês selaram o sepulcro, e puseram guardas e
marcaram cm sinais? O Rei saiu com as portas fechadas, monstrem-No como morto o
prosternem-se como todos nós diante dele cantando: Glória à Tua Cruz e à Tua
ressureição.
8
– Te confesso, Senhor, como todo meu coração e proclamo todos teus milagres.
Senhor,
as Mirróforas foram ao sepulcro que recebera a vida, chorando e levando a
mirra, ao buscar Teu puríssimo corpo para ungi-lo, falaram ao Anjo resplandecente
sobre a pedra, que lhes disse: “Por que derramam lágrimas por Ele que derramou
de seu lado a Vida ao mundo? Como buscam no sepulcro como morto ao Imortal? Bem
melhor é que saiam depressa à anunciar com alegria à Seus Discípulos Sua
gloriosa ressureição que cativou o mundo inteiro e coma qual nos iluminou o
salvador.
Senhor
concede-nos o perdão e a grande misericórdia.
Eothinon – 7º:
Glória ao Pai †, ao Filho e ao Espírito
Santo.
Maria, ficaste com a razão perturbada pela
obscuridade da aurora pois, perto do túmulo, ficaste perguntando: “Aonde
colocaram Jesus?”; mas os discípulos, que também correram ao Sepulcro, como já
estavam orientados sobre a ressurreição, ao olhar o Sudário e o turbante, se
lembraram do que estava escrito nos livros a respeito do Senhor. 21 Por isso,
por intermédio deles, alicerçamos a nossa fé em Ti, ó Cristo doador da vida e,
juntamente com eles, nós Te louvamos.
Theotokion:
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos.
Amém.
Bendita e venerável és Tu, ó Mãe de Deus,
em cujo seio se encarnou Aquele que visitou o inferno, libertando Adão e Eva da
maldição, destruindo a morte e dando a vida a todos nós.
Por isso bendirei o Cristo em qualquer
tempo, e sempre o Seu louvor estará em minha boca (2 vezes).
Apolitikion
(Tropário):
Hoje se realizou a salvação do mundo.
Louvemos Aquele que ressuscitou do sepulcro, a essência de nossa vida. Porque
pisou a morte com a morte, dando-nos a vitória e a grande misericórdia.
Divina Liturgia
Anunciação
- Modo 4:
É hoje o começo
da nossa salvação e a manifestação do mistério eterno.
O Filho de Deus
torna-Se Filho da Virgem e Gabriel anuncia a graça.
Por isso, cantamos
com ele à Mãe de Deus:
“Salve, ó cheia
de graça, o Senhor está contigo!”
Apolitikion (Tropário) da
Ressurreição - Modo 2 plagal - (6º tom):
As potestades angélicas apareceram no Teu
venerado Sepulcro, e os guardas ficaram como mortos, e Maria colocou--se junto
do Sepulcro, procurando o Teu puríssimo Corpo. Entretanto, subjugaste o
inferno, sem ser tentado por ele, e encontraste a Virgem, revelando a vida,
Senhor, que ressuscitaste dos mortos, glória a Ti.
Kondakion – Modo 2
plagal - (6º tom):
Glória ao Pai †,
ao Filho e ao Espírito Santo.
Levantando com sua vivificante mão todos
os mortos dos vales tenebrosos, Cristo Deus, Doador da vida, quis conceder a
Ressurreição ao gênero humano; pois Ele é o Salvador, a Ressurreição, a Vida e
o Deus de todos.
Theotokion – Modo 2 plagal - (6º tom):
Agora, sempre e pelos séculos dos séculos.
Amém
Clamando com a tua bendita Mãe,
voluntariamente, viste padecer, irradiando na cruz, desejaste encontrar Adão,
dizendo aos anjos: Alegrem-se comigo, porque foi encontrado o dracma perdido,
Deus nosso, que com sabedoria tudo consolidaste, glória a Ti!
Hino à Mãe de
Deus:
Ó Admirável e Protetora dos cristãos e
nossa Medianeira do Criador não desprezes as súplicas de nenhum de nós
pecadores, mas apressa-te em auxiliar-nos como Mãe bondosa que és, pois te
invocamos com fé: roga por nós junto de Deus, tu que defendes sempre aqueles
que te veneram.
