13 abril 2014

Segunda-feira Santa (14/03/2014)

SEGUNDA-FEIRA SANTA
Ofício do Noivo: às 17h
(MATINASMt. 21, 18-43 | LITURGIA: Mt. 24, 3-35)*
Segunda, terça e quarta-feira
O Fim
Esses três dias, que a Igreja chama de grandes e santos, têm, dentro do desenrolar da Semana Santa, uma finalidade bem definida. Eles situam as celebrações dentro da perspectiva do Fim, eles nos relembram o sentido escatológico da Páscoa. Muito frequentemente a semana santa é considerada como uma linda tradição um costume, uma data importante do calendário. É o acontecimento anual esperado e amado, a Festa observada desde a infância, durante a qual nos encantamos com a beleza dos ofícios, com o fausto dos ritos, e na qual nos ocupamos de preparar a ceia pascal, que não é de menor importância...
Depois, uma vez que tudo isto tenha acabado, nós retomamos a vida normal. Mas, teremos mesmo consciência de que a vida normal não é mais possível depois que o mundo rejeitou seu Salvador, depois que Jesus ficou triste e abatido..., que sua alma ficou infinitamente triste até a morte... e que ele morreu na cruz?
   Foram mesmo homens normais que gritaram: “Crucifica-o!” Homens normais que cuspiram Nele e O pregaram na cruz... Se eles O odiaram e O mataram, é precisamente porque Ele veio sacudir e desestabilizar sua vida normal. Foi mesmo um mundo perfeitamente normal que preferiu as trevas e a morte, em lugar da vida e da luz... pela morte de Jesus o mundo normal, a vida normal foram irrevogavelmente condenados. Ou, mais exatamente, o mundo e a vida revelaram sua natureza verdadeira e anormal, sua incapacidade de acolher a luz, o terrível poder que o mal exerce sobre eles. “Agora é o julgamento deste mundo” (Jo. 12,31). A Páscoa de Jesus significa o fim para este mundo e, desde então, ele está no seu fim. Este fim pode se estender por centenas de séculos, mas isto não altera em nada a natureza dos tempos em que vivemos, que é o último tempo, “porque passa a aparência deste mundo.” (1Cor. 7,31).
   PÁSCOA significa passagem; para os judeus a festa da Páscoa era a comemoração anual de toda sua história, enquanto salvação, e da salvação enquanto passagem da escravidão no Egito à liberdade, do exílio à Terra prometida. A Páscoa era também a prefiguração da derradeira passagem, que conduz ao Reino de Deus. Ele, o Cristo, é o cumprimento da Páscoa. Ele completou a derradeira passagem, a da morte para a vida, deste mundo velho ao mundo novo, ao tempo novo do Reino. Ele tornou possível para nós esta passagem. Vivendo neste mundo, nós podemos já não ser deste mundo; quer dizer, estarmos livres da escravidão da morte e do pecado, participantes do mundo que há de vir. Mas, é necessário para tanto cumprirmos nossa própria passagem, condenar o velho Adão em nós mesmos, revestir o Cristo na morte batismal e ter nossa verdadeira vida oculta em Deus com o Cristo, no mundo que há de vir...
   A Páscoa não é, pois, mais uma comemoração, bonita e solene, de um acontecimento passado. É o próprio acontecimento manifestado, dado a nós, acontecimento sempre eficiente, que revela que o nosso mundo, nosso tempo e nossa vida estão no seu fim, e que anuncia o começo da vida nova. O papel desses três dias da Semana Santa é, precisamente, o de nos colocar diante do sentido último da Páscoa, de nos preparar para compreendê-la em toda sua amplidão.