Prokimenon:
Salva, Senhor, o teu povo e abençoa a tua
herança (Sl 28, 9).
Clamo a Ti, Senhor, meu rochedo presta
ouvido aos meus rogos (Sl 28, 1).
Epístola: Rm 15, 1-7
Leitura
da Epístola do Apostolo São Paulo aos Romanos:
Irmãos, nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas
dos fracos, e não agradar a nós mesmos. Portanto cada um de nós agrade ao seu
próximo no que é bom para edificação. Porque também Cristo não agradou a si
mesmo, mas, como está escrito: Sobre mim caíram as injúrias dos que te
injuriavam. Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi
escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos
esperança. Ora, o Deus de paciência e consolação vos conceda o mesmo sentimento
uns para com os outros, segundo Cristo Jesus. Para que concordes, a uma boca,
glorifiqueis ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto recebei-vos
uns aos outros, como também Cristo nos recebeu para glória de Deus.
Aleluia!
Aleluia, aleluia, aleluia!
Quem habita ao abrigo do Altíssimo e vive
à sombra do Senhor Onipotente (Sl 91, 1).
Aleluia, aleluia, aleluia!
Diz ao Senhor: sois meu refúgio e
proteção, sois o meu Deus no qual confio inteiramente (Sl 91, 2).
Aleluia, aleluia, aleluia!
Evangelho: Mt 9, 27-35
Evangelho de Nosso Senhor Jesus † Cristo, segundo o
Evangelista São Mateus:
Naquele tempo, enquanto Jesus estava caminhando, dois cegos o
seguiram, gritando: tem compaixão de nós, filho de Davi! Quando entrou em casa,
os cegos se aproximaram dele, e Jesus lhes perguntou: Acreditais que eu posso
fazer isso? Eles responderam: Sim, Senhor. Então tocou nos olhos deles,
dizendo: Faça-se conforme a vossa fé. E os olhos deles se abriram. Jesus os
advertiu: Tomai cuidado para que ninguém fique sabendo. Mas eles saíram e
espalharam sua fama por toda aquela região. Enquanto os cegos estavam saindo,
as pessoas trouxeram a Jesus um possesso mudo. Expulso o demônio, o mudo
começou a falar. As multidões ficaram admiradas e diziam: Nunca se viu coisa
igual em Israel. Os fariseus, porém, diziam: É pelo chefe dos demônios que ele
expulsa os demônios. Jesus começou a percorrer todas as cidades e povoados,
ensinando em suas sinagogas, anunciando a Boa Nova do Reino e curando todo tipo
de doença e de enfermidade.
Kinonikon:
Louvai o Senhor nos céus, louvai-O nas
alturas!
Aleluia, aleluia, aleluia!
Extraído do site ecclesia.com.br
SINAXE
Pe.
Paulo A. Tamanini
O evangelho do Sétimo Domingo de Mateus
evoca, em palavras sucintas, mas dinâmicas, a chegada ao mundo do profeta que
anuncia a instauração do Reino de Deus: Jesus de Nazaré. Para isso percorria as
cidades e povoados, pregava o amor e o perdão, proclamava a Boa Nova, curava os
enfermos, revelando em cada gesto, o amor misericordioso e a ternura do Pai.
É recorrente a situação de cura de
deficiências físicas e outras enfermidades no Evangelho proclamado nas últimas
semanas e nas que seguem. Jesus é o Divino Médico que, movido pela compaixão,
restaura a integridade da pessoa humana.
Neste domingo, Jesus opera a recuperação
da visão a dois cegos e solta a voz a um mudo que imploram por sua compaixão.
Estes gestos revelam a origem do poder em nome do qual age. O texto parece mais
revelador em Mt 11,20-24 quando o Senhor constata a incredulidade do povo face
ao descaso e indiferença para com a manifestação de Deus naquele lugar. «Ai de Ti... porque se em
Tiro ou em Sidônia tivessem sido realizados os milagres que em vós se realizam,
muitos teriam se arrependido...»
Os milagres e as curas são um convite ao
arrependimento e a conversão, tema central de sua mensagem: «Arrependei-vos porque
está próximo o Reino de Deus» (Mt 4,17). Há uma estreita conexão
entre as curas e a pregação do Reino de Deus.
A admiração do povo simples e dos
discípulos diante da poderosa palavra do pregador e taumaturgo de Nazaré
contrasta com a dos teólogos (escribas) vindos de Jerusalém (pois lá se
encontravam e podiam ser estudados em profundidade os rolos completos da
Sagrada Escritura de Israel) que levantam discussão acerca da origem diabólica
ou não do poder de Jesus (w. 22-30).
Dizem que Jesus mantém aliança com
Belzebu, chefe dos demônios, e recebe deste o poder de mandar nos maus
espíritos. Jesus ridiculariza tal «explicação» (que provavelmente foi repetida
pelos adversários de Jesus muitos anos depois de sua morte). Será que Satanás
se expulsa a si mesmo? Um reino internamente dividido está fadado a se
dissolver! Ou será que alguém pode saquear a casa de um homem valente sem
amarrá-lo? Dá assim a a entender que seu poder não é do diabo, mas de quem é
mais forte que este, e os ouvintes sabem que «Forte» é um título divino e
messiânico. Jesus deixa os ouvintes tirarem a conclusão.
Quem tem o olhar puro e objetivo vê que
Jesus está dominando Satanás. Mas a alguns falta o olhar puro para reconhecer
isso. Os que criticam Jesus têm as vistas viciadas. Por isso, Jesus acrescenta:
«Em verdade, tudo pode ser perdoado às
pessoas humanas, pecados e mesmo as blasfêmias que proferirem, mas quem
blasfema contra o Espírito Santo (= o Espírito de Deus que age em Jesus) não
recebe perdão nunca. Ele é réu de pecado para sempre».
Pelo menos, enquanto não retrai sua
«blasfêmia», sua má vontade, incompatível com a graça e o perdão de Deus.
A libertação do mal, as curas das
enfermidades são sinais reveladores do mundo futuro anunciado por Jesus, onde
as pessoas totalmente de Deus «farão milagres como Jesus os fez ou até mesmo
maiores».
Aos incrédulos e aos de coração duro, por
mais que a glória de Deus se lhes manifeste, encontrarão sempre razões para
justificar a resistência à fé, a incredulidade. Aos que se deixam mover pelo
Espírito de Deus, porém, os acontecimentos mais simples do cotidiano são sinais
do Reino já instaurado neste mundo. Somente os olhos inocentes vêem aquilo que
se oculta aos soberbos: a presença de Deus que caminha do nosso lado, que é
Emanuel (Deus conosco) e que é libertação de todo o mal.
O Espírito Santo nos faz livres da
possessão do mal. «O Espírito comunica a vida, e onde se acha o Espírito do
Senhor, aí está a liberdade». 2Cor 3,6-17
Na leitura dos Apóstolos, São Paulo exorta
à Comunidade de Roma daquele tempo e também às nossas comunidades cristãs de
hoje, para que haja unanimidade, que os mais fortes suportem as fraquezas dos
mais fracos e cooperem na sua edificação. A unanimidade (unidade), é
característica fundamental da comunidade cristã. E lembra-nos que, em tudo,
devemos ser imitadores do Senhor: na concórdia, na fidelidade, na paz e na
harmonia.
Como cristãos é dever proclamar com a vida
o Reino que anunciamos com palavras. Diz-nos São João Crisóstomo que [...]
«Cristo deixou-nos na terra para que sejamos faróis que iluminam, doutores que
ensinam; para que cumpramos o nosso dever como o fermento [...]. Nem sequer
seria necessário expor a doutrina se a nossa vida fosse tão radiante, nem seria
necessário recorrer às palavras se as nossas obras dessem tal testemunho. Já
não haveria nenhum pagão, se nos comportássemos como verdadeiros cristãos».
(Homilias sobre a primeira Epístola a Timóteo, 10)
FONTE:
KONINGS,
Johan. Descobrir a Bíblia a partir da
Liturgia.