   Esta orientação escatológica, quer dizer, última, decisiva e final, é bem sublinhada pelo tropário comum a esses três dias:
« Eis que o Noivo vem no meio da noite, e bem-aventurado o servo que for encontrado vigilante. Infeliz, porém, do que Ele encontrar dormindo! Vê, pois, ó minha alma, que não te deixes vencer pelo sono, a fim de não seres entregue à morte e ficares fora das portas do Reino; mas vigilante, clama: Santo, Santo, Santo, és tu, nosso Deus! »
   Meia-noite é o instante em que o dia velho termina para dar lugar a um novo dia. Esta hora é assim para o cristão o símbolo do tempo em que vive. Por um lado, a Igreja está ainda neste mundo, compartilhando de suas fraquezas e tragédias. Por outro, seu ser verdadeiro não é deste mundo, pois ela é a Esposa de Cristo e sua missão é de anunciar e revelar a chegada do Reino e do novo Dia. Sua vida é um velar perpétuo e uma espera, uma vigília orientada para a aurora desse novo Dia... Mas nós sabemos o quanto nosso apego ao velho dia, ao mundo, com suas paixões e pecados, permanece ainda bastante tenaz. Nós sabemos o quanto ainda pertencemos profundamente a este mundo. Nós vimos a luz, nós conhecemos o Cristo, nós ouvimos falar da paz e da alegria da vida nova nele, e, entretanto, o mundo nos mantém ainda em escravidão. Esta fraqueza, esta constante traição ao Cristo e esta incapacidade de dedicar a totalidade do nosso amor ao único objeto de amor verdadeiro, são magnificamente expressadas no exapostilário desses três dias:
« Eu vejo tua Câmara Nupcial bem ornamentada, ó meu Salvador. Mas não tenho veste digna para poder entrar nela. Ilumina a veste da minha alma, ó Doador da Luz, e salva-me
   O mesmo tema é ainda mais desenvolvido nas leituras do Evangelho destes dias. Primeiro, é o texto inteiro dos quatro evangelhos (até Jo. 13,31), lido nas Horas (Primeira, Terceira, Sexta, Nona), que mostra que a cruz é o apogeu de toda a vida de Jesus e de seu mistério, a chave para verdadeiramente o compreender. Tudo, no Evangelho, conduz a esta última hora de Jesus e tudo deve ser visto sob sua luz. Em seguida, cada Ofício possui seu próprio perícope de evangelho.
 
A SEGUNDA-FEIRA
   Nas matinas: Mt. 21,18-43 – a parábola da figueira estéril, símbolo do mundo criado para dar frutos espirituais e relutante em sua resposta a Deus.
   Na liturgia dos Pré-santificados: Mt. 24,3-35 – o grande discurso escatológico de Jesus, os sinais e o anúncio do Fim. “Passará o céu e a terra, minhas palavras não passarão.”
A TERÇA-FEIRA
   Nas matinas: Mt. 22,15-46; 23,1-39 – condenação do farisaísmo, quer dizer, da religião cega e hipócrita daqueles que pensam que são condutores de homens e a luz do mundo, mas que, de fato, “fecham o Reino dos céus aos homens.
   Na liturgia dos Pré-santificados: Mt. 24,36-51; 25,1-46; 26,1-2 – o Fim; as parábolas do Fim: as cinco virgens que têm óleo suficiente em suas lâmpadas, e as cinco néscias que não são admitidas no banquete de núpcias; a parábola dos dez talentos: “Estejai prontos, pois eis que o Filho do Homem virá à hora em que não o pensais.” E finalmente, o Juízo Final.
A QUARTA-FEIRA
   Nas matinas: Jo. 12,17-50 – a rejeição do Cristo; o acirramento do conflito; o último aviso: “É agora o julgamento deste mundo... aquele que me rejeita e não recebe minhas palavras terá seu juiz: a palavra que anunciei, ela é que o julgará no último dia.
   Na liturgia dos Pré-santificados: Mt. 26,6-16 – a mulher que derrama o óleo precioso sobre Jesus, imagem do amor e do arrependimento que, sozinhos, nos unem ao Cristo.
   Estes perícopes do Evangelho são explicados e comentados na hinografia desses dias: os estiquérios (stykeroi), as triodes (cânones curtos de três odes cantados nas matinas) ao longo dos quais ecoa esta exortação: o fim e o julgamento estão próximos, preparemo-nos!