São Paulo: Ed Loyola.
Extraído do site ecclesia.com.br
07 de Agosto:
Ss. Mártires Domécio, o persa e seus dois discípulos († 363)
O santo mártir Domécio
era de origem persa e viveu no século IV, nos anos do imperador Constantino, o
Grande. Foi instruído na fé cristã por um cristão de nome «Uaros» e, quando os
seus familiares ficaram sabendo, voltaram-se contra Domécio que se viu então
obrigado a abandoná-los. Domécio ficou escondido na cidade de Niziba (na
Mesopotâmia), na fronteira bizantina, e depois de receber o batismo num dos
monastérios, foi tonsurado monge e lá permaneceu isolado. Mais tarde,
transferiu-se para o monastério dos Santos Sérgio e Baco, na cidade de
Theodosiopolis, onde se aperfeiçoou em grande nível nas suas virtudes através
do estudo e meditação dos Evangelhos. O monastério estava sob a direção de um
arquimandrita chamado Nurbelos – um rigoroso asceta. Este, percebendo a
superioridade espiritual de Domécio, após ordená-lo diácono, quis elevá-lo ao
sacerdócio. Porém, a luta de Domécio não objetivava cargos e títulos, ao
contrário, buscava descobrir como fugir deles, pois aprendeu do Senhor Jesus
Cristo a ser «humilde de coração», humilde, não no sentido comum do termo, mas
nas disposições interiores. Por isso fugiu para uma montanha na Síria, na
região de Cyr, e lá viveu numa caverna com seus dois discípulos. Certa vez,
passava por aquele lugar o imperador Juliano, o apóstata (361-363) que estava
em viagem de campanha contra os persas. Por ordem do imperador, seus soldados
foram em direção a Domécio e, encontrando-o orando com seus discípulos no
interior da caverna, apedrejaram-lhes até à morte (+ 363).
Tradução e
publicação neste site
com
permissão de Ortodoxia.org
Trad.: pe.
André
Extraído do
site ecclesia.com.br
06 de Agosto:
«Transfiguração de Nosso Senhor Deus e Salvador Jesus Cristo»
Para
a igreja Ortodoxa, a festa da «Transfiguração (Metamórphosis) de nosso grande
Deus e Salvador Jesus Cristo» é uma das 12 solenidades do calendário litúrgico.
Isso traduz toda a teologia da divinização do homem. A teologia oriental
insiste sobre a graça incriada, participação na luz que envolveu o Cristo no
Tabor, «Graça deificante, emanação do Espírito Santo que vem a iluminar a
Esposa para torná-la nupcialmente conforme ao Esposo», como escreve C.
Andronikov, acrescentando: «A Transfiguração, festa teleológica por excelência,
nos permite aguardar a Páscoa e prever o porvir para além da parusia.»
A
referida festa parece ter surgido como comemoração de dedicação das basílicas
do monte Tabor. É posterior à festa da Exaltação da Cruz, da qual, no entanto,
depende quanto à fixação de sua data. Com efeito, segundo uma tradição, a
Transfiguração de Jesus tinha acontecido 40 dias antes da crucifixão. A
solenidade tinha-se, pois, fixado no dia 6 de Agosto, isto é, 40 dias antes da
Exaltação da Cruz, que é celebrada no dia 14 de Setembro. A relação entre uma e
outra festa sublinha-se, igualmente, pelo fato de que no dia 6 de Agosto
começam a cantar-se os hinos (catavasias) da Cruz. Neste dia é costume que os
fiéis tragam frutas para a Igreja para que sejam abençoadas, como se
fazia, antes, oferecendo as primícias para o Templo, conforme a lei.
Tradução e
publicação neste site
com
permissão de Ortodoxia.org
Trad.: pe.
André
Extraído do
site ecclesia.com.br
Folheto Dominical da Igreja Anunciação da Mãe de Deus
Responsável
Reverendíssimo Protopresbítero do Trono Ecumênico Emanuel
Sofoulis
Editoração e Diagramação
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Atualização da Página
na internet
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