« Indo, Senhor, para Tua Paixão voluntária, no caminho Tu dizias aos Teus apóstolos: “Eis que subimos a Jerusalém e que o Filho do Homem será entregue, segundo o que d'Ele está escrito.”
Vamos, pois, nós também, acompanhemo-lo, o espírito purificado; sejamos crucificados com Ele e morramos Nele para as volúpias da vida a fim de vivermos com Ele e de escutá-Lo dizer:
“Eu não subo mais a Jerusalém terrestre para sofrer, mas subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus, e eu vos farei subir comigo para a Jerusalém do alto, no Reino dos Céus.” »
(Segunda-feira nas Matinas)

« Ó, minha alma, eis que o Mestre te confiou um talento. Recebe este dom com temor; Faze-o frutificar para aquele que to deu; distribua-o aos pobres e tu terás o Senhor como amigo. Assim, quando Ele vier em Sua glória, tu ficarás a Sua direita e tu ouvirás a palavra bem-aventurada:
Entra, servo meu, na alegria de teu Mestre.
“Em Tua grande misericórdia, faz que eu seja digno, apesar do meu afastamento, oh, Salvador!” »
(Terça-feira nas Matinas)
   Durante todo o tempo de Quaresma, lê-se nas vésperas dois livros do Antigo Testamento: o Gênesis e os Provérbios; no começo da Semana Santa, eles são substituídos pelo Êxodo e pelo Livro de Jó. O Livro do Êxodo é a história da libertação de Israel da escravidão no Egito, e de sua Páscoa; ele nos predispõe a alcançar o sentido do êxodo do Cristo rumo a seu Pai, do cumprimento Nele de toda a história da salvação. Jó, o homem da dor, é o ícone de Cristo do Antigo Testamento. Esta leitura anuncia o grande mistério dos sofrimentos do Cristo, de sua obediência e de seu sacrifício.
   A estrutura litúrgica destes três dias é ainda aquela dos ofícios de Quaresma: ela compreende a oração de Santo Efrém, o Sírio, e as penitências que o acompanham, a leitura mais longa do salmodiário, a Liturgia dos Pré-Santificados e o canto litúrgico da Quaresma. Nós estamos ainda no tempo do arrependimento, porque só o arrependimento pode nos fazer participar da Páscoa de nosso Senhor e nos abrir as portas do festim pascal.
   Na grande e santa quarta-feira, durante a última Liturgia dos Pré-santificados, depois de ter alçado os santos Dons sobre o altar, o padre lê uma última vez a oração de Santo Efrém. Neste momento, a preparação chega a termo. O Senhor nos convida agora para a sua última Ceia.
« Senhor e mestre de minha vida, afasta de mim o espírito de preguiça, o espírito de dissipação de domínio e de vã loquacidade. Concede a teu servo o espírito da temperança de humildade de paciência e de caridade. Sim, Senhor e Rei, Concede-me que veja as minhas faltas e que não julgue a meu irmão, pois tu és bendito pelos séculos dos séculos. Amém. »

Protopresbítero Alexander SCHMEMANN
Professor e teótogo ortodoxo (1921-1983) 
In: "O mistério pascal: comentários litúrgicos", pp. 13-17
MATINAS
EVANGELHO SEGUNDO SÃO MATEUS
Maldição da figueira; Autoridade do Messias;
Parábola dos dois filhos; Parábola dos lavradores homicidas.
(Mt. 21, 18-43)
Maldição da figueira
Naquele tempo, ao voltar à cidade de manhã cedo, Jesus sentiu fome. Viu uma figueira perto do caminho, foi até ela, mas não achou nada a não ser folhas. Então lhe disse: “Jamais nasça fruto de ti”. E a figueira secou imediatamente. Vendo isso, os discípulos se admiraram e disseram: “Como a figueira secou de repente!” Jesus lhes respondeu: “Eu vos garanto: se tivésseis fé e não duvidásseis, não só faríeis isso com a figueira mas até mesmo se dissésseis a este monte: ‘sai daí e lança-te ao mar’, isso aconteceria. E tudo que pedirdes com fé, na oração, recebereis”. 
   Autoridade do Messias.  Jesus entrou no Templo e estava ensinando. Nisso, os sumos sacerdotes e os anciãos do povo se aproximaram dele e disseram: “Com que autoridade fazes estas coisas? Quem te deu esse direito?” Jesus lhes respondeu: “Eu também vou fazer-vos uma pergunta e, se me responderdes, direi com que autoridade faço estas coisas. O batismo de João, de onde vinha? Do céu ou dos homens?” Eles começaram a raciocinar entre si: “Se dissermos: ‘do céu’, ele nos dirá: ‘então por que não acreditastes nele?’ Se dissermos: ‘dos homens’, temos medo da multidão, pois todos consideram João como profeta”. Por fim, responderam a Jesus: “Não sabemos”. E Jesus lhes disse, por sua vez: “Eu também não vos digo com que autoridade faço estas coisas. 
   A parábola dos dois filhos.  O que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Foi até o mais velho e disse: ‘Filho, vai hoje trabalhar na vinha’. Ele, porém, respondeu: ‘Não quero ir’. Mas depois se arrependeu e foi. Foi, então, até o outro filho e falou a mesma coisa, e ele respondeu: ‘Vou, senhor’. Mas não foi. Qual dos dois fez a vontade do pai?” 
   “O primeiro”, responderam eles. Jesus lhes disse: “Eu vos garanto que os cobradores de impostos e as prostitutas entram antes no reino de Deus do que vós. Porque João veio a vós no caminho da justiça e não acreditastes nele, ao passo que os cobradores de impostos e as prostitutas acreditaram. E vós, vendo isso, nem assim vos arrependestes para crerdes nele. 
   Os lavradores homicidas. Ouvi outra parábola: Havia um pai de família que plantou uma vinha, cercou-a com uma sebe, escavou um tanque para esmagar as uvas, construiu uma torre e arrendou tudo a uns lavradores. Depois viajou para o exterior. Quando chegou o tempo da safra, mandou os escravos receberem dos lavradores sua parte dos frutos. Os lavradores, porém, agarraram os escravos, espancaram um, mataram outro e apedrejaram o terceiro. Novamente enviou outros escravos, em maior número do que os primeiros, e lhes fizeram o mesmo. Por fim enviou-lhes o próprio filho, pensando: ‘Eles vão respeitar o meu filho’. Mas, ao verem o filho, os lavradores disseram entre si: ‘Este é o herdeiro! Vamos matá-lo e tomemos a sua herança’. Eles pegaram o filho do patrão, arrastaram-no para fora da vinha e o mataram. Pois bem: Quando vier o dono da vinha, o que fará com os lavradores?
   Eles responderam: “Fará perecer de morte horrível os malfeitores e arrendará a vinha a outros lavradores que lhe deem os frutos a seu tempo”. Então Jesus lhes disse: “Nunca lestes nas Escrituras : A pedra rejeitada pelos construtores é que se tornou a pedra principal. Foi obra do Senhor, digna de admiração para nossos olhos? Por isso eu vos digo: O reino de Deus será tirado de vós e será dado a um povo que produza os devidos frutos.
† LITURGIA
Tropário de Noivo (8º Tom)
Ιδοὺ, ὁ Νυμφίος ἔρχεται ἐν τῷ μέσῳ τῆς νυκτός· καὶ μακάριος ὁ δοῦλος ὄν εὐρήσει γρηγοροῦντα· ἀνάξιος δέ πάλιν, ὄν εὑρήσει ῥαθυμοῦντα βλέπε οὗν, ψυχή μου, μὴ τῷ ὔπνῳ κατενεχθῇς, ἴνα μὴ τῷ θανάτῳ παραδοθῇς, καὶ τῆς βασιλείας ἔξω κλεισθῇς· ἀλλὰ ἀνάνηψον κράζουσα· Ἄγιος, Ἄγιος, Ἄγιος εἶ ὁ Θεός ἡμῶν· προστασίαις τῶν Ἀσωμάτων σῶσον ἡμᾶς.
Eis que o Noivo vem no meio da noite, e bem-aventurado o servo que for encontrado vigilante. Infeliz, porém, do que Ele encontrar dormindo! Vê, pois, ó minha alma, que não te deixes vencer pelo sono, a fim de não seres entregue à morte e ficares fora das portas do Reino; mas vigilante, clama: Santo, Santo, Santo, és tu, nosso Deus!
EVANGELHO SEGUNDO SÃO MATEUS
Discurso escatológico: A ruína de Jerusalém e a 2ª vinda do Messias.
(Mt. 24, 3-35)
Naquele tempo, quando Jesus estava sentado no monte das Oliveiras, os discípulos chegaram perto dele e perguntaram-Lhe em particular: “Dize-nos: quando acontecerá tudo isso? e qual é o sinal de tua vinda e do fim do mundo?” 
   Jesus lhes respondeu: “Cuidado para ninguém vos enganar. Porque muitos virão em meu nome e dirão: ‘Eu sou o Cristo’, e enganarão a muitos. Ouvireis falar de guerras e boatos de guerras, mas não vos perturbeis, porque é preciso que isso aconteça; mas ainda não é o fim. Uma nação se levantará contra outra e um reino contra outro. Haverá fome e terremotos em diversos lugares. Mas tudo isso é o começo dos sofrimentos. Em seguida vos entregarão a torturas e vos matarão, e sereis odiados por todas as nações por causa do meu nome. Muitos perderão a fé, uns trairão os outros e se odiarão. E numerosos falsos profetas surgirão e enganarão a muitos. Por causa da crescente maldade, o amor de muitos esfriará. Mas quem perseverar até o fim será salvo. Este Evangelho do Reino será pregado pelo mundo inteiro como testemunho a todas as nações. E então virá o fim. 
   A grande tribulação de Jerusalém. Quando virdes o Abominável Devastador, predito pelo profeta Daniel, instalado no lugar santo – quem lê, entenda – então os que estiverem na Judeia fujam para os montes. Quem estiver no terraço não desça para pegar o que estiver em casa. Quem estiver na lavoura não volte atrás para pegar o manto. Ai das mulheres que estiverem grávidas ou amamentando naqueles dias. Orai para que vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado. Porque haverá tamanha aflição como jamais houve desde o princípio do mundo, nem haverá semelhante. Se aqueles dias não fossem abreviados, ninguém se salvaria. Por amor dos eleitos, porém, os dias serão abreviados. 
   A vinda do Filho do homem. Então se alguém vos disser: ‘O Cristo está aqui ou ‘acolá’, não acrediteis. Porque se levantarão falsos cristos e falsos profetas que farão grandes sinais e prodígios, para enganar, se possível, os próprios eleitos. Vede, eu vos preveni. Se vos disserem, pois: ‘Lá está ele no deserto’, não saiais; ‘aqui está, num esconderijo’, não acrediteis; porque, como o relâmpago surge do Oriente e brilha até o Ocidente, assim será a vinda do Filho do homem. Onde estiver o cadáver, ali se reúnem também os abutres. Logo em seguida, depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá e a lua não dará sua claridade, as estrelas cairão do firmamento e os poderes do céu serão abalados. 
   Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todos os povos da terra farão lamentações e verão o Filho do homem vir sobre as nuvens do céu com grande poder e glória. Enviará seus anjos com poderoso som de trombeta e eles reunirão os eleitos dos quatro ventos, de um extremo do céu até o outro. 
   A lição da figueira. Aprendei a parábola da figueira. Quando seus ramos estão tenros e as folhas brotam, sabeis que o verão está próximo. Assim também quando virdes tudo isso, ficai sabendo que o Filho do homem está próximo, às portas. Eu vos garanto que não passará esta geração antes que tudo isso aconteça. Passará o céu e a terra, minhas palavras não passarão.
* Leituras conforme o Typikon do Patriarcado Ecumênico (Τυπικν τς Μεγάλης το Χριστο Εκκλησίας): Typikon 14-abr-2014.

